Cuba reabre para brasileiros e vence coronavírus com a própria vacina

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O DIÁRIO ouviu dois representantes de Cuba durante a realização da WTM Latin America, que aconteceu nos últimos dias 5, 6 e 7 de abril no Expo Center Norte, em São Paulo: O cônsul de Cuba,  Luis A Cepera Serrano e o conselheiro de Turismo da Embaixada de Cuba em Bogotá (Colômbia), Mariano Fernández Arias.

REDAÇÃO DO DIÁRIO (com tradução de Raimundo Jesus Ruiz)


O turismo é a principal atividade econômica da ilha caribenha, que sofreu uma retração de 11% do Produto Interno Bruto (PIB) durante 2020, de acordo com a  Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).

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Segundo Luis Serrano, o retorno das atividades turísticas na ilha ocorreu a partir de 15 de novembro do ano passado.

“No entanto, agora, a partir de 6 de abril não é mais necessário o teste  de Covid-19 (PCR) e nem a carteirinha de vacinação. Estamos em plena normalidade. O mais importante é o seguro de viagem”, disse Serrano ao DIÁRIO.

Própria Vacina

O conselheiro da Embaixada de Cuba em Bogotá, Mariano Fernández disse que seu escritório atende também o mercado do Brasil, Peru e Equador e detalhou ao DIÁRIO os esforços para derrotar o coronavírus com a produção de sua própria vacina.

“Não fechamos durante a pandemia. Nossos voos foram limitados dentro do país em 2021 para poder controlar a pandemia no interior do território, e esta situação durou até que pudéssemos fabricar nossas próprias vacinas (a Abdala, principalmente)) e alcançar uma quase totalidade da população”, explica Fernández.

Com o desenvolvimento de cinco fórmulas próprias, Cuba conseguiu vacinar 80% da população, equivalente a 8,8 milhões de pessoas incluindo crianças e adolescentes, segundo dados do Ministério de Saúde Pública. Com a imunização, os executivos asseguram que a pandemia está controlada na ilha.

Hotel com equipe médica

Ao chegar a esse nível de vacinação, continua Mariano, então pudemos como medida abrir e incrementar os voos para a ilha, sem deixar de atender aos turistas no hotel. “Cada hotel em Cuba opera atualmente com equipe médica 24h x 7 ( dias na semana) para atender hóspedes que se sintam mal ou sejam assintomáticos  com a finalidade de isola-os caso seja necessário. Realizar as provas pertinentes em ambiente seguro e desta forma controlar o contágio”, descreveu.

De acordo com o conselheiro, uma decisão do governo cubano na última segunda-feira (dia 4) autorizou a suspensão de requisitos extas para a entrada ao país, ou seja, requisitos normais obviamente como: passaporte e visto, tarjeta de turista e seguro de Covid, caso alguém se contagie e fique doente no transcurso de sua viagem.

Ele reforça o que o cônsul Luis Serrano afirmou no início desta reportagem: “Estamos operando desde o 15 de novembro com hotéis, transporte turístico, aeroportos, restaurantes, centros noturnos, tudo operando normalmente, pouco a pouco vamos recuperando, mas obviamente não aos níveis de 2019. Percebemos, sim, um aumento no número de chegada de passageiros. Desta forma no primeiro trimestre de 2022 já temos a mesma quantidade de turistas que em todo o ano passado de 2021. Ou seja, que a meta, de chegar a 2 milhões e meio de pessoas seja cumprida”, prognosticou.

Mercado brasileiro

Para Mariano, o mercado brasileiro sempre esteve entre os 20 maiores do mundo no que se refere a turistas visitando seu país. Com a pandemia, lembra ele, ocorreu uma queda drástica, não chegando a mil passageiros em 2021.

“Neste ano de 2022, o número ainda não supera os mil (turistas), mas tem aumentado um pouco. O recorde de brasileiros em Cuba é de 2018 com quase 41 mil turistas brasileiros. A queda não tem sido apenas em razão da pandemia, mas também da conexão aérea, pois a (companhia aérea) Avianca  parou em janeiro de 2020 e  somente a Copa Airlines está operando; então a possibilidade do passageiro se vê limitada para chegar desde Brasil a Cuba”, disse Mariano.

De acordo com matérias veiculadas no DIÁRIO, até finais de 2019 a Avianca oferecia três formas para chegar a Havana: uma via Bogotá (Colômbia), outra via Lima (Peru) e por último via El Salvador.

“Aqui na WTM fizemos vários contatos com as companhias aéreas e estamos dando os primeiros passos para incrementar novos voos”, concluiu Mariano.

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