Eduardo Tiburtius, da Associação de Hotéis de Porto de Galinhas, fala ao DIÁRIO

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Ao longo da pandemia, inúmeras medidas foram decretadas pelo Governo de Pernambuco com o objetivo de conter o avanço da Covid-19. O último decreto, o Nº 50.470 – mantém até esta quarta-feira (31) as medidas restritivas às atividades sociais e econômicas. Em outras palavras, a partir desta quinta-feira (1º) são flexibilizadas as atividades sociais, esportivas e culturais.

REDAÇÃO DO DIÁRIO


Porto de Galinhas, por exemplo, um dos principais pontos turísticos do Estado reabre suas praias para visitantes, turistas e moradores locais (leia matéria do DT). Conversamos com Eduardo Tiburtius, diretor comercial do Hotel Village Porto de Galinhas e presidente da Associação de Hotéis de Porto de Galinhas (AHPG), confira:

DIÁRIO – Eduardo, pode nos dizer as expectativas para o balneário com o retorno? O decreto proibiu atividades na praia em Pernambuco, isso deve ter afetado pois os turistas vão para outros estados, correto?

No mês de Março nós tivemos dois decretos do Governo do Estado de Pernambuco com medidas restritivas para o combate a pandemia. No primeiro decreto a praia foi liberada durante a semana e nos finais de semana apenas para atividades físicas individuais. Já com este decreto a hotelaria foi afetada com cancelamentos e remarcações, sobretudo para reservas para hospedagem no mês de Março. Esta situação se agravou após o segundo decreto válido de 18/3/21 até 31/3/21 onde o acesso a praia foi proibido por completo. A partir deste momento houve um movimento muito forte de cancelamentos na segunda quinzena de Março e também para o mês de Abril.

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Com a liberação das praias para atividades físicas e banho de mar de forma individual, ou seja, com a utilização responsável e segura das praias, acreditamos que diminuiremos o volume de cancelamentos para Abril e que a partir de Maio, com a desejada melhoria dos números da Pandemia, possamos a voltar a ter um acréscimo nas vendas.

Sobre a migração dos turistas para outros estados de fato isto ocorreu de forma mais substancial no primeiro decreto, pois alguns estados vizinhos estavam com operações plenas das praias, mas a medida que outros estados também foram adotando medidas restritivas este movimento perdeu força.

DIÁRIO – Os hoteleiros da Associação de Hotéis de Porto de Galinhas recorreram a linhas de crédito oferecidos pelos bancos públicos durante a pandemia?

A maioria dos hotéis da AHPG buscou linhas de crédito para preservar o caixa das suas empresas principalmente no ano de 2020, período em que não havia uma noção de quando os hotéis iriam retomar suas atividades. Os hotéis captaram recursos tanto em bancos públicos como alguns captaram com seus bancos privados que já tinham relacionamento. Como a hotelaria de Porto de Galinhas sempre teve uma saúde financeira boa e contava com as garantias necessárias (fato que é tido como principal empecilho para captação dos recursos), não houve dificuldade em acesso ao crédito por parte dos hotéis

DIÁRIO – Sabe avaliar o impacto das perdas em 2020 para a hotelaria de Porto de Galinhas?

Em 2020 a perda estimada dos meios de hospedagem de Porto de Galinhas (hotéis e pousadas) foi de aproximadamente 40% em relação a 2019. Uso como parâmetro o numero de diárias totais do ano, mas pode ser entendido assim: “Um hotel que recebia 100 hóspedes por mês em 2019 recebeu 60 em 2020”

DIÁRIO – Qual o número de Hotéis e pousadas que integram a associação?

A Associação dos Hoteis é composta por nove hoteis: Marulhos, Nannai, Vivá, Village, Marupiara, Porto de Galinhas Resort, Solar, Kembali e Armação. Já as pousadas não têm
nenhuma na associação até porque são em número de 300, com diversas categorias, então nunca houve um movimento na tentativa de integrá-las em uma entidade.

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