Bruno Itan apresenta “Olhar Complexo”, uma obra que vai além da fotografia ao retratar a vida nas favelas brasileiras. O livro, lançado pela Editora Senac Rio, será lançado no dia 17 de abril, na Livraria da Travessa do Shopping Leblon, a partir das 19h.
“Olhar Complexo” é mais que um livro de fotografias, é um registro autêntico e profundo das comunidades, permitindo aos leitores mergulhar na diversidade e singularidade das favelas. O projeto homônimo capacita moradores a fotografarem suas realidades, revelando perspectivas únicas e desconhecidas.
Sobre Bruno Itan, o autor
Nascido em Recife e criado no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, Bruno Itan descobriu sua paixão pela fotografia na Rocinha, onde vive atualmente. Desde 2008, ele retrata sua realidade em imagens poéticas e dramáticas, buscando transmitir a essência das favelas e quebrar estigmas e preconceitos sobre essas comunidades.
Com o “Olhar Complexo”, Bruno não apenas ensina técnicas fotográficas, mas também promove a cultura da fotografia nas favelas, usando-a como uma ferramenta de denúncia e registro histórico. Seu trabalho foi reconhecido pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro, recebendo Moções de Congratulações e Aplausos pela relevante contribuição social.
No lançamento do livro, os visitantes poderão apreciar belas fotografias que capturam momentos de representatividade, alegria, dor e experiências únicas, revelando os diversos “brasis” que habitam o Brasil.
Ilha dos Arvoredos, em Guarujá, no litoral paulista, foi contemplada com o Green Key, certificado internacional de sustentabilidade
REDAÇÃO DO DT
Diversas ações sustentáveis empregadas na Ilha dos Arvoredos, localizada em Guarujá, no litoral de São Paulo, renderam ao local o importante selo Green Key, concedido pela organização não governamental Foundation for Environmental Education (FEE), com sede na Dinamarca.
De acordo com matéria do UOL, a ilha paulista tem projetos para instalar as primeiras placas solares da América Latina, gerar energia eólica, assim como para aproveitar a água das chuvas. Isso tudo se tornou pauta do destino antes mesmo do termo sustentabilidade ficar em voga como é agora.
Em andamento desde a década de 1960, essas iniciativas contribuíram para que a ilha recebesse recentemente essa certificação global de excelência ambiental. Vale dizer que a ilha dos Arvoredos consiste no primeiro atrativo turístico das Américas e do Hemisfério Sul a conquistar tal selo.
Segundo a reportagem do UOL, a ilha situada a 1,5 km da Praia de Pernambuco, que contém 36 mil metros quadrados, pode ser considerada um laboratório de ecologia a céu aberto.
Foi a avaliação do projeto Mundo Sustentável, responsável por promover visitas educativas 100% monitoradas no local, que garantiu a certificação.
A iniciativa é baseada na tese de doutorado da pesquisadora Priscilla Bonini Ribeiro, da Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp), que criou um modelo de educação ambiental com metodologias ativas de aprendizagem sobre sustentabilidade.
Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo estão recebendo visita da agência Black History Studies, com sede no Reino Unido, em atrativos voltados para o Afroturismo
EDIÇÃO DO DIÁRIO com agências
A agência de viagens de turismo receptivo Viare Travel está realizando esta semana um FAM tour dedicado ao Afroturismo no Brasil para a equipe da Black History Studies, agência baseada em Londres. Com o apoio de parceiros locais, o roteiro vai visitar alguns dos mais importantes locais da herança e história africanas no Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia.
De acordo com nota enviada ao DIÁRIO, a Viare Travel reforça neste roteiro o protagonismo negro e feminino em toda a sua operação. Para este fim, buscou apoio de suas parceiras Rota da Liberdade (SP), Rio Encantos (RJ) e SK Tours: Like a Sotero (BA), todas operadoras locais que, como a Viare, acreditam que o turismo brasileiro por muito tempo ignorou a herança africana e seu protagonismo cultural. Hoje elas trazem o enfoque do afroturismo, que tem sido muito solicitado por turistas internacionais.
A Black History Studies, além de oferecer cursos sobre a história do continente africano e a herança diaspórica, facilita excursões em diferentes partes do mundo para os seus alunos. Inspirada por uma forte demanda de seus alunos para conhecer o Brasil, a Black History Studies se juntou à Viare Travel, que é especializada no turismo responsável pelo Brasil, para criar um roteiro que retrata a herança africana no País.
Outros guias e operadoras em destinos como São Paulo e Paraty também contribuem, completando um itinerário rico de 15 dias, com foco nas contribuições da diáspora africana, desde a colonização do território brasileiro, até os dias de hoje, em contato com imigrantes recentes de países africanos e a cultura negra nos estados visitados.
Atividades que se destacam no roteiro incluem as mais conhecidas do afroturismo brasileiro, como a Pequena África, no Rio de Janeiro (Rio Encantos), uma visita ao Quilombo da Fazenda, em Ubatuba – SP (Rota da Liberdade), e um dia em Cachoeira da Bahia, passando pelo Quilombo Kaonge (SK Tours). Mas, no intuito de ir além, o roteiro também conta com visitas à periferia do Rio de Janeiro, com o negócio social Guiadas Urbanas, uma aula de culinária com Flávia Alves, labassê e proprietária do Quintal de Mãe, em Paraty, uma visita ao Quilombo Cafundó, em Salto de Pirapora (SP) e uma visita à sede da Sociedade Protetora dos Desvalidos, em Salvador.
Conscientes de que a cultura afrobrasileira se estende além destes três estados, a Viare Travel e suas parceiras entendem que o roteiro tem o objetivo de dar uma iniciação à história da herança africana brasileira, incentivar o gosto para viajar pelo país e conhecer mais estados em futuras viagens.
O roteiro, com suas adaptações pós-FAM tour, será oferecido pela Black History Studies, com coordenação da Viare Travel e seus parceiros, duas vezes por ano, a partir de 2025. A diretora do Black History Studies, Charmaine Simpson, já afirmou que “pelo interesse e lista de espera atual, temos certeza de que todas as saídas se esgotarão. O interesse pelo afroturismo no Brasil é enorme”.
Encontro de centenas de agentes de viagens com executivos da MSC Cruzeiros ocorreu nesta terça-feira (2) no Hotel Renaissance
Por Bruno Almeida – Colaborador do DIÁRIO
A MSC Cruzeiros realizou nesta terça-feira (2), em São Paulo, mais uma edição do Conexão MSC, evento preparado para capacitar agentes de viagens sobre os produtos da companhia. Além disso, o encontro foi uma oportunidade para divulgar um balanço da última temporada de cruzeiros e as perspectivas e metas da empresa para 2025.
Com oportunidades de network e palestras, a manhã desta terça foi momento de reforçar a atuação da MSC com um turismo voltado à sustentabilidade. Entre os destaques do dia, a divulgação da nova campanha de marketing da companhia, que deve rodar a partir da segunda quinzena de abril, rendeu aplausos dos 400 agentes que participaram do evento. Batizada de Viva a Grande Beleza, ela é uma continuação de campanhas anteriores da MSC que têm como base o turismo sustentável.
“Temos como meta zerar as emissões líquidas até 2050”, disse Ignacio Palacios Hidalgo, diretor de vendas e revenue da MSC Cruzeiros da empresa. “A campanha convida os hóspedes a descobrirem a beleza de fazer cruzeiro de forma sustentável e ainda pensar em questões sociais. Quando fazemos turismo entramos em contato com comunidades locais, temos um impacto e temos que ter respeito”, acrescentou o diretor ao destacar as imagens de “pôr-do-sol em família” contidas no filme.
Temporada 2024/2025
Pensando na próxima temporada, Ignacio destacou o aumento no número de rotas que incluem “destinos maravilhosos” como atrativos para superar o recorde da temporada 2023/2024, que movimentou 670 mil hóspedes no Brasil.
“Este é um dos pilares da nossa comunicação. O leque de produtos é muito grande”, continuou. Para a temporada de 2025, a MSC aposta em cruzeiros que passem pela Europa, onde a empresa já é líder de mercado, e o Caribe, atualmente o mercado que mais cresce para a companhia. Neste último, a empresa quer reforçar a possibilidade de ida a destinos que restauram o Caribe “dos sonhos”: com águas azuis cristalinas, areia branca, tranquilidade e água de coco.
Eduardo Mariani Simões, diretor de marketing da empresa no Brasil, encorajou o auditório praticamente lotado do Hotel Renaissance, na capital paulista, a mostrarem que destinos internacionais são viáveis para o público brasileiro. “Não tem mais alta, nem baixa temporada. A nossa alta (no Brasil) dura sete meses. Depois, já começa a alta temporada no Hemisfério Norte. Oportunidades existem o ano todo”, afirmou.
Com operações em cinco continentes e 675 escritórios no mundo, a empresa prevê atuar com 23 navios até 2025. Porém, a meta segue manter o aspecto de “empresa global com presença e atuação locais”, de acordo com Eduardo. “Não basta colocar pão-de-queijo no café da manhã. Cada região tem suas particularidades e nós estamos preparados para atende-las”, refletiu.
Gerente de vendas da MSC no Brasil, Rafael Grosso, destacou que o alto índice de clientes que voltam a procurar a empresa é evidência de que a MSC se mantém consolidada. “Quanto melhor é a experiência melhor o índice de retorno. O cliente volta e, nas próximas viagens, vai incrementado sua experiência”, disse Rafael.
Para 2025, outra aposta da empresa é a tendência de guiar os clientes em uma experiência positiva desde antes da reserva. Isso inclui condições de pagamento facilitadas, cashback, possibilidades de criação de viagens em grupos de afinidade – para a próxima temporada, a MSC mira em empresas que desejam realizar confraternizações e eventos corporativos a bordo de seus navios – e um check-in feito pela internet com antecedência e com possibilidade de escolher slots de horário de chegada ao porto. “Tudo para uma experiência fluida, mais fácil”, concluiu Rafael.
Outros quatro encontros do Conexão MSC acontecem ainda em abril para agentes de viagem do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Curitiba.
Clientes vão ter atendimento personalizado no embarque e desembarque com o novo serviço da Aero Service
EDIÇÃO DO DIÁRIO com agências
O grupo Aero Service acaba de lançar um novo serviço disponível no aeroporto de Guarulhos com ponto de apoio para os clientes, o Meet & Assist.
De acordo com nota enviada ao DIÁRIO, no Meet & Assist os clientes são recebidos por um dos atendentes da empresa, que os aguarda na saída da aeronave. Desde o momento da chegada há uma comunicação constante e eficaz, garantindo que todas as necessidades sejam atendidas.
O serviço vai além do convencional. Além de acompanhar os passageiros até a esteira de bagagens e auxiliar com o despacho, a Aero Service também oferece suporte na obtenção do cartão de embarque e etiquetas de bagagem, garantindo uma transição tranquila pelo aeroporto. Em caso do passageiro ter acesso à sala VIP, proporciona o acompanhamento até o local, assegurando um ambiente de espera confortável. Também facilita todo o processo em casos de conexão
Para aqueles que embarcam, os atendentes ficam disponíveis horas antes do voo, verificando detalhes como horário e reserva, para garantir uma partida sem contratempos. A equipe facilita o processo de embarque desde o ponto de encontro até a entrada do finger, proporcionando uma experiência contínua e sem interrupções.
No momento do desembarque, os clientes são recebidos novamente pelos atendentes, que os acompanham até a saída do aeroporto, garantindo que suas necessidades sejam atendidas até o último momento. Caso haja um serviço de transporte agendado, o time da empresa coordena tudo, proporcionando uma transição suave para o próximo destino.
Esse serviço é ideal para um perfil variado de passageiros, desde idosos, jovens que viajam sozinho, executivos, passageiros que voam pela primeira vez ou qualquer pessoa que deseja evitar as burocracias dos aeroportos e ter uma experiência de viagem facilitada e tranquila.
Ponto de apoio
Além dos serviços oferecidos, a Aero Service conta com um Ponto de Apoio exclusivo para os clientes do Meet & Assist. Localizado estrategicamente, oferece uma gama de serviços adicionais, como impressão de documentos e armazenamento de bagagens, garantindo uma experiência completa desde a chegada até a partida.
Com uma infraestrutura moderna e equipada, o ponto de apoio foi projetado para atender todas as necessidades dos passageiros, proporcionando conforto, conveniência e eficiência em todas as etapas da viagem.
Serviço de Quixadá, no sertão cearense, até Fortaleza será operado pela Azul Conecta, com início previsto para o dia 8 de julho
EDIÇÃO DO DIÁRIO com agências
A Azul esta terça-feira (2) as vendas do seu novo destino no Ceará, a cidade de Quixadá, que fica localizada no Sertão Central do estado. A partir do dia 8 de julho, o município passará a receber voos comerciais pela primeira vez em sua história. A ligação em direção a capital Fortaleza será feita duas vezes por semana.
A rota será operada pela Azul Conecta, com aeronaves Cessna Grand Caravan, com capacidade para nove passageiros. Os voos acontecem às segundas e quintas-feiras, saindo às 13h15 de Fortaleza e pousando em Quixadá às 14h05. Já o retorno acontece às 14h30, com chegada às 15h20 na capital cearense.
“É uma região com grande potencial para o ecoturismo e estamos contribuindo com o desenvolvimento econômico e social da cidade que, por meio da ligação com Fortaleza e Recife (PE), terá uma boa conectividade com diversos outros destinos no Brasil e exterior. É mais um passo da Azul Conecta e a Azul com o objetivo de conectar cada vez mais regiões do Brasil”, comemora Vitor Silva, gerente geral de Planejamento e Estratégia da Azul.
Quem visitar Quixadá vai se espantar com a beleza natural das suas formações rochosas, como a Pedra da Galinha Choca. O ecoturismo é uma das tendências do município que possui a Serra do Estevão, uma cadeia montanhosa com belas paisagens. Também é conhecida por suas festas tradicionais, como o carnaval e o Quixadá Junino. Localizada a 167 quilômetros de Fortaleza, a cidade é a maior da região do Sertão Central do Ceará.
As vendas para esta nova rota já estão disponíveis no site da Azul, na Central de Vendas ou por meio das agências de viagens parceiras.
O restaurante Marine, localizado no Fairmont Rio, está participando da segunda edição da campanha Wish Dish, uma iniciativa que tem como objetivo arrecadar recursos para realizar os sonhos de crianças com doenças graves. Com uma vista deslumbrante da Praia de Copacabana, o Marine é um dos restaurantes que contribuíram para que sete crianças pudessem vivenciar experiências especiais em 2023.
O destaque do menu do Marine para a campanha é o Galeto Carioca Na Brasa do Josper, que será vendido por R$ 120, com parte da renda revertida para a Make-A-Wish Brasil. O prato, criativamente elaborado pelo chef executivo Jêrome Dardillac, inclui molho à campanha e batatas rústicas, proporcionando uma experiência gastronômica única e contribuindo para uma causa nobre.
Mês da Solidariedade
Além de participar do Wish Dish, o Fairmont Rio também está engajado no Mês da Solidariedade, durante o qual o hotel ganhará bandeiras azuis em sua fachada, simbolizando o apoio à Make-A-Wish Brasil. A fachada também será iluminada com a cor azul, representativa da organização.
A iniciativa do Fairmont Rio em apoiar o Wish Dish e o Mês da Solidariedade reflete o compromisso do hotel em criar memórias significativas para seus hóspedes e para a comunidade. O restaurante Marine e o Fairmont Rio convidam a todos para participar desta causa solidária, desfrutando de uma experiência gastronômica única e contribuindo para tornar os sonhos de crianças em realidade.
O restaurante Marine está localizado no Hotel Fairmont Rio, na Avenida Atlântica, 4.240, 6º andar. O horário de funcionamento é das 12h30 às 15h para o almoço e das 19h às 23h para o jantar.
Voetur Turismo: chegada da profissional com 25 anos de experiência marca a expansão da TMC para o mercado privado
EDIÇÃO DO DT com agências
No ano em que completa 4 décadas de operação, a Voetur Turismo está traçando diversas estratégias para reafirmar seu pioneirismo e consistência de negócio no setor. Uma delas é a chegada de Carolina Gaete como a nova Diretora de Vendas da TMC.
De acordo com nota enviada ao DIÁRIO, o anúncio faz parte do movimento de expansão da Voetur para o mercado privado de Turismo e Eventos, que visa impulsi0onar e ampliar a filial de São Paulo e fortalecer a marca na maior cidade do país. “Com a chegada da Carolina, queremos focar em um mercado ainda pouco explorado pela nossa empresa, a de viagens e eventos corporativos para empresas privadas. Temos um know-how de 40 anos no setor e queremos apresentar soluções certeiras e personalizadas para os nossos clientes”, explica Humberto Cançado, Diretor Comercial na empresa.
Com 25 anos de experiência no mercado, Carolina já teve passagens por Transbrasil, GOL Linhas Aéreas, Avianca Brasil e mais recentemente na Rede Accor. Formada em Turismo, com pós graduação em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral e especialização em Global Management na Thunderbird School of Global Management em Phoenix de Seattle, a profissional espera alavancar a carteira de clientes privados da empresa. “Estou muito feliz com esta oportunidade e espero que, junto à equipe já competente e reconhecida da Voetur Turismo, consigamos prospectar vendas e novas parcerias a partir deste ano”, ressalta.
Para auxiliar nesta estratégia, um time de peso será nomeado para assumir a carteira de clientes privados da empresa.
Considerada uma das 20 maiores empresas de Turismo do Brasil e a 7ª maior agência de viagens corporativas do país, a expectativa da Voetur Turismo é fechar 2024 com 50% de crescimento em vendas para empresas privadas. “Traçamos uma meta desafiadora para nosso time e esperamos alcançá-la no final deste ano”, finaliza Humberto.
Conheci Conceição Silva em 2015, em Soure, no Marajó, durante a realização da Ópera do Marajó, uma das montagens artísticas mais revolucionárias que se tem notícia na Amazônia. Ali vi a união da floresta com a arte, a fusão do mangue com o turismo, o encontro dos profissionais da cultura e do teatro com os administradores e gestores. Conceição era uma dessas profissionais.
por Paulo Atzingen, de São Paulo*
Conceição Silva, simboliza, fácil fácil a mulher paraense por sua inteligência e por sua força. Por traz de sua formação técnica e de pós-graduação em Planejamento do Desenvolvimento da Amazônia, vive uma Conceição que representa não uma, mas duas, três, dez, mil Conceições, forjadas sobre os mangues de Belém, sobre as palafitas da Amazônia, sobre as comunidades do Brasil.
Conceição Silva por 21 anos conduziu os projetos turísticos da extinta Companhia Paraense de Turismo e da atual Secretaria de Turismo do Estado do Pará (Setur). Atualmente é técnica em Planejamento e Gestão da Setur-Pará e sempre será uma das Mulheres que constroem o Turismo brasileiro. Confira sua entrevista:
DIARIO – Conceição, fale sobre a importância que a educação (leia-se escola) teve em sua vida e também sobre sua formação acadêmica.
CONCEIÇÃO SILVA: A educação foi o meu tudo. Ela foi e é a divisora de águas da minha vida. Por ela eu tive acesso ao mundo que era completamente desconhecido, me projetou e muito para fora da minha realidade a realidade que eu vivia. Sem a escola, muito provavelmente eu não seria a pessoa que sou hoje, a profissional que sou e não teria vivido as experiências exitosas tanto pessoal, quanto profissional em todos os sentidos.
Fui aluna de escola pública. Minha formação básica até a a pós-graduação sempre foi em escola pública. Eu sou fruto da escola pública. A escola pública dá certo quando você tem profissionais comprometidos com a causa, com a Educação. Alguns professores me exigiram muito porque viram em mim talvez, um potencial ou uma fragilidade, e nesse ponto eu me superei, sou imensamente agradecida a esses professores.
Formei-me como Administradora de Empresas na Universidade do Pará e fiz minha pós-graduação no núcleo de Altos Estudos Amazônicos onde me especializei Planejamento do desenvolvimento de áreas Amazônicos. Essa especialização me colocou integralmente conectada as coisas da minha terra, da minha região, na forma de ver e sentir a Amazônia e poder contribuir.
Fiz também um curso de pós-graduação e destaco o MBA em Tóquio, por meio de uma cooperação técnica entre o Brasil e o Japão, de Planejamento, Gestão e Marketing do Turismo.
DIÁRIO – Qual é quando foi o 1° cargo que você ocupou na Paratur e como você chegou lá?
CONCEIÇÃO SILVA – Entrei na atividade turística em janeiro de 1989, na extinta Companhia Paraense de Turismo – Paratur. Comecei como assessora técnica. Cheguei lá porque o dono do escritório que eu trabalhava foi convidado para exercer uma consultoria econômica na companhia. Meu objetivo, à época, era instituir (junto a três colegas) uma consultoria econômica na companhia para levar essa visão do que era atividade turística para dentro da pauta econômica do estado do Pará.
Foi isso que me colocou no processo da atividade turística. O contrato tinha um prazo de 2 anos depois foi renovado e exerci outros cargos, como coordenadora de planejamento (entre 1990 a 1993) e depois de diretora de Economia e Fomento da Paratur (a partir de 1995). Fui também presidente interina, por duas ocasiões.
DIÁRIO – O racismo e o machismo no Brasil têm raízes históricas e no Pará isso não é diferente. Você pode contar alguma dessa triste experiência vivida no âmbito profissional?
CONCEIÇÃO SILVA: Efetivamente o racismo e o machismo são uma doença, correto? É mundial e no Brasil, talvez por conta das questões históricas, e na Amazônia mais ainda. Hoje ainda vivemos com algumas situações meio que esdrúxulas, pessoalmente e profissionalmente.
Um caso ocorreu comigo lá na Paratur. Um dia chegou um cidadão lá e não conseguiu entender que eu, negra e mulher era diretora. Me olhou da cabeça aos pés e disse assim: A senhora que é a diretora como assim? Eu peguei o crachá e mostrei pra ele o que estava escrito: Diretora.
Esse preconceito é estrutural. Sempre foi assim. A reação desse cidadão e de muitos ainda hoje simboliza como se nós, os negros e as mulheres, não tivéssemos condição de ter cargos e posições de destaque em uma organização. A gente ainda percebe isso, por meio de mensagens, na linguagem do corpo, nas piadas.
Todo dia temos uma missão, como mulheres e negras, de mostrar que temos capacidade sim, somos independentes sim, temos condições e capacidade técnica e emocional sim. Podemos exercer cargos de chefia de extrema responsabilidade, sim, principalmente se estivermos preparadas.
DIÁRIO – Descreva os principais projetos implantados diretamente ou indiretamente por você e sua equipe na Paratur e Setur…
CONCEIÇÃO SILVA: Desenvolvi inúmeros projetos. Um marco pessoal, foi ser a coautora do projeto de Criação da Secretaria de Estado de Turismo, em 2011. Fizemos o organograma, com a coautoria da doutora em psicologia Rosa Carvalho, que traçou os perfis dos profissionais que iriam compor os corpo técnico da secretaria. Foi um momento prazeroso, de satisfação profissional, ao ver um projeto meu ser conduzido pelo governador para a Assembleia Legislativa e ser aprovado. A criação da Secretaria de Estado era um sonho dos profissionais, do trade turístico, um momento de extrema satisfação profissional, pois a primeira vez pude ser administradora; nem eu sabia que sabia tanto. Trabalhar com processos, com fluxos, com cálculos, com a essência administrativa para fazer esse projeto, foi um momento assim, de glória.
DIÁRIO – Você participou do fim da Paratur?
CONCEIÇÃO SILVA: No decorrer do processo, tivemos outras participações, essas missões, que nos dão, que foi trabalhar na extinção da Paratur, foi difícil profissionalmente, pois tive que fechar, não apagar a história, mas acompanhar o processo documental de extinção da companhia Paraense de Turismo. De 2015 a 2016 eu funcionei como a liquidante da Paratur. Meu trabalho foi colocado em xeque para acompanhar esse processo de extinção de uma companhia de turismo.
Outros projetos realizados são importantes ser citados como a Feira Internacional de Turismo (a partir de 1999), a Feira de Pesca do Pará, o Salão Paraense de Turismo, e a Romaria Fluvial do Estado (entre 1996 a 1999). Eu devo tudo isso ao nosso trabalho em equipe.
DIÁRIO – Você pode falar sobre a Ópera do Marajó? Uma segunda edição não seria importante para promover o Pará Internacionalmente?
CONCEIÇÃO SILVA: Sim, vale a pena se pensar numa segunda edição pela seu caráter inusitado, original. Esse projeto, que foi de terceiros, e entramos como apoiadores foi muito autêntico. Se fizermos um bom planejamento, captação de recursos e tivermos mais tempo, sim, é possível uma segunda edição.
DIÁRIO – As cidades brasileiras sofrem com administrações públicas, que em sua maioria não incluem o turismo em sua pauta social. Em sua visão isso vem mudando ou não?
CONCEIÇÃO SILVA: A atividade turística é a que mais remunera sua população, isto é fato. Cada um dos setores da economia recebe parte da receita gerada com a atividade turística. Os governos precisam entender o volume de recursos advindos de impostos que essa atividade pode gerar. Recursos esses que podem ser e devem ser utilizados para cumprimento das outras pautas de Educação de Saúde de Transporte, de Saneamento Básico. Tenho uma verdade que aprendi e aplico nesta frase: “O turismo só é bom, se for bom para sua população”. Se não for bom para a população, trata-se de um projeto que precisa ser reavaliado, se é importante ser implementado ou não.
DIÁRIO – Qual o projeto de turismo que falta implantar no Pará e em Belém?
CONCEIÇÃO SILVA: De todos os projetos que ainda precisamos implantar é o projeto de acreditação. Eu, você, a população precisa acreditar que o turismo é um vetor de desenvolvimento econômico, que somos parte do projeto, do processo. Porque quando eu acreditar nisso de fato efetivamente eu possa fazer algumas revoluções. As secretarias (de turismo) por si só não geram, não produzem, não constroem as infraestruturas que são necessárias para o suporte da atividade turística. O turismo talvez seja o único vetor de desenvolvimento econômico e social em algumas regiões, e, em outras, ele vai ser suplementar e ter assim também a sua importância. Mas quando todos nós olharmos para uma única planta de desenvolvimento e cada um queira fazer a sua parte, a coisa muda; aí sim a gente terá um grande projeto de turismo implementado. Não só o nível do Estado do Pará, ou de Belém, mas acima de tudo no conjunto Brasil.
A United Airlines tem pilotos demais, sem aviões suficientes. A companhia aérea está pedindo a pilotos que peguem folgas não remuneradas em maio, segundo um memorando do sindicato de seus pilotos, o qual cita reduções em voos diante de atrasos em entregas de aeronaves da Boeing.
Agências Internacionais com EDIÇÃO DO DIÁRIO
A solicitação é o mais recente sinal de como os problemas da Boeing pesam nas ambições de crescimento das companhias aéreas. E também reflete uma reversão abrupta da falta de pilotos que atrapalhava planos dessas empresas nos últimos anos.
United sem aviões
A United já havia dito que iria fazer uma pausa na contratação de pilotos em maio e junho.
A Southwest Airlines também paralisou contratações e disse que reduziria capacidade de voo no segundo semestre.
O sindicato dos pilotos da United afirmou esperar que a empresa continue a buscar que pilotos fiquem em folgas não remuneradas no verão e potencialmente no outono local. Fonte: Dow Jones Newswires.
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