segunda-feira, dezembro 29, 2025
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Clube da Esquina: o som da amizade em BH

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A esquina ganhou uma placa (Crédito: Paulo Atzingen)

Bar do Museu resgata a memória da inovação musical de jovens da década de 60 e 70

Por Tarcia Oreste (com reportagem de Paulo Atzingen)


“Noite chegou outra vez, de novo na esquina os homens estão…”. Assim é o pequeno trecho da famosa canção “Clube da Esquina”, marco na história da música brasileira pelo refinamento de seus arranjos, e que hoje dá nome ao bar quase museu de Belo Horizonte, cuja proposta é resgatar a memória do movimento homônimo dos jovens músicos que se encontravam no centro, nas esquinas, nos prédios e nas ruas do bairro de Santa Tereza, na capital mineira.

Milton Nascimento e os irmãos Márcio e Lô Borges foram protagonistas dessa história. Na década de 60, ainda iniciantes, os jovens se reuniam para criar, compor e fazer música, sempre apoiados na profundidade de uma grande amizade que nascia.

A entrada do museu clube (Crédito: Marden Couto Turismo de Minas)

Virgínia Câmara, produtora cultural do Bar do Museu Clube da Esquina, em entrevista ao DIÁRIO DO TURISMO, contou detalhes da criação do bar museu que reaviva o movimento iniciado naquele período. “A gente já tem história de grandes emoções aqui, grandes pessoas que vieram e pisaram no nosso palco”, comentou a produtora.

O Bar do Museu Clube da Esquina, criado há seis anos, tem se firmado na cena cultural mineira como um espaço que reúne a melhor música dos maiores artistas da cidade. Os irmãos Lô, Telo e Marilton Borges, Beto Guedes, Flávio Venturini, artistas da banda de Milton Nascimento, Bárbara Barcellos, e os filhos dessa geração de músicos, como Rodrigo Borges, Ian e Gabriel Guedes já subiram aos palcos do local, um ponto de referência que não pode deixar de ser visitado por quem deseja consumir o melhor da cultura belorizontina.

O Clube -bar – museu é multiuso (Crédito: Marden Couto)

O som da amizade

O “Clube da Esquina” nasceu nos seios da cidade de Belo Horizonte. Um encontro muito engraçado, num prédio, no centro da cidade, foi como tudo começou na década de 60. A família Borges tinha saído da Rua Divinópolis, em Santa Tereza, e se mudado para o Edifício Levy, na Avenida Amazonas. Eram 11 filhos no total, morando no 17º andar do edifício instalado na região central. Um dia, Marilton Borges, junto com seu irmão Lô, este, à época, com apenas 10 anos de idade, ouviram uma voz maravilhosa que aproveitava a acústica do edifício, enquanto desciam as escadas do prédio para ir comprar pão.

O ambiente acolhedor guarda lembranças do Clube da Esquina original (Crédito: Vivi Martinelli/VEMPRABH)

Os sonhos não envelhecem

Essa voz era de Milton Nascimento, que estava hospedado numa pensão, no 4º andar, e tinha acabado de se mudar da cidade de Três Pontas. Os dois irmãos, maravilhados com a voz, o convidaram para ir até a sua casa, muito frequentada por músicos. Desse inusitado encontro surgiu uma grande amizade entre a família Borges e o “Bituca”, como era apelidado Milton Nascimento naquele tempo, e que passou a ser considerado como o 12º filho da família.

Como lembrou a produtora musical, o livro “Os Sonhos Não Envelhecem”, de Márcio Borges conta como cinco, dos 11 filhos da família Borges, se tornaram profissionais da música até dos dias de hoje. “Márcio Borges enveredou para o meio de escrever letras. É o grande compositor do Milton Nascimento. As primeiras três músicas que o Milton compôs foi com o Marcinho Borges”, explicou Virgínia Câmara.

Reprodução de uma das capas memoráveis do grupo (Crédito: Paulo Atzingen)

Cinema, música e patinete

Milton Nascimento trabalhava como datilógrafo na Central de Furnas. Um dia, Márcio Borges convidou Milton para ir ao Cine Metrópoles, local que já não existe mais. Nesse dia, eles saíram encantados com o filme “Jules e Jim”. Inspirados, viraram a madrugada e compuseram suas três primeiras músicas. “Fizeram as três primeiras filhas… chamavam de filhas de tão boas que eram”, contou a produtora musical. “Eu sei que “Gira Girou” é uma delas”, completou.

Um pouco depois desse período, no quarteirão à frente do prédio, Lô brincava no centro da cidade, quando avistou um menino descendo de patinete. Era o Beto Guedes. “Quando foi ver, ficou amigo de Beto Guedes, que era outro músico, de Montes Claros, e que tinha vindo para a Capital também para ganhar a vida”, explicou Virgínia.

Reprodução de imagens do Museu Clube da Esquina

Um ambiente de “canjas”

Após três anos, depois das amizades que aconteceram nos prédios do centro de Belo Horizonte, a família Borges voltou para Santa Tereza. “O Lô vivia nessa esquina aqui, no chão mesmo, ele adorava brincar de patinete, jogar bola”, contou Câmara. Lô já tinha 14 anos de idade, e Márcio Borges já era estudante, chegava tarde em casa. Um dia, Lô saiu da esquina e foi para sua casa, onde tinha um piano, e compôs uma linda melodia. Neste mesmo dia, tinha acabado de acontecer o “Festival da Canção” e mais de 40 músicos estavam na casa dos Borges. “Era uma casa que os jovens todos vinham”, disse Virgínia. Lô, então, perguntou aos presentes se alguém gostaria de compor uma letra para a música.

Os meninos, com muita fome, queriam mesmo era comer a macarronada da Dona Maricota, a mãe dos Borges. Mas, a canção era tão bela, que os jovens se dividiram rapidamente para compor trechos da música, enquanto a comida não vinha. Naquele momento, a luz acabou. Como explicou a produtora musical, quando a macarronada foi servida, todos os estudantes já estavam cantando, “noite chegou outra vez…”, e à luz de velas, porque a energia ainda não tinha voltado. Assim surgiu a bela canção “Clube da Esquina”, que deu nome ao movimento.

Interior do Bar Clube da Esquina (Crédito: DT)

O Bar, que hoje também leva o mesmo nome, antes era o “Bar do Godofredo”, do Gabriel Guedes, filho de Beto Guedes. Cláudia Brandão, mulher de Márcio Borges, há cerca de 17 anos tenta implantar o museu em memória ao movimento, mas que até hoje não conseguiu sair do papel. Assim, Virgínia Câmara, junto com outros profissionais, pediu ao Museu para encampar no bar a ideia de memória viva do movimento. “Existe o Bar do Museu, que praticamente já faz um papel muito bonito no resgate dessa memória”, afirmou Câmara.

Ambiente do Bar Museu (Crédito: Vivi Martinelli/VEMPRABH)

Com um público característico de 40 anos para cima, muitos pais levam seus filhos ao local para contar como foi a sua adolescência. “Beto Guedes gosta de vir aqui no réveillon, ficar quietinho na mesa, e depois ele dá uma canja para gente”, comentou a produtora musical, que logo complementou, “o que é gostoso aqui é esse ambiente de canjas”.

Lives na pandemia

No Bar Museu Clube da Esquina toca um pouquinho de Bossa Nova, muito Clube da Esquina, às vezes Beatles, e às vezes samba, samba de época e rock de época. Com a pandemia, o local entrou forte nos projetos culturais, com a realização de mais de 30 lives.

Virgínia Câmara, produtora cultural do Bar do Museu Clube da Esquina

No último mês, houve uma live com Márcio e Lô Borges, onde o Márcio conta a grande amizade entre o Lô e o Bituca, como eles se conheceram. O maior parceiro dele, do Márcio Borges, foi o Lô, seu irmão. É uma história de amor entre os dois irmãos, que pode ser acompanhada no canal do Bar Museu, no Youtube; O DT postou essa live aqui:


*O DIÁRIO integrou o presstrip #vemprabh projeto realizado pelo portal Turismo de Minas  aprovado no edital de apoio a eventos turísticos da Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte – Belotur, com o patrocínio da Prefeitura de Belo Horizonte.

DIÁRIO 20 ANOS – Publicado originalmente dia 19 de agosto de 2021

 

Paixão de Cristo 2025 emociona em Nova Jerusalém e atrai multidão recorde

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Paixão de Cristo
José Loreto, no papel de Jesus, viveu sua estreia em cena com intensidade e reverência. “É uma emoção gigantesca essa energia de quase 10 mil pessoas "...- Crédito: Alisson Torres - divulgação

Paixão de Cristo em Nova Jerusalém emocionou mais de 10 mil pessoas em uma noite marcada por comoção, beleza cênica e entrega artística.

REDAÇÃO DO DIÁRIO com agências nacionais

Localizada a 180 km do Recife, a cidade-teatro abriu suas monumentais muralhas para receber um público superior ao da estreia do ano passado — e a energia compartilhada entre elenco e plateia ecoou pelos nove palcos do maior teatro ao ar livre do mundo.

José Loreto, no papel de Jesus, viveu sua estreia em cena com intensidade e reverência. “É uma emoção gigantesca essa energia de quase 10 mil pessoas ali vibrando, só com bons pensamentos, orações, com pedidos, com curas e agradecimentos. Parece que vem tudo para mim também. Estou sendo o porta-voz desse mestre, desse grande professor, desse Jesus Cristo com muita honra.”

Cumplicidade em cena e nos bastidores

Letícia Sabatella, intérprete de Maria, destacou a sinergia entre elenco e público. “Todo mundo conseguiu viver a emoção junto com a plateia. É muito lindo, uma plateia gigante, um espaço superamplo, o céu aberto sobre nossas cabeças, muitas estrelas. E Nossa Senhora é a compaixão que eu sinto que nos une a todos.”

Werner Schünemann (Herodes) e Leopoldo Pacheco (Pilatos) também vibraram com a recepção calorosa. “Até onde a gente via tinha gente. Gente concentrada acompanhando a nossa história. Foi uma estreia muito intensa e emocionante”, contou Schünemann. Para Pacheco, “aquele mar de gente é impressionante. A gente se sente na história. É muita energia junta e isso requer muito do ator.”

A pesquisa de público realizada na noite de estreia revelou que 73% dos presentes eram mulheres, e 58,8% estavam assistindo ao espetáculo pela primeira vez. A aprovação também foi expressiva: 88,7% classificaram a encenação como excelente e 7% como boa.

Paixão de Cristo
A temporada 2025 da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém segue até o próximo domingo, dia 20 (Crédito: Wilker Mattos)

Paixão de Cristo: uma tradição que se renova a cada ano

Para Robinson Pacheco, presidente da Sociedade Teatral de Fazenda Nova, os números são reflexo do comprometimento artístico e do valor simbólico do evento. “É muito gratificante ver que temos a aprovação de quase 100% do público. Isso nos estimula a querer fazer um espetáculo cada vez melhor.”

A temporada 2025 da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém segue até o próximo domingo, dia 20. Os ingressos estão disponíveis pelo site www.novajerusalem.com.br, com possibilidade de parcelamento em até 12 vezes.

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Maracatu Rural em Nazaré da Mata (PE): uma resistência que atravessa gerações

Recife conecta culturas com novo voo direto vindo de Córdoba

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Recife a Córdoba
A iniciativa é fruto da parceria entre o Governo de Pernambuco, por meio da Empetur, e a GOL, e representa um movimento estratégico para expandir o fluxo turístico e de negócios entre os dois destinos (divulgação Empetur)
Neste domingo (13), Recife deu boas-vindas a 150 passageiros vindos de Córdoba, com a inauguração de uma nova rota internacional operada pela GOL Linhas Aéreas. O voo direto entre as duas cidades consolida a presença da companhia no mercado argentino, reforçando a vocação da capital pernambucana como um dos principais hubs aéreos do Nordeste.

REDAÇÃO DO DIÁRIO com assessorias

A iniciativa é fruto da parceria entre o Governo de Pernambuco, por meio da Empetur, e a GOL, e representa um movimento estratégico para expandir o fluxo turístico e de negócios entre os dois destinos. Córdoba é a segunda maior cidade da Argentina e um dos principais mercados emissores de turistas para o Brasil.

“É com muita alegria que iniciamos mais uma rota internacional em Pernambuco, desta vez para Córdoba, a segunda maior cidade da Argentina”, afirmou Eduardo Loyo, presidente da Empetur, destacando a relevância do novo mercado para o estado.

Recife a Córdoba: Frevo, sabores e hospitalidade

Para celebrar o primeiro desembarque, os visitantes foram recebidos com uma calorosa homenagem à cultura pernambucana: uma orquestra de frevo com passistas, bolo de rolo e ecobags personalizadas com estampas dos principais atrativos turísticos do estado. A ação, promovida pela Empetur, celebrou o momento com identidade e afeto, encantando os cerca de 170 passageiros.

“A rota Recife–Córdoba representa um marco na cooperação entre o Estado de Pernambuco e a GOL no desenvolvimento de novos mercados”, destacou Mateus Pongeluppi, vice-presidente comercial da companhia aérea. Segundo ele, a nova ligação fortalece o turismo, fomenta negócios e amplia o transporte de cargas entre os dois destinos.

Para celebrar o primeiro desembarque, os visitantes foram recebidos com uma calorosa homenagem à cultura pernambucana: uma orquestra de frevo com passistas, bolo de rolo e ecobags personalizadas (Crédito: Empetur)

Um marco para a aviação e o turismo

A nova operação também simboliza a retomada da malha aérea internacional no Aeroporto Internacional do Recife, administrado pela Aena Brasil. A conexão direta com Córdoba amplia o potencial de integração com outras cidades argentinas, diversificando o perfil dos visitantes e fortalecendo a economia local.

“Essa nova rota reforça o protagonismo de Pernambuco como hub do Nordeste”, afirmou Marcelo Bento Ribeiro, diretor da Aena Brasil, ao destacar a importância da conectividade com o segundo maior mercado emissor de turistas da Argentina.

A cerimônia de corte de fita, realizada no sábado (12), contou com a presença de diversas autoridades, entre elas Diogo Melo, vice-presidente da Empetur; Kaio Maniçoba, secretário de Turismo de Pernambuco; Julieta Grande, cônsul-geral da Argentina no Recife; Adrián Bozoletti, coordenador de Mercado e Estratégia da Agência Córdoba de Turismo; Luciana Romeiro Pedrosa, gerente de Operações do Aeroporto Internacional do Recife; e Rodolfo Gonçalves, gerente da GOL no aeroporto recifense.

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O Galo da Madrugada

Confira reportagem fotográfica dos 40 anos da AccorHotels

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Mais que fotos posadas, espontâneas. Mais que descrições explicativas, sugestões instigantes. Mais que legendas redundantes, tomadas insinuantes. O DIÁRIO participou na noite da última terça-feira (28) em São Paulo, do aniversário que comemorou os 40 anos da AccorHotels no Brasil. A noite, evidentemente, foi dos quatro pilares que representam o passado, o presente e o futuro do grupo hoteleiro no Brasil: Jean Larcher, Firmin António, Roland de Bonadona e Patrick Mendes., embora todas as outras pessoas, coadjuvantes, tenham participado ou ainda fazem parte desta grande empresa francesa que aportou no Brasil há quatro décadas.

Entre um serviço de primeira oferecido por hoteleiros graduados em Alimentos e Bebidas e produção de eventos, a noite também serviu para o lançamento do livro 40 anos da Hotelaria no Brasil, que foi gentilmente ofertado a cada um dos presentes ao final.

Abaixo, o fotógrafo do DT, Renato Eck Zorn, mostra um pouco desta festa:

DIÁRIO 20 ANOS – Publicado originalmente dia 2 de dezembro de 2017

Palácio das Artes em BH: uma verdadeira usina de funcionamento artí­stico

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Palácio das Artes: a ousadia de Juscelino Kubitschek com a genialidade de Oscar Niemeyer, mais uma vez juntas (Crédito: Vivi Martinelli/VEMPRABH)

“Não há um só artista nacional de peso que não tenha passado pelo Palácio das Artes”, afirma a presidente do espaço Eliane Parreiras ao DIÁRIO

 Por Tárcia Oreste com reportagem de Paulo Atzingen*


A ousadia de Juscelino Kubitschek como prefeito de Belo Horizonte, na década de 40, rendeu à capital mineira o que hoje é considerado um dos maiores centros culturais da América Latina: o Palácio das Artes.

Mais de 600 mil pessoas visitam as instalações do local por ano. O espaço chega a receber cerca de 500 alunos, se relacionando com a prática e com atividades culturais de seus diversos equipamentos, e mais de 5 mil pessoas circulando, dialogando, debatendo, criando, pesquisando, fruindo dessa produção e de todo o tipo de programação cultural por dia.

Eliane Parreiras , presidente do Palácio das Artes (Crédito: Paulo Atzingen/DT)

A presidente do Palácio das Artes, Eliane Parreiras, contou ao DIÁRIO DO TURISMO, em uma visita presencial ao centro cultural, detalhes de todo o processo de criação e implantação deste conglomerado artístico idealizado por Oscar Niemeyer, a convite de JK, em 1941, e que está alojado no coração da capital mineira. Abaixo, os principais tópicos da entrevista:

Pioneirismo Cultural

O Palácio das Artes teve um pioneirismo muito grande, porque o pensamento daquele momento já foi de um centro cultural, coisa que não tinha nem no exterior, na década de 40. Esse projeto foi pensado com a entrada pelo Parque Municipal. Nós somos abraçados pelo Parque Municipal Américo Renné Giannetti. A entrada, a fachada, é interessante, porque lembra muito o que depois veio a ser o Palácio do Planalto, que é uma rampa. Essas obras começaram a ser feitas em 1942. Mas, quando JK saiu da prefeitura, em 1945, elas pararam, e aí foram quase 20 anos com essas obras interrompidas.

Espaços conjugados em meio à arte: assinatura modernista (Crédito: Vivi Martinelli/VEMPRABH)

Nesse período, a comunidade artística ocupou muito esse espaço. Tivemos Guignard (Alberto da Veiga Guignard), no Parque Municipal, usando parte dessas áreas. Tivemos Carlos Leite com aulas de dança. Então, as pessoas acabaram se apropriando muito e por uma pressão da própria sociedade, o governo do Estado fez uma negociação com a prefeitura e assumiu a finalização das obras e a gestão.

Entrada independente, uma relação com o parque

Como estamos falando de 20 anos depois, [foi pensada] uma solução de entrada independente do Parque Municipal, voltada para a Avenida Afonso Pensa, que tem um papel, porque liga duas pontas da cidade. É uma avenida em que aproximadamente 400 mil pedestres passam por dia, 80 mil veículos… É das mais movimentadas da cidade. Então, cria-se esse olhar para a rua, mas se mantém essa relação com o parque. Apesar da gente ter uma separação, temos uma programação intensa junto com o parque, de concertos da Orquestra Sinfônica e do Coral Lírico.

A entrada, a fachada, é interessante, porque lembra muito o que depois veio a ser o Palácio do Planalto (Brasília) – (Vivi Martinelli/VEMPRABH)

Inauguração por partes e incêndio

O Palácio das Artes começou a ser inaugurado por partes, em 1970, quando foi criada a Fundação Palácio das Artes. Em 1979, ela virou Fundação Clóvis Salgado, porque foi ele o grande motivador para que o Estado assumisse e finalizasse essas obras.

Há um vínculo com a sociedade que é um muito grande, as pessoas têm afetividade com esse espaço. Em 1997, teve um incêndio no Grande Teatro. Graças aos funcionários, que conseguiram baixar a porta corta fogo, só a plateia foi incendiada, a parte cênica ficou preservada. Foi uma verdadeira comoção, porque o mineiro tem essa relação com o espaço, que está no coração da cidade e tem uma programação que é muito diversa. É uma verdadeira usina de funcionamento.

Foi uma verdadeira comoção, porque o mineiro tem essa relação com o espaço, que está no coração da cidade e tem uma programação que é muito diversa.

Aqui dentro, hoje, a gente tem, além do Grande Teatro, dois teatros de menor porte, voltados mais especificamente para teatro, música de menor porte, literatura, seminários. Temos um cinema, que é o cinema mais antigo de rua de Belo Horizonte. O Cine Humberto Mauro é um cinema que formou gerações de profissionais, de pessoas, de cinéfilos. Temos uma escola, que é o Centro de Formação Tecnológica e tem quase 40 anos. É uma escola que tem cursos técnicos profissionalizantes de teatro, dança, música, arte visuais, tecnologia da cena.

Grande Teatro Cemig Palácio das Artes (Vivi Martinelli/VEMPRABH)

Temos uma orquestra sinfônica, o Coral Lírico e uma companhia de dança, a Companhia de Dança Palácio das Artes. Temos estúdios que foram pensados pelo Niemeyer e pelo JK lá no começo do Palácio das Artes. Esses estúdios, adaptados ao longo do tempo, foram aperfeiçoados, mas já pensados como cerne dessa instituição. Então, é uma instituição muito particular. Não há um só artista nacional de peso que não tenha passado pelo Palácio das Artes.

Fonte de receita e outros espaços

O Palácio é mantido pelo governo do Estado. É uma unidade da Secretaria de Estado e Cultura, uma fundação pública, de direito público, vinculada à Secretaria de Estado, Cultura e Turismo, do Governo de Minas, e tem como principal fonte de arrecadação o recurso orçamentário do Estado. Além disso, tem parcerias privadas. Há vários parceiros, patrocinadores maiores, apoios menores, inclusive de conteúdo, e temos a receita que é gerada pelos equipamentos. Mas, a Fundação, além do Palácio das Artes, tem outros espaços.

A grande Galeria Alberto da Veiga Guignard (Crédito: Vivi Martinelli/VEMPRABH)

Ela gere também a Serraria Souza Pinto, um local de eventos que está aqui atrás do Parque Municipal. O nome é porque era uma serraria, no começo do século, em 1912. Foi transformado num espaço de eventos, em 1993, e passado, em 1997, para a Fundação Clóvis Salgado. Além disso, na própria avenida Afonso Pena, existe um outro local, que é o CâmeraSete. É um espaço de exposições que pertencia ao Instituto Moreira Salles.

Teatro João Ceschiatti (Crédito: Vivi Martinelli/VEMPRABH)

O IMS, durante um período grande, ocupou esse espaço, fazendo a gestão como uma unidade do Instituto. Em 2009, decidiram que iriam fechar. E aí, numa negociação com o governo do Estado, a Fundação Clóvis Salgado assumiu a gestão, em 2010. [A Fundação também] tem uma unidade dentro da área mesmo do Circuito, que é o Cefart Liberdade, um centro técnico de produção, onde fica a guarda do nosso acervo, porque nós somos realizadores de óperas, espetáculos de dança e concertos.

Pequenas, médias e grandes orquestras se apresentam no Palácio das Artes (Crédito: Palácio das Artes)

Esse acervo fica no centro técnico de produção, em Sabará, cidade aqui do lado. E tem, ainda, um prédio, ao lado da Serraria, em preparação para receber tanto o Cefart, que é a escola, que faz parte do nosso acervo. [Em resumo], é uma produção realmente muito intensa.


*O DIÁRIO viajou a convite do #vemprabh projeto realizado pelo portal Turismo de Minas  aprovado no edital de apoio a eventos turísticos da Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte – Belotur, com o patrocínio da Prefeitura de Belo Horizonte.

DIÁRIO 20 ANOS – Publicado originalmente dia 23 de agosto de 2021

Querida Jacinta, Cozinha da Vó Anna e Cantina do Lucas: espetaculares sabores de BH

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Espetacular sobremesa mineira: panacota com cachaça mineira e creme de goiabada da confeitaria Naonde, do Mercado Novo (Crédito: Vivi Martinelli/VEMPRABH)

Não há adjetivos suficientes: deliciosa, saborosa, divina, magnífica, espetacular, todos eles não servem para descrever a cozinha mineira. Mas a gente tenta.

por Paulo Atzingen – com transcrição de áudios de Patrícia de Campos


Sejam as massas feitas à mão produzidas com o cuidado e o carinho artesanal na Cozinha da Vó Anna, ou a coxa creme do Querida Jacinta naquele ambiente aconchegante e pós-moderno, seja o Filé Surprise, na Cantina do Lucas, recheado de histórias dos tempos da ditadura militar. Todos eles integram uma parte da experiência sensorial do DIÁRIO em Belo Horizonte durante o presstrip #vemprabh realizado pelo portal Turismo de Minas.

Querida Jacinta

Querida Jacinta é o nome do restaurante/bar/cervejaria/casa de shows, sob o comando de Keyla Monagene, inaugurado em fevereiro de 2019. O Jacinta tem como hit gastronômico a coxa creme, feita com coxa inteira de frango recoberta por uma massa especial de batata e abóbora que faz dupla com as cervejas artesanais vendidas na casa.

Um galpão adaptado de forma inovadora e criativa, com a assinatura do arquiteto Fernando Bosalan (Crédito: Vivi Martinelli/VEMPRABH)

O ambiente é pós-moderno e aconchegante. Um galpão adaptado de forma inovadora e criativa, com a assinatura do arquiteto Fernando Bosalan, as claraboias trazem claridade natural para o interior do espaço, criando um ambiente acolhedor e descontraído. Ponto de encontro de jovens na faixa dos 35 anos, em happy hours animados, sempre embalados por muita música e porções. No horário do almoço é a vez de moradores locais e executivos ocuparem as mesas para degustar os pratos de uma cozinha mineira contemporânea, assim como aos finais de semana por famílias belohorizontinas.

“Nossa proposta é trazer a tradicional cozinha mineira com outra roupagem, sempre promovendo nossas delícias regionais, como os queijos, café, geleia de jabuticaba, barriga de porco, entre outros tantos ingredientes que compramos de produtores locais, assim como as cervejas artesanais que a casa oferece. Nossa assinatura principal é uma cozinha afetiva”, diz Keyla.

SERVIÇO:

Cervejaria e Restaurante 
🔸Terça a Domingo
📲 31 97116.2900
📍R. Grão Pará, 185, Sta Efigênia

JACINTA (@queridajacinta) 

Cozinha da Vó Anna

Um outro destaque em BH é a Cozinha da Vó Anna, espaço que leva esse nome em homenagem a avó das irmãs e proprietárias Fernanda e Marcela, sócias de Jaqueline e Natália. O restaurante abriu as portas em 2019, com a proposta de unir os sabores de dois “mundos”, a Itália e Minas Gerais, e de ser também uma cozinha exclusiva de mulheres, que através da culinária se empoderam. Essa proposta é tão forte, que todo o staff é feminino e um dos projetos (pós-pandemia) é criar cursos somente para mulheres, que possam ter na gastronomia a alternativa de empreender, abrindo inclusive espaço para mulheres trans e de baixa renda.

As sócias afetivas: Fernanda, Marcela, Natália e Jacqueline (Crédito: DT)

Marca feminina

Fernanda conta que a avó era mineira, casada com um descendente de italiano, sendo tradição as reuniões dominicais de família, onde as massas eram feitas artesanalmente, para os fartos almoços que reuniam gerações. Natália traz também essa forte marca feminina da avó, dona de hotel em Goiânia, com quem passou a infância e traz na memória o seu interesse desde pequena pela culinária, quando ajudava a preparar inclusive as massas, molhos e recheios, que foram descobertos no livro de receitas de sua avó e que fazem parte do cardápio da casa.

A avó Anna estampa um quadro do restaurante (Reprodução do DT)

“Todas nós temos fortes referências femininas e acredito que isso tenha colaborado para nos unirmos, além de uma proposta única de unir sabores. As massas que aprendemos a fazer artesanalmente em nossas infâncias hoje ganham sabor especial com produtos mineiros, como o queijo canastra, o parmesão mineiro, a couve e a taioba”, conta Natália.

Um dos lindos pratos da vó Anna: ravióli com lombo defumado selado na manteiga com doce de abacaxi (Crédito: Vivi Martinelli/VEMPRABH)

“Percebemos o poder de nossa união, quando em meio a pandemia, conseguimos nos reinventar, trazendo novas receitas e novos produtos, como a caixa gastronômica composta por massa fresca, molho e garrafa de  vinho, que passaram a ser entregues na forma de delivery. Como mulheres, tivemos a sensibilidade de entender que era necessário não só alimentar, mas também “presentear” com sabores, principalmente em um momento tão delicado para todos”, acrescenta Natália.

SERVIÇO:

Cozinha da Vó Anna 

Mercado Novo em Belo Horizonte, Segundo Andar, Loja 2068

+55 31 98826-1341

Cantina do Lucas
A Cantina do Lucas é o único restaurante de Minas Gerais tombado pelo Patrimônio Histórico e Cultural de Belo Horizonte. Inaugurado em 1962, no então moderno conjunto Arcângelo Maletta, que reunia em um só espaço prédios comerciais, três prédios residenciais com torres de trinta andares, além de uma grande galeria, com lojas, serviços e a primeira escada rolante de Minas Gerais, atraindo inclusive um enorme público que visitava o local para conhecer aquela “grande novidade”.
Cantina do Lucas, garçons todos paramentados e equipe afinada como uma orquestra (Crédito: Vivi Martinelli/VEMPRABH)

Surprise

O tradicional restaurante, mantem até hoje o mobiliário e estilo dos anos 60, assim como a oferta de seus fartos pratos no cardápio. Um dos mais conhecidos e mais pedido, é o Filé Surprise, um bife de filé mignon recheado com presunto e muçarela, acompanhado de risoto, batata, cebola, abacaxi e banana frita, que pouco se modificou com o tempo.

“Somos conhecidos pelos nossos molhos e massas artesanais”, comenta Antônio Mourão, gerente do restaurante. “A fama de nosso restaurante fez com que recebêssemos nomes como Paulo Autran, Fernanda Montenegro, e até mesmo o NOBEL José Saramago, quando foi palestrar no Palácio das Artes, entre outros”, conta Mourão.

O indescritível ‘Surprise’ da Cantina do Lucas (Crédito: DT)

Entrar na icônica Cantina do Lucas, pode ser uma volta no tempo se imaginarmos os segredos que as mesas e cadeiras guardam. O local foi reduto de intelectuais, jornalistas, estudantes, políticos e artistas. Ali por volta dos anos 70 era o ponto de encontro de jovens, como  Wagner Tiso, os irmãos Borges e o Bituca (Milton Nascimento), que tocavam quase ao lado, no conhecido “Clube da Esquina”.

Inaugurado no auge dos tempos da ditatura, seu então proprietário filiado ao “partidão, fez do espaço um “apoio a resistência”, e o garçom Oympio, era a prova viva dessa história. O garçom, que morreu em 2003,  trabalhou até os 82 anos na cantina, o que lhe rendeu uma citação no Guinness Book.

Acabou o Filé à Cubana

Antonio Mourão, gerente geral do Cantina do Lucas (Crédito: DT)

“Naquela época o pessoal se reunia aqui para discutir política, mas a gente sabia que às vezes tinha gente infiltrada do DOPS no restaurante, se passando por cliente, só para observar. Se eles eram espiões, Olympio fazia parte da contra espionagem. Quando percebia algum deles, passava na mesa dos “amigos” e falava: Acabou o Filé à Cubana. Esse era o código para mudarem de assunto”, conta Mourão entre outras histórias. Sem dúvida, ir a Belo Horizonte e não conhecer a Cantina do Lucas é o mesmo que ir ao Rio e não conhecer o Corcovado.

SERVIÇO:

Cantina do Lucas

Av. Augusto de Lima 233, lj. 18, Belo Horizonte, MG, 30190-000


* O jornalista Paulo Atzingen viajou a convite do #vemprabh projeto realizado pelo portal Turismo de Minas  aprovado no edital de apoio a eventos turísticos da Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte – Belotur, com o patrocínio da Prefeitura de Belo Horizonte.

DIÁRIO 20 ANOS –   Matéria originalmente publicada dia 14 de agosto de 2021

 

Turismo do Brasil ganha reforço com parceria entre Embratur e WTM Latin America

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Bianca Pizzolito, Event Leader da WTM Latin America - Foto: divulgação
Bianca Pizzolito, Event Leader da WTM Latin America - Foto: divulgação

No turismo, conexões são mais do que importantes, são transformadoras. Elas abrem caminhos para que viagens se tornem experiências inesquecíveis e encontros virem grandes oportunidades de negócios. Desde sua primeira edição, a WTM Latin America se firmou como palco essencial para o networking e o fechamento de parcerias, além de funcionar como vitrine que projeta o turismo latino-americano para o mundo, e ao mesmo tempo, traz o mundo para a América Latina. Neste ano, essa vocação ganha ainda mais força com uma aliança inédita firmada com a Embratur.

Segundo nota enviada ao DIÁRIO DO TURISMO, parceira do evento desde a primeira edição, em 2013, a Embratur passa a assumir um papel importante dentro do Programa de Hosted Buyers que, em 2025, se chamará WTM Latin America Hosted Buyers Program Powered by Embratur. Na edição que será realizada de 14 a 16 de abril deste ano, a Agência atuará em conjunto com a equipe da WTM Latin America, indicando parte dos compradores e garantindo que eles estejam mais alinhados às estratégias de expansão do turismo brasileiro.

“Essa parceria fortalece o matchmaking, pois permite criar espaço para encontros nos quais os expositores brasileiros terão a chance de se conectar de forma mais significativa e direta com os compradores internacionais selecionados. Mais do que transações, queremos incentivar relações duradouras”, pontua Bianca Pizzolito, Event Leader da WTM Latin America.

Marcelo Freixo, presidente da Embratur, reforça que o Programa de Hosted Buyers é parte da estratégia de geração de novos negócios e comemora a aliança. “Convidamos os compradores mais estratégicos de nossos mercados prioritários para vir ao Brasil, com a oportunidade de conhecer nossos produtos e fechar acordos comerciais. Isso significa mais pacotes com destinos do Brasil na prateleira das agências pelo mundo”, destaca, ressaltando que a escolha será feita com base na inteligência de dados e de mercados. “Serão selecionados compradores de mercados com alto potencial de crescimento, com foco na diversificação de produtos, serviços e destinos turísticos”, revela.

Rodada de negócios exclusiva

Além de qualificar os convidados, a iniciativa também promoverá uma rodada de negócios exclusiva entre os dois elos da cadeia, por meio de uma parceria com o Sebrae. “O encontro entre os hosted buyers e os expositores brasileiros acontecerá 30 minutos antes da abertura do Speed Networking em uma abordagem que busca não apenas ampliar o volume de negócios, mas também permitir que os destinos do Brasil sejam apresentados com profundidade e atenção especial”, complementa Bianca.

Para Freixo, a WTM Latin América é o evento realizado no Brasil que mais gera negócios internacionais importantes para o turismo brasileiro. “Apostar nessa vocação é muito importante, pois trazemos operadores internacionais que vão ter contato com o que há de melhor do Brasil e que está pronto para o turismo internacional. Eles vão realizar bons negócios que vão gerar resultado em suas empresas e irão se planejar para retornar nos próximos anos”, reflete, destacando a ampla rede de divulgação da WTM Latin America dentro de um portfólio global com eventos em diferentes locais do mundo. “A consolidação desse evento no calendário global do turismo é fundamental para as nossas pretensões de tornar o Brasil um competidor da primeira prateleira no turismo internacional”, diz

Ao unir a expertise da WTM Latin America na curadoria de compradores e a visão estratégica da Embratur para fortalecer o turismo brasileiro, a parceria se traduz em mais do que números. Ela representa um esforço genuíno para aproximar destinos e oportunidades, promover encontros que fazem a diferença e construir um turismo mais conectado e forte. “Nosso objetivo é que cada participante saia da feira não apenas com contatos e contratos, mas com novas perspectivas, inspirações e a certeza de que o turismo brasileiro está preparado para ir ainda mais longe”, finaliza Bianca Pizzolito.

Complexo Royal Palm Plaza ganha livro que documenta sua história

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Complexo Royal Palm Plaza
Organizado pela Editora Europa, com coordenação editorial do próprio Antonio Dias e do gerente de marketing Rafael Moraes, o livro equilibra passado e presente de maneira envolvente (Reprodução)
O Complexo Royal Palm Plaza é o mais completo destino de eventos do Brasil e ganha um produto editorial impecável que traz história, mostra o presente, provoca a imaginação para o que virá e ainda é útil para quem está em Campinas .
REDAÇÃO DO DIÁRIO

O DIÁRIO DO TURISMO encontrou, durante a Expo Travel SP em Campinas, o diretor executivo do grupo Royal Palm Plaza, Antonio Dias. Na ocasião, Dias presenteou o jornalista Paulo Atzingen, editor do DT, com o livro Complexo Royal Palm & Guia O Melhor de Campinas.

A publicação documenta a trajetória do mais completo destino de eventos do Brasil, abordando desde o processo de construção, por etapas, as fases de implantação, até os dias atuais. Hoje, o complexo inclui o Royal Palm Plaza Resort, o The Palms Boutique Hotel, o Centro de Convenções Royal Palm Hall, o Royal Palm Tower Anhanguera e o Hotel Contemporâneo.

Organizado pela Editora Europa, com coordenação editorial do próprio Antonio Dias e do gerente de marketing Rafael Moraes, o livro equilibra passado e presente de maneira envolvente. É uma ferramenta de comunicação que não acaba em si mesma e é útil para o hóspede, já que oferece um guia com restaurantes e atrativos que representam o melhor da cidade de Campinas.

Paulo Atzingen (editor do DT) recebe a edição de Antonio Dias (Crédito: arquivo pessoal)

Um legado construído com inovação e sensibilidade

Capítulos bem ilustrados, como “Tudo o que espera por você no complexo Royal Palm”, apresentam em detalhes as unidades voltadas tanto ao lazer quanto aos eventos corporativos, como congressos e convenções. Já o capítulo “Pioneirismo em Campinas” relembra o nascimento do sonho hoteleiro, com a implantação da pedra fundamental em novembro de 1972 e a compra do The Royal Palm Plaza pelo Grupo Arcel em 1997.

Outro trecho do livro narra o legado de Armindo Dias, pai de Antonio Dias, que, aos 65 anos, fez uma virada ousada na carreira. Deixou o setor alimentício — ele era proprietário da Companhia Campineira de Alimentos, a Triunfo — para ingressar no ramo de serviços, ao adquirir o hotel Royal Palm Plaza em 1997.

Campinas como palco da hospitalidade de excelência

Na apresentação da obra, assinada por Antonio Dias, ele reforça a vocação do hotel como um destino completo, tanto para hospedagem quanto para eventos de alto padrão no Brasil. “É um privilégio estar em Campinas, uma cidade que combina o acolhimento do interior com os recursos de uma grande metrópole”.

Ao final, ele convida os leitores a mergulharem na história de mais de 25 anos do Grupo Arcel, que, com o Royal Palm Hotels & Resorts, se tornou uma referência em hospitalidade e turismo no Brasil. “Essa trajetória de mais de 40 anos fortalece nossa missão de transformar o turismo brasileiro”, escreve Antonio.

Com fotografias de Lucas Prado, Amaury Simões, Pedro Ribeiro, Juan Carabeta, Thiago Maya, Raul Zito, Tatiana Ferro, Luiz Granzotto, Caio Pederneiras, e Alvaro Menezes, a primeira edição deste livro teve uma tiragem de 1.500 exemplares e pode ser consultado em todos os quartos e áreas sociais do complexo.

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ibis budget Porto Alegre reabre com nova gestão da Atrio

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Accor retoma operações do ibis budget Porto Alegre com nova gestão da Atrio - Foto: divulgação
Accor retoma operações do ibis budget Porto Alegre com nova gestão da Atrio - Foto: divulgação

A Accor, líder global em hospitalidade, anuncia a reabertura do hotel ibis budget Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, em parceria com a Atrio Hotel Management.

Segundo nota enviada ao DIÁRIO DO TURISMO, localizado na principal porta de entrada da capital gaúcha, com acesso direto pela Freeway, o hotel se destaca pela localização estratégica — perto da Orla do Guaíba, da rodoviária e a poucos minutos do aeroporto, da Arena Beira Rio e dos principais polos de negócios da cidade.

“É uma região com grande potencial, ideal tanto para o viajante corporativo quanto para o turista de lazer”, destaca Aleandro Lemos, gerente sênior de Operações da Atrio. Com mais de 300 apartamentos e amplo estacionamento, o hotel começou a operar sob a gestão da maior operadora hoteleira de capital 100% nacional nesta segunda-feira (7) oferecendo serviços com o padrão Atrio de qualidade, como o café da manhã completo, já reconhecido pela rede.

A reabertura marca o início de um novo ciclo para o empreendimento, que está passando por uma série de melhorias que somam R$ 10 milhões em investimento. Entre outros aspectos, as renovações incluem a implantação de uma nova academia e a conclusão está prevista para os próximos meses. Um grande parceiro estratégico está por trás da aquisição, reforçando a confiança no mercado e no futuro do hotel.

“A expectativa para o hotel é muito positiva já que ele está em localização privilegiada na cidade que vem retomando seu protagonismo no turismo nacional, com o crescimento do fluxo no aeroporto, grandes eventos sendo confirmados e a retomada da atividade econômica”, destaca Lemos.

“Estamos muito felizes em reabrir as portas do ibis budget Porto Alegre em parceria com a Atrio Hotel Management. Esta retomada representa um marco importante para a Accor, especialmente como um impulso para a recuperação econômica do Rio Grande do Sul, que passou por crises climáticas de enormes proporções no ano passado. O hotel passou por diversas melhorias e está ainda mais preparado para oferecer uma experiência de hospitalidade de qualidade e acessível. Estamos ansiosos para receber os visitantes e contribuir para o fortalecimento do turismo na região”, afirma Olivier Hick, Chief Operating Officer da Accor Brasil para a divisão Premium, Midscale & Economy.

A adição do ibis budget Porto Alegre ao portfólio da Atrio amplia para 13 o número de hotéis administrados no Rio Grande do Sul, região em que a empresa está presente desde 2004, com a abertura do ibis Porto Alegre Aeroporto, e no qual também opera com as marcas ibis, ibis Styles e Novotel. A empresa também se prepara para abrir o ibis Pelotas, previsto para ser inaugurado no início do segundo semestre, e informa a existência de outros contratos assinados no estado, que serão anunciados em breve.

Viaje Paraná leva litoral do Estado a evento global em Miami

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Nos EUA, Viaje Paraná mostra potenciais do Estado para operadoras de cruzeiros - Foto: divulgação Viaje Paraná
Nos EUA, Viaje Paraná mostra potenciais do Estado para operadoras de cruzeiros - Foto: divulgação Viaje Paraná

O Governo do Paraná, por meio do Viaje Paraná – órgão responsável pela promoção comercial do turismo –, está em missão internacional para ampliar a visibilidade do Estado no mercado norte-americano. Desde o dia 7 de abril, a equipe participa do Seatrade Cruise Global 2025, principal feira do setor de cruzeiros marítimos, realizada em Miami, nos Estados Unidos.

Segundo nota enviada ao DIÁRIO DO TURISMO, o evento, que acontece até o dia 10, chega à sua 40ª edição reunindo as maiores operadoras e armadoras de cruzeiros do mundo. A participação paranaense faz parte da estratégia de posicionar o destino entre os mais desejados do turismo internacional, aproveitando o potencial logístico dos Estados Unidos como centro de operações e negócios de alcance global.

Segundo Irapuan Cortes, diretor-presidente do Viaje Paraná, a missão tem reforçado o potencial do Litoral paranaense como destino de cruzeiros, consolidado após duas temporadas de sucesso.

“Estamos aqui ampliando conversas e apresentações de produtos que já tínhamos iniciado do Seatrade de 2024. Todas as principais armadoras de navios turísticos estão reunidas aqui, e pudemos tratar com operadoras como a Carnival, Costa Cruzeiros, MSC e outras que têm interesse de fazer escalas no Brasil. É uma boa oportunidade de mostrar na prática o resultado das temporadas que o Paraná recebeu nos últimos anos”, explicou.

A edição de 2024 do Seatrade Cruise Global reuniu mais de 11 mil visitantes, 600 expositores de 120 países e cerca de 70 marcas de cruzeiros. Com esse histórico, o evento é reconhecido como uma vitrine essencial para conexões com o trade turístico internacional, contribuindo para atrair novos investimentos e operações para o Paraná.

Um exemplo do alcance dessas iniciativas foi a chegada do navio Scenic Eclipse à Baía de Paranaguá, no fim de março. A embarcação, operada pela Royal Caribbean – gigante do setor sediada em Miami –, trouxe mais de 200 turistas norte-americanos que visitaram a Ilha do Mel, um dos cartões-postais do litoral paranaense.

Resultados que impulsionam o setor

A primeira temporada de cruzeiros no Porto de Paranaguá ocorreu entre dezembro de 2023 e março de 2024, com 16 escalas que trouxeram mais de 39 mil visitantes. A movimentação gerou um impacto estimado em R$ 25 milhões na economia local. Já a segunda temporada, entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, somou 8 paradas e mais de 19 mil cruzeiristas.

Além dessas operações sazonais, o Porto de Paranaguá tem recebido escalas pontuais ao longo do ano, sinalizando o crescimento sustentável da rota no Paraná.

“Durante o evento, nós tratamos de futuras atracações de navios de cruzeiro no Paraná, uma vez que os resultados das últimas temporadas foram positivos e servem como atrativo para que novas operadoras nos visitem. O Estado tem feito estudos e projetos para melhorias do Porto de Paranaguá, no quesito recepção turística por via marítima, o que certamente vai aumentar o fluxo de navios e de viajantes conhecendo o nosso Litoral”, destacou Marcelo Martini, diretor de Operações e Segmentação Turística do Viaje Paraná.

Missão internacional estratégica

Antes de chegar aos Estados Unidos, o Viaje Paraná também esteve no México, onde participou do Roadshow Festival Brasil. A ação itinerante percorreu a Cidade do México, Guadalajara e Monterrey, promovendo o Paraná como destino turístico para o público latino-americano. Saiba mais aqui.