Gol pede proteção contra credores no Chapter 11 da Justiça dos EUA, equivalente à recuperação judicial no Brasil.
EDIÇÃO DO DT com agências internacionais
A Ccmpanhia aérea informou na tarde desta quinta-feira (25) que o pedido que equivale à recuperação judicial no Brasil foi protocolado no Tribunal de Falências no Distrito Sul de Nova York.
A Gol (GOLL4) anunciou na tarde desta quinta-feira (25) que a empresa e suas subsidiárias entraram voluntariamente com pedido de Chapter 11 (equivalente à recuperação judicial no Brasil) no Tribunal de Falências dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York.
A empresa informou que o processo tem compromisso de financiamento de US$ 950 milhões de membros do grupo de credores da Abra, holding controladora da Gol e da Avianca, na modalidade “debtor in possession” (DIP). O financiamento está sujeito à aprovação judicial.
Lista de credores sem garantia da Gol inclui BNY Mellon, Fazenda, Aeronáutica, Vibra e Infraero
Segundo o Jornal The Economist, a lista dos 30 maiores credores da Gol (GOLL4) com créditos sem garantia apresentada pela companhia aérea na Justiça de Nova York traz o Ministério da Fazenda, o Comando da Aeronáutica, BNY Mellon e, com um volume menor de créditos, o Banco do Brasil. O BNY Mellon aparece algumas vezes na lista, sendo que na primeira posição, tem US$ 353,8 milhões em crédito o que equivale a R$ 1,739 bilhão.
O banco também é citado em outras posições, relativas a títulos da Gol, que somadas dão um total de US$ 539 milhões (o equivalente a R$ 2,649 bilhões). Em seguida na lista aparece o Comando da Aeronáutica, com US$ 222,5 milhões a receber, o equivalente a R$ 1,093 bilhão. A Vibra Energia, que atua na distribuição de combustíveis, tem US$ 91 milhões a receber (R$ 447,3 milhões), e a Boeing, que fabrica as aeronaves utilizadas pela Gol, possui US$ 15 milhões (R$ 72,7 milhões), de acordo com o documento. Ainda entre os nomes da lista, mas com somas menores em crédito, estão o Ministério da Fazenda (US$ 7,4 milhões, ou R$ 36,4 milhões), a locadora de veículos Localiza (US$ 2,1 milhões, ou R$ 10,3 milhões), Banco do Brasil (US$ 1,8 milhão, ou R$ 8,9 milhões) e Delta Airlines (US$ 1,3 milhão, ou R$ 6,4 milhões).
Gol se posiciona
Em nota enviada ao DIÁRIO, a companhia aerea garante que seguirá operando normalmente, respeitará os contratos vigentes com os fornecedores e os clientes continuarão sendo atendidos normalmente. Abaixo transcrevemos um trecho do comunicado:
“Cuidado com os nossos Colaboradores
A GOL seguirá operando normalmente durante o processo de supervisão conduzido pelo Tribunal dos EUA. A Companhia pagará salários e benefícios aos Colaboradores normalmente ao longo desse processo, pois nada mudará nas atividades rotineiras dos nossos Colaboradores.
Protegendo fornecedores e todos os nossos parceiros
Os negócios da GOL continuarão normalmente durante o processo de supervisão conduzido pelo Tribunal dos EUA e a empresa irá honrar compromissos com parceiros comerciais e fornecedores pelos bens e serviços fornecidos no dia ou depois da data do pedido de Chapter 11.
Clientes serão atendidos normalmente
Os Clientes da GOL poderão continuar a organizar viagens e a voar pela Companhia como sempre fizeram, com a utilização de passagens e vouchers. Os Clientes da GOL seguirão acumulando milhas ao voar pela Companhia e poderão comprar e resgatar milhas acumuladas por meio do Smiles. A GOL planeja honrar todas as obrigações com Clientes, incluindo reembolsos de passagens, cupons de viagem e pagamentos ou crédito associados a reclamações de bagagem ou serviços, em conformidade com políticas da empresa em vigor.”