O governo da França, por meio do Ministério Público francês informou nesta quinta-feira (27) que vai recorrer da absolvição da Air France e da Airbus por homicídio culposo pela queda do voo 447 no oceano Atlântico, em 2009. O órgão francês levará o caso a uma instância superior. As informações são do Le Figaro.
Publicado dia 28 de abril (RETRÔ 2023)
Este recurso surge dez dias depois de o tribunal de apelação de Paris ter decidido que, apesar de terem sido cometidas “faltas”, não era possível estabelecer “um nexo de causalidade seguro entre as imprudências/negligências e o acidente”, segundo sentença da presidente do tribunal, Sylvie Daunis.
O Sindicato Nacional dos Pilotos de Linha Aérea (SNPL) disse estar “profundamente aliviado” com o recurso, qualificando a decisão do tribunal de “incompreensível e perigosa”.
O SNPL considera que a decisão do procurador permitirá ao tribunal de recurso “reexaminar as responsabilidades da Airbus e da Air France neste drama” a nível penal, depois de já ter reconhecido sua responsabilidade civil.
A absolvição de 27 de abril se referia a homicídio culposo, quando não há intenção de matar. No processo, o Ministério Público havia pedido multa de EUR 225 mil (R$ 1, 25 milhão) para cada uma das empresas.
De acordo com o sindicato, a Airbus manteve sondas de medição de velocidade defeituosas e não tornou obrigatório o treinamento de pilotos para que pudessem recuperar o controle da aeronave quando se perde a velocidade mínima.
O acidente ocorreu depois de gelo ter bloqueado as sondas que mediam a velocidade do avião, o que fez com que os pilotos não notassem a perda de velocidade quando estavam voando em meio a uma turbulência.
Em 1º de junho de 2009, o voo AF447 mergulhou no oceano Atlântico, quase quatro horas após decolar do Rio de Janeiro. Seus 216 passageiros e 12 tripulantes morreram na tragédia.
A aeronave modelo A330, que havia entrado em serviço quatro anos antes, transportava passageiros de 33 nacionalidades, entre eles 61 franceses, 58 brasileiros e 28 alemães, além de italianos (9) e espanhóis (2).
As caixas-pretas confirmaram que os pilotos, desorientados pela pane técnica que interferiu nas medições de velocidade do avião no meio da noite, não conseguiram impedir a queda da aeronave, que ocorreu em menos de cinco minutos.
Esse negócio de vocação é coisa séria. Algumas pessoas nascem para um objetivo e não têm obstáculos, amigos, ou tempo ruim que as façam mudar o alvo. Marcela Ohana é de quem falo aqui. Seu avô transferiu a seu pai a arte da alfaiataria e ela, em 2009, abandonou a carreira de advogada para tocar o negócio do pai empreendedor.
por Paulo Atzingen*
Publicado em 17 de maio (RETRÔ 2023)
“O meu pai, Salvador Ohana, começou em Belo Horizonte com três funcionários. Empreendedor que era, fechou seu primeiro grande contrato com o Banco do Estado de Minas Gerais, o BEMGE e depois com a Localiza, ambas empresas genuinamente mineiras. Foram 28 anos vestindo os funcionários da Localiza”, conta Marcela Ohana durante o almoço de apresentação da linha Hotel Collection, uma coleção de uniformes profissionais voltada para o setor de hotelaria.
Durante o almoço nesta terça-feira (16), Marcela conta que a Dash Uniformes está no mercado há 36 anos e atua especialmente no mercado corporativo. “Atendemos empresas de todo o país. Algumas pessoas físicas, mas majoritariamente empresas que querem vestir seu colaboradores, elaborar um dress code alinhado com valores e propósitos das marcas”, adianta.
Sua vinda a São Paulo desta vez é para lançar a primeira coleção temática específica para a área de hotelaria. Marcela veio acompanhada de Camila Oliveira Amaral, analista de estilo e Lucas Páez, PR e responsável pelo marketing.
Staff de acordo com a marca
“Acreditamos muito que devemos fazer as coisas com amor e que elas devam dialogar com a razão de ser da empresa. A gente leva essa ideia para os hotéis brasileiros que a gente atende. Empresas que tenham como visão colocar seus funcionários, o seu staff de acordo com as marcas. Essa é a primeira coleção que a gente apresenta, apesar da gente já atender grandes empresas e hotéis do Brasil inteiro.
Atendendo hoje mais de 300 empresas de variados ramos por meio da sua loja virtual, Marcela explica que a Dash Hotel Collection quer agregar valor à indústria hoteleira e de serviços, além de valorizar o ambiente. Hoje já tem ótimos contratos com hotéis como Fasano-BH, Renaissance-SP, Copacabana Palace-Rio e Lagheto-RS.
Tipo de linguagem
Como tem origem em uma família profundamente ligada à roupas e moda, Marcela acredita que a vestimenta é uma extensão do próprio corpo, é um tipo de linguagem:
“O jeito que a gente se porta e se conecta com o mundo é muito importante. Seja você um prestador de serviços, um diretor de empresa, a forma que a gente se veste para o mundo diz muito a nosso respeito. A gente trabalha com a essência das pessoas”, analisa.
Sustentabilidade
Perguntei a Marcela sobre se o mundo dos tecidos também obedece esses critérios de denominação de origem (de materiais) e se a sua Dash tinha princípios de sustentabilidade.
Ela disse que sim, mas acrescentou muito mais:
“Quando a gente fala de sustentabilidade hoje, principalmente na cadeia de moda, a gente não fala só sobre o tecido, mas sim como essa peça foi confeccionada, como essa peça vai ser descartada depois de seu ciclo. Temos um projeto que chama: Recicle seu uniforme velho.
Esse projeto, explica Marcela, recebe peças do Brasil inteiro (de clientes e não clientes) e fazemos doações para instituições, ongs que conseguem trazer um novo significado para essa roupa.
A Dash apoia hoje 15 instituições que por sua vez apoiam projetos de moradores de rua, casas de repouso, creches, albergues etc. “A gente acredita na sustentabilidade como um todo. “Eu acredito que a roupa cumpre uma função social, então a gente consegue pegar uma roupa que não está sendo mais utilizada e transformá-la em uma roupa de criança, tirando a logomarca. Ela serve para alguém que está em situação de vulnerabilidade”, revela.
Hotel Collection
A Dash Hotel Collection é uma coleção voltada para o setor de hotelaria.
Criada com um conceito de levar para o público uma coleção completa, onde o cliente poderá comprar de uma só vez o uniforme para todos os cargos do hotel pela loja virtual, Marcela Ohana explica que a coleção vem dividida em 4 grandes temas: Praia, Navy, Urbano e Clássico.
Serão disponibilizadas mais de 50 peças diferentes entre elas opções para recepção, camareiras, portaria, piscina, governança e manutenção, todas voltadas para as funções da hotelaria. São destaque novas cores e texturas específicas para cada tipo de hotel, com tecidos adequados para cada localidade e função.
“Com a nossa experiência de atender hotéis em todo país, vimos a necessidade de fazer uma entrega completa para os clientes, com uma coleção pronta de ponta a ponta para os hoteis – da portaria ao atendimento, peças com design, funcionalidade e conforto” explica Marcela. E o melhor, tudo disponível no digital, com reposição de peças garantidas e sem pedido mínimo – o que amplia a possibilidade de compra dos clientes pequenos e médios.
A Dash espera um incremento de vendas da ordem de 30% com a nova coleção. Os hotéis hoje já representam cerca de 20% da clientela da marca, que espera um faturamento em 2023 de 15 milhões.
Além de opções prontas, a Dash cria projetos exclusivos e personalizados para a hotelaria levando em conta aspectos como branding e conceito da marca.
“Não tem sido apenas a retomada do turismo pós pandemia que aqueceu o setor. Hotéis e pousadas estão investindo cada vez mais na experiência do cliente. A imagem passa muito de sua comunicação e conceito e o uniforme é parte importante nesse processo”, afirma Marcela Ohana.
Minha alma canta – Vejo o Rio de Janeiro – Estou morrendo de saudades
Rio, teu mar, praia sem fim – Rio, você foi feito pra mim
Cristo Redentor Braços abertos sobre a Guanabara
Este samba é só porque – Rio, eu gosto de você…”
Usei o verso do Samba do Avião, de Tom Jobim, porque é a forma mais próxima de dizer como amei o Rio de Janeiro ao hospedar-me no Belmond Copacabana Palace no finalzinho do último verão carioca.
Por Paulo Atzingen*
Publicado dia 15 de abril (RETRO 2023)
O Copacabana Palace é uma pérola deste colar chamado orla de Copacabana, foi e continua sendo o epicentro de fatos (e fotos) que movimentaram a economia do Brasil, do Rio de Janeiro no último século. Pelo movimento e burburinho de seu lobby, dos seus salões e corredores, muita coisa vai acontecer ainda nos próximos 100 anos. Fui testemunha ocular por três dias.
Ao redor do Copacabana Palace – que em agosto deste ano comemora seu centenário – movimenta-se uma cadeia econômica inteira e leva em sua esteira um clima genuinamente carioca, brasileiro. A isso se misturam marcas e grifes, gente ilustríssima e anônima que gravitam dentro e em torno deste monumento da hospitalidade e do encontro. Gente elegante entra e sai pela porta giratória do hotel e o lobby é sempre recheado de pessoas, chegando ou partindo.
Hospedar é palavra incompleta
Hospedar aqui não deve levar o nome hospedar, já que é uma palavra incompleta para dar sentido à essa experiência de caminhar pelos corredores onde reis e rainhas, chefes de Estado, lendas do rock e da música erudita, do teatro, das artes e das ciências passaram com sua aura magnética de cargo ou de fama.
Hospedar é uma palavra incompleta quando tentamos identificar que cheiro tem o lobby do hotel: capim santo, camomila, patchouli? É incompleta quando tentamos contar a quantidade de travesseiros (alguns com íons em prata) ou a qualidade dos amenities feitos com os segredos da floresta tropical e com castanha do Brasil.
Trabalho, talento ou o acaso
Guardadas as proporções, mergulhar nesse mar de histórias é integrar-se à estirpe de cristal de seres humanos que por consequência de seu trabalho, talento, descendência (ou até mesmo por sorte ou acaso) pisaram estes mesmos tapetes, desceram por estas mesmas escadas, dormiram, talvez, nesse mesmo quarto e olharam essa mesma praia de Copacabana em seu nascer do sol.
Elaborado, mas não rebuscado, refinado, mas não brega
Neste palácio da hospitalidade fui tratado pelo nome e se não me senti um rei, ou um príncipe, integrei-me à realeza em meu imaginário. Tornei minha experiência um êxtase dos sentidos com o refinamento próprio de um luxo não afetado pelo preço das coisas e dos serviços, mas pelo alto valor das relações humanas, o incalculável valor da vida em seu estado pleno, elaborado, mas não rebuscado, refinado, mas não brega. Em seu centenário o hotel alcançou, graças à sensibilidade de centenas de artistas, designers, arquitetos, engenheiros, matemáticos e administradores, o ápice do bom gosto.
Brasilidade genuína
Como paulista que sou, não me sinto estrangeiro no Rio, mas o hotel vem recebendo cada vez mais gente de fora, passada a pandemia. Tem aumentado o número de hóspedes que falam outras línguas, no entanto, o clima do hotel neste fim de verão tem uma brasilidade genuína, seja na hileia tropical pintada nas aquarelas dos corredores, seja na decoração clássica que se ajusta ao ambiente como uma luva à mão, seja no sorriso autêntico do carioca Santos, que me atende no restaurante Pérgola.
Pelo Nome
A governanta Ana me trata pelo nome e isto me oferece uma familiaridade, um bem-estar inexprimível. O tom de sua voz é suave e suas palavras soam como uma sinceridade maternal, de quem cuida e se preocupa com o hóspede. “Sim, tenho água, tenho café, acesso à internet e uma vista espetacular para a Cidade Maravilhosa!,” agradeço em tom também amável.
Copacabana Palace, uma apropriação amorosa
A janela do apartamento 307 abre-se para a praia mais famosa do Brasil e daqui vejo um Rio em movimento logo às 6h da manhã: colmeias de ciclistas tomam a faixa da avenida Atlântica e impõem a bandeira da vida saudável. Um pouco depois, jovens, mulheres, crianças, adultos e idosos andam no calçadão e alguns param para observar essa pérola lapidada do outro lado da avenida.
“É o Copa!”
As pessoas fotografam, fazem self. E tratam o hotel de uma forma carinhosa que só o brasileiro sabe: “É o Copa!” É uma espécie de apropriação amorosa, regional, autêntica, como os biscoitos Globo, ou as sandálias Havaianas. “O Copa”, dizem os turistas; “O nosso Copa!”, dizem os cariocas. Muitos jamais entraram no hotel, nunca experimentaram sua piscina ou o restaurante, mas a empatia ao hotel foi transferida pelo cantor pop-star que acenou do terraço. Muitos jamais entraram no hotel , mas o amor ao Copa nasceu da princesa que mandou um beijo da janela e gerou uma lágrima em quem viu isso.
*Paulo Atzingen é jornalista e fundador do DIÁRIO DO TURISMO; hospedou-se no Belmond Copacabana Palace a convite do hotel
A Belmond é pioneira em turismo excepcional de luxo há mais de 46 anos, construindo durante esse tempo uma paixão por viagens autênticas e um portfólio único de experiências exclusivas em alguns dos destinos mais inspiradores do mundo. O Copacabana Palace integra o portfólio deste grupo. A Belmond faz parte do grupo de luxo líder mundial LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton.
César Nunes, VP de Marketing e Vendas da Atrio Hotéis, concedeu uma entrevista ao DIÁRIO durante a WTM Latin America, realizada de 3 a 5 de abril no Expo Center Norte, em São Paulo.
Publicado dia 10 de abril (RETRO 2023)
César estava acompanhado pela coordenadora de marketing, Roberta Vieira, e conversou com o editor do DT, jornalista Paulo Atzingen, na sala de imprensa. A Atrio Hotel Management é especializada no desenvolvimento, implantação e operação de hotéis, com atuação em todo o Brasil soma mais de 70 empreendimentos administrados e mais de 11 mil quartos em 48 cidades e 13 estados, em associação com marcas hoteleiras nacionais e internacionais. Confira abaixo a entrevista:
DIÁRIO – César, novo ano, vida nova. Novas esperanças no mercado imobiliário, nas incorporações. Como a Atrio vê 2023?
CÉSAR NUNES: A pergunta é muito boa, porque no ano passado ao montarmos o orçamento, em virtude do cenário político de indecisão, estávamos muito preocupados com o que podia acontecer. Independente de quem viesse, o político que viesse, já que toda a vez que você tem uma incerteza de quem vai assumir, gera uma certa instabilidade na economia. No entanto, surpreendentemente, a gente teve um primeiro trimestre muito bom. Então, foi um primeiro trimestre em que conseguimos ficar até um pouco acima do que a gente estava orçando. Estamos observando um mercado voltando a analisar investimento hoteleiro. A gente teve aí, por exemplo, o boom da multipropriedade, dos, estúdios, então voltamos a ter o que chamamos de greenfield, que é a construção de prédios para a hotelaria. Ou seja, um negócio novo.
DIÁRIO – As conversões também seguem nessa perspectiva?
CÉSAR NUNES: Sim, e fora isso, a gente começa a enxergar oportunidades de conversões. Por quê? Como a economia do ponto de vista hoteleiro está estabilizada, ou seja, os hotéis estão voltando a performar e a rentabilizar, a gente começa a ter também um grupo de investidores analisando os resultados que estão tendo com demais operadoras hoteleiras, e isso tem gerado oportunidade para a gente de conversão. Fizemos recentemente uma conversão; assumimos um outro hotel em Campinas, que é o nosso novo ibis Styles Campinas Alphaville, e temos algumas negociações em frente. O cenário é positivo. Um grande desafio para esse ano está sendo, (e até um trabalho muito forte do FOHB, junto com outras associações) a manutenção da Perse, que foi o programa de recuperação do setor e a hotelaria foi uma das beneficiadas, e (o Perse) tem ajudado, mas a gente precisa que isso continue, já que é um programa aprovado ano passado e que tem duração de 5 anos.
Agora, a gente costuma olhar muito e estudar que mercado estamos atuando, que perfil de produto e marca faz sentido para determinado mercado. Não que a gente não esteja nessa onda.
DIÁRIO – A Accor continua sendo a principal parceira de vocês? Ela implementou muito ibis Styles, ibis Budget, e parece que a pegada dessa rede é trabalhar mais as marcas de luxo. A Atrio está também com essa visão?
CÉSAR NUNES: Sim, a Accor é nossa principal parceira. A tua pergunta é interessante, porque desenvolvemos produtos de luxo nos últimos anos, fizemos o LK Design Hotel, em Florianópolis, que é um produto que não leva a marca Accor, e é uma gestão 100% Atrio, é uma marca própria dos investidores. Fizemos a conversão do Grand Mercure, em Curitiba, que era o antigo Rayon. Costumamos olhar muito e estudar em que mercado estamos atuando, que perfil de produto e marca faz sentido para determinado mercado. Não que a gente não esteja nessa onda. Estamos analisando hotéis em capitais para produtos lifestyle e up, porque são mercados onde teriam oportunidades de implantação. Continuamos desenvolvendo ibis, ibis Budget, ibis Styles, que são marcas fortes. Como eu comentei, acabamos de fazer uma conversão de ibis Styles, e temos o objetivo de desenvolver no lifestyle e no luxo, mas depende muito do mercado, do perfil do investidor, e do retorno financeiro que esse hotel vai ter, tanto para o investidor quanto para a Atrio. Até porque a Atrio só é remunerada em cima do resultado. Nos preocupamos muito em desenvolver o produto certo.
A gente olha todo o portfólio e fala: “que mercado faz sentido? Que tipo de produto?” É muito relativo. Vou te falar que a gente não colocaria, por exemplo, um produto luxo, numa cidade terciária, que não tivesse ao menos um ibis implantado. Então é muito caso a caso, e a depender do retorno do investimento.
Entrevista com Cesar Nunes aconteceu na sala de imprensa da WTM LA 2023
DIÁRIO – César, a gente percebe que os grandes centros estão, não vou dizer saturados, mas os grandes empreendedores estão indo para cidades de médio porte, a partir de 300 mil habitantes. Isso é uma visão também do mercado hoteleiro, do mercado de implantação?
CÉSAR NUNES – Sim, é uma visão. Mas se você me perguntar, por exemplo: “Ah, São Paulo tem espaço para mais hotel?” Eu lhe respondo, que “Sim, tem”. Veja um exemplo em períodos de grandes eventos, São Paulo estoura, concorda? Falta disponibilidade. Mas é muito mais difícil você conseguir desenvolver. Por quê? Porque você concorre com o mercado imobiliário, terrenos muito valorizados e um complexo sistema de incorporação, que vai fazer uma conta que faz sentido: é para o mercado hoteleiro, é para o mercado residencial, é para o mercado corporativo?.
A saída para as cidades secundárias tem acontecido de forma muito forte, e a gente vê esse movimento. Praças como Jundiaí, Campinas os hotéis estão indo muito bem. Em São José dos Pinhais, por exemplo na Grande Curitiba, onde temos três hotéis, temos percebido esse movimento sendo muito forte. Nessas cidades secundárias o movimento vai aumentar. Grandes varejistas, empresas de tecnologia estão indo para lá. Muitas vezes você quer ficar próximo do grande centro, mas você não quer ficar no centro do grande centro, concorda? Então eu acho que esse movimento tende a acontecer. E essas cidades devem crescer a demanda do hoteleira ainda mais.
Muitas vezes você quer ficar próximo do grande centro, mas você não quer ficar no centro do grande centro, concorda? Então eu acho que esse movimento tende a acontecer. E essas cidades devem crescer a demanda do hoteleira ainda mais.
DIÁRIO – Neste ano de 2023, a Atrio fecha o portfólio com quantos hotéis?
CÉSAR NUNES: Atualmente, entre assinados e conversões, a gente fecha com 80 hotéis. Mas tem muita coisa em negociação para conversão, ou seja, produtos que já existem e que podem entrar para o nosso portfólio de gestão ainda esse ano. Fecharemos com no mínimo 80 (hotéis no portfólio).
Esse calor infernal que reencontro em Belém do Pará, depois de 5, 10, 20 anos – períodos que retornei à cidade das mangueiras – não foi suficiente para esfriar minha vontade em rever os amigos. Um deles é o Ney Barra da Veiga.
Por Paulo Atzingen, de Belém*
Ney mora na Braz de Aguiar – uma espécie de Avenida Angélica paraense, com prédios residenciais, comerciais e restaurantes. Ney está na faixa dos octogenários, mas não toma nenhum remédio, além do colírio para fazer frente ao glaucoma. Ney fundou a Neytur Turismo na década de 80 e foi ele quem me apontou o caminho de volta pra casa, lá em 2003, há exatos 20 anos!
Voltei pra Belém para agradecer sua solidariedade e amor ao próximo, sendo que esse próximo era eu. Como um oráculo, Ney apontou a revista colorida de turismo sobre sua mesa, em 2003 e disse: – “Se você começar a escrever pra essa revista, em 3 meses você estará na redação dela, lá em São Paulo”. Ele cantou a pedra, mostrou a direção e eu segui. E aqui estou de volta.
Belém mudou muito pouco em 20 anos. Suas mangueiras continuam derramando manga pelas calçadas, dando aquela ideia romântica de que ninguém passa fome no Grão-Pará e que a Cabanagem serviu para alguma coisa. Vejo, no entanto, dois mundos. O mundo dos shoppings refrigerados e das construtoras de prédios e o mundo do Ver-o-Peso, com o povo ribeirinho que tem na pele o rasgo mais agudo da pobreza tropical.
Dois mundos. O mundo do carro hermeticamente fechado, porque ninguém é tolo em trocar o geladinho pelo bafo de 40° das ruas. E o mundo do caboclo paraense papa-chibé, que vende açaí e tacacá na porta de casa, pra complementar renda ou porque tem mesmo só essa renda.
Diminuíram as palafitas, onde antes imperava o mangue. E vejo ainda a mulher amazônica, que quer se sofisticar com adornos dourados e industriais no busto e nas orelhas, que se opõem a seus traços florestais, artesanais e genuínos.
O taxista e o motorista do Uber reclamam do prefeito e do governador. Dizem, com a autoridade de belemenses, que o primeiro alardeia a busca de investimentos no estrangeiro, mas não os transforma em obras para a população. Que o segundo herdou do pai a herança da política e traz do berço o projeto hereditário de manter-se no Palácio governamental por todas as próximas gerações.
O motorista do Uber e o taxista seriam os cabanos modernos, que reclamam mas não se organizam ou/e não possuem força suficiente para enfrentar o império.
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A Estação das Docas, antigo armazém do porto, manteve-se intacta nesses 20 anos. Ali pude desfrutar de um sorvete do genuíno cupuaçu. Revi o Palacete Bolonha e suas casas anexas, onde morei por alguns anos. Seus paralelepípedos ligam a movimentada avenida José Malcher (um Cabano) a uma rua particular, onde morava minha professora de Literatura, Nely Cecília.
De Uber, avistei a joia urbana de Belém, a Praça que recebeu o nome do líder dos Cabanos, Batista Campos, mas que é frequentada pela geração fitness e salpicada de prédios da classe média alta.
Mais adiante, parei e entrei na Basílica de Nazaré, a santinha dos paraenses.
Depois fui para o Mercado Ver-o-Peso e avistei a baía do Guajará, que engole o Rio Guamá e se mistura lá no horizonte com as águas do Marajó. Um caboclo pesca no rio. São como unha e carne. Ele se alimenta e se retroalimenta de seu grande hipermercado chamado Rio. Seus movimentos são lentos como o Rio. Ele vive o tempo mítico do Rio e em sua paz joga sua rede ou seu anzol nas águas barrentas.
Ele é um cabano, mas, sem armas e sem revolta, escolheu a gratidão como resposta, que lhe dá o peixe e o pão na mesa. Sua aparente fraqueza fortalece-o de uma dignidade que constrange o império-republicano em seu ar- condicionado.
Fui um jovem cabano, na cidade de Belém, há 20 anos. Hoje, sem armas e sem mágoas, escolhi ser grato a ela, que me deu o norte.
A Cabanagem, também chamada Guerra dos Cabanos, foi uma revolta popular e social que ocorreu na então Província do Grão-Pará entre 1835 e 1840, durante a regência de Diogo Antônio Feijó no Império do Brasil, influenciada pela Revolução Francesa, tendo como líderes João Batista Gonçalves Campos, Félix Clemente Malcher, Antonio Vinagre, Francisco Pedro Vinagre, Eduardo Angelim e Vicente Ferreira de Paula. A revolta foi motivada pela extrema pobreza, fome e doenças que afetavam a população local,[5] além do isolamento político, a forte influência portuguesa na região com a independência do Brasil em 1822, uma vez que o Pará aderiu à independência apenas em 1823. (Wikipédia)
*Paulo Atzingen é jornalista e fundador do DIÁRIO DO TURISMO
A PBtur lança o Genius – Painel de Inteligência de Dados Turísticos da PBTur; saiba mais sobre a plataforma
Nesta terça-feira (19), a Empresa Paraibana de Turismo (PBTur) lançou o Genius – Painel de Inteligência de Dados Turísticos da PBTur. Essa plataforma reúne dados sobre o setor turístico, como o fluxo de passageiros que chegam e saem do estado da Paraíba. Assim como a taxa de ocupação dos meios de hospedagem, o mercado de trabalho relacionado ao turismo e as finanças públicas destinadas à atividade.
O painel foi apresentado em uma coletiva de imprensa, com a presença do presidente da PBTur, Ferdinando Lucena; da secretária de Turismo do Estado, Rosália Lucas; do secretário executivo de Turismo, Delano Tavares. Além do presidente da ABIH, Rodrigo Pinto; do Diretor da Aena, Jorge Odir; de Regina Amorim, gestora de Turismo e Economia Criativa do Sebrae-PB.
Assim como de Eurico Sprakel, analista de Planejamento do IBGE; do Diretor de Marketing da PBTur, Allan Sales, e do gestor de Inteligência de Mercados, Competitividade e Inovação da PBTur, Marcus Abrantes.
Saiba mais sobre o Genius e alguns dados que a plataforma apresenta
O Genius já pode ser acessado pelo site. Para saber informações mais detalhadas em cada tópico, é preciso clicar no período (ano/mês) e ele mostra a comparação referente ao outro ano. Além disso, conforme nota oficial enviada ao DT, a ferramenta também irá disponibilizar mensalmente boletins, com a análise dos dados.
De acordo com os dados do Genius, o Aeroporto de João Pessoa registrou 1.231.689 passageiros em 2022. Já este ano, de janeiro a novembro, o número aumentou para 1.282.272 passageiros. Totalizando assim 2.513.961 embarques e desembarques no aeroporto Castro Pinto nos 2 anos.
Por sua vez, o Aeroporto de Campina Grande registrou 133.809 passageiros em 2022, e entre janeiro e novembro de 2023, o fluxo total foi de 200.257 passageiros. Ou seja, um aumento de mais de 66 mil em comparação com o ano anterior.
No que se refere ao mercado de trabalho, os dados da Junta Comercial também são positivos. Isso porque em 2022, o saldo de empregos com carteira assinada no comércio foi de 4.600. Até novembro de 2023, esse número aumentou para 6.000 empregos. Além disso, em 2023, o número de empregos em restaurantes permaneceu positivo, com um saldo de 723, e o setor de transportes contabilizou 607 empregos.
Além disso, a taxa de ocupação hoteleira também se manteve na média do ano de 2022. Entre janeiro e dezembro do ano passado, a média de ocupação foi de 66,44%. No entanto, em 2023, a média até novembro foi de 67,93% em João Pessoa. Já a análise do período completo será concluída em 2024, com os dados referentes a dezembro.
Autoridades comentam lançamento do Genius
De acordo com Ferdinando Lucena, presidente da PBTur, com a divulgação dos dados do Genius, já é possível perceber que o turismo na Paraíba tem estado em alta. Além de que as estratégias de promoção e os investimentos do governo estadual têm dado resultado.
“Os gestores públicos, o trade turístico e outras autoridades vão poder acompanhar de forma mais eficiente o fluxo dos turistas e planejar ações para aprimorar o acolhimento aos visitantes”, ressaltou o presidente da PBTur.
Por sua vez, o gestor de Inteligência de Mercados, Competitividade e Inovação da PBTur, Marcus Abrantes, destaca que, em 2024, a equipe também fará pesquisa de campo sobre satisfação dos turistas. Assim como eventos e nichos específicos do setor. “O Painel está em sua primeira fase e aos poucos novas informações serão acrescentadas. Essas outras pesquisas também irão nortear as tomadas de decisões, dando informações concretas de onde devemos melhorar e investir para atrair mais turistas e investidores”, disse.
Rosália Lucas, secretária de Turismo e de Desenvolvimento Econômico da Paraíba, comenta que os dados disponíveis no Painel são apenas o início da estratégia da Setde e PBTur de tornarem públicas as informações do turismo na Paraíba. “Com essa iniciativa, pretendemos fortalecer o setor, atrair mais visitantes e gerar mais renda para o estado”, comentou.
Genius conta com informações de outros portais
A base de dados leva em consideração informações oriundas dos seguintes bancos de dados: Aena, Junta Comercial e Portal da Transparência. Além disso, parceria com a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Sebrae, Fecomércio, IBGE e Rede Brasileira de Observatórios de Turismo.
Os três dias que passei em Paris, dois deles participando do Rendez-vous in France, promovido pela agência Atout France, foram visuais, sensitivos, circulares. Na companhia do amigo francês Eric Afonso, fotógrafo de imagens digitais 360º, do emvisita360, visitamos os locais mais emblemáticos da capital francesa.
por Paulo Atzingen (Fotos e imagens 360° Eric Afonso)
Publicado dia 24 de março (RETRO 2023)
Embora o clima de contestação pairasse no ar parisiense, em razão da Reforma da Previdência (o presidente Emmanuel Macron passou por cima do congresso francês e assinou uma espécie de Medida Provisória elevando a idade mínima de aposentadoria para 64 anos, até então era 62). Isso fez com que os franceses saíssem às ruas para protestar e de forma violenta, nenhum pouco pacífica. Ainda assim, Paris não perdeu seu encanto, sua capacidade de envolver os visitantes em um misto de cidade de vanguarda, moderna e antenada com os movimentos da moda, da cultura e da tecnologia, ao mesmo tempo que é uma cidade firmada na sua tradição arquitetônica, histórica e artística.
Muitas sirenes, muitas viaturas da polícia francesa e parisiense circulando em alta velocidade se misturavam ao grande fluxo de visitantes, turistas e parisienses ou franceses que trabalham na capital. Os cafés e restaurantes estavam tomados por clientes, as lojas e os mercados, todos, muito movimentados. Uma cidade vibrante, com sua população estimada em 2020 em 2.148 271 habitantes.
Nesses dois dias, foi possível conhecer alguns dos principais cartões-postais da cidade. Abaixo apresentamos o link com o passeio espetacular e em seguida uma descrição dos lugares visitados:
O Arco do Triunfo foi construído em comemoração às vitórias militares do Napoleão Bonaparte, o qual ordenou a sua construção em 1806. Inaugurado em 1836, a monumental obra detém, gravados, os nomes de 128 batalhas e 558 generais. Em sua base, situa-se o túmulo do soldado desconhecido. O arco localiza-se na praça Charles de Gaulle, no encontro da avenida Champs-Élysées. Nas extremidades da avenida encontram-se a Praça da Concórdia e, na outra, La Défense. Dali, seguimos pela Champs-Élysées flanando no mais alto estilo bon vivant francês.
Praça da Bastilha – A Praça da Bastilha, em francês Place de la Bastille, é uma praça em Paris, local simbólico da Revolução Francesa, onde a antiga fortaleza da Bastilha foi destruída entre 14 de junho de 1789 e 14 de junho de 1790.
Em 1794 a guilhotina foi instalada na praça, retirada dos restos da fortaleza da Bastilha, agora chamada de “Place Antoine”. Os cidadãos, no entanto, exigiram sua remoção para a Place du Trône-Renversé. Setenta e cinco pessoas foram guilhotinadas na Place de la Bastille.
Castelo de Vincennes – (em francês: Château de Vincennes) é um palácio fortificado francês, sendo o mais importante castelo-forte Real francês que subsiste. Foi erguido entre o século XIV e o século XVII na comuna francesa de Vincennes, a leste de Paris, atualmente um subúrbio da capital francesa, sendo que o castelo fica no Bois de Vincennes, que apesar do nome pertence a Paris. Pela altura da sua torre de menagem, 52 metros, é a mais alta fortaleza de planície da Europa.
Catedral de Notre-Dame de Paris (em francês: Cathédrale Notre-Dame de Paris; em português: “Catedral de Nossa Senhora de Paris”) é uma das mais antigas catedrais francesas em estilo gótico. Iniciada sua construção no ano de 1163, é dedicada à Virgem Maria e situa-se na Île de la Cité em Paris, rodeada pelas águas do rio Sena.
Em 15 de abril de 2019 a catedral foi atingida por um violento incêndio causando danos ao teto, pináculo e rosáceas. No dia do acidente, as causas do fogo ainda eram desconhecidas, embora se suspeitasse que tivessem a ver com as obras que estavam em curso.
Torre Eiffel
Fomos recebidos pela jovem parisiense Samira Chabri, que trabalha na Societe D’Exploitation de La Tour Eiffel. Ela é diretora do departamento de Relações com a Mídia e foi especialmente escalada para nos acompanhar. Confira as imagens em 360º:
Torre Eiffel (em francês: Tour Eiffel) é uma torre de treliça de ferro forjado no Champ de Mars, em Paris, França. Tem o nome do engenheiro Gustave Eiffel, que projetou e construiu a torre.
É apelidada de “Dama de Ferro” (em francês: La dame de fer), foi construída de 1887 a 1889 como a peça central da Exposição Universal de 1889 e foi inicialmente criticada por alguns dos principais artistas e intelectuais franceses por seu design, mas tornou-se um ícone cultural global da França e uma das estruturas mais reconhecidas do mundo. A Torre Eiffel é o monumento pago mais visitado do mundo; 6,91 milhões de pessoas subiram na torre em 2019. Foi designado um monumento histórico em 1964 e foi nomeado parte do Patrimônio Mundial pela UNESCO (“Paris, Margens do Sena”) em 1991.
A torre tem 330 metros de altura, aproximadamente a mesma altura de um edifício de 81 andares, e é a estrutura mais alta de Paris. Sua base é quadrada, medindo 125 metros de cada lado.
Assim, de forma caleidoscópica, resumo meus dias na capital francesa, com agradecimentos ao diretor da Torre Eiffel, Patrick Ruivo e à diretora da Atout France na América Latina, Caroline Putnoki.
*O jornalista viajou convidado pela Atout France com seguro GTA
*Agradecimentos especiais ao fotógrafo Eric Afonso, do emvisita 360, pela companhia e pelas informações preciosas sobre a Cidade Luz
A LATAM reforça compromisso com o Brasil e detalha 4 medidas para aumentar acesso à aviação em 2024
Na segunda-feira (18), a LATAM reforçou em Brasília (DF), junto ao Ministério de Portos e Aeroportos (MPOR), o seu compromisso para contribuir com a ampliação da conectividade e do acesso da população brasileira à aviação.
Além disso, de acordo com a nota oficial enviada ao DIÁRIO, a LATAM tem o compromisso de fazer com que cada vez mais brasileiros possam voar. Para isso, e também para ampliar ainda mais o acesso da população brasileira à aviação, a companhia aérea comprometeu-se com as 4 ações seguintes para 2024. Confira:
LATAM reforça compromisso com o Brasil e adota 4 medidas para 2024
1. CAMPANHA EDUCATIVA:
Conforme nota oficial enviada ao DT, A LATAM entende que hoje ainda existem oportunidades para os passageiros encontrarem passagens mais baratas e mais adequadas às suas necessidades de viagem. Por isso, a companhia fará ao longo de 2024 uma campanha educacional que ajudará, de forma muito didática e simples, o cliente a comprar melhor.
Com isso, o objetivo da LATAM será o de ajudar a encontrar preços mais acessíveis e explicar melhor quando e como adquirir os bilhetes que mais se adaptam às suas necessidades. “Quando a gente tem pessoas que compram da melhor forma possível, elas conseguem comprar a um preço mais baixo”, afirmou Jerome Cadier, CEO da LATAM Brasil.
2. “ROTA DA SEMANA” E MAIS PROMOÇÕES:
A partir de março de 2024, a LATAM fará toda semana uma promoção de pelo menos uma rota com passagem abaixo de R$ 199,00. Essa ação estimulará as compras com a antecipação correta para direcionar o acesso aos preços baixos.
Para 2024, a LATAM orçou mais de R$ 4 milhões para campanhas de vendas promocionais no site oficial da companhia, ações de Mega Promo e no Big Brother Brasil 2024. Além de ações pontuais chamadas de Happy Hour. “Isso vai chamando a atenção para qual é o destino correto e que momento você tem que comprar”, explicou Jerome.
3. NOVIDADES NO LATAM PASS:
Em 2023, a LATAM já postergou para abril de 2024 a validade dos pontos LATAM Pass que iam expirar durante a segunda metade de 2023.
Agora, a companhia anunciou que, a partir de 2024, a validade dos pontos deixa de ser de dois anos desde que o cliente voe com a LATAM. Ou seja, a partir do momento em que o passageiro voar com a LATAM, ele terá seus pontos revalidados e estes não caducarão sempre que mantenha voos com a companhia.
“Com isso, são mais pontos disponíveis para os passageiros utilizarem e são mais passagens que podem adquirir de forma mais econômica”, explicou Jerome.
4. 10 MIL ASSENTOS ADICIONAIS POR DIA:
A LATAM entende que quanto mais voos, maior a possibilidade de baixar o preço da passagem. Por isso, a companhia vai adicionar 10 mil assentos à sua operação no Brasil todos os dias em 2024. “São mais de 3 milhões de assentos adicionais no ano para fazer com que mais gente possa voar. Como esses assentos precisam ser ocupados, naturalmente o preço será pressionado para baixo”, comentou Jerome.
LATAM reforça compromisso com o Brasil e ainda mantém ações em curso
Além das seguintes ações anunciadas para 2024, a LATAM já tem as seguintes ações em curso. Veja quais são:
AVIÃO SOLIDÁRIO:
Por meio do programa Avião Solidário, a LATAM já coloca à serviço do Brasil há quase 11 anos a sua capacidade de transporte em atendimento gratuito de cargas e passageiros, principalmente nas emergências de Saúde, Meio Ambiente e Catástrofes. Até hoje, o Avião Solidário já beneficiou mais de 140 milhões de pessoas no Brasil e transportou gratuitamente 921 toneladas de cargas. Nesse total, incluindo 282 milhões de vacinas contra a Covid-19 (70% das vacinas transportadas em todo o Brasil).
Além disso, já transportou gratuitamente 4,6 mil animais para preservação das espécies. Somente em 2023, o Avião Solidário da LATAM já concedeu no Brasil cerca de mil passagens para ONGs parceiras. Também transportou gratuitamente 60 animais e 78 toneladas de cargas emergenciais para apoiar enfrentamento das enchentes em Recife e no Litoral Paulista. Assim como na crise humanitária dos Yanomamis e no socorro aos botos do Amazonas por conta da estiagem, entre outras iniciativas.
TRANSPORTES HUMANITÁRIOS:
Outra ação da LATAM pouco conhecida pelo grande público é o desconto de até 80% no valor da passagem aérea para casos de viagens por morte ou internação grave de familiar, que já se refletiu em 13 mil passagens aéreas (o equivalente a 80 voos).
Além disso, a LATAM transporta gratuitamente órgãos e tecidos para transplantes, além de profissionais de saúde. Em 2023, foram 1.132 órgãos e tecidos transportados gratuitamente para todo o Brasil.
PROMOÇÕES E MAIS ASSENTOS:
A LATAM é a empresa aérea que mais adicionou assentos ao mercado brasileiro desde a pandemia. Em 2023 a capacidade da LATAM no Brasil (equivalente a quantidade de assentos colocados a venda) cresceu 9% em comparação com 2019 (antes da pandemia de Covid-19). Isso em um período em que o restante do setor aéreo reduziu a oferta de assentos em 3%.
Em 2019, a LATAM tinha 32% do total do mercado aéreo doméstico no Brasil. Hoje, chega a 39%. Além disso, a LATAM teve em setembro deste ano a menor tarifa média doméstica do Brasil (dados da ANAC). A companhia ainda foi a aérea que mais realizou promoções em 2023, oferecendo passagens a preços mais baixos durante todo o ano.
Vinícola Aurora acaba de enviar ao DIÁRIO cópia da carta aberta à sociedade brasileira se posicionando a respeito das denúncias sobre trabalho escravo em suas vinícolas.
Os profissionais eram terceirizados e trazidos, em grande parte da Bahia, pela companhia Fênix Serviços Administrativos, e prestavam serviço a vinícolas Salton, Aurora e a Cooperativa Garibaldi. Pelas denúncias, os trabalhadores eram submetidos a jornadas extenuantes e não teriam permissão para deixar as instalações.
O caso teve início em 22 de fevereiro, quando uma ação conjunta entre a Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Federal (PF) e Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) resgatou 207 trabalhadores que enfrentavam condições de trabalho degradantes em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha. O resgate ocorreu depois que três trabalhadores fugiram do local. Abaixo, transcrevemos a carta, na íntegra:
Carta Aberta da Vinícola Aurora à sociedade brasileira
No início do século passado, algumas famílias italianas cruzaram o Atlântico à procura de dias melhores. Nas malas, poucas peças de roupa, uma ou outra foto desbotada, muita coragem e um sonho: refazer a vida em um país estranho. A Vinícola Aurora nasceu desse sonho. Desse sonho e de muito trabalho.
O trabalho que sempre correu nas veias de nossos fundadores logo se misturou a esta terra, espalhou-se por entre os parreirais, nutriu cada planta com um inegociável senso de respeito pelas mãos que a semearam, que a colheram, que a ajudaram a ser da uva, o vinho, e a ganhar o mundo, reconhecimentos e, mais importante, ganhar um lugar à mesa e no coração dos brasileiros.
Os recentes acontecimentos envolvendo nossa relação com a empresa Fênix nos envergonham profundamente. Envergonham e enfurecem. Aprendemos com aqueles que vieram antes que, sem trabalho, nada seríamos. O trabalho é sagrado. Trair esse princípio seria trair a nossa história e trair a nós mesmos. Entretanto, ainda que de forma involuntária, sentimos como se fora isso que fizemos.
Primeiramente, gostaríamos de apresentar nossas mais sinceras desculpas aos trabalhadores vitimados pela situação. Ninguém mais do que eles trazem, nos ombros curados pelo Sol, o peso de uma prática intolerável, ontem, hoje e sempre. A testa daqueles que fazem o Brasil acontecer, todos os dias, às custas do seu suor honesto, deveria estar sempre erguida, orgulhosa, e nunca subjugada pela ganância de uns poucos. Repudiamos isso com todas as nossas forças.
Em seguida, sentimo-nos obrigados a estender essas desculpas ao povo brasileiro como um todo, não apenas como discurso, mas como prática. Já cometemos erros, mas temos o compromisso de não repeti-los. Como empresa, garantimos que a atenção a um tema que nos é tão relevante será redobrada, práticas serão revistas, e todas as garantias para que um episódio indesculpável como esse não venha a se repetir serão tomadas. Temos um longo caminho pela frente, mas todo longo caminho começa com um primeiro passo, e ele é dado agora.
Desde já estamos trabalhando em um programa robusto que deve implementar mudanças substanciais nas dinâmicas da Vinícola Aurora. Essas mudanças devem qualificar não apenas a nossa relação com todos os parceiros, na busca de obtermos controle sobre os processos como um todo, mas também nas práticas e políticas internas da empresa e quanto ao nosso papel enquanto agente econômico, social e cultural de destaque em nossa região e a responsabilidade que advém disso.
Acreditamos nos valores que queremos reafirmar para nos tornarmos dignos da confiança do Brasil mais uma vez e espalhar o seu nome aos quatro cantos do mundo, em cores vivas e pujantes e não em notas cinzas como a que atravessamos neste momento. Esperamos sair do outro lado como uma empresa melhor. Estamos aqui, com a mente e o coração abertos, a começar tudo de novo, se for preciso, como fizeram nossos antepassados ao aqui desembarcarem. Apenas, ao contrário deles, que eram pura incerteza sobre uma terra estranha, fazemos isso com a convicção de ser este um país maravilhoso que merece o melhor de nós.
Trabalho não nos assusta. Deveria ser sempre uma fonte de alegria e realização. E a Vinícola Aurora não medirá esforços para colaborar com a construção de um mundo em que o respeito, o orgulho e a realização façam parte da vida de cada trabalhador.
O presidente e a diretora-geral da companhia aérea portuguesa TAP foram demitidos nesta segunda-feira (6), informa a AFP.
A agência informa que a razão principal dos desligamentos foi a polêmica gerada por uma significativa indenização a uma ex-gestora da empresa, segundo o governo de Portugal.
A saída do presidente da TAP, Manuel Beja, e de sua diretora-geral, a francesa Christine Ourmières-Widener, ocorre em pleno processo de reestruturação da companhia.
Os dois serão substituídos pelo português Luis Rodrigues, que até então presidia o grupo Sata, companhia aérea regional do Arquipélago dos Açores.
Beja e Ourmières-Widener são os últimos a cair na esteira do chamado “TAPgate”. O escândalo veio à tona em dezembro, quando a imprensa divulgou que Alexandra Reis, atual secretária de Estado do Tesouro, havia recebido uma indenização de 500 mil euros (cerca de 2,9 milhões de reais) quando deixou seu posto no conselho administrativo da TAP em fevereiro de 2022.
Depois de receber essa indenização, Reis assumiu pouco depois a direção da NAV, empresa pública responsável pelo controle aéreo, e em seguida foi nomeada secretária de Estado.
O caso provocou a demissão no fim de dezembro do ministro e do secretário de Estado de Infra-estruturas, além de prejudicar a imagem do primeiro-ministro, o socialista António Costa. Alexandra Reis também renunciou a seu cargo.
“É preciso restabelecer a legalidade” e “virar a página”, declarou nesta segunda o ministro das Finanças, Fernando Medina, em coletiva de imprensa junto com o atual ministro de Infra-estruturas, João Galamba, ambos competentes na tutela da companhia aérea.
Sua decisão é resultado de uma investigação da Inspecção-Geral de Finanças, que concluiu que o acordo de saída de Reis do conselho da TAP era ilegal.
O governo pedirá à TAP para recuperar parte dos valores pagos de forma indevida a Reis, anunciou Medina.
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