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Marcelo Freixo: “O turismo é solução para os problemas do país” (EXCLUSIVO!)

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Em entrevista exclusiva ao DIÁRIO DO TURISMO, o novo presidente da Embratur, Marcelo Freixo, revela a realidade encontrada na agência, aponta as prioridades no primeiro mês de trabalho e ilumina os rumos da sua gestão

POR ZAQUEU RODRIGUES | Colaboração Especial (Com EDIÇÃO DO DT)

Publicado dia 24 de fevereiro (RETRO 2023)


“Um caos administrativo”. É assim que o novo presidente da Embratur, Marcelo Freixo, descreve a realidade encontrada na Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo. Excessos de profissionais e ausência de informações básicas sobre o turismo brasileiro foram dois dos problemas herdados das gestões passadas. “Após o resultado do segundo turno das eleições presidenciais, a gestão anterior contratou e promoveu 37 pessoas, gerando para a gente um passivo de R$ 3,7 milhões”, aponta Freixo.

Ex-deputado federal pelo Rio de Janeiro e de perfil político que concilia a escuta e o enfrentamento, Marcelo Freixo (PT) pontua ao Diário que a prioridade é resolver o orçamentário da Embratur, que perdeu a sua fonte segura de recursos ao ser transformada em Agência em 2020. “Estabelecemos uma parceria com a FGV para encontrarmos o melhor modelo. E estamos conversando com agentes públicos e privados, incluindo o Sistema S”, adianta Freixo, que terá a missão de recuperar a imagem do Brasil no exterior após o negacionismo e a falta de gestão do governo Bolsonaro na pandemia de Covid-19.

De acordo com Freixo, o Brasil tem que investir mais e melhor em promoção para romper o teto dos 6 milhões de turistas estrangeiros anuais no país – número considerado vergonhoso. “Não se faz promoção do turismo sem recursos, que são na verdade investimentos no país. Para você ter uma ideia, estudo da FGV na pré-pandemia mostrou que a cada R$ 1 investido em promoção, R$ 20 são injetados na economia. Se a Embratur dá certo, quem ganha são os estados e os municípios em que vão chegar mais turistas; é o trade turístico que vai vender passagens, pacotes, hospedagem, os centros de convenções de eventos, os bares e restaurantes, garçons, cozinheiros, camareiras, guias.

Nesta entrevista exclusiva ao Diário do Turismo, o novo presidente da Embratur fala sobre a realidade encontrada na Embratur, explica os critérios para a composição da sua equipe, explica a importância da retomada do Projeto Aquarela e Marca Brasil, sublinha o desejo de trabalhar em parceria com outros ministérios e iniciativa privada, revela o perfil da agência que vislumbra sob sua gestão e os caminhos para o turismo ocupar o lugar que merece na economia do país. E ele crava: “O turismo é solução para os problemas do país”.

O que o motivou a assumir a presidência da Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo)?

Marcelo Freixo: Em primeiro lugar, a Embratur tem um potencial enorme, o que está faltando é uma gestão técnica e profissional. Montamos um time qualificado, reconhecido pelo mercado, e estou muito animado e confiante com a reconstrução da agência. Além disso, o turismo é uma das soluções para os problemas de nosso país, gerando emprego, renda e desenvolvimento sustentável. O turismo é um instrumento importante para a preservação do meio ambiente e nos ajuda a mudar hábitos de consumo para garantir a sustentabilidade. E, por outro lado, valoriza nossa diversidade cultural, nos ajudando também a combater o racismo, a fortalecer os direitos dos povos originários, a construir uma sociedade mais tolerante, justa e democrática. O turismo é solução para os problemas do país.

O senhor disse que encontrou uma Embratur em situação de caos. Qual é a realidade encontrada na agência e o que mais chamou a sua atenção?

Marcelo Freixo: Encontramos, por um lado, um cenário de total ausência de financiamento permanente do custeio da Embratur. Temos um contrato com o Sebrae que só garante o funcionamento da Embratur neste ano. O Congresso aprovou a medida provisória que deu à Embratur o status de agência autônoma, retirou do orçamento da união, mas não há nenhuma fonte de recursos fixa. Então temos esse desafio imediato de garantir essa fonte de recursos de forma permanente e sustentável. Por outro lado, após o resultado do segundo turno das eleições presidenciais, a gestão anterior contratou e promoveu 37 pessoas, gerando para a gente um passivo de R$ 3,7 milhões. Eles instituíram um conselho de ética com cinco pessoas, e estabeleceram estabilidade aos membros por cinco anos, além de criarem uma regra de que representantes do conselho teriam que estar em todas viagens internacionais que a Embratur participar. Encontramos uma completa desorganização das funções e pessoal sem qualificação para exercer cargos estratégicos. Exemplo disso era a quantidade de militares que andavam armados dentro da sede da Embratur. Como não seria diferente, o resultado era uma atuação ineficiente, que não promovia o Brasil da forma adequada e afastava turistas de nosso país.

Quais foram as primeiras medidas que o senhor adotou ao assumir a presidência da Embratur?

Marcelo Freixo: Nossa primeira missão é buscar solução para a questão do orçamento. Estabelecemos uma parceria com a FGV para encontrarmos o melhor modelo. E estamos conversando com agentes públicos e privados, incluindo o Sistema S, com quem queremos muito dialogar e buscar uma solução de forma consensual. Quanto às inconformidades que relatei, denunciamos tudo aos órgãos de controle. Nos primeiros dias de trabalho, passei mais tempo na CGU, TCU e AGU do que propriamente na Embratur – precisei fazer isso para sanar rapidamente os problemas e botar a agência para operar. Viramos essa página e agora estamos focados na gestão. Montamos uma equipe muito qualificada, que tem sido reconhecida por todo o mercado de turismo e de publicidade no país. Fizemos o relançamento da Marca Brasil, que serve como um marco temporal da nossa atuação. O Brasil com S de Sustentabilidade voltou.

Quais são as suas prioridades neste momento?

Marcelo Freixo: Sem dúvidas, resolver o orçamento da Embratur. Não se faz promoção do turismo sem recursos, que são na verdade investimentos no país. Para você ter uma ideia, estudo da FGV na pré-pandemia mostrou que a cada R$ 1 investido em promoção, R$ 20 são injetados na economia. Se a Embratur dá certo, quem ganha são os estados e os municípios em que vão chegar mais turistas; é o trade turístico que vai vender passagens, pacotes, hospedagem, os centros de convenções de eventos, os bares e restaurantes, garçons, cozinheiros, camareiras, guias.

O senhor apresentou os primeiros nomes da nova equipe da Embratur. Qual é o perfil de profissionais que a agência precisa?

Marcelo Freixo: Formamos equipe experiente e reconhecida pelo mercado. A boa gestão começa com a formação de um time de excelência, e é isso que estamos fazendo. A Embratur está apontando com esta equipe onde quer chegar. Queremos exemplo de inovação na promoção de turismo ambientalmente sustentável, carbono zero; esse será um dos nossos principais focos. Queremos que a Embratur ajude economicamente o Brasil a se tornar um país desenvolvido, justo, democrático e comprometido com a agenda climática. Nosso compromisso é dar um salto de qualidade que o Brasil precisa e que o mundo espera de nós, e vai nos ajudar a construir visitando o Brasil.

Após encontros com empresários e lideranças do Turismo nesses primeiros dias de gestão, quais foram as suas impressões sobre o trade?

Marcelo Freixo: Nesse primeiro mês de gestão estive com os trades do Rio de Janeiro e de São Paulo. Fui muito bem recebido e fiquei bastante feliz com o sentimento de esperança sobre o futuro da Embratur. Os últimos anos deixaram traumas muito grandes para o turismo. A antiga gestão da agência se isolou, interrompeu o diálogo com o trade e teve uma atuação nada profissional na promoção do nosso país. Exemplo disso foi a suspensão do uso da Marca Brasil, criada após um robusto estudo de marketing iniciado em 2005, e sua substituição por uma logomarca que continha uma mensagem muito ruim. Esse tempo passou, é hora de olhar para o futuro e trabalhar para colocar a Embratur e o turismo no lugar que eles merecem. A agência está aberta ao diálogo e vai construir junto com todo o trade as soluções que o turismo brasileiro precisa para ser motor de desenvolvimento e geração de emprego e renda.

De que maneira o senhor pretende trabalhar com os demais ministérios e com a iniciativa privada?

Marcelo Freixo: É o que mais temos feito desde o dia que começamos na Embratur. O Turismo vai de norte a sul do país, e envolve praticamente todos os setores do governo. Nesses dias eu já me reuni e planejei ações conjuntas com mais de dez ministérios, além da UNESCO. Com o ministério de Desenvolvimento Social, por exemplo, estamos desenhando uma política que envolve a qualificação de trabalhadores que estão no Cadastro Único para empregos na cadeia produtiva do setor turismo, como foco em melhorar o atendimento ao turista estrangeiro. Com o Ministério do Meio Ambiente, a sinergia é total. Criamos uma gerência de Sustentabilidade e Ações Climáticas dentro da Embratur. Nossa atuação também está estrategicamente colada com o Ministério de Relações Exteriores. Turismo também é diplomacia, e trabalhamos juntos na reconstrução da imagem do Brasil no exterior. Vamos trabalhar também em parceria com a iniciativa privada nacional e internacional. O mercado é essencial para darmos o salto de qualidade que desejamos na promoção do nosso país. Me encontrei com os trades do Rio de Janeiro e de São Paulo. Também me reuni com representantes das companhias aéreas. Vamos dialogar com todos, buscando consensos e soluções para o turismo. Todos ganham com isso.

A pandemia acelerou muitas mudanças no Turismo. Qual é o papel da Embratur neste momento?

Marcelo Freixo: Houve um aumento no interesse por destinos de ecoturismo. Dados da Organização Mundial do Turismo (OMT) atestam que, na retomada do setor, esse segmento vem crescendo bastante. É um mercado que tem potencial enorme, mas ainda é pouco explorado no Brasil. Esse será um dos nossos focos, porque há um enorme interesse de estrangeiros no ecoturismo brasileiro. Há um crescimento da conscientização sobre a importância da sustentabilidade no turismo, com muitos visitantes optando por destinos e acomodações que se preocupem com a sustentabilidade. São tendências que estão totalmente alinhadas com nossa estratégia.

Como o senhor avalia a imagem do Brasil no exterior e como a Embratur atuará para atrair turistas?

Marcelo Freixo: O Brasil se isolou muito no cenário internacional nos últimos anos e isso teve um impacto negativo diretamente sobre o turismo. Agora estamos vivendo um novo momento em que o Brasil está se reposicionando internacionalmente, principalmente na agenda climática, o que é muito positivo e importante para a gente. A Embratur, sem dúvida, tem um papel estratégico na reconstrução da imagem do nosso país no exterior, com uma pauta de atuação em sintonia com a agenda de sustentabilidade e promoção da diversidade. A antiga gestão politizava demais o turismo, o que fez com que a Embratur suspendesse ações de promoção na França, o principal emissor de turistas da Europa. Nossa resposta a essa politização excessiva é a profissionalização. Exemplo disso, além da formação de um time superqualificado, é a retomada do uso da Marca Brasil, um recado de que o país da sustentabilidade, da diversidade e da alegria está de volta. É assim que vamos colaborar com a reconstrução da imagem do Brasil.

A Embratur possui quantos escritórios internacionais e como eles atuarão sob a sua gestão?

Marcelo Freixo: A Embratur não tem escritórios internacionais. Nós queremos retomar esses escritórios, mas antes precisamos garantir uma fonte de financiamento permanente e sustentável. Precisamos de verba para investimento. Neste momento esse é o nosso principal desafio. A escolha dos locais onde esses escritórios serão instalados será feita de acordo com a estratégia de atuação da Embratur. A partir de informações qualificadas, com um robusto estudo de mercados, vamos definir em quais países instalaremos os nossos escritórios. A gestão da Embratur será profissional e eficiente, com foco em resultados, dialogando com todo o trade e atuando de forma articulada para promovermos o Brasil lá fora. É assim que vamos atuar também na definição dos locais e montagem dos escritórios no exterior.

Há estudos para ampliar os escritórios da Embratur em outros países?

Marcelo Freixo: Assumimos a Embratur há exatamente um mês. Nossa primeira missão foi arrumar a casa. Isso foi feito. Agora nosso foco é garantir fontes de recursos permanentes e sustentáveis para a Embratur poder cumprir com sua missão, que é promover o Brasil no exterior e trazer mais visitantes. Feito esse dever de casa, vamos começar os estudos para definir onde vamos criar os escritórios e qual será o perfil de atuação. O desafio imediato da Embratur é garantir fontes de recursos permanentes e sustentáveis para a agência funcionar de forma adequado. Estamos com uma equipa superqualificada com essa missão. Porque sem dinheiro não é possível financiar ações de promoção e nem garantir o funcionamento adequados de escritórios internacionais. Eles são super importantes para a nossa estratégia, mas temos que dar um passo de cada vez.

O senhor já anunciou a retomada do projeto Aquarela e da Marca Brasil. Quais ações estão previstas com essa retomada e qual é o objetivo?

Marcelo Freixo: O objetivo é mostrar que o Brasil da sustentabilidade, da diversidade e da alegria está de volta. Um Brasil que quer se reposicionar no cenário internacional com espírito de cooperação e diálogo. A retomada da Marca Brasil é um recado neste sentido, além de reafirmar que a nova gestão tem compromisso com o profissionalismo. Afinal a Marca Brasil foi resultado de um robusto estudo de marketing iniciado em 2005. A Marca não pertence a Embratur, nem a governo algum, ela é a marca do país e a partir de agora ela estará presente em todas as nossas ações de promoção do Brasil. Essa retomada, feita em parceria com a ApexBrasil, foi muito bem recebida por agentes do mercado e do setor público.

Qual é a situação financeira da Embratur?

Marcelo Freixo: A Embratur hoje não tem uma fonte permanente e sustentável de recursos. Nossa missão principal será garantir essa fonte e estamos trabalhando em parceria com a FGV para alcançarmos esse resultado.

Como a Embratur pretende atrair novos investimentos?

Marcelo Freixo: Queremos parcerias com o setor privado e com o setor público para financiar as nossas ações e programas de promoção. A garantia dessas parcerias passa pela elaboração de projetos profissionais e embasados em estudos de mercado que mostrem o potencial de nossas ações. Nossa gestão será baseada em resultados para melhorarmos a promoção do nosso país e atrairmos mais visitantes. Essa melhora na qualidade da promoção e na performance é central para a construção de parcerias, porque todo mundo ganha.

A escassez de mão de obra qualificada é um dos grandes entraves para o desenvolvimento do Turismo. Qual é o papel da Embratur nesse sentido?

Marcelo Freixo: Sem dúvidas, mão de obra qualificada é uma grande barreira para melhorarmos a qualidade dos serviços turísticos em nosso país. A políticas públicas de qualificação dos trabalhadores do turismo é uma atribuição do Ministério do Turismo, mas a Embratur, dentro do que lhe cabe institucionalmente, será parceira. Eu me reuni com o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, e nós vamos elaborar juntos um programa de qualificação de mão de obra de pessoas que estão no CadÚnico para que elas trabalhem com turismo. A ideia é cruzar as informações de vulnerabilidade social do ministério com as nossas informações dos destinos mais visitados por estrangeiros.

Apesar do potencial turístico, o Brasil patina no número de turistas internacionais. Como o senhor pretende ampliar esse número?

Marcelo Freixo: Há muito tempo a gente bate no teto de 6 milhões de turistas estrangeiros, né? É um patamar muito abaixo do nosso potencial. O Brasil tem que investir mais e melhor em promoção. Como falei anteriormente, segundo a FGV, a cada R$ 1 investido em promoção R$ 20 entram na economia. Nossa missão número um é garantir fonte de recursos e parcerias com a Embratur para a promoção. A missão número dois é construir as ações e programas de promoção de forma profissional, com base em informações de mercado e com uma agenda clara de fortalecimento da sustentabilidade e da diversidade, aproveitando todo o potencial do turismo brasileiros em todas os nichos: segmentação de ações é uma palavra-chave para a gente. Usando o exemplo de outros países com realidade semelhantes à nossa, o Peru, com crise profunda na política, investe 50 milhões de dólares na promoção do país. A Colômbia investe 25 milhões de dólares. O México investe 250 milhões de dólares. Esses países entenderam que o turismo é uma economia fundamental do século XXI, geradora de um modelo de desenvolvimento compatível com o que o mundo está vivendo. O Brasil investe apenas 15 milhões, e isso tem um reflexo no nosso desempenho. Precisamos de mais investimentos e também de maior eficiência desses investimentos. Esse é nosso compromisso.

As diretrizes da Embratur estão sendo redesenhadas incorporando temas como a sustentabilidade… Quais as frentes de trabalho prioritárias da Embratur?

Marcelo Freixo: A sustentabilidade e o compromisso com a agenda climática é nosso foco. Por isso estamos criando uma gerência para cuidar especificamente desse tema. Queremos parcerias com o setor privado e o setor público para promover o ecoturismo e também fortalecer ações e programas de sustentabilidade em todo o setor. A conservação ambiental é uma questão ética, todos nós temos que assumir o compromisso de proteger o nosso planeta, e também uma questão econômica sob vários aspectos. Por exemplo, o turismo é uma das soluções para gerar emprego e renda na Amazônia, é uma alternativa importante em relação a atividades ambientalmente predatórias. Além disso, o turista estrangeiro quer visitar destinos que estejam claramente comprometidos com a agenda climática e a sustentabilidade. Para nosso país ser mais competitivo, nós precisamos avançar nessa pauta.

A ausência de planejamento a longo prazo é um ponto cobrado pelo mercado para o desenvolvimento do turismo brasileiro. Como o senhor pretende trabalhar esse planejamento/dados na Embratur?

Marcelo Freixo: É essa uma grande dificuldade que nós encontramos na transição de governo e nesse início de gestão. Faltam dados, falta inteligência. Não havia planejamento e como eles nada planejavam, também não produziam dados. Contratamos a Mariana Aldrigui para gerenciar todo o setor de Pesquisa e Inteligência de Dados. Ela é professora da USP especialista em dados e turismo, e vai nos ajudar muito a construir uma base de informações qualificada, que nos permitirá planejar ações eficientes e com foco em resultados, fazendo ajuste de rota e aperfeiçoando as políticas sempre considerando os dados. Nós estamos há apenas um mês à frente da Embratur. Encontramos um caos administrativo, um cenário de desperdício e ineficiência. Diante disso, botamos ordem na casa, trouxemos uma equipe profissional e reconhecida pelo mercado e agora estamos definindo as rotas que vamos percorrer. Não é possível fazer um planejamento eficaz sem informação de qualidade.

 

Accor se expande, se renova e aponta caminhos para o que vem

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Em coletiva realizada pela Accor Hotels no hotel Pullman Ibirapuera, o CEO Accor Americas – Premium, Midscale & Economy Brands , Thomas Dubaere, apresentou os resultados do último ano e o redesenho da gigante francesa para avançar na região

Por Zaqueu Rodrigues para o DIÁRIO

Publicado dia 28 de fevereiro (RETRO 2023)


“2022 foi um ano espetacular, um dos melhores resultados da Accor em 40 anos de América do Sul”. A avaliação é do CEO da Accor Americas , Thomas Dubaere. Os resultados alcançados no último ano e as projeções e estratégias da rede francesa para avançar nas Américas foram reveladas nesta segunda-feira (27) em coletiva de imprensa realizada no Hotel Pullman Ibirapuera, na zona sul paulistana.

Dubaere compartilhou o balanço da rede em 2022, apresentou a renovação na estrutura da empresa e as diretrizes para 2023. Ele disse que o último ano foi de resiliência e recuperação, e que os resultados superaram as expectativas. Em 2022, a receita global da Accor somou 4,22 bilhões de euros – crescimento de 80% em comparação com 2021. Na América do Sul, a Accor registrou um faturamento de 911 bilhões de euros em 2022, o que representa quase o dobro da receita de 2021.

Em 2022, a Accor inaugurou 22 hotéis em cinco países da América do Sul e assinou 16 contratos para expandir suas operações na Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia e Uruguai. Na perspectiva global foram inaugurados 299 hotéis ao longo do último ano.

Otimista com o cenário que se apresenta no horizonte do turismo, Dubaere apontou na coletiva o desafio da América do Sul e do Brasil (Crédito: DIÁRIO DO TURISMO)

Aumentar fluxo de turistas estrangeiros

Otimista com o cenário que se apresenta no horizonte do turismo, Dubaere apontou que o desafio da América do Sul e do Brasil, em particular, é aumentar o fluxo de turistas estrangeiros. “Os viajantes estrangeiros são 15% dos turistas no Brasil, enquanto os domésticos representam 85%”. Ele considera que o caminho para atrair mais turistas passa pelo aumento de eventos internacionais – F1, Lollapalooza – e ações em parceria com o Ministério do Turismo e Embratur.

O CEO Accor Americas – Premium, Midscale & Economy Brands também apresentou a nova estrutura da Accor Hotels, que agora passa a operar sob duas divisões: uma reúne os hotéis de categorias Premium, Midscale & Economy (PME); e a outra compreende Luxo & Lifestyle. “Esse posicionamento possibilita acelerar a expansão da Accor em sintonia com a renovação do mercado”, explicou Dubaere.

Presente em 110 países e com mais de 45 marcas sob a sua batuta, a Accor Hotels vem conduzindo a sua renovação em etapas, salientou Dubaere. Uma delas foi o forte investimento no modelo de franquias e conversão de hotéis de diferentes portes; a outra compreendeu a compra do Fairmont e o investimento em Lifestyle.

Na coletiva, Thomas Dubaere ressaltou que o RevPAR aumentou substancialmente no último trimestre de 2022. O RevPAR global da Accor cresceu 2% em comparação com 2019, ano pré-pandemia. Se mirar apenas os últimos três meses de 2022, o RevPAR aumentou 15% em comparação com o mesmo período de 2019.

Abel Castro e Thomas Dubaere (Crédito: DIÁRIO DO TURISMO)

Diversidade, expansão Lifestyle e de luxo

Na América do Sul, o RevPAR cresceu 26% em comparação com 2019. No último trimestre de 2022, o aumento chegou a 42% em comparação com o mesmo período de 2019. Dubaere revelou que o volume de negócios da Accor na América do Sul em 2022 cresceu 28% em comparação com o mesmo período de 2019. Dubaere projeta uma expansão dos mercados Lifestyle e de Luxo em 2023.

Thomas disse que a diversidade, inclusão e sustentabilidade são compromissos da rede francesa. “A meta da Accor é zerar a emissão de Carbono em seus hotéis até 2050. 84% dos nossos hotéis no mundo eliminaram todos os plásticos de uso único”, disse Dubaere, que lembrou que esse trabalho requer tempo e investimentos em treinamentos com os colaboradores, parceiros. O executivo afirmou que o número de mulheres em posições de liderança precisa crescer mais.

Presente na coletiva, o CDO (Chief Development Officer) Americas – Premium, Midscale & Economy Brands, Abel Castro, informou que a projeção da Accor é de inaugurar 25 hotéis em cinco países na América do Sul. “18 hotéis já estão confirmados. São 2500 quartos”, detalhou o executivo, que destacou o papel das conversões, franquias e serviços de assinatura para embalar os novos passos da rede francesa na América do Sul.

Tarcisio Gargioni: ‘o Brasil é outro e o mercado de aviação também’

Nesta entrevista concedida ao DIÁRIO, Tarcisio Gargioni faz uma sinopse do mundo das companhias aéreas e  conta boa parte de sua trajetória no setor.

Tarcísio Gargioni formou-se em Administração de Empresas, com especializações em Engenharia de Transportes (COOPE/UFRJ) e Marketing e Serviços (FGV/SP).

Possui 28 anos de experiência em Aviação Comercial (VASP/GOL/AVIANCA) e outros 27 em transporte Terrestre, Marítimo e Ferroviário. Recebeu vários prêmios relevantes no setor, como Caboré 2004 e três Marketing Best, entre outros. Atua como palestrante, professor e conselheiro certificado pelo IBGC, desde 2010.

Na entrevista que segue, concedida à repórter Carolina Figueiredo e ao Publisher do DIÁRIO DO TURISMO, Paulo Atzingen, Tarcisio faz uma sinopse da sua carreira, especialmente na fase em que passou a se dedicar, integralmente, ao mundo das companhias aéreas. Claro e objetivo, oferece aos leitores o testemunho da sua vivência privilegiada no setor de transportes e a paixão pelo aéreo.

Publicado dia 22 de fevereiro (RETRO 2023)


DIÁRIO DO TURISMO: Tarcisio, me fale quando e como iniciou seu relacionamento e sua paixão pela aviação propriamente dita.

Tarcisio Gargioni: Para ser objetivo, eu entrei na aviação em 1º de outubro de 1990, com a privatização da Vasp. Quando o Canhedo assumiu, ele me convidou para assumir uma diretoria de cargas. A minha vida toda sempre foi ligada à área de transporte. Nos meus 20 anos anteriores à aviação, militei no transporte rodoviário – caminhão e ônibus. Lidei com transporte marítimo, em operações de navio lá em Itajaí, na área de importação e exportação. E, também, tive uma boa experiência ferroviária. Mas faltava o aéreo. E quando entrei nesse setor, nunca mais saí. O aéreo é assim: se entra, não sai mais.

DIÁRIO DO TURISMO: Eu o conheci quando você estava na Avianca. Na sua trajetória, você tem passagem pela Vasp. Quer contar algum aspecto dessa época?

Tarcisio Gargioni: Fiquei na Vasp 10 anos. Foi a minha primeira escola no mundo da aviação. Comecei a aprender um pouco nesse período e, obviamente, foi muito rico em termos de conhecimento. Eu já entrei como diretor de cargas da Vasp. A área de cargas da empresa era uma superintendência ligada à diretoria comercial de passageiros. Então, fui o primeiro diretor independente, dedicado exclusivamente à atividade de cargas.

Nesse período, a Vasp já tinha cargueiros, atendia à rede postal noturna dos Correios. Mas essa operação representava perto de 6% da receita da empresa. Com a minha entrada, conseguimos expandir, a gente trouxe mais aviões, começamos operação internacional e conseguimos chegar a uma participação na receita total da companhia de 23%, só em cargas.

Foi uma expansão forte, um período de muitas mudanças no mercado brasileiro. Tivemos a posse do Collor e o impeachment. Depois, assumiu o vice do Collor, Itamar Franco. A gente teve, no final da década, uma desvalorização cambial muito forte, em 1999. Houve uma liberação do câmbio que desequilibrou todas as operações internacionais das companhias aéreas. Foi um tsunami.

Isso teve consequências fortíssimas, inclusive com a paralisação das atividades das linhas internacionais. Na verdade, acho que em maio de 2000 a Vasp paralisou todas as operações internacionais e começou a entrar em crise financeira alta. Foi uma década de muitas variáveis.

Tarcisio nos tempos da Vasp (arquivo pessoal)

DIÁRIO DO TURISMO: Em 2000, lembro que a Gol começou a operar nesse ano, certo?

Tarcisio Gargioni: Exatamente. Em maio do ano 2000, com a paralisação das atividades internacionais da Vasp, fui convidado para participar do projeto da construção da Gol.

DIÁRIO DO TURISMO: Ou seja, você foi cofundador da Gol?

Tarcisio Gargioni: Fui cofundador da Gol. No dia 17 de julho de 2000, pedi demissão da Vasp para poder participar do projeto da Gol. Fiz o pedido de manhã, ao Canhedo e, à tarde, eu já tive uma primeira reunião para discutir o projeto da Gol, que ainda não tinha nem CNPJ.

DIÁRIO DO TURISMO: Foi meio no escuro, não é?

Tarcisio Gargioni: Não foi bem na escura, eu já os conhecia. Tínhamos trabalhado em Brasília, por uns seis anos, na empresa de ônibus. Não eram pessoas desconhecidas. Naquele período, eu tinha lido o livro da Southwest, ‘Nuts!’, que foi, inclusive, traduzido para o português. Eu li e fiquei entusiasmado com o modelo “low cost” da Southwest. Quando recebi o convite da Gol, eu tinha acabado de ler o livro. Com a Vasp em crise, era oportunidade para fazer um projeto novo.

Quando li o livro, eu disse: ‘esse é um modelo bom para o Brasil’. Então não foi, exatamente, no escuro. Muito pelo contrário, o convite veio ao encontro daquilo em que eu acreditava e imaginava que era bom. Foi a oportunidade de um novo projeto, mas com a certeza de que iria dar certo.

DIÁRIO DO TURISMO: Então a Gol não nasceu “low cost, low fare” e esse modelo foi criado a partir da sua chegada?

Tarcisio Gargioni: Não. A família já tinha decidido que faria uma cia. aérea para vender passagem mais barata. Já haviam estudado a Southwest. O projeto já estava elaborado, feito por um escritório especializado. Uma pesquisa apontava que 25 milhões de pessoas queriam voar. E não voavam por conta de tarifas altas. O projeto já estava em andamento. Eu tinha lido o livro e gostei da ideia. Apenas entrei no jogo, mas não fui eu o decisor.

DIÁRIO DO TURISMO: Tarcisio, chegamos na metade da nossa entrevista e eu gostaria de perguntar a você o seguinte: Se a companhia fosse criada hoje, em 2023, você faria algo diferente?

Tarcisio Gargioni: Com certeza sim, porque o Brasil é outro. E o mercado também. Naquela época, nós tínhamos um mercado de 20 milhões de passageiros/ano e hoje nós temos mais de 100 milhões. Além disso, passamos por uma pandemia. Então, evidentemente, teria que ter feito alguma coisa diferente. Alguns conceitos básicos valem, mas os processuais seriam diferentes. Naquela época, a Internet era uma novidade. E hoje, não se vive sem ela.

DIÁRIO DO TURISMO: Tarcísio, no tempo da Avianca, você foi VP Comercial e MKT. Pode contar um pouco desse período?

Tarcísio Gargioni: Eu fiquei na Gol durante 10 anos. Aí eu já estava com 64 anos de idade, fiz os cursos do IBGC e disse: ‘Olha, eu vou virar conselheiro’. Fiquei alguns meses assim e veio o convite para assumir a vice-presidência da Avianca. O que me estimulou bastante, a assumir a Avianca, foi uma frustração que eu tive com o modelo de um serviço Premium na VARIG, na época em que a GOL comprou a cia aérea.

Àquela altura, nós já tínhamos uma visão de que existia um mercado mais Premium, com mais conforto, mais espaço. Tanto é que naquela época nós tínhamos dois slogans: ‘Eu posso voar’ e na Varig era ‘Eu mereço voar’. Nós tínhamos a intenção de diferenciar os serviços entre GOL e Varig. Quando veio o convite para entrar na Avianca e com o projeto com esse conceito em expansão, eu fiquei estimulado e acabei assumindo.

Em 2011, a empresa tinha 2% de participação no mercado. E quando eu saí de lá, em 2017, já alcançava mais de 13%. O conceito da Avianca era bom. Infelizmente, foi uma empresa que parou suas atividades por fatores externos da atividade da aviação. Foram outros fatores e outros negócios que influenciaram a parada ou a crise da Avianca Brasil. Mas foi um projeto bonito, também. Nós crescemos, havia um serviço diferenciado, com uma qualidade superior, todo conforto, espaço, aviões novos, entretenimento, sanduichinho, etc.

Tarcísio nos tempos da Avianca (Reprodução)

DIÁRIO DO TURISMO: Olhando, agora, um pouquinho para o futuro, qual a projeção que você faz para a aviação comercial? Na sua opinião, do que o Brasil precisa para continuar expandindo a sua operação aérea?

Tarcísio Gargioni: O comportamento da atividade econômica é fundamental. A aviação se desenvolve em função do crescimento econômico. No Brasil, o PIB tem que ser positivo ao longo do tempo. Nessas condições, a atividade da aviação e do turismo crescem juntos. Mas nós temos um grande desafio, que é desenvolver a aviação regional e criar uma infraestrutura de aeroportos para sustentar esse crescimento nos próximos anos.

Hoje, nós temos um público para mais de 100 milhões de viagens por ano. Infelizmente, esse crescimento foi interrompido pela pandemia. Mas se nós crescermos 2,3% de PIB, lá por 2035 poderemos chegar em 200 milhões. Ou seja: quase o dobro da aviação atual. Para isso, precisamos ter uma infraestrutura de aeroportos adequada, para sustentar esse crescimento.

Do ponto de vista das empresas, todas têm capacidade de crescer e expandir. Trazer mais aviões, contratar pilotos e mais pessoal não é problema. O problema é infraestrutura aeroportuária, navegação aérea e coisas do gênero. Evidentemente, o crescimento econômico e melhora da renda vão influenciar, positivamente, na quantidade de viagens.

DIÁRIO DO TURISMO: Como homem da área, qual a mensagem que deixaria para as pessoas que querem ingressar nesse mercado, nesse universo chamado aviação civil comercial?

Tarcisio Gargioni: Eu deixaria uma mensagem de otimismo, por conta daquilo que nós acabamos de falar. Se você projetar crescimento nos próximos 10 ou 15 anos, a aviação vai crescer e, automaticamente, vai precisa de mão de obra especializada em todos os aspectos. Falo de piloto, mecânico, controladores de voo, pessoal de gestão, comercial, turismo – entre outros.

Então, é uma mensagem de otimismo, mas sem ilusões. É um mercado que vai crescer aos poucos, mas serão gerados muitos empregos. É uma área apaixonante.  Então, quem quiser entrar no setor, tem que investir em si próprio, treinar a mente, capacitar-se e acreditar que o setor vai crescer. Vai dar oportunidade parra que os profissionais tenham a chance de exercer suas atividades e serem felizes.

DIÁRIO DO TURISMO: E falando de Brasil?

Tarcisio Gargioni: Eu acredito que o país pode crescer, em termos internacionais, No futuro, o Brasil tende a ter uma importância econômica, no mundo, maior do que tem hoje, por conta da sua capacidade de produzir alimentos e ter fontes renováveis de energia. O território é enorme, sem terremotos, etc. Aumentando sua importância no cenário mundial, o Brasil, automaticamente, terá uma aviação internacional mais desenvolvida.

William Périco, presidente da Wings Turismo: “Não somos eternos, temos que ser generosos com os novatos”

William José Périco fez brilhante carreira no turismo, começando como guia de turismo aos 16 anos

Publicado em 16 de fevereiro (RETRO 2023)

Trabalhar em agência de viagem ou, antes, ser agente de viagem não é para qualquer um. Somado a conhecimentos técnicos, históricos e geográficos é preciso ter muita, mas muita empatia, gostar de pessoas. Na série Entrevistas Presidenciais, faltava aquele profissional que representasse o agente de viagem em sua essência e este é William Périco. William fez brilhante carreira no turismo, começando como guia de turismo aos 16 anos, passando por experiências em companhias aéreas como a VASP e presidindo associações de classe como a Aviesp e a ABAV-SP de 2007 a 2013, respectivamente, além da vice-presidência no Sindetur e SPCVB. William é sócio diretor da Wings Turismo e o DIÁRIO o entrevistou, confira:

William, você é formado em Turismo pela PUCAMP, e é um nome conhecido e querido no trade. Como e quando decidiu seguir na área das viagens e do Turismo?

Realmente fiz a PUCCAMP – Turma de 1978, a minha decisão de entrar para o Turismo
aconteceu através de uma pergunta feita pela então Diretora da Caprioli Turismo de Campinas – Sra. Vilma Caprioli, que me conheceu em uma das suas viagens rodoviárias, onde ela me perguntou se eu gostaria de ser Guia de Turismo, pois gostava muito de viajar e sempre fui muito falante, perguntei o que seria necessário para começar e ela respondeu que iria mandar fazer um crachá com meu nome, e eu faria umas três viagens como “Guia Aprendiz”, topei na hora, pois iria viajar nas férias escolares e nos feriados. Minha primeira viagem como aprendiz foi para Foz do Iguaçu com o Guia Glauco, que foi extremamente generoso, me mostrando como deveria agir como guia. Gostei muito da experiência e um mês depois fui escalado para ir ao Rio de Janeiro, quando perguntei quem seria o Guia, eles me falaram que seria eu, pois já conhecia o destino e está pronto para iniciar na carreira de Guia, isto foi em 1974 quando eu ainda tinha 16 anos, a viagem correu maravilhosamente bem e fui tomando gosto por acompanhar Grupo.

Em 1977 me mudei para Campinas e fui trabalhar em uma Agência chamada Veretur, onde além das experiências como Guia comecei a aprender o processo de vendas e operação em uma Agência de Viagens.

Você teve passagens pela VASP e pela Abreu. Pode contar um pouco mais sobre essas experiências?

No ano de 1979 recebi um convite para trabalhar na VASP na área comercial, onde comecei
como promotor, neste período tive a oportunidade de conhecer muitas pessoas ligadas ao
Turismo. Em 1983 fui convidado para trabalhar na Agência Abreu na filial de Campinas, onde passamos a cuidar praticamente de todo o interior do Estado de São Paulo, onde tive ótimas experiências e conheci muita gente de todo o Estado.

Em 1992, você assumiu a sociedade da agência Wingstur, de Rio Claro. Qual foi a sua reação ao receber esse convite?

Em 1992 o meu amigo Ninho Bianchini que era Diretor da Wings Turismo de Rio Claro, me
convidou para fazer parte da empresa, onde por muitos anos atuamos juntos. Tenho uma gratidão muito grande à Deus por ter colocado pessoas no meu caminho, que sempre me receberam de braços abertos e com o Ninho não foi diferente, aprendemos muito um com o outro, em um determinado tempo ele se desligou da Wings para seguir com os negócios de sua Família, eu e a minha esposa Marisa começamos a desenvolver alguns projetos de Grupos com acompanhamento de uma pessoa de nossa Empresa, e isto resultou na criação de um Departamento Exclusivo para Grupos dentro de nossa Empresa, além das tradicionais vendas de balcão, atendimento corporativo e Incentivo.

Você é apaixonado por aviação e também pelo destino Orlando. Pode nos explicar como surgiram essas preferências? Existem outras?

Minha paixão pela aviação estava dentro do meu peito desde criança, uma vez meu Pai me
levou a um Aeroclube e eu não queria ir embora, de tanto que gostei do que vi, acho que foi “Amor à Primeira Vista”, passei a estudar um pouco mais sobre os modelos de avião, infelizmente não cheguei a fazer o Curso de Pilotagem, pois em São Sebastião da Grama- SP, onde nasci, não existe Aeroclube. Tive a oportunidade de entrar na VASP, onde trabalhei na área comercial, mas sempre tínhamos a oportunidade de voar, e eu nunca perdia estas chances. Outro sonho que tinha desde criança era ir conhecer a Disneyland (Na Califórnia), mas acabei conhecendo o primeiro WDW em Orlando, e confesso que fiquei fã de carteira do Sr. Walt Disney, pois já conhecia muito de sua trajetória e ele foi um ser iluminado, pois conseguiu criar um Ambiente Mágico, todos se divertiram em um de seus Parques Temáticos, independentemente da sua faixa etária.

De 2007 a 2012, você foi presidente da Aviesp, e de 2011 à 2013, assumiu a presidência da ABAV-SP. Por gentileza, pode contar um pouco como foram essas experiências?

Em 2007 estava como Vice-Presidente da Aviesp na gestão do nosso querido Rocha, que
infelizmente faleceu e eu assumi o mandato tampão, para que pudéssemos realizar as eleições conforme nosso estatuto, e em 2010 me candidatei e fiquei até 2012. Foi um período de muito aprendizado e conseguimos fazer muitas ações pelo interior, pois sabíamos das dificuldades que os Agentes do Interior tinham para poder ter acesso às informações, nossa Equipe que estava baseada em Campinas se desdobrava para podermos levar treinamentos e capacitações em todas as nossas Delegacias Regionais que estavam espalhadas dentro de nosso Estado. Em 2011 fui convidado para assumir a Presidência da ABAV/SP, onde permaneci até 2013, nesta fase, junto com o Edmar Bull, Eduardo Nascimento, começamos a conversar sobre a possibilidade de fazermos uma junção das Associações, o que acabou acontecendo em 2012, com a mudança da sede da Aviesp para o mesmo endereço da ABAV/SP, este realmente foi um passo importante, pois após um bom tempo trabalhando juntas e ao mesmo tempo independentes conseguimos ao longo do tempo construir uma ligação que culminou com a união efetiva das duas entidades em apenas uma.

Em sua opinião, qual a importância desses órgãos para as agências de viagem, os agentes e o Turismo brasileiro?

O Sistema ABAV, que reúne todas as ABAVs do Brasil, e hoje é comandada pela Sra Magda
Nassar, tem atuado junto aos Organismos Estaduais, Associações de Operadoras, Cias. Aéreas e Cias. Marítimas de forma a marcar presença em todos os segmentos de nossa atividade, vejo hoje pessoas criticando as Associações, mas a maioria dos que reclamam não são Associados e não procuram saber sobre a importância do trabalho realizado pelas ABAVs Estaduais, gostaria muito que estes Agentes mais críticos fizessem uma visita à estes escritórios para pode saber um pouco mais sobre as verdadeiras Guerras Travadas junto aos Órgãos Governamentais, que desconhecem totalmente nossos segmento, o apoio Jurídico que é oferecido aos Associados e muitos outros serviços e benefícios que são disponibilizados aos Agentes de Viagens.

Além disso, você tem grande proximidade com o trade turístico, com passagens pela Vice-Presidência do Convention and Visit Bureau de São Paulo e pela Vice-Presidência do SINDETUR. Qual a importância do relacionamento com o trade, e desses órgãos para o Turismo?

Tive a oportunidade de participar como Vice-Presidente do Sindetur/SP e do Convention and Visitor Bureau de São Paulo, que fazem um trabalho fantástico, o Sindetur/SP, desempenha um trabalho muito interessante junto aos Sindicatos dos Trabalhadores, para criar um ambiente de diálogo quando das rodadas para o Dissídio coletivo da nossa Categoria, oferece muitos benefícios aos seus Associados e estão sempre presentes quando se tem alguma dúvida relacionada aos direitos e deveres de ambas as partes, além de manter uma sede disponível por telefone ou presencialmente para contatos e dúvidas. O Convention and Visitor Bureau, desempenha um papel fundamental de balizamento para toda cadeia turística, em sua sede, um grupo muito grande de funcionários, realiza pesquisas, faz captação de eventos para a Cidade de São Paulo, treinamentos para vários segmentos (Lojistas, Hoteleiros, Restaurantes, Taxistas), o Presidente, Toni Sando, tem feito um trabalho maravilhoso à frente do Convention.

William recebendo a placa comemorativa dos 25 anos do Wet’n Wild Brasil (Crédito: divulgação)

Você é diretor da Wings Turismo, que está há mais de 36 anos no mercado. Qual o principal perfil que a Wings atende?

Nossa empresa Wings Turismo, completará 39 anos no próximo dia 1º de julho. Eu estou na Agência desde 1992, portanto a 31 anos, e parece que foi ontem que me mudei de Campinas para Rio Claro, nós felizmente temos uma Equipe, que está a muitos anos conosco, temos a Vera que está conosco desde a abertura da Wings a 38 anos, e a nossa colaboradora mais nova está a 17 anos conosco, o que nos deixa extremamente motivados a nos atualizar, manter o Grupo unido, Investir em tecnologia e treinamento. A nossa Equipe possui 11 colaboradores e como uma Agência pequena, atendemos todos os segmentos, como vendas de Pacotes Nacionais e Internacionais, Corporativo, temos um Setor de Documentação e Vistos, e nosso principal foco são os Grupos Nacionais e Internacionais que formamos e sempre garantimos o acompanhamento de alguém de nossa Equipe, o que é um grande diferencial, principalmente para as pessoas que têm dificuldades com idiomas.

Quais as principais diferenças que você nota entre presidir associações de agências de viagem e liderar sua própria agência?

Quanto às diferenças entre Presidir uma Associação ou Dirigir a nossa Companhia, acredito
que as duas tem suas dificuldades e particularidades, em uma Associação o seu foco tem que ser o seu Associado, e muitas vezes você é cobrado por um Agente por uma determinada situação, e ele se esquece que você está temporariamente representado a categoria, sem remuneração, se doando e abrindo mão do seu próprio negócio para olhar o coletivo, pois se as ações são bem executadas, o resultado será muito bom para todos, Associados ou não, já em nossa companhia, tenho que olhar principalmente para o nossa cliente, estar atento às tendências do mercado e manter a Equipe unida e atual.

William, você sempre ressaltou a importância de investir na capacitação dos profissionais. Em sua opinião, o que pode ser feito para aprimorar a capacitação dos agentes de viagem no Brasil?

Hoje verifico uma infinidade de ações acontecendo de modo on-line e ou presencial, mas
acredito que tenhamos ainda uma parcela muito grande de Agentes que pararam no tempo, não investindo em tecnologia, conhecimento cultural, leitura, reciclagem, pois neste momento temos uma infinidade de novas tendências aparecendo e muitos deixam passar a oportunidade de crescimento profissional e financeiro. As pessoas hoje não lêem mais simplesmente fazem uma busca rápida quando tem dúvida e se esquecem que tem muitos clientes que chegam em uma Agência sabendo mais que o profissional que o atenderá, e isto é lamentável.

Qual a sua expectativa para o turismo brasileiro em 2023?

Neste Ano de 2023 acredito em um crescimento muito acima do esperado, temos tido muito clientes interessados por Pacotes de todos os tipos, Baratos, de Luxo, Nacionais, Internacionais, Culturais, Gastronômicos e Bem Estar, temos muitas possibilidades que aparecerão e todos devemos estar muito atentos para não perdermos as oportunidades. Invista em sua Empresa, em Você, busque um foco e acredite no seu negócio que terá Sucesso com certeza.

Por fim, que mensagem você gostaria de deixar aos leitores do DT que querem seguir no segmento do agenciamento de viagens? 

A minha mensagem é de muito otimismo para quer entrar no nosso segmento, pois as
viagens estão sempre entre os primeiros sonhos de todas as pessoas, acredito no crescimento no nosso setor muito acima de muitos negócios tradicionais e rentáveis, mas para se ter Sucesso, acredito na fórmula que 80% de transpiração e 20% de inspiração, ou seja trabalhar muito, ter um foco e tentar se destacar dos demais parceiros. Nós que estamos a mais tempo no mercado temos a obrigação de sermos generosos com os novatos, pois eles serão o “Futuro do Turismo”, nós não somos eternos!!

Livro infanto-juvenil sobre o Pelé é lançado no Museu do Futebol

Evento contará com a presença dos autores de “Dico” e de Flávia Arantes do Nascimento, filha de Pelé e apresentadora do podcast “Legado do Rei”

Como parte dos eventos de homenagem a Pelé no aniversário de um ano de sua morte, o Museu do Futebol recebe nesta terça-feira (19) o lançamento do livro infanto-juvenil Dico: o menino que morava no coração do Pelé, com texto de Celso de Campos Jr. e ilustrações de Lhaiza Morena.

De acordo com nota enviada ao DIÁRIO, o lançamento é gratuito e inclui um bate-papo no auditório do Museu com a presença dos autores, além de Flávia Arantes do Nascimento, filha de Pelé e apresentadora do podcast “Legado do Rei” ao lado de Fabio Bolla. Os participantes vão conversar sobre os valores que Edson Arantes do Nascimento sempre transmitiu fora dos campos.

Localizado no Estádio do Pacaembu, o Museu do Futebol é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo.

“Dico: o menino que morava no coração do Pelé” insere a trajetória e as conquistas do Rei do Futebol no universo da literatura infanto-juvenil. Tendo como base fatos da vida do atleta, a narrativa propõe uma reflexão sobre infância e maturidade. O livro foi editado por Sidney Gusman e publicada pela Garoa Livros,

Lançamento do livro Dico: O menino que morava no coração do Pelé

Data: 19 de dezembro de 2023 Horário: 19h às 21h Local: Museu do Futebol, Auditório Armando Nogueira – Praça Charles Miller, Pacaembu

O estacionamento é em via pública e funciona pelo sistema da Zona Azul. Um cartão de R$ 6,08 vale por três horas

Próximos às estações Paulista (Linha 4 – Amarela) e Clínicas (Linha 2 – Verde)

Acesse a programação cultural do Museu do Futebol, clicando aqui.

Férias internacionais: veja destinos mais buscados por brasileiros

Conheça os lugares mais desejados pelos brasileiros para suas férias internacionais e saiba como parcelar suas viagens nos EUA

Com a chegada do fim de ano e à medida que as férias se aproximam, muitos brasileiros buscam um merecido momento para relaxar e recarregar as energias. Então, dezembro não apenas marca o início das férias coletivas e escolares, mas também representa um período de recesso e descanso para inúmeros trabalhadores.

Além disso, a ansiedade por explorar novos destinos junta-se ao desejo de viajar internacionalmente e esse é um bom período para novas experiências.

Solução de pagamento facilita o sonho das férias internacionais

De acordo com nota oficial enviada ao DIÁRIO, a Parcelow se destaca como uma solução de pagamento parcelado que vem revolucionando a compra de produtos entre o Brasil e os Estados Unidos. Isso porque nos EUA não se parcela compras.

Então, compreendendo o perfil brasileiro, que tem o hábito do parcelamento*, a Parcelow criou um ecossistema que permite comprar nos EUA em lojas físicas ou no Brasil, por meio de sites parceiros, em até 12 vezes. Tudo isso de forma prática e segura.

“A Parcelow nasceu de uma necessidade que o brasileiro tem. Eu estava com as minhas filhas na fila de uma loja de cosméticos, em Orlando, e presenciei uma brasileira perguntando pra vendedora se poderia parcelar sua compra, a moça mal entendeu. Eu pensei: dá pra fazer! Estudei e coloquei em prática essa forma eficiente de pagamento.” explicou Rogério Teixeira, CEO e fundador da Parcelow.

Férias internacionais: imagem de Rogério Teixeira, CEO e fundador da Parcelow
Rogério Teixeira, CEO e fundador da Parcelow (Foto: Divulgação)
Férias internacionais: “Queremos tornar os destinos mais acessíveis”

Desde 2019, a Parcelow oferece essa opção de parcelamento para brasileiros, eliminando a necessidade de um cartão internacional. Isso significa que é possível utilizar o cartão de crédito habitual para realizar compras em outro país, tornando os desejos internacionais palpáveis.

“Entendemos que as férias são momentos especiais e que o desejo de viajar se torna intenso. Queremos proporcionar uma experiência única aos brasileiros, tornando seus destinos internacionais mais acessíveis e realizáveis”, afirmou Rogério Teixeira.

Hoje, esse meio de pagamento serve tanto para compras de produtos, como também de serviços e experiências. Ou seja, é extremamente útil nesse período de férias.

Férias internacionais: confira os destinos mais procurados para dezembro de 2023

De acordo com um levantamento feito pelo site de reserva de voos ViajaNet, o Nordeste é a região com maior número de cidades procuradas no ranking nacional. Já em destinos internacionais, a Europa e os Estados Unidos registram as maiores buscas neste final de ano.

Confira abaixo a lista completa:

  1. Lisboa (Portugal)
  2. Nova Iorque (Estados Unidos)
  3. Orlando (Estados Unidos)
  4. Miami (Estados Unidos)
  5. Buenos Aires (Argentina)
  6. Paris (França)
  7. Londres (Inglaterra)
  8. Santiago do Chile (Chile)
  9. Tampa (Estados Unidos)
  10. Madri (Espanha)

Para saber mais, acesse o site oficial da Parcelow.


EDIÇÃO DO DT (CF) com agências.

Mavsa Resort celebra chegada de 2024 com várias atrações

O Mavsa Resort celebra chegada de 2024 e os pacotes do resort contemplam atrações para todas as idades, incluindo tributos a Elton John e Bon Jovi e show com a banda Galaxy

Situado a apenas 90 minutos de São Paulo, o Mavsa Resort propõe despedir-se de 2023 e dar às boas-vindas a 2024 em grande estilo. Isso porque, no Mavsa, a única preocupação dos hóspedes é escolher o look perfeito para aproveitar a enorme gama de atrações disponíveis no resort.

Mavsa Resort celebra chegada de 2024: veja a programação especial

A programação começa na terça-feira, dia 26/12, com um check-in animado, balada com robô de led e o espetáculo Hakuna Matata, que a equipe artística do resort apresenta. Depois, as atividades continuam ao longo da semana com opções para todos os gostos: desde mini golfe indoor, campeonato de poker e show de samba, até homenagens a grandes ícones da música. Como, por exemplo, o Rei do Pop e Elton John.

Já os destaques especiais incluem o show “Encantados Sunset” no sábado e uma celebração vibrante na virada do ano. Ela inclui show gastronômico, música ao vivo com a banda Galaxy e uma espetacular queima de fogos.

Saiba mais sobre as atrações e comodidades do Mavsa Resort

Reconhecido como um dos melhores resorts do país, o Mavsa oferece um sistema all inclusive completo. Ao todo, são 8 refeições diárias e uma variedade de bebidas, com e sem álcool, servidas até às 0h. Mas, no Réveillon, o horário será estendido até às 2h. Já a gastronomia, sob a direção do chef Helbert Moura, atende a todos os hóspedes. Incluindo vegetarianos, bebês e pessoas com intolerância ao glúten e à lactose.

Além disso, o resort contempla uma área de 800 mil m², repleta de verde e belezas naturais. Então, para quem procura atividades ao ar livre, há quadras de tênis, futebol, beach tênis e vôlei de areia. Assim como mini zoológico, arco e flecha, parede de escalada, arvorismo e trilhas para corrida e caminhada. Já o complexo aquático do resort inclui 6 piscinas, duas jacuzzis e lagos enormes. Garantindo assim diversão para todas as idades.

Mavsa Resort celebra chegada de 2024: Prainha do Mavsa Resort
Prainha do Mavsa Resort (Foto: Divulgação Mavsa)

Por sua vez, as acomodações no Mavsa são diversas e incluem suítes, apartamentos, chalés temáticos e presidenciais. Para começar o Ano Novo com o pé direito, a segunda-feira, dia 1º de janeiro de 2024, será animada pela Banda Bamboa nas piscinas. Além de uma Festa das Cores e a estreia do Show Brodoay.

Mavsa Resort celebra chegada de 2024 e tem pacotes especiais

Com um período mínimo de hospedagem de 4 diárias, de 28/12 a 1/1 ou de 29/12 a 3/1, os valores partem de 5.721,00 para um casal com duas crianças de até 12 anos hospedadas no mesmo apartamento dos pais. Além disso, pacotes com 5 ou 6 diárias recebem descontos adicionais.

Serviço
Réveillon no Mavsa Resort
  • Período mínimo: 4 diárias
  • Valor: diárias a partir de 5721,00 o casal. Duas crianças de até 12 anos no mesmo apartamento dos pais são cortesia
  • Parcelamento: 10X sem juros
  • Endereço: Av. 3 de Maio, 2500 – Cesário Lange – SP

Para mais informações e reservas, ligue para: (15) 3246-8210, ou acesse o site oficial.


EDIÇÃO DO DT (CF) com agências.

Porto Seguro lança calendário oficial de eventos 2024

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Cidade baiana de Porto Seguro apresenta dezenas de eventos para o ano todo

EDIÇÃO DO DIÁRIO com agências


A Secretaria Municipal de Turismo (Setur) de Porto Seguro, na Bahia, anuncia o aguardado calendário oficial de eventos 2024. São quase 50 iniciativas, abrangendo uma variedade de festividades culturais, festivais de gastronomia, competições esportivas, comemorações cívicas e celebrações religiosas, prometendo movimentar tanto a sede quanto os distritos ao longo do ano.

De acordo com nota enviada ao DIÁRIO, Porto Seguro oferece aos visitantes e à comunidade local uma programação rica em eventos ao longo de todo o ano, desde o agito do Réveillon, que contará com queima de fogos espetacular, um dia cheio de atividades e shows a partir das 16h com Carlinhos Brown e bandas regionais, até festividades que celebram as tradições culturais.

O destaque do destino vai muito além do verão, quando sol e mar são as estrelas principais, mas também nos demais períodos, demonstrando que a “Terra Mãe do Brasil” está sempre viva e repleta de acontecimentos especiais.

Carnaval, São João, Festejo de Iemanjá, Aniversário do Brasil, Aragwksã, Festival de Música em Trancoso, Resgate das Nações, Meia Maratona do Descobrimento, Festa d’Ajuda e da Pena, Brasil Ride, estão entre as festas mais marcantes.

A sinergia entre a comunidade local e os visitantes cria um ambiente acolhedor e festivo, torna o destino irresistível para quem busca diversão e cultura em qualquer época do ano.

“Com o lançamento desse calendário, a Prefeitura de Porto Seguro reforça o compromisso de promover o turismo de forma sustentável, valorizando as tradições locais e proporcionando momentos únicos aos seus visitantes. Esteja preparado para um 2024 repleto de emoções, cultura e alegria, além das surpresas que Porto Seguro reserva ao longo do ano!”, destaca o secretário de Turismo, Paulinho Toa Toa.

Visit Pernambuco Travel Show gerará 112 milhões em negócios

Para 2024, a previsão é que o Visit Pernambuco Travel Show deve gerar mais de 112 milhões em negócios, e o evento ocorreu no começo de dezembro, no Convention Center do Armação Resort, em Porto de Galinhas

Nos dias 04 e 05 de dezembro, Porto de Galinhas sediou a quinta edição do Visit Pernambuco Travel Show. Esse é um evento que tem por objetivo promover o fomento do turismo do Estado, por meio de rodadas de negócios e palestras. Além de espaços para exposição para buyers (compradores) nacionais e internacionais com fornecedores (suppliers).

Visit Pernambuco Travel Show reuniu buyers e suppliers

Segundo nota oficial enviada ao DIÁRIO, o Visit, durante dois dias, contou com a participação de 62 buyers (nacionais e internacionais) e 39 suppliers. Eles realizaram cerca de 1.200 reuniões. Além disso, de acordo com a pesquisa respondida pelos operadores que participaram do evento, mais de 112 milhões de negócios devem ser gerados na região em 2024.

Rodada de Negócios concorridas no evento
Rodada de Negócios concorridas no evento (Foto: Luiz Fabiano)

“O Visit Pernambuco Travel Show vem se consolidando a cada ano e se tornando um evento bastante disputado. Mais um ano contamos com a presença de buyers internacionais que vivenciaram in loco o destino e negociaram com os fornecedores locais”, comentou o presidente do Porto de Galinhas Convention, Otaviano Maroja.

“O evento também trouxe muito conhecimento com as palestras e debates do Summit, com temáticas atuais e de interesse do segmento. E o evento contou com a presença de caravanas de agentes de viagens e guias de turismo, promovidos respectivamente pela Abav-PE e Sebrae-PE”, complementou o presidente.

Visit Pernambuco Travel Show supera expectativa dos participantes

A pesquisa também aponta que 100% dos participantes pretendem participar em outras edições do Visit. Outro dado importante é o nível de satisfação com o evento, que os participantes apontaram como “excelente”. Já 40% disseram que o evento superou suas expectativas sobre as rodadas de negócio.

As rodadas de negócios também foram bem elogiadas pelos participantes do evento
As rodadas de negócios também foram bem elogiadas pelos participantes do evento (Foto: Luiz Fabiano)

Além disso, o Visit aconteceu no Convention Center do Armação Resort, e conta com a idealização da Associação dos Hotéis de Porto de Galinhas (AHPG) e o Porto de Galinhas Convention & Visitors Bureau (PGACVB). Conta ainda com o apoio institucional do Sebrae-PE, Prefeitura do Ipojuca e do Governo de Pernambuco, por meio da Empetur.

Conheça os patrocinadores do Visit Pernambuco Travel Show

Entre os patrocinadores do evento estão os hotéis: Armação Resort, Kembali Hotel, Hotel Solar Porto de Galinhas, The Westin Porto de Galinhas All Inclusive. Assim como: Marupiara Resort, Hotel Village Porto de Galinhas, Vivá Porto de Galinhas Resort, Marulhos Resort, Nannai Resort & Spa e Samoa Beach Resort. Além das empresas de receptivos: Luck, Martur e Pontual.


EDIÇÃO DO DT (CF) com agências.

Paraíba lança Painel de Inteligência de Dados Turísticos

Nesta terça-feira, 19, o Governo da Paraíba lança Painel de Inteligência de Dados Turísticos; saiba mais

Com o objetivo de reunir os principais indicadores do setor turístico da Paraíba, o Governo do Estado, por meio da Empresa Paraibana de Turismo (PBTur) lança o Painel de Inteligência de Dados Turísticos da Paraíba. O lançamento acontecerá nesta terça-feira (19), às 10h, no Hotel Hardman, em João Pessoa.

De acordo com nota oficial enviada ao DIÁRIO, a ferramenta reunirá informações que vão auxiliar empresários, gestores públicos, investidores e empreendedores a tomar decisões mais assertivas.

Além disso, a plataforma é uma iniciativa do Centro de Inteligência de Dados Turísticos (Cidtur) e da Coordenação de Tecnologia da Informação da PBTur, que reúne informações sobre fluxos de passageiros, ocupação hoteleira, Cadastur, entre outras.

Já os indicadores são obtidos a partir de fontes diversas, como pesquisas, estatísticas e sistemas de monitoramento.

Paraíba lança Painel de Inteligência de Dados Turísticos e autoridades comentam

De acordo com o presidente da PBTur, Ferdinando Lucena, o Painel fornecerá dados para nortear decisões dos gestores públicos e privados do turismo.

“A iniciativa vai criar subsídios para a construção de cenários estratégicos para o desenvolvimento turístico do Destino Paraíba”, destacou.

Segundo o gestor de Inteligência de Mercados, Competitividade e Inovação da PBTur, Marcus Abrantes, os dados que irão compor o Painel de Monitoramento e Indicadores Turísticos darão uma visão geral desses indicadores.

“Ele vai promover a transparência, a participação e a cooperação entre os diferentes atores envolvidos no turismo, bem como disseminar o conhecimento sobre o setor”, comentou.

“O objetivo é que o setor possa usar as informações para elaborar estratégias que tornem o nosso destino mais atraente e competitivo, tanto para os visitantes quanto para os moradores da Paraíba”, ressaltou a secretária de Turismo e Desenvolvimento Econômico do Estado, Rosália Lucas.

Iniciativa conta com vários parceiros

O Painel é uma parceria entre a PBTur, Setde com a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Sebrae e Fecomércio. Assim como Aena, IBGE e Rede Brasileira de Observatórios de Turismo.

Para saber mais, acesse o site da PBTur.


EDIÇÃO DO DT (CF) com Assessoria de Imprensa PBTUR.