Projeto Território Criativo deve ser colocado em prática no Vale Histórico e da Fé (SP) no prazo de um ano
Cidades que integram o Vale Histórico e da Fé, em São Paulo, serão norteadas em breve por um pacote de ações de estímulo ao fortalecimento da economia criativa pelo turismo de experiências. Lançado na última segunda-feira (27), em São José do Barreiro, o Projeto Território Criativo deve ser colocado em prática no prazo de um ano.
De acordo com nota enviada ao DIÁRIO, o programa tem o objetivo de tornar as atividades locais rentáveis para os pequenos produtores, além de valorizar a riqueza cultural da região.
O plano foi apresentado na presença de prefeitos e representantes das 11 cidades do Consórcio Novo Vale. Segundo a nota, a consultoria especializada que tomará frente do projeto fará estudos que nortearão a tomada de decisões. A proposta do plano de território é criar sinergia entre as políticas públicas e os empreendedores. Demanda ação sistêmica dos municípios que integram o Novo Vale.
“Quando começarmos a construir essa matriz, iremos estabelecer outras conexões entre os empreendimentos regionais, por exemplo, reconhecer uma vocação que está tão enraizada no contexto da cidade que fica imperceptível aos olhos da comunidade. É uma ferramenta para potencializar sinergias entre os setores e políticas públicas”, afirma o presidente do Novo Vale, Lê Braga, prefeito de São José do Barreiro.
Capital humano
O tesouro a ser explorado para a economia criativa do turismo no Vale está cravado no capital humano. É esta a percepção trazida por Ana Carla Fonseca, especialista que irá conduzir o Projeto Território Criativo, viabilizado por meio de recursos do Sebrae com um aporte de R$ 800 mil.
De acordo com Ana, o turismo passa por uma transformação após uma bolha criada pelo ambiente digital e a pandemia. Ela destaca que, atualmente, a experiência e mergulho nas origens de quem faz o turismo acontecer na localidade têm atraído mais o visitante.
“A partir da década de 90, o impacto das tecnologias digitais traz acesso a tudo o que é de interesse turístico, por outro lado, dificulta também a apresentação nesse mar de inovações. A tendência de uma padronização dos atrativos começa a despertar no turista uma necessidade de buscar o que é natural, singular, humanizado, isto desde produtos do artesanato local, dos alimentos, mas ainda além, ele quer conhecer as pessoas, quer saber da história de quem faz. O viajante hoje sabe que o material tem uma figura humana, uma alma que se transpõe por estes objetos. E a necessidade desta experiência foi potencializada após a pandemia, esta realidade de se conectar cada vez mais ao que é humano”, contextualiza.
EDIÇÃO DO DT.