A expectativa de retomada do crescimento econômico sustentável e do avanço do programa de privatizações do governo deve puxar para cima o número de processos de fusões e aquisições analisados pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em 2020. O presidente do órgão, Alexandre Barreto, acredita que a compra da Embraer pela Boeing deve ser julgada já nas primeiras sessões do plenário, em fevereiro.
VALOR ECONÔMICO
O Cade pretende intensificar no primeiro semestre ações diretas junto a agências reguladoras para tratar, por exemplo, do leilão de telefonia 5G, de cobrança de tarifas em portos e da redistribuição dos slots da Avianca.
Em entrevista ao Valor, Barreto disse que o número de atos de concentração analisados em 2019 superou em 8% o verificado em 2018. Para este ano, são esperados cerca de 450 processos.
Além da aquisição da Embraer pela Boeing, estão no radar operações que envolvem o programa de venda de ativos da Petrobras em refino e gás natural. A estatal assinou em junho de 2019 um acordo com o Cade, no qual se comprometeu a vender oito refinarias. O acordo suspendeu um inquérito administrativo aberto pelo órgão antitruste para apurar suposto abuso de posição dominante por parte da Petrobras, no mercado de refino de petróleo. (VALOR ECONÔMICO)
