A Viação Cometa foi reconhecida pela terceira vez consecutiva como a melhor empresa da categoria ‘Transporte – Meios de Transporte’ do Prêmio Reclame Aqui 2023
EDIÇÃO DO DIÁRIO com agências
O prêmio anualmente reconhece as marcas que são sinônimo de confiabilidade e respeito a seus clientes. Foram 86.299 votos computados em favor de todas as companhias indicadas. A empresa garantiu o primeiro lugar com a preferência de 42.493 consumidores. Ou seja, foi escolhida por mais de 49% de todos os participantes da pesquisa.
“A avaliação ‘Ótima’ dentro do Reclame Aqui, o índice de 100% de reclamações respondidas e resolutividade de 86% credenciaram a marca a concorrer novamente à premiação. E a nota de 8.5 dos consumidores se traduziu na quantidade de votos recebidos pela empresa dentro da pesquisa. Esses números expressivos são fruto de muito investimento e trabalho para contribuir ao máximo para que nossos clientes tenham a melhor experiência possível desde a hora em que decidem viajar conosco”, declara Natália Marangon, gerente de clientes do Grupo JCA.
Com 75 anos de história, a Viação Cometa segue se modernizando e investindo em soluções de digitalização de processos com foco em aumentar a eficiência e eficácia de cada atendimento realizado. Destaque para ferramentas que geram indicadores mostrando o tempo transcorrido desde o primeiro contato com o cliente até a resolução daquele atendimento. Também implementou o padrão de atendimento RE.COR.DE.S, focado no constante treinamento de equipes para tornar o diálogo com os usuários mais humanizado e resolutivo.
“Investir em uma cultura onde o cliente é o centro da nossa estratégia e dos nossos investimentos foi fundamental para que aprimorássemos nossa resolutividade e atingíssemos alguns dos níveis mais altos de satisfação de clientes dentro do Reclame Aqui. São resultados que nos deixam bastante honrados e aumentam nossa responsabilidade para que não apenas mantenhamos a forma como resolvemos nossos atendimentos, mas sejamos capazes de promover ainda mais melhorias em toda a jornada dos usuários”, complementa Marangon.
Cleide Silva chega na RDC Viagens com a missão de ampliar o alcance do modelo de assinatura de viagens para todo o Brasil
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A RDC Viagens, uma das pioneiras em assinatura de viagens com 30 anos de mercado, anuncia a chegada de Cleide Silva para assumir o cargo de diretora Comercial da empresa. Com mais de 25 anos de experiência na área de vendas, a executiva terá como desafios dar continuidade ao desenvolvimento e ampliação da área comercial da companhia, com o objetivo de levar o modelo de assinatura de viagens para mais regiões do Brasil.
Em nota enviada ao DIÁRIO, a empresa informa que Cleide está habituada a atuar em grandes empresas, usa sua expertise em planejamento e gestão de times para traçar as metas que serão buscadas por toda a equipe comercial. “Acredito que a força de vendas é o coração da empresa, e ela precisa pulsar e bater com força e ritmo, para que todos conquistem seus objetivos e prosperem”, afirma a executiva.
Um dos principais desafios do departamento para os próximos anos é continuar crescendo o volume de vendas de assinatura de viagens, principalmente em mercados que podem ser mais explorados. A equipe de vendas é formada por equipe própria e representantes em todo Brasil, além de estrutura de inside sales. Isso aumenta a necessidade de a comunicação ser direta, sem ruídos e assertiva.
Para isso, a executiva pretende agregar muito com seu jeito pessoal, de tratar com seriedade e dar importância às questões profissionais, mas sem deixar de lado a preocupação com as pessoas, trabalhando a motivação, reconhecimento e o cuidado com os indivíduos. “Sempre tive essa atuação que combina um forte sentido de propósito para a empresa, de buscar resultados, com o incentivo devido à equipe, mas também de ver as preocupações e questões das pessoas envolvidas. E acredito que assim conseguimos alcançar ótimos resultados, com pessoas felizes e satisfeitas”, completa.
E experiência para isso a executiva possui. Entre as outras grandes empresas que atuou, sempre na área de Vendas, estão Grupo Natura & Co., Mercedes Benz, Cielo, entre outras. Em comum, desafios de atuação com pessoas, produtos interessantes, mercados competitivos e muitos quilômetros rodados pelo Brasil. “O mais importante é ter sempre equipes que conheçam os produtos, que tenham simpatia e empatia, e muita vontade de crescer. O segmento de Turismo possui características únicas, que é mexer com um sonho das pessoas, de viajar e conhecer lugares, criar experiências para a vida toda. Por isso, nosso papel é ajudar as pessoas a conquistar seus sonhos”, finaliza Cleide Silva.
Sobre a RDC Viagens
Com cerca de 100 mil assinaturas em todo o Brasil e no mercado desde 1992, a RDC oferece ao viajante a certeza de experiências de viagens inesquecíveis, com assessoria completa para todas as etapas da viagem. Por meio de um pagamento mensal, o assinante tem sete diárias que podem ser usadas em hospedagem ou convertidas em pontos para a compra de passagens aéreas, pacotes, passeios ou outros produtos turísticos.
Evento aconteceu na noite da terça-feira (12) e consagrou três empreendimentos da Vila Galé
O Vila Galé Eco Resort de Angra ganhou o Jacaré Ouro, prêmio máximo da categoria de Melhor Resort do Brasil do Prêmio Caio, considerado o ‘Oscar’ dos Eventos e Turismo, ocorrido na noite da última terça-feira (12).
O Vila Galé Fortaleza foi premiado com o Jacaré Prata (segundo lugar) na categoria ‘Melhor Hotel com Espaços para Eventos de Médio Porte do Nordeste’, e o Vila Galé Touros ficou em terceiro lugar na categoria ‘Melhor Resort de Praia do Nordeste’, conquistando o Jacaré Bronze.
De acordo com nota enviada ao DIÁRIO, o grupo hoteleiro foi representado pelo time Comercial e de Eventos. “Nós sabemos do potencial dos nossos hotéis e resorts. Essa premiação é mérito de toda equipe que se dedica a realizar férias dos sonhos e a promover eventos inesquecíveis”, afima a Diretora Comercial, Adriana Borges.
O Vila Galé Eco Resort de Angra, considerado o Melhor Resort de Praia do Brasil, possui 321 quartos e suítes amplos, seis restaurantes, quatro bares e um Satsanga Spa com sauna, banho turco e inúmeras salas de massagem e tratamentos estéticos.
Este hotel em Angra dos Reis, em regime all inclusive, tem ainda uma academia de fitness, quadra de tênis, campo de grama sintética, quadras de areia e muita animação para todas as idades, com destaque para as atividades náuticas e para o Clube Nep.
O Vila Galé Fortaleza, localizado na Praia do Futuro, destaque na realização de eventos, apresentou recentemente uma nova configuração do hotel após uma obra de revitalização nos salões de eventos e áreas comuns. Com a mudança, o hotel ampliou o leque de opções de eventos corporativos e sociais a serem realizados no empreendimento, como palestras, treinamentos, cerimônias, casamentos, aniversários, confraternizações, entre outros.
O centro de convenções possui 8 salas de 54m² a 490m², versáteis e modulares, para atender eventos de até 900 pessoas num único salão. “O Vila Galé Fortaleza é uma excelente opção para a realização de eventos porque conta com serviços de hotelaria de padrão elevado, garantido aos participantes muito conforto e segurança. Dentre as opções, os clientes podem escolher uma variedade de cardápios personalizados, que acompanham as principais tendências, além de poder contar com todo suporte de uma equipe treinada e dedicada”, explica Adriana.
O hotel, que está localizado na Praia do Futuro, foi o primeiro a ser inaugurado pelo grupo no Brasil, em 2001. A estrutura conta com 300 quartos, piscina exterior para adultos e crianças, Satsanga Spa, academia, sauna, piscina de hidromassagem, o Clube Infantil Nep, cinema, sala de jogos, business center e garagem.
Já Vila Galé Touros, considerado um dos melhores resort de praia do Nordeste, localizado a 80 km de Natal, possui 514 unidades habitacionais, entre apartamentos standard, família, suíte e bangalôs, além de infraestrutura completa e planejada para atender aos hóspedes mais exigentes, incluindo duas piscinas externas, Satsanga Spa de padrão internacional, quadras poliesportivas, quadras de tênis, campos de futebol, Clube Infantil Nep, seis restaurantes e dois bares.
Dentro de poucos dias estaremos em 2024. O presente ano foi de recuperação. Após uma pandemia forte de COVID, os que conseguiram sobreviver, apesar das politicas equivocadas implantadas à época pelo ex presidente, foram retomando suas atividades. O turismo no Brasil conseguiu com esforços de parte da iniciativa privada e alguns avanços do Poder Público, muito poucos, devo confessar, trilhar novos caminhos e buscar sobrevivência.
O setor mais afetado foi o de agências de viagens. Geralmente, pequenas empresas, de cunho familiar que se limitavam vender bilhetes, foram vendo as comissões desaparecerem e as pessoas não viajarem. As agências de viagens online apareceram e tornaram mais fácil a vida do turista que costuma viajar por conta própria. Via de regra, as empresas físicas são procuradas por marinheiros de primeira viagem ou pessoas da melhor idade, que ainda gostam do tratamento individualizado. A sobrevivência dos que ficaram está ancorada numa criatividade, voltada para um turismo de experiência e uma reestruturação nos roteiros triviais, que passaram a ser confeccionados com outras bases de operação e preço.
No setor público, em grande parte dos Estados, as secretarias de Turismo viraram escritórios políticos de deputados que vão na contramão das novas tendências da gestão pública sustentável. Um político que nos surpreendeu foi o ex-deputado Marcelo Freixo, presidente da Embratur, que se cercou de uma equipe técnica e tem desenvolvido interessante e eficaz trabalho, em prol da promoção institucional. A participação em eventos internacionais pelos gestores oficiais continua sendo uma forma de viajar, inclusive com familiares e até nos envergonhar com estandes, em eventos internacionais com parte das informações em português.
A Hotelaria aos trancos e barrancos vai mostrando uma faceta com foco na prestação de serviço e eventos. Alguns hotéis se reposicionaram, como é o caso do Fairmont Copacacana, um case de sucesso no cluster de luxo. Equipe motivada e incentivada, constante criatividade na gestão e na operação e um amor incontido pelo Rio. Por outro lado, o aniversário do ícone Copacabana Palace passou desapercebido e acabou como uma faceta contraproducente para o Rio. A hotelaria familiar foi desaparecendo e dando lugar a novos tipos de hospedagem ou sendo adquiridas por cadeias internacionais.
Os conventions bureaux foram crescendo e se distanciando de sua função precípua de captação de eventos e passando a disputar espaço com os órgãos oficiais de turismo, inclusive na promoção dos destinos pela falta de dotação orçamentária nos municípios e Estados para promoção. É claro que há exceções e existem alguns projetos que ajudam o setor de Eventos efetivamente.
Falta transparência na prestação de contas e nos resultados de participação em eventos. Um exemplo de constante apresentação de resultados, sempre destacando a equipe e os colaboradores é o Hotel Le Canton. Mônica Paixao, a CEO do empreendimento tem trazido para a discussão em redes e eventos, a política de investimentos, resultados e desafios.
As faculdades de Turismo vão perdendo sua força e não conseguem fortalecer um pensamento acadêmico, que conseguiu tantas transformações no mercado laboral. Passaram em 70% para o modelo EAD e as pós graduações quase não existem. A capacitação e reciclagem contínua permitem a sobrevivência dos profissionais e trazem novas formas de entender um mercado tão complexo. Falta vontade de buscar através de treinamentos um olhar diferente e mais comprometido com o Turismo.
As empresas aéreas praticam tarifas em voos internos alarmantes, sobretudo, por exemplo na ponte aérea Rio /São Paulo. Falta um conceito de empresa de bandeira, que possa nos representar e usar sua força, como um motor de desenvolvimento e divulgação. O aeroporto Tom Jobim esvaziado começa lentamente a se recuperar e torcemos para que seja um hub, como acontece com os de São Paulo.
A imprensa especializada enfatiza atividades de seus anunciantes, inclusive em premiações e não abre espaço para o contraditório que nasce das opiniões diversas. O trade turístico não pode querer simplesmente ver suas fotos estampadas ou os novos ocupantes de cargos nas diversas empresas. Importante abrir espaços para os pequenos empreendedores que fazem revoluções silenciosas.
O ano de 2024 promete e a cadeia produtiva não pode se deixar levar por personalidades efêmeras que passam e vão embora. Um trabalho de formiguinha em cada empresa, através do benchmarketing pode nos levar a resultados super animadores no final do ano.
Bayard Do Coutto Boiteux é professor universitário, pesquisador e escritor.
“Quero que a Embratur seja uma referência em inteligência e produção de conhecimento sobre turismo”, afirmou Marcelo Freixo, o novo presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo
POR ZAQUEU RODRIGUES | Colaboração Especial (com Edição do DT)
Publicado em 10 de fevereiro (RETRÔ 2023)
Entro no elevador e aperto o 13º andar do edifício localizado no número 130 da Alameda Ribeirão Preto, a duas quadras da Avenida Paulista, na cidade de São Paulo. O elevador faz uma parada no 4º andar, a porta se abre e entra Marcelo Freixo, que também tem como destino o 13º andar. É lá, numa sala oval, que empresários, lideranças do Turismo, jornalistas e profissionais aguardam a chegada de Marcelo Freixo, novo presidente da Embratur (Agência Brasileira de promoção Internacional do Turismo) empossado em janeiro pelo governo Lula.
O encontro do trade paulista com a nova gestão da Embratur é organizado pelo São Paulo Convention &; Visitors Bureau (SPCVB). Toni Sando, presidente do SPCVB e da Unedestinos, celebrou a presença de Freixo e de sua equipe e se mostrou muito otimista com os novos rumos da Agência Brasileira de Promoção Internacional de Turismo, que andava distante do setor.
Toni mostrou a Freixo as diretrizes de trabalhos do SPCVB e compartilhou um conjunto de pautas consideradas fundamentais para a promoção do turismo brasileiro, como o retorno da Marca Brasil, a atualização do Projeto Aquarela e o investimento em um sistema integrado de informações estratégicas para direcionar as decisões do setor. “As nossas expectativas são muito positivas, pois o novo presidente da Embratur, Marcelo Freixo, já vem colocando em práticas as ações apontadas e recomendadas pelo governo de Transição”, disse Toni.
Freixo foi recebido com muitos abraços. Já no auditório, diante dos olhares e ouvidos atentos, ele apresentou um panorama dos primeiros 22 dias à frente da Embratur. Nesse período, percorreu principalmente dois caminhos de trabalho: por um lado enfrentou as burocracias do processo de revisão de contratos e promoções irregulares da gestão passada; por outro lado iniciou uma jornada para compor a sua equipe e se reunir com as principais lideranças do mercado de viagem. O pente-fino na Embratur revelou uma agência inchada e desprovida de informações elementares sobre o turismo brasileiro. Nas palavras do novo presidente, a “Embratur estava em uma situação dramática”.
Em uma apresentação serena e em tom descontraído, Marcelo Freixo informou que, nos primeiros dias como presidente da Embratur, revisou os contratos e gastos irregulares da gestão anterior. Ele informou que uma única área da Agência, por exemplo, acumulava 18 gerentes. Após o pente-fino, esse número foi reduzido para 7.
“Dos 22 dias de gestão, passei 15 dentro do TCU e da AGU anulando contratos e mandando pessoas embora. Isso custou R$ 4 milhões de reais aos cofres da Embratur, um dinheiro que poderia e deveria estar sendo investido na promoção do turismo. Quem estava lá [na Embratur] era por outras razões, não pelo turismo”.
“Dos 22 dias de gestão, passei 15 dentro do TCU e da AGU anulando contratos e mandando pessoas embora. Isso custou R$ 4 milhões de reais aos cofres da Embratur”
A ausência de informações básicas como número de turistas, perfis e origens foi outro problema grave identificado pela nova gestão “Descobrimos que a Embratur não tinha qualquer informação. E onde não tem inteligência e não informação não tem planejamento e não tem política pública”, frisou Freixo, que projetou. “Eu quero que a Embratur seja um centro de referência na produção de informações para a imprensa e para todos os setores que trabalham com turismo. Precisamos ter informações de qualidade para direcionar e segmentar as nossas ações. E faremos isso em parceria permanente com vocês. Agora a Embratur está de portas abertas”.
Gestão modernizada
Em sua gestão, Marcelo Freixo quer uma Embratur modernizada, tecnológica e com uma comunicação assertiva com a imprensa, mercado e viajantes. A agência também ampliará sua voz sobre temas como sustentabilidade, diversidade… Freixo ressaltou que o desafio imediato é melhorar a imagem do Brasil no exterior, desgastada durante a gestão desastrosa da pandemia pelo governo passado. Nesse sentido, anunciou o retorno da Marca Brasil e a atualização do Plano Aquarela. “Voltaremos a promover essa marca e queremos a atualização do projeto Aquarela feito em 2005. Iremos trabalhar a marca que foi fruto de um projeto, de pesquisa e de serviço profissional”.
O presidente da Embratur ressaltou que está compondo uma equipe inteiramente técnica, altamente qualificada e conhecedora dos desafios e das oportunidades do turismo brasileiro. Na ocasião, Freixo apresentou presencialmente alguns dos integrantes da nova equipe da Embratur. “São os nossos supergerentes”, definiu ele. Mariana Aldrigui, professora da USP e presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP, assume a gerência de Pesquisas e Inteligência de Dados com a missão de implantar um núcleo de produção de informações e conhecimento sobre a realidade do setor.
Jaqueline Gil é a gerente de Marketing, Inteligência e Comunicação; Roberto Gavaerd assume a função de Diretor de Gestão Corporativa; professor Saulo Rodrigues Filho passa a ocupar a recém-criada gerência de Sustentabilidade e Ações Climáticas; Bruno Reis assume e a gerência de Mercados, Feiras e Eventos Internacionais; Monica Samia assume a gerência de parceria B2B; Vaniza Schuler vai liderar o MICE; Ícaro Souza vai conduzir a Coordenadoria de Marketing Digital; e Flávia Matos assume a Gerência de Branding, Publicidade, Relações Públicas, Marketing Digital e Live Marketing.
A previsão de Freixo é que a nova equipe esteja completa em dois meses. Marcelo disse que a Embratur volta a participar da vida do turismo.
A previsão de Freixo é que a nova equipe esteja completa em dois meses. Marcelo disse que a Embratur volta a participar da vida do turismo. “A Embratur é uma empresa querida, mas o setor não sentia a sua presença há muito tempo”, constatou. “Hoje temos uma coisa grave a resolver. Com o formato de Agência, a Embratur ficou fora do orçamento e perdeu a sua fonte segura de financiamento. E não se faz promoção sem recursos. Iremos resolver esse grave problema ainda neste primeiro semestre para a Embratur ter a segurança que precisa ter. A Embratur é um lugar de investimento e de retorno. Se a Embratur der certo, quem se beneficia são as cidades, são as redes hoteleiras, a aviação, o comércio… todos ganham. A nova Embratur será mais enxuta, estratégica e focada em resultados”, apontou Marcelo Freixo, que ampliará as parcerias com outros ministérios e com a iniciativa privada.
“Quero construir algo, consolidar um trabalho. A Embratur está de portas abertas”.
O silêncio do mar é cortado por cantos de gaivotas e pelo surfar do navio com sua quilha de ferro dividindo a água em leste e oeste. O cruzeirista confinado vai a bordo.
por Paulo Atzingen (ao mar, à altura de Campos de Goytacazes)*
Publicado dia 5 de fevereiro (RETRÔ 2023)
O fim da plataforma continental, chamada pelos pescadores de barranco, convida barcos de pesca, pescadores de elite e clandestinos a fisgar seus marlins e garoupas, peixes de águas profundas. Esse barranco está do lado da minha cabine, à leste. O azul do mar é mais profundo aqui e praticamente uniforme, em uma palavra: marinho. O navio segue em sua estrada salgada pela manhã e o cruzeirista confinado segue a bordo.
É tudo muito extenso e o infinito está à minha frente seja no formato de colossos de nuvem que se transformam em nariz de cavalo, cogumelo atômico ou curva de mulher sarada, que logo fica obesa e o vento da atmosfera molda em seguida um touro bravo com dois cornos e três cabeças. Meio apocalíptico, meio amanhecer nos trópicos.
Não é preciso nem ter muita imaginação, basta lembrar do tempo de criança. Agora vejo um siri voador de mãos dadas com a cuca, do Sítio do Pica-pau Amarelo. O sol atrapalha e ao piscar já é outra figura.
Linha reta e horizonte
A linha reta se abraça com o que aprendemos chamar de horizonte e disso resulta na definição do inacabável, do (a) infinito (a). Isso tudo dá um beijo na possibilidade do eterno ao tocar o céu. Linha reta é usada para os cartógrafos fazerem seus mapas, e horizonte para as pessoas fazerem seus sonhos.
Meu horizonte é o oriente e na frente dele, o continente mãe. Quando olho para a linha reta nesta manhã, depois que as nuvens perdem o contraste do sol nascente penso que detrás daquela curva azul, haverá outras centenas de curvas azuis até que surgirá um ponto de terra que acostumamos chamar de África.
Milhas
O terceiro dia de confinamento é de mar sem fim. De Ilhéus a Búzios são 562 milhas náuticas o que correspondem a um pouco mais de 1 mil quilômetros de oceano.
Hoje avistei três navios cargueiros, que iam em direção contrária, levando a carne, o trigo e o vinho pros europeus do leste e pros americanos do norte. E como tenho tempo pra pensar, aí vai: o meu globo ocular prova para mim mesmo – e isso que escrevo é uma análise muito pessoal e você não precisa concordar – que a terra é redonda. Somos circulares em gênese e a força centrifuga do universo criou astros e estrelas, quasares e planetas, sistemas solares com o design redondo, circular. Quando vejo o navio cargueiro que passa a dois mil metros de distância – pareado ao MSC Preziosa e em ângulo reto – vejo o real. Quando avisto depois de algum tempo o mesmo cargueiro a 15 mil metros de distância percebo que se equilibra na curvatura da linha do horizonte, desce a ladeira da grande curva terrestre e o que vejo também é real… você pode dizer que isso é ilusão de ótica (no fundo você quer dizer que isso é alucinação de náufrago) e eu digo: é tudo redondo. Meu globo ocular que é esférico vê um naviozinho flutuando na bola da terra.
Paleta
Mar e espuma salgada acompanham o navio. O casco, ao cortar a água em duas partes cria uma paleta de cores azuis, turquesa, cobalto, celeste, ultramarino, royal, anil…
Essas cores são alternadas em um fluxo contínuo que se escondem ou se expõem à luz. O navio quando passa, fatia em mil pedaços o azul-marinho e esse se subdivide em dezenas, centenas de outros tons. Isso, evidente, enquanto existir a luz do dia. É inimaginável a escuridão abissal que fica nesse oceano depois que o navio passa e depois que os raios de sol vão embora.
Às 18hs surge a Lua, em sua versão cheia. Tenho mil coisas a falar sobre ela, mas deixo para outra oportunidade. Mais à noitinha avisto as luzes das plataformas de petróleo de Campos dos Goytacazes. Ali também há centenas de operários petroleiros confinados. Será que há serviço de quarto lá?
O meu acaba de trazer a programação do domingo e a principal é que chegaremos em Búzios às 7h. O cruzeirista confinado segue a bordo.
Os dois terremotos na Turquia nesta semana abalaram os mercados financeiros locais e geraram temores a respeito da frágil economia do país, que já passa por dificuldades com a alta inflação e a dependência do capital estrangeiro.
Por Chelsey Dulaney e Tom Fairless — Dow Jones Newswires
Publicado dia 9 de fevereiro (RETRÔ 2023)
O Bolsa turca suspendeu ontem as suas operações por cinco dias, até a noite de 14 de fevereiro. O índice de referência Borsa Istanbul 100 caiu 16% nesta semana, e quase metade disso ocorreu ontem, antes de as operações serem interrompidas.
A taxa básica de juro do país aumentou cerca de meio ponto porcentual desde os terremotos que atingiram a Turquia e o norte da Síria na segunda-feira.
O número de mortos nos dois países já passa de 12 mil e a contagem ainda não acabou, já que as operações de resgate continuam. O impacto na economia turco deve ser considerável e, dependendo da extensão dos danos, pode abalar a capacidade de reconstrução.
Milhares de edifícios e empresas foram destruídos. Um incêndio queimou centenas de contêineres no porto de Iskenderun.
Economistas e investidores acreditam que o custo de reconstrução pode chegar a dezenas ou até centenas de bilhões de dólares, embora ressalvem que ainda é cedo para ter números precisos.
É pouco provável que o governo consiga reunir esses recursos internamente, o que o deixará na dependência de ajuda externa ou de investimento estrangeiro, num momento em que os investidores já estão incomodados com as últimas medidas do governo nas áreas de política econômica e externa.
A Turquia, que é um dos 20 membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan, a aliança militar ocidental), tem uma economia de cerca de US$ 1 trilhão, a 19º maior do mundo, equivalente em tamanho à da Arábia Saudita ou da Holanda.
A devastação também ocorre num momento crítico para a Turquia, às vésperas das eleições nacionais previstas para o meio do ano, que decidirão o destino do presidente Recep Tayyip Erdogan.
A economia da Turquia cresceu de forma robusta desde a pandemia, 5,5% só no ano passado, ritmo que superou de longe outras grandes economias, como EUA e China. Isso foi resultado, em parte, do aumento das exportações, com os fabricantes turcos se beneficiando de uma moeda fraca e dos transtornos nas cadeias de suprimentos asiáticas, assim como da recuperação do setor essencial do turismo.
Apesar disso, a economia turca é extremamente vulnerável a choques e depende muito de fluxos de capital estrangeiro e de reservas cambiais que estão baixas, diz relatório de novembro da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
O aumento dos gastos com reconstrução, juntamente com a escassez de oferta, deverá dar força à inflação, que caiu para cerca de 60% em janeiro, em relação a mais de 80% no ano passado. A inflação elevada do país é produto de uma mistura inflamável de políticas econômicas heterodoxas e do aumento dos preços da energia e dos alimentos, desencadeado pela invasão da Ucrânia pela Rússia.
O governo recorreu às reservas internacionais para estabilizar o câmbio nos últimos meses, contendo os custos de importação e a inflação. Mas investidores dizem que essa política é insustentável.
Dezenas de países prometeram ajuda à Turquia, mas é cedo para dizer como essas promessas se traduzirão em dinheiro.
É improvável que os problemas do sistema financeiro turco se espalhem para outros países. Embora seus setores industrial e de turismo estejam integrados aos de vizinhos europeus, os bancos e investidores europeus se afastaram dos mercados turcos nos últimos anos.
Apesar da queda das ações nesta semana, o índice acionário local ainda tem valorização de 110% nos últimos 12 meses. Investidores locais vêm aplicando em ações para se proteger da inflação alta.
Há uma nova experiência imersiva de realidade virtual no Kennedy Space Center Visitor Complex, que fica pertinho de Orlando; saiba mais
Viajantes rumo a Flórida precisam colocar no roteiro uma visita ao Complexo de Visitantes da NASA, em Cabo Canaveral. Além de todos os atrativos já conhecidos, o Kennedy Space Center Visitor Complex apresenta uma novidade: o “Hyperdeck Mission Moon”. Essa é uma nova experiência interativa de realidade virtual (VR) que transporta jogadores ao mesmo tempo para uma missão na Lua.
Conforme nota oficial enviada ao DIÁRIO, a missão VR, feita por Major Mega, apresenta uso incomparável de efeitos ambientais e simulação de movimento. Tudo isso para oferecer um nível de emoção altamente estimulante. Além disso, o melhor: sem enjoo!
Equipados com fones de ouvido VR, os visitantes sentem a vibração do barulho sob seus pés enquanto sua “nave espacial” parte para a superfície lunar e depois pousa na Lua. Na sequência, os participantes são levados a uma jornada emocionante e rápida pela superfície lunar. Além disso, completa com voltas e reviravoltas e obstáculos que devem ser destruídos usando dispositivos portáteis.
Realidade virtual no Kennedy Space Center oferece “Missão na Lua”
Até 8 jogadores entram em um mundo virtual dinâmico com piso cheio de movimento e efeitos multissensoriais. Como ventos fortes, calor e movimentos de sacudir a terra, por exemplo.
Então, a jornada começa a partir do Launch Complex 39 a bordo do Hyperdeck, uma aventura imersiva de realidade virtual com vários simuladores. Prepare-se e ajude a coletar minerais lunares ao longo da superfície da Lua. Sinta a corrente do ar ao “deslizar” de um local para outro ou o calor dos propulsores enquanto você voa bem acima da atmosfera da Terra. Isso ao mesmo tempo em que o solo vibra sob seus pés.
Além disso, dois grupos de quatro jogadores cada podem entrar no mundo virtual simultaneamente. Fora do jogo, os espectadores podem interagir usando tablets localizados na parte externa das estações do Hyperdeck e assim participar ajudando os jogadores – ou desafiá-los. Essa experiência dura aproximadamente 7 minutos. Os visitantes devem viajar em um veículo elétrico de direção assistida (EVC).
Por sua vez, o Hyperdeck localiza-se no IMAX e está incluso na entrada diária. No entanto, para curtir essa atração é necessário fazer reserva na chegada. Isso porque a disponibilidade diária é limitada. Então, fique atento ao seu horário, porque pode não haver outro disponível.
Além disso, consulte programação diária do complexo.
Para mais detalhes e informações, acesse o site oficial.
Quilombo de Ubatuba inicia turismo de base comunitária e a ação integra projeto Quilombo Sustentável, feito pelo Instituto Terroá, juntamente com a Associação dos Remanescentes de Quilombo da Comunidade do Sertão de Itamambuca em parceria com a Petrobras
Os pilares para o Turismo de Base Comunitária do Quilombo Sertão de Itamambuca são resgate dos saberes ancestrais, preservação ambiental e valorização do território.
Então, a partir de dezembro, o Quilombo abre suas portas para o turismo e apresenta diversos atrativos. Assim, o visitante pode conhecer a cultura e identidade quilombola através de rodas de conversa, gastronomia, artesanato e saberes das plantas medicinais. Assim como danças tradicionais e caminhadas em trilhas no território.
Além disso, a estruturação do TBC – Turismo de Base Comunitária – é uma das frentes do projeto Quilombo Sustentável que começou suas atividades em janeiro deste ano. Com isso, o objetivo é promover o desenvolvimento territorial sustentável no Quilombo do Sertão de Itamambuca, a partir da valorização dos saberes e práticas tradicionais.
A ação ainda envolve mais de 70 famílias, fornecendo subsídios para que possa garantir a autonomia e ser fonte de inspiração para outras comunidades.
Quilombo de Ubatuba inicia turismo de base comunitária e conta com o apoio da Petrobrás
Segundo Marcela Levigard, Gerente de Projetos Sociais da Petrobras, “um dos objetivos dos projetos socioambientais apoiados pela Petrobras é estimular o desenvolvimento socioeconômico dos locais onde atuamos”.
“Com a estruturação do Turismo de Base Comunitária o projeto Quilombo Sustentável fomenta a criação de oportunidades de geração de renda, fortalece o protagonismo do Quilombo do Sertão de Itamambuca e promove a valorização da sua cultura, reforçando o compromisso da Petrobras de respeito às comunidades tradicionais”, complementou a gerente.
Desenvolvimento do Ecoturismo e a Comunidade Tradicional
Em agosto deste ano, 28 quilombolas receberam a certificação de monitores ambientais. Por sua vez, a Agência de Turismo Ambière realizou o curso, com foco no território do Quilombo. Assim, adaptando à realidade, cultura e desejos dos comunitários. Além de capacitar e credenciar monitores para condução de visitantes em ambientes naturais e tradicionais.
Todo o conteúdo e carga horária do curso foam construídos em parceria com a Fundação Florestal, gestora do Parque Estadual da Serra do Mar – Núcleo Picinguaba. Para que o curso atendesse às exigências de certificação para monitores em áreas de preservação ambiental.
Além disso, entre os atrativos, estão 4 trilhas de diferentes níveis de dificuldade e 8 vivências. Como, por exemplo, as de artesanato, samba de roda, plantas medicinais e vivência sensorial nas trilhas.
Quilombo de Ubatuba apresentou projeto à agências e autoridades
O Turismo de Base Comunitária visa o protagonismo dos comunitários por meio da valorização de suas riquezas naturais, culturais e históricas. Assim, ao mesmo tempo em que geram renda para o sustento de suas famílias, eles seguem cuidando e protegendo a natureza exuberante do território.
De acordo com a nota enviada ao DIÁRIO, em novembro, monitores ambientais e a equipe do Projeto Quilombo Sustentável apresentaram a proposta do TBC às agências de turismo. Assim como às Secretarias Municipais de Ubatuba, ao Conselho Municipal das Comunidades Quilombolas, Conselho Municipal de Turismo e Conselho do Parque Estadual da Serra do Mar – Núcleo Picinguaba.
“Foi um momento de muito orgulho e alegria para os monitores ambientais e toda a comunidade”, comentou Adriana Leite. Ela é presidente da Associação dos Remanescentes de Quilombo do Sertão de Itamambuca e agente local do Projeto Quilombo Sustentável.
“A ideia é que a gente possa trabalhar no território e tirar o nosso sustento daqui, seja no TBC, no restaurante, na roça, nas festas… mostrar ao turista o que a gente tem de mais bonito na comunidade e que somos guardiões. Meu pai tem 70 anos e sempre lutou para preservar aqui… é uma honra poder ouvir as histórias da infância dele, de como era a comida, o contato com o rio, e tudo isso vai poder ser conhecido nas vivências do TBC.”, explicou Adriana.
Então, o projeto promete se tornar uma das mais novas atrações de Ubatuba para quem busca conexão genuína com a natureza e com a cultura quilombola.
Além disso, em todas as atividades feitas na comunidade do Quilombo do Sertão de Itamambuca será obrigatório o acompanhamento dos monitores ambientais locais.
Sustentabilidade no projeto do Quilombo de Ubatuba
Também estão em desenvolvimento atividades sustentáveis e para autonomia da comunidade. Como, por exemplo, o resgate da roça comunitária com sistema agroflorestal. Além da construção de um sistema de aquacultura para criação de pescados e a implantação da coleta seletiva.
Sobre a a implantação do TBC – Turismo de Base Comunitária, a coordenadora do projeto Quilombo Sustentável, Raquel Pagan, comentou: “Os comunitários estão muito envolvidos para proporcionar uma experiência única aos turistas que vierem conhecer o Quilombo do Sertão de Itamambuca. E nós, claro, ficamos muito felizes em ver crescer as possibilidades de geração de renda local, com a comunidade apresentando sua história e cultura, além dos lindos atrativos naturais, que só existem pelo cuidado e conexão que eles têm com o território.”
Além disso, o projeto é uma Realização do Instituto Terroá, com apoio e colaboração da ARQCSI – Associação dos Remanescentes de Quilombo da Comunidade do Sertão de Itamambuca. Conta ainda com parceria com a Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental.
Veja como tudo começou
Em 2019, pelo edital do Fundo Socioambiental CASA Ecossistemas Pessoas, relativo à conservação da água e fortalecimento de comunidades de base, a Associação dos Remanescentes de Quilombo da Comunidade do Sertão de Itamambuca (ARQCSI) e o Instituto Terroá realizaram um diagnóstico participativo. Esse diagnóstico contemplou as dimensões social, econômica e ambiental do território.
Além das necessidades naquele momento, consideraram também os sonhos da comunidade. Com isso, elaboraram o projeto Quilombo Sustentável, junto às lideranças da Associação e ele foi contemplado pelo programa Petrobras Socioambiental.
Confira o vídeo do projeto Quilombo Sustentável aqui.
Desenvolvido por voluntários, o projeto “Beco Online”, permite uma jornada sem barreiras e inclusiva ao Beco do Batman, conhecido mundialmente
Localizado na Vila Madalena, em São Paulo, o Beco do Batman é conhecido mundialmente pelos seus murais vibrantes e expressivos que decoram as vielas dessa região icônica e turística da cidade de São Paulo.
No entanto, para aqueles que não têm condições de enxergar, experimentar essa forma única de arte torna-se um desafio.
Pensando em apoiar o Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Visual, celebrado neste dia 13 de dezembro, e em dar a oportunidade para todas as pessoas de apreciarem o local, nasceu o “Beco Online”.
Esse é um projeto voluntário inovador que busca proporcionar uma experiência sensorial inclusiva para as pessoas cegas e/ou com baixa visão. Isso, ao permitir que elas explorem virtualmente esse ponto turístico fascinante e percebam a beleza dos murais. O site já está no ar nesta quarta-feira (13).
Brasil tem mais de 6, 5 milhões de pessoas com deficiência visual
De acordo com o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, de 2010, no Brasil existem mais de 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual, sendo 506 mil cegas e cerca de 6 milhões com baixa visão. Para essas pessoas, o acesso à arte e à cultura se dá por meio de muitas dificuldades.
Sendo assim, o projeto surge como uma oportunidade de quebrar barreiras e promover acessibilidade e inclusão nos espaços mais inusitados.
Como Funciona a inclusão no Beco do Batman: Trilhas e Audiodescrição para Todos
A audiodescrição é um recurso que proporciona informações verbais detalhadas sobre elementos visuais. Como, por exemplo, cenas de filmes, exposições de arte ou locais turísticos, tornando as experiências visuais mais acessíveis.
Diferente dos recursos tradicionais, o “Beco Online” não utiliza imagens dos murais. Em vez disso, oferece trilhas de audiodescrição detalhadas, permitindo que as pessoas cegas explorem as obras de arte por meio das palavras.
Este formato único proporciona uma experiência “crua”, sem julgamentos, interpretações ou censura, incentivando a liberdade de apreciação ou discordância. Para isso, utilizando apenas um dispositivo (celular ou computador) e fones. Ou seja, a pessoa fará uma visita ao Beco sem sair de casa.
Além disso, as trilhas foram cuidadosamente desenvolvidas por audiodescritores, com a validação de uma pessoa consultora, que é cega. Esta abordagem colaborativa garante a fidelidade e autenticidade do material, permitindo que a experiência seja verdadeiramente inclusiva.
“Beco Online”, do Beco do Batman, está disponível para todos os visitantes
Com o lançamento do “Beco Online”, não apenas os indivíduos com deficiência visual têm a oportunidade de conhecer os murais, mas também aqueles que enxergam podem expandir sua compreensão sobre a relevância dos recursos.
Então, o projeto convida a todos a refletirem sobre como a deficiência pode impactar diariamente a rotina, destacando a importância da inclusão em todos os espaços.
“A experiência proporcionada pelo “Beco Online” não é apenas visual, mas uma jornada inclusiva que promove empatia e compreensão, transcendendo as limitações físicas para criar conexões significativas”, afirmou Yara Forastieri, uma das idealizadoras do projeto e profissional audiodescritora.
De acordo com a nota enviada ao DIÁRIO, a ideia também é apresentar a possibilidade do recurso com a inserção de uma identificação com o QR Code. Assim, para que leve o projeto para visitantes curiosos que passam pelo espaço físico do Beco. Então, o acesso estará disponível nas entradas do local para qualquer pessoa.
Além disso, as versões das trilhas em inglês também estão sendo trabalhadas para que turistas internacionais consigam se conectar.
Saiba mais sobre o Beco do Batman e seus colaboradores
O Beco do Batman é de responsabilidade dos moradores, lojistas e membros de um grupo que cuidam e conservam o local, e que apoiam a causa. Então, o projeto foi comunicado e está alinhado com os artistas Boleta e NDRUA.
Boleta iniciou a arte de rua no final da década de 80 e participou de diversos movimentos protagonizados por grupos que ocuparam os espaços públicos da cidade com a sua arte.
Já Frederico Jorge, conhecido como NDRUA, nasceu em 1981 e há mais de 15 anos expressa sua arte pelos muros da cidade.
Participação de voluntários no projeto
O desenvolvimento do “Beco Online” baseia-se inteiramente no trabalho voluntário, que também conta com a participação de membros da SOMOS, uma empresa atuante na área de acessibilidade.
Apesar de nem todos serem profissionais ou especialistas em audiodescrição, esses colaboradores, ligados por sua dedicação à causa, representam um esforço conjunto de indivíduos comprometidos que reconhecem a importância da inclusão na sociedade.
Essa iniciativa representa uma jornada desprovida de obstáculos pela arte, liderada por vozes comprometidas com a criação de um mundo mais inclusivo.
O projeto ainda promete atualizações regulares, abrangendo os murais rotativos do Beco do Batman. Além disso, almeja expandir sua atuação para outros espaços.
Para explorar o Beco Online, basta visitar o site oficial.
Conheça as pessoas que contribuíram com o projeto:
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