Na embate já declarado entre as empresas hoteleiras devidamente constituídas e as plataformas digitais de venda de hospedagem compartilhada, no meio do caminho estão os clientes, ou hóspedes, que optam por um ou por outro de acordo com suas necessidades, poder aquisitivo e estilo. RETRÔ 2019 – Publicado dia 7 de agosto
REDAÇÃO DO DIÁRIO
Já, as empresas que operam no turismo também têm suas preferências e mantém sua fidelidade tanto a parceiros quanto ao seu histórico e suas práticas de trabalho. É o caso da e-HTL Viagens, operadora especializada em hotelaria, aluguel de carros, ingressos e serviços online.
Para Flávio Louro, CEO da operadora, o seu core-business nesse contexto é totalmente voltado para a hotelaria. “O nosso negócio está muito mais focado no corporativo, que detém 90% do nosso faturamento. E o corporativo não tem esse perfil de airbnb. Não temos essa intenção e a ideia é continuar com nossos contratos com a hotelaria tanto no Brasil quanto lá fora e continuar com o foco no corporativo e, evidentemente, fazendo o nosso setor de lazer crescer”, afirmou ao DIÁRIO, em entrevista. Flávio acrescenta que sua carteira de hotéis no Brasil chega a 4 mil unidades e no exterior possui mais de 200 mil estabelecimentos.
Lazer
No entanto, Louro também aposta no aumento da demanda do segmento de lazer que seria impulsionado pelo corporativo. Ele explica a equação:
“Acredito que o lazer tem grande chance de crescer conosco por conta de que em algum momento o cliente corporativo sai de férias, viaja com a família, emenda um feriado, etc. Estamos mostrando aos agentes de viagens que eles podem ter uma receita adicional, vendendo para o mercado, já que eles, ao atenderem as empresas, podem vender o lazer também”.
Balanço
Na entrevista realizada na sede da e-HTL em São Paulo, Flávio também adiantou o bom desempenho de sua empresa nos sete primeiros meses do ano. “Tem sido um ano muito bom em termos de crescimento. A nossa projeção para 2019 é um crescimento de 30% em relação ao ano passado. Tivemos dois meses que foram abaixo dessa meta, mas outros, que compensaram”, comemora.
De acordo com o executivo, os empresários brasileiros, especificamente os do trade turístico, estão se descolando da política e isso tem melhorado o ambiente de negócios. “O que eu entendo é que hoje a iniciativa privada aprendeu a andar com as próprias pernas e não esperar mais de governo”, arrisca Flávio.
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Imbatível
Ao analisar o primeiro semestre que foi recheado de expectativa com o novo governo, Louro fala como um autêntico empreendedor, gerador de renda e postos de trabalho. “O governo tem boas intenções. O primeiro semestre não foi ruim, foi bom. E é o que está acontecendo. As pessoas não deixaram de viajar, buscando negócios e se otimizaram. O cliente não fica mais 15 dias em um destino, mas 10, ao invés de ir para a Flórida vai para um resort, no interior de São Paulo. O mercado interno está muito aquecido”, analisa.
E arremata: “Creio que 2020 o Brasil retoma seu verdadeiro papel no contexto mundial da economia e por consequência, o nosso setor, o do turismo, retoma também o seu curso. O Brasil é imbatível.”