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Accor reúne arquitetos para falar de design e luz

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Idealizado pela área de design da Accor, o evento propôs quebrar paradigmas da hotelaria, oferecer ideias frescas sobre os dogmas da indústria hoteleira tradicional
Um encontro informal reunindo arquitetos, designers, empreendedores e hoteleiros e que serviu para expandir o conceito de hotel. Não aquele conceito antiquado de lugar só para dormir e tomar banho, mas uma expansão para um nova perspectiva: um lugar para ficar mais tempo, se divertir, se inspirar, se relacionar além de, obviamente, dormir e tomar banho. 
por Paulo Atzingen (transcrição de textos: Caroline Figueiredo)*

Publicado em 26 de setembro (RETRO 2023)


O encontro foi provocado pela equipe de design Accor Américas e aconteceu na segunda-feira (25) no +55 Design, na capital paulista. O endereço foi escolhido a dedo, pois ofereceu luz natural, arquitetura amigável, móveis em madeira reflorestada, e uma dose de verde com plantas e paisagismo interior. O CEO da Accor, Thomas Dubaere participou da primeira parte do encontro. 

Idealizado pela área de design da rede hoteleira, o próprio conceito do encontro propôs quebrar paradigmas da hotelaria, oferecer ideias frescas sobre os dogmas da indústria hoteleira tradicional. “Queremos algo completamente diferente do que a gente vê em eventos de hotelaria, aquela coisa mais hermética. A nossa ideia – e vamos evoluir nesse conceito – é: trazer um ambiente diferente, um ambiente que não seja necessariamente hotel, mas que tenha uma questão de arquitetura, de interiores de design muito forte”, afirmou Lara Teixeira, vice-presidente Sênior da área de Design e Technical Services da Accor.

Lara Teixeira, vice-presidente Sênior da área de Design e Technical Services da Accor e Thomas Dubaere, CEO da Accor

Lara e sua equipe tem inúmeras frentes de trabalho na Accor, como acompanhar as conversões e as reformas das unidades. “São hotéis que precisam entrar em grandes processos de renovação e nós acompanhamos, trazendo conceitos novos, designs novos, e nessa perspectiva, a gente indica profissionais (e empresas) para trazer mais qualidade nessas renovações, além é claro, supervisionar os custos”, enumerou Lara ao DIÁRIO. 

Projeto implementado 

Gustavo Cedroni é sócio da METRO Arquitetos e em 2017 ganhou um concurso internacional da Accor para fazer os novos projetos da marca Novotel. Todo esse projeto, segundo ele, demorou dois anos para o seu desenvolvimento, e agora está sendo implementado em diversos países e no Brasil. “São cinco projetos no Brasil em fase de implantação e um já foi implementado no Novotel Vladivostok, na Rússia. É um projeto que tem esse design desenvolvido por nós para todas as áreas, não é apenas para os quartos. Incluem também as áreas comuns, de wellness, restaurantes e bares, vários ambientes do hotel”, especifica.

Catarina Nedavaska, gerente de Design da Accor e Gustavo Cedroni, sócio da METRO Arquitetos

Culturas locais

De acordo com o arquiteto, o grande desafio era desenvolver um projeto Novotel que pudesse ser implementado em qualquer lugar do mundo. “A gente criou alguns elementos para esse projeto, muito marcantes, como o banheiro do quarto, os assentos do lobby. A ideia é que os arquitetos locais pudessem trazer um pouco da cultura do lugar anexada nesse projeto. Então era um projeto que previa já essa ideia, de uma interação com as culturas locais”, conta Cedroni.

Missão heroica

Considerando o padrão arquitetônico e estrutural dos hotéis com bandeira Novotel, a missão dada a Gustavo Cedroni foi heroica. Transformar um conceito de hotel encaixotado, hermético e tradicional, em um produto jovem, sinuoso, claro e funcional.  

“Sim, o Novotel sempre teve essa padronização, de serviço, de design. Então a ideia é que em qualquer lugar do mundo que você chegasse no Novotel tivesse exatamente a mesma coisa, o que hoje em dia não parece tão viável. Porque, no fundo, você vai para uma determinada região, um país, algum lugar do globo, você quer ter experiências locais. Você quer desfrutar da comida local, conhecer as pessoas, aproveitar o clima local. Isso acaba se refletindo também no design, no mobiliário, enfim”, traduz.

Accor
Considerando o padrão arquitetônico e estrutural dos hotéis com bandeira Novotel, a missão dada a Gustavo Cedroni foi heroica (Crédito da foto: Daniela Scarelli – Accor Divulgação)

 

Cinco no Brasil e Um na Rússia

Catarina Nedavaska, gerente de Design da Accor adiantou ao DIÁRIO alguns projetos que já incorporaram os conceitos apresentados pela METRO, mais arrojados e modernos:

“Temos o Novotel Recife Marina. São 300 apartamentos e lá estamos implantando o conceito da METRO. Aqui temos um escritório local e ele recebeu os guidelines, os manuais da METRO, e desenvolveu o projeto, adaptando para as características locais daquele projeto, em Recife. Temos o projeto da METRO no Novotel Belo Horizonte Savassi. Já implantamos no Novotel Lençóis Paulista, aqui em São Paulo”, enumerou. 

Atualmente, segundo ela, são cinco hotéis Novotel no Brasil que já possuem ou estão em processo de implantação das ideias disruptivas da METRO, a saber:  Novotel BH Savassi, Novotel Lençóis Paulista, Novotel Recife Marina, Novotel Uberlandia e Novotel SP Jardins. Na Rússia, o Novotel Vladivostok já tem as linhas da equipe de Gustavo. 

Guideline

Explica Catarina, que o conceito de arquitetura e de design interior da METRO são traduzidos e alinhados em manuais e que esse alinhamento é divulgado não só localmente, mas globalmente. 

Ela lembra que a METRO não se tornou parceiro de ideias e projetos para a Accor de forma aleatória:

“Precisávamos trazer novas linhas arquitetônicas, novas ideias, trazer um escritório que a gente nunca havia trabalhado e que não tivesse projetos em hotelaria. Fizemos um concurso, com diversas fases, diversos juris, votações, inclusive com um júri global que avaliava os projetos. Selecionamos em torno de uns 10 escritórios da nossa região aqui do Brasil para participar do concurso e mesmo não tendo trabalhado com eles nunca, escolhemos a METRO, por seu poder de inovação”, justificou. No evento, Catarina teve a companhia de Miguel Pissarra Pires, head de Design da Accor  Américas.

O encontro foi provocado pela equipe de design Accor Américas e aconteceu no +55 Design, na capital paulista (Crédito da foto: Daniela Scarelli – Accor – Divulgação)

Diálogo

O design tem que se comunicar com tudo, disse Thomas Dubaere antes de sair para um outro compromisso. “Trata-se de uma tendência. Os serviços que o hotel disponibiliza para os hóspedes, tendem a se abrir cada vez mais para a cidade. Isso é importante porque traz gente de fora para o hotel para interagir com os hóspedes, criando uma sinergia”, disse. 

Luz para o concreto

Se falávamos de elementos concretos e tangíveis até agora, filhos da arquitetura, Ana Karina Camasmie, uma das sócias da FOCO – Luz e Desenho ampliou as possibilidades dos projetos de engenharia e arquitetura oferecendo uma nova perspectiva sobre os ambientes com o uso da luminosidade. 

Ana Karina Camasmie, é arquiteta e uma das sócias da FOCO – Luz e Desenho. No encontro ela falou sobre projetos de iluminação voltados para a arquitetura. 

“A gente  desenvolve projetos de iluminação voltado para arquitetura e o nosso olhar é voltado para um espaço determinado que será ocupado e como ele deveria estar iluminado em diferentes horários do dia e quem o usará”, enumerou. 

Miguel Pissarra Pires, head de Design da Accor Américas e Ana Karina Camasmie, arquiteta e uma das sócias da FOCO – Luz e Desenho

A luz é tudo

Segundo ela, pensar na luz só à noite não faz sentido. “A luz é tudo. Você tem que pensar na luz em todos os horários do dia. O tipo de iluminação em um projeto arquitetônico em hotelaria afeta e influencia os hóspedes”, disse. 

“Pias de banheiro muito iluminadas, ou com iluminação inadequada dificultam a mulher quando vai se maquiar. Restaurantes de hotel com iluminação muito intensa durante o café da manhã incomoda as pessoas que acabaram de acordar” enumerou com segurança. 

Segundo ela, existem luzes (e intensidades) para todos os ambientes: luzes para bistrô, luzes para lobby, luzes para academia e assim por diante. “Se é uma galeria de arte você vai precisar de muito mais brilho para as obras que quer destacar, se é em um bistrô a iluminação deve ser mais intimista”, comparou. 

Ainda sem nenhum contrato em andamento com a rede Accor, Karina adiantou, no entanto, que tem uma parceria, em processo inicial, com o escritório de arquitetura de Marcio Kogan MK27. “Entendemos que (os projetos da) área hoteleira estão ainda em processo embrionário. É preciso fazer essa formação da importância dos projetos de iluminação. Não basta apenas comprar luminárias”, brincou. 


*Paulo Atzingen é jornalista e fundador do DIÁRIO DO TURISMO 

 

Caso 123 Milhas: Como ficam clientes e credores após suspensão de pedido de recuperação judicial

Justiça de Minas Gerais acatou pedido do Banco do Brasil para que a 123 Milhas entregue todos os documentos exigidos para entrar com a solicitação

Publicado em 21 de setembro (RETRO 2023)

O pedido de recuperação judicial da 123 Milhas foi suspenso, conforme deferiu a 21ª Câmara Cível Especializada de Belo Horizonte nesta quarta-feira (20). A suspensão ocorreu após a Justiça acatar uma exigência do Banco do Brasil por documentos imprescindíveis para dar prosseguimento à ação. A empresa não teria entregue toda a papelada requisitada.

“Em relação aos documentos efetivamente apresentados, alega que não foram observadas as prescrições legais aplicáveis, que asseguram aos credores, stakeholders, Ministério Público e demais interessados na RJ o conhecimento necessário e suficiente das informações gerenciais, econômicas e financeiras da empresa, indispensáveis ao adequado exercício dos direitos que lhes competem para defesa dos seus direitos e interesses no feito”, notificou o desembargador na decisão.

123milhas

De acordo com o jornal Estado de Minas, a suspensão em si não afetará – ainda mais – clientes e credores lesados pela 123 Milhas. Isso porque, embora tenha anulado a medida, o desembargador Alexandre Victor de Carvalho manteve o período de blindagem de 180 dias em que ficam suspensas todas as ações judiciais em tramitação contra a agência de turismo.

“Para o cliente e o credor, a decisão não mudou nada. Até que haja uma nova decisão, a empresa continua blindada de decisões de ações judiciais que estejam tramitando”, explicou Fernando Brandariz, o advogado de direito empresarial ao Estado de Minas.

Crise na 123milhas

A agência de viagens 123milhas surpreendeu milhares de clientes no dia 18 de agosto, após anunciar o cancelamento de pacotes de viagens promocionais, que atraíam muitas pessoas pelo preço baixo. A decisão revoltou clientes e fez a empresa pular rapidamente para o 1º lugar no ranking de empresas mais “denunciadas” do portal ReclameAQUI.

No dia 29 de agosto, a 123milhas fez um pedido de recuperação judicial na 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, em Minas Gerais. No pedido, a empresa afirma que enfrenta a “pior crise financeira de sua história” e alega que “fatores internos e externos impuseram um aumento considerável de seus passivos nos últimos anos”. O pedido foi aceito pela Justiça no dia 31 de agosto.

EDIÇÃO DO DT com informações do Estado de Minas.

Começa o France Excellence, La Tradition de I’innovation, no RoseWood, em São Paulo

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Começou na tarde desta terça-feira (19) o France Excellence, La Tradition de I’innovation, no Rosewood hotel, em São Paulo.

Com uma programação rica para debater o luxo, a inovação e a tradição, o escritório da Atout France – Agência de Desenvolvimento Turístico da França, comandada por Caroline Putnoki no Brasil, apresenta a nova edição do France Excellence trazendo especialistas e empresas francesas para o debate.

por Paulo Atzingen – fotos Eric Afonso (de SP)

Publicado em 19 de setembro (RETRO 2023)


O evento quer mostrar que a inovação é parte integrante da história das marcas de luxo francesas, inclusive na hotelaria, no trade, a indústria do turismo e na aviação.

Nesta terça aconteceram as palestras e painéis e, nos dias 20 e 21, acontecem as rodadas de negócios entre profissionais de turismo brasileiros e francesa.

Após a fala do Cônsul Geral da França em São Paulo, Yves TEYSSIER D’ORFEUIL as palestras começaram com Pauline FRACHON, Global Brand Image & Content Director, da LVMH; em seguida um painel com os Bérangère LOISEAU – CEO do GROUPE BERNARD LOISEAU, Guillaume DE SAINT LAGER, Vice-Presidente Sênior da ORIENT EXPRESS, Quentin DESURMONT, CEO da SERANDIPIANS.

France Excelence
Caroline Putnoki, diretora da Atout France – Agência de Desenvolvimento Turístico da França, no Brasil

Bérangère LOISEAU – CEO do GROUPE BERNARD LOISEAU e Caroline Putnoki

A segunda parte do evento começou com a palestra “La tradition de l’innovation”, com o filósofo Gilles LIPOVETSKY

France Excellence
A mesa redonda foi composta por Olivier DUPUY, da LACOST, Maria PRATA,  jornalista e com moderação de Carlos FERREIRINHA, Presidente da MCF CONSULTORIA.

Após o primeiro painel, aconteceu um interlúdio com Damien LORAS da AUGUSTINUS BADER COSMETICS & SCIENCE e Rosana DE MORAES, Especialista em Mercado de Luxo/ CEO RM Lux Consultoria.

A segunda parte da conferência começou com a palestra “La tradition de l’innovation”, com o filósofo Gilles LIPOVETSKY e a tarde foi finalizada com a Mesa-redonda “Moda e esporte: rumo ás Olimpiadas 2024 – com Sophie LEMAHIEU, Historiadora da moda, MUSÉE DES ARTS DÉCORATIFS, da RM LUX CONSULTORIA, Olivier DUPUY, da LACOST, Maria PRATA que é jornalista e consultora de inovação, empreendedorismo e moda. O moderador foi Carlos FERREIRINHA, Presidente da MCF CONSULTORIA.

A conferência desta terça-feira foi encerrada com a Laurence PICOT, jornalista e artista que falou sobre A invenção do luxo à francesa.

O France Excellence 2023 tem o alto patrocínio da Embaixada da França no Brasil, com o patrocínio da companhia aérea Air France, Galeria Lafayette, Explore Nice e Cote D’ Azur, Lacoste, Augustinus Bader, Dior e Moet Chandon.

A deselegância em dose dupla: brasileiro poodle e mídia espontânea

Deselegância de gerente do Valle Nevado se juntou à da assessoria da Gramadotur que divulga o alcance de mídia espontânea como um troféu. Ao contrário, é um desrespeito à cadeia produtiva do turismo, da cultura e do entretenimento porque ignora o trabalho de profissionais da comunicação.

CONSELHO EDITORIAL DO DT

Publicado em 4 de setembro (RETRO 2023)


Dois fatos considerados no mínimo deselegantes chegaram nesta segunda-feira aos canais do DIÁRIO DO TURISMO. O primeiro, um post no grupo de whatsapp do DT – com base em uma notícia da revista Veja Online – em que o gerente do Valle Nevado, Rodrigo Côrtes, compara o brasileiro a cachorro de raça poodle.

A segunda, outra dose de deselegância e grosseria velada, recebemos por email: um release da assessoria da Gramadotur fazendo um balanço de mídia espontânea no 51º Festival de Gramado. Segundo a diretora da Pauta Conexão e Conteúdo, a assessoria, mais de meio bilhão de pessoas foram impactadas pela mídia online, já nas matérias televisivas e radiofônicas, a audiência foi de 283 milhões de espectadores. É preciso avisar a essa assessoria que alardear o sucesso de mídia espontânea é proporcionalmente desrespeitar a cadeia econômica do turismo, da cultura e do entretenimento. É ignorar o trabalho de centenas, milhares profissionais de comunicação que trabalham em rádio, televisão, jornais impressos e digitais.

Entenda o 1º Caso

Rodrigo Côrtes, é gerente de operações hoteleiras, dos três hotéis que formam o Valle Nevado Ski Resort, e atendeu o repórter Valmir Moratelli, da revista Veja online. Uma das perguntas do jornalista foi: “Como os brasileiros se comportam no dia a dia?”

A resposta de Rodrigo Côrtes foi essa:

“Bom, por exemplo no café da manhã, que começa às 7h, o turista americano já está na porta às 6h45. Encerramos o café às 10h. O brasileiro costuma chegar às 10h15, batendo na porta, gritando para abrirmos. Não gostam de normas para nada! A gente diz: ‘Senhor, sua reserva é às 19h’, eles chegam às 21h30. Esse comportamento é bem brasileiro. É uma cultura diferente, alegre, menos quadrada. Mas querem desfrutar de tudo sem horários”.

“E como lida com isso?” perguntou novamente o repórter:

O brasileiro parece com o Poodle, é muito bravo, mas nem tanto. Isso acontece com vocês. Ficam bravos, falam, mas se falamos que vamos chamar a polícia, aí param, acaba a valentia. São bravos com o garçom, a recepcionista. Mas quando chega alguma autoridade, param.

Este primeiro caso de grosseria está rendendo inúmeros comentários nas redes sociais e nos grupos de whatsapp.

“Não foi elegante ! Foi infeliz na colocação ao maior mercado deles ! Por outro lado é uma verdade a indisciplina dos brasileiros em seguir horários  e comportamento adequados . A imagem do nosso país e esta“, afirmou o hoteleiro Orlando Giglio, no grupo do DIÁRIO

Para Wilian Périco foi muito deselegante a afirmação do gerente. “Se ele passar para a sua equipe está visão dos Brasileiros é muito ruim,  ainda mais se tratando de 60% do público, na verdade eu já fui para lá e senti exatamente o contrário, pois são muito mal educados com os hóspedes e se acham superiores aos Brasileiros, só que os clientes estão se divertindo e eles trabalhando !!“, afirmou Périco, que é diretor da agência de viagens WingsTur.

Realmente …é impressionante como as pessoas estão deselegantes, rudes e sem total noção de civilidade… logo, logo, com a pressão feita virá as redes sociais  com cara de arrependido pedir desculpas…e assim acreditará que está tudo certo. As máscaras caem e depois não há remendo e nem gambiarra que as sustentem!“, afirmou a professora e organizadora de eventos, Andrea Nakane.

Entenda o 2º Caso 
O Festival de Cinema de Gramado gerou, segundo seus organizadores um retorno de mídia à cidade serrana. Em sua 51ª edição, os números somam R$391.595.466,60. Segundo os dados enviados hoje à redação. O montante é o maior da série histórica, com início em 2012, e representa um aumento de 93% em relação ao registrado na edição anterior. Durante o evento, que ocorreu de 11 a 19 de agosto, foram computadas, de acordo com a SINOPRESS, empresa paulista especializada no monitoramento e na análise de clipagens, 4.379 matérias, englobando veículos de televisão, rádio, impressos e portais”.

Este caso de deselegância é mais sutil. Existe uma cultura desrespeitosa de empresas – não só no turismo, não só na cultura – de acreditar que mídia espontânea é o melhor negócio pois se economiza em investimentos em promoção de marca.

As mídias são espontâneas até a página 3. Acreditamos que dentro da mídia espontânea existe muita coisa de baixa qualidade e muitas vezes essa mídia espontânea está atrelada à lei do menor esforço. Matérias, produções, edições, mal feitas, mal escritas, mal veiculadas…
Defendemos que as matérias precisam ter substância, em especial quando a pauta é cultura e turismo.
Com a pasteurização da mídia digital e com a transformação em commodity quase tudo que se costumou a se chamar de “conteúdo”, muitas empresas e muitas assessorias vêm desrespeitando os profissionais que atuam em toda a cadeia da comunicação, tratando-os não como poodles, mas como vira-latas.
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Entidades do setor de Turismo e Eventos exigem manutenção do Perse

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“O Perse é necessário,  merece continuar  e contamos com o Congresso Nacional para manter o programa”. Com esses argumentos iniciais, 34 entidades representativas do setor do turismo, hotelaria, viagens e eventos defendem a permanência do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (PERSE).

EDIÇÃO DO DIÁRIO com agências


A revogação antecipada do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (PERSE) proposta pela Medida Provisória 1.202, de 29 de dezembro, causa preocupação nos segmentos de cultura, entretenimento e turismo. A apresentação do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na véspera, trouxe equívocos sobre o período de vigência do programa, índices de geração de empregos e os benefícios sociais e fiscais da Lei, além de não mencionar o prejuízo econômico de 513 bilhões que o setor de turismo e eventos suportou nos anos de pandemia, sendo estas as atividades com as mais graves restrições de funcionamento.

Hoteleiros e Congressistas
Hoteleiros e Congressistas a favor do Perse em manifesto em Brasilia (Crédito: Arquivo: DT – divulgação)

Entendemos que o Governo Federal precisa organizar as contas públicas, da mesma forma que é preciso compreender que o programa é meritório e eficaz, como reconheceu o próprio ministro.

Um dos equívocos cometidos pelo ministro refere-se ao período de abrangência da Lei que criou o PERSE, lei 14.148. Haddad afirma que a lei foi elaborada para durar dois anos, quando, na verdade, desde o início da sua articulação com o governo, com o apoio da Câmara e do Senado, já previa uma duração de cinco anos, tempo necessário para a plena recuperação dos setores de sua abrangência.

O ministro equivoca-se, também, em relação à queda de empregos. Ele se esquece de reconhecer que os setores de eventos, cultura, entretenimento e turismo continuam sendo o maior gerador de empregos no país, conforme apontam os dados do IBGE e do Ministério do Trabalho e Emprego. No saldo acumulado entre janeiro e outubro de 2023, a geração de empregos no setor de eventos cresceu 46,6%, contra apenas 23,3% dos serviços em geral e a redução em áreas como agropecuária (- 9,1%) e construção civil (-12,4%).

Além disso, o ministro esqueceu de citar que o Governo Federal recuperou, como consequência da lei que criou o PERSE, mais de R$ 20 bilhões de reais de débitos negociados entre a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e as empresas do setor até o momento. Esse é o maior programa de transação fiscal da história do país.

Por fim, recomenda-se um aprofundamento no número apresentado pelo Ministro Haddad no que diz respeito à renúncia fiscal de R$ 16 bilhões em decorrência do PERSE. Ainda que tenhamos já solicitado essa informação à Receita Federal há alguns meses, não obtivemos resposta a esse pedido. Esse número apontado não nos parece real, uma vez que nos cálculos dos economistas que elaboraram o PERSE, o programa teria o custo anual estimado entre R$ 4 e R$ 5 bilhões, em especial após a redução de CNAEs (Classificação Nacional das Atividades Econômicas) estabelecida no início deste ano.

O PERSE foi aprovado em três oportunidades com apoio suprapartidário no Congresso Nacional (Lei 14.148/21, derrubada dos vetos e Lei 14.592/23) sempre por prazo determinado. O crescimento econômico somente é possível com segurança jurídica, e as empresas do setor cultural, de turismo e eventos querem seguir acreditando no Brasil.

Temos certeza de que o Senado e Câmara vão reconhecer que todos os investimentos realizados e empregos criados suportam as medidas proporcionadas pelo programa, pelos resultados que apresentamos.

1 ABAV – Associação Brasileira de Agências de Viagens
2 ABEFORM – Associação Brasileira das Empresas de Formaturas
3 ABEOC Brasil – Associação Brasileira de Empresas de Eventos
4 ABETA – Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de
Aventura
5 ABIH – Associação Brasileira da Industria de Hotéis
6 ABRACE – Associação Brasileira de Cenografia e Estandes
7 ABRACEO – Associação Brasileira dos Organizadores de Corridas de Rua e Esportes Outdoor
8 ABRACORP – Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas
9 ABRAFESTA – Associação Brasileira de Eventos
10 ABRAPE – Associação Brasileira dos Promotores de Eventos
11 ABRAPLEX – Associação Brasileira das Empresas Exibidoras Cinematográficas Operadoras de Multiplex
12 ACADEMIA – Academia Brasileira de Eventos e Turismo
13 ADIBRA – Associação de Parques e Atrações
14 ADIT Brasil – Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil
15 AGEPES – Associação Gaúcha de Empresas e Profissionais de Eventos
16 Air Tkt – Associação Brasileira dos Consolidadores de Passagens Aéreas e Serviços de Viagens
17 ALAGEV – Associação Latino-Americana de Gestão de Eventos e Viagens
Corporativas
18 AMPRO – Associação de Marketing Promocional
19 ANAFIMA – Associação Nacional da Indústria da Música
20 ANPPE – Associação Nacional dos Profissionais de Produção de Eventos
21 BLTA – Brazilian Luxury Travel Association
22 BRAZTOA – Associação Brasileira das Operadoras de Turismo
23 CLIA – Cruise Lines International Association
24 FBHA – Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação
25 FOHB – Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil
26 IFEA – Associação Internacional de Festivais e Eventos
27 RESORTS BRASIL – Associação Brasileira de Resorts
28 SINAPREM – Sindicato Nacional de Empresas de Agenciamento e de Produções de Eventos Artísticos Musicais e Similares
29 SINDEPAT – Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas
30 SINDIMUSICA – Sindicato das Indústrias de Instrumentos Musicais do Estado de São Paulo
31 SINDIPROM – Sindicato de Empresas de Promoção, Organização e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos
32 SKAL Internacional São Paulo – Associação Internacional dos Profissionais de Turismo
33 UBRAFE – União Brasileira dos Promotores de Feiras
34 UNEDESTINOS – União Nacional de CVBx e Entidades de Destinos

Hotelaria nacional repudia extinção do Perse

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No apagar das luzes de 2023 o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, divulgou um pacote de medidas com o objetivo de cumprir a meta fiscal prevista no orçamento de 2024.

EDIÇÃO DO DIÁRIO com agências


Entre as ações propostas, a hotelaria nacional foi surpreendida com a promulgação da Medida Provisória 1202 que revoga os benefícios fiscais do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). Sua revogação é um golpe desproporcional ao maior programa de recuperação fiscal da história do país, criado pelo Congresso Nacional, devido às restrições impostas durante a pandemia.

Hotelaria
Manoel Cardoso Linhares, presidente da ABIH Nacional (arquivo DT)

E não é só isso. A extinção do programa demonstra o pouco apreço pela segurança jurídica no país, já que sua manutenção já havia sido negociada pelo governo, o que ajudou na recuperação do setor que gerou um a cada 10 empregos no Brasil no ano passado.

A decisão do Ministro da Fazenda de extinguir o PERSE precisará ser revista pelo Congresso Nacional. Como as medidas provisórias são instrumentos normativos com força de lei e caráter imediato, elas necessitam ser analisadas pela Câmara e pelo Senado.

Muito se tem alardeado na imprensa e nas redes sociais sobre o crescimento do turismo, comparando-o aos índices do ano passado. Essas informações superficiais, uma vez que somente no ano passado o Brasil como um todo voltou às antigas práticas de viagens, conduziram a um falso entendimento de que o turismo estava vivendo um momento único.

Infelizmente, na indústria de hotéis, somente ao longo de 2023, o processo de retomada e as taxas de ocupação caminharam para os níveis pré pandemia. Em outras palavras, não houve crescimento e uma recomposição de ocupação média, e a maioria dos empresários ainda estão quitando as inúmeras dívidas feitas para manterem seus negócios abertos.

Durante a pandemia, 80% da hotelaria nacional permaneceu fechada com a ocupação em torno de 5% a 8% de ocupação, com o faturamento quase zero e tendo que arcar com suas obrigações fiscais de portas fechadas. Entendemos que a iniciativa foi o mais importante programa de apoio ao setor de turismo do Brasil, que é importante ressaltar, teve um prejuízo na pandemia de mais de 513 bilhões de reais.

Opções fiscais e legislativas é que não faltam. Para citar um exemplo emblemático está a questão da regulamentação das plataformas de vendas de hospedagem, como o Airbnb, que é um concorrente direto da hotelaria, mas que não gera empregos para o país. Por isso, é fundamental, se o governo busca aumentar a arrecadação, também regular os setores que não contribuem com os cofres públicos, praticando uma concorrência desleal, além de resultar em perdas para o governo federal, que deixa de receber seus tributos, para os governos estaduais, que perdem arrecadação de ICMS, e para os municípios, que deixam de receber um de seus principais tributos, o ISS, o que é incompreensível, uma vez que a plataforma atua no mesmo ramo de atividade da hotelaria: venda de diárias.

Entendemos que é preciso ponderar os benefícios que esse programa trouxe para o país. De acordo com as informações do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), divulgado no dia 28/12, o setor de alojamento e alimentação foi o que mais empregou em novembro, com a criação de 14.904 vagas formais de trabalho, o que só foi possível pelos benefícios gerados por esse programa.

Esperamos consciência e apoio do Congresso Nacional para evitar que a MP seja aprovada como está e que sejam reconhecidos os impactos sociais e econômicos do PERSE para o Brasil, que tem gerado benefícios para o caixa do governo, uma vez que ele arrecadará mais de 18 bilhões para o país, através da recuperação fiscal das empresas que aderiram ao programa.

Acreditamos que com a extinção do benefício, o governo está dando um tiro no pé, já que não é possível fazer com que um país cresça social e economicamente em uma economia que extingue uma de suas principais fonte de renda e ascensão social que se dá através do estímulo à geração de empregos e a novos investimentos.

Manoel Cardoso Linhares, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – ABIH Nacional

Setor de turismo repudia revisão do Perse no apagar das luzes de 2023

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Revogação do programa Perse impactará negativamente as atividades econômicas que mais empregam no país e, por isso, uma das mais importantes da economia nacional

EDIÇÃO DO DIÁRIO com assessoria


No apagar das luzes de 2023, o governo federal publicou uma Medida Provisória, com três reonerações de tributos, sob a justificativa de equilibrar as finanças em 2024. São elas: o limite a compensações judiciais (em que o governo limita a 30%, o valor anual que as empresas podem abater de tributos após decisão judicial definitiva – as chamadas compensações por valores pagos a mais em anos anteriores); a revogação do programa para setor de eventos (em que foi feita uma mudança nas regras do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), que desonerou o setor de eventos para compensar os prejuízos advindos da pandemia de Covid-19. O programa foi prorrogado até 2026); e a reoneração gradual da folha de pagamentos (em alternativa à derrubada do veto à prorrogação da desoneração da folha de 17 setores da economia, a equipe econômica propôs uma reoneração gradual dos setores).

O conjunto de medidas apresentado nessa quinta-feira (28/12) – e publicado no Diário Oficial da União desta sexta – causou preocupação à Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), que é contra a medida adotada em relação ao Perse. A justificativa é econômica – abalo da competitividade do turismo – e jurídica já que ela desrespeita o art. 178 do Código Tributário Nacional.

“A isenção, como é o caso do Perse, à luz do Código Tributário Nacional reclama dois requisitos para que, uma vez concedida, se torne insuscetível de revogação ou modificação por lei posterior, a saber: que o benefício tenha prazo certo de vigência (e este é o caso do Perse, acompanhado de isenção de tributos federais, programada para durar – com alíquotas zeradas – por 60 meses; que seja concedido em função de determinadas condições (como a pandemia, que atinge determinados contribuintes, submetidos a condições adversas naquele período)”, explica o presidente da FBHA, Alexandre Sampaio.

Outro ponto, segundo Sampaio, seria a ausência de urgência e relevância para edição da MP, no último dia útil de 2023.

Sobre a revisão do programa para setor de eventos, Fernando Haddad argumentou que o benefício a esse setor superou o que estava previsto — uma renúncia de R$ 4 bilhões por ano até 2025 — e causou uma renúncia de R$ 16 bilhões.

“A ideia é que ele [o programa Perse] seja extinto, mas de uma maneira progressiva”, disse Barreirinhas, secretário da Receita. “O Perse é um programa muito amplo para um setor que voltou muito forte depois da pandemia e se tornou insustentável para o orçamento público”, completou.

MP vai ao Congresso

As iniciativas que visam tornar “mais equilibrado” o Orçamento da União foram publicadas na Medida Provisória (MP) 1.202, que saiu hoje no DOU.

Como tem força de lei e vigência imediata, a MP publicada hoje – 29/12 substituiu a lei que prorrogou a desoneração, promulgada nessa quinta. Em seguida, a medida provisória será analisada pelo Congresso dentro de 120 dias, prazo que será contado após a retomada dos trabalhos legislativos, em fevereiro.

Cataratas do Iguaçu atinge 1 milhão e 800 mil visitantes em 2023

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É o recorde de visitação do Parque Nacional do Iguaçu, que tem as Cataratas do Iguaçu como principal  atrativo

EDIÇÃO DO DIÁRIO com agências


O Patrimônio Mundial Natural recebeu o visitante de número 1.800.000 ao meio-dia desta quinta-feira, 28 de dezembro. O número representa uma recuperação de 89% da visitação de 2019, quando o parque foi contemplado por 2.020.358 pessoas, melhor ano de visitação da história. Em relação ao ano passado, o movimento foi 25% maior que em todo o período de 2022, com 1.434.308 ingressos.

Iguaçu
marca de 1 milhão e 800 mil pessoas foi atingida com a visitante Soraia Maria do Nascimento, de São Paulo (Cataratas do Iguaçu: Nilmar Fernando)

A marca de 1 milhão e 800 mil pessoas foi atingida com a visitante Soraia Maria do Nascimento, de São Paulo, na sua terceira visita ao parque. “Nem acreditei quando recebi a notícia. Vi o pessoal comemorando, fiquei muito surpresa. Amo visitar as Cataratas do Iguaçu, é sempre um prazer retornar. Agora com essa celebração ficou tudo mais especial.”

Dos 1 milhão e 800 mil visitantes, a maioria é brasileira, representando 57% da visitação. Os 43% restantes são formados por estrangeiros de 163 nacionalidades. Os países que mais visitaram, depois do Brasil, foram Argentina, Estados Unidos, Paraguai, França, Espanha, Alemanha, Chile, Uruguai e Peru.

Horário ampliado – O Parque Nacional do Iguaçu está com horário ampliado para o período de alta temporada. Até 31 de janeiro, o atrativo abrirá uma hora mais cedo, funcionando das 8h às 16h. Último ônibus para retorno sai às 17h30. Após o dia 31, o parque manterá o funcionamento normal, abrindo todos os dias a partir das 9 horas.

Turistas portugueses chegam em voos fretados para festa de Ano-Novo na Bahia

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O aeroporto de Salvador, capital da Bahia, recebeu esta semana três voos fretados de Portugal, que trouxeram quase 700 passageiros, vindos das cidades de Lisboa e Porto.

EDIÇÃO DO DIÁRIO com agências


Duas operações foram feitas pela companhia aérea Hi Fly e uma pela Sata. Os turistas portugueses, que escolheram a Bahia para passar o Réveillon, tiveram receptivo da Secretaria de Turismo do Estado ( Setur-BA), com baianas típicas e fitinhas do Senhor do Bonfim.

Bahia
No desembarque, ganharam fitinhas do Bonfim entregues por baianas típicas do receptivo da Secretaria de Turismo do Estado (Setur-BA).

Os visitantes seguiram para hotéis na Costa dos Coqueiros, onde passam o Réveillon, e, posteriormente, irão conhecer pontos turísticos de Salvador. No desembarque, ganharam fitinhas do Bonfim entregues por baianas típicas do receptivo da Secretaria de Turismo do Estado (Setur-BA).

“Estou pela primeira vez na Bahia e bastante ansioso para conhecer as pessoas, o Pelourinho e a Baía de Todos-os-Santos, além de experimentar os pratos maravilhosos da culinária local”, relatou o administrador de empresas Manuel Anes, 51 anos, que chegou no primeiro voo.

 

Já o consultor de vendas Pedro Silva, 48 anos, revelou que todos os anos volta ao estado, seja para aproveitar o clima ou frequentar as praias. “Dessa vez ficaremos por uma semana em Salvador e na Praia do Forte. Adoro também a arquitetura das igrejas, que lembra bastante Portugal”, comparou.

“Pretendo conhecer bem a cidade, visitando lugares fundamentais, como o Farol da Barra, e pegar uma praia”, afirmou o desenhista de projetos Victor Ferreira, 59 anos, que desembarcou no voo da Sata.

Os voos charters são fretados pela empresa Business Travel Agency (BTA) para suprir o excedente de passageiros dos voos regulares de Portugal para a Bahia na alta estação, numa ação que tem apoio do Governo do Estado. Atualmente, a companhia aérea TAP mantém sete frequências regulares semanais operadas entre Lisboa e Salvador. Já a Air Europa faz três ligações semanais entre Madri (Espanha) e a capital baiana até o fim de janeiro.

“A chegada de voos fretados demonstra a força do turismo da Bahia, que neste verão vai atrair 6,5 milhões de visitantes brasileiros e estrangeiros. Além do apoio para que sejam realizados os charters, atuamos continuamente na prospecção de voos regionais, nacionais e internacionais para o nosso estado”, revelou o titular da Setur-BA, Maurício Bacelar.

Segundo dados da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), a Bahia será o segundo estado com maior incremento na chegada de turistas estrangeiros em janeiro de 2024. O incremento previsto é de quase 25%, com destaque para os argentinos, norte-americanos, portugueses e italianos.

 

Reflexões de fim de ano – por José Ricardo Botelho, CEO da ALTA

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José Ricardo Botelho deixa uma mensagem importante a todos aqueles que acreditam no valor da aviação, e um alerta aos governantes para olharem para o setor com outra perspectiva.

Caros colegas,
O ano de 2023 está terminando e, ao refletir sobre os resultados do trabalho realizado por todos que integram o ecossistema da aviação civil na América Latina e no Caribe (ALC), sinto um profundo orgulho por fazer parte de um setor que – mesmo enfrentando desafios sem apoio e contrariado por ventos adversos – conseguiu uma recuperação notável e exemplar. Essa resiliência permitiu proporcionar aos consumidores o meio de transporte mais seguro e eficiente.
Neste mesmo exercício de introspeção, sinto também uma profunda preocupação. Apesar dos notáveis esforços da indústria na região, observamos que, em muitos casos, a aviação ainda é considerada um serviço de luxo, como uma indústria da qual se pode tirar proveito sem reconhecimento de suas margens financeiras estreitas. Notamos como algumas autoridades continuam a ditar medidas unilaterais que não apenas prejudicam o progresso da aviação, mas também atrapalham o crescimento saudável das economias locais, impactando tanto a população que utiliza o transporte aéreo quanto aquela que enxerga oportunidades de emprego sempre que uma aeronave pousa em sua cidade.

Estamos em um momento crucial, enfrentando desafios sem precedentes, onde a aviação é o motor que impulsiona o comércio, o investimento, o turismo e a cultura, além de ser a força que conecta pessoas e comunidades.

Aumentar o nosso nível de conscientização significa compreender o papel da aviação. Em primeiro lugar, temos de entender que a aviação é um setor intimamente ligado às nossas economias, sendo um motor de bem-estar e prosperidade. O setor da aviação gera quase 8 milhões de empregos na região e contribui com 3,5% do PIB da América Latina e do Caribe.
Recentemente, perguntamos como seria um mundo sem aviação e concluímos que, sem esse meio de transporte, a vida contemporânea não apenas se tornaria mais desafiadora, mas também mais cara. Os nossos países obtêm vantagens significativas com o transporte aéreo, seja na exportação de alimentos e mercadorias, na importação desses produtos, no estabelecimento de novos empreendimentos ou ao alcançar regiões remotas, contribuindo para o desenvolvimento e gerando progresso para inúmeras pessoas.
Apesar disso, algumas decisões políticas prejudicam a indústria. Exemplos são a decisão de exigir vistos para tripulantes, o aumento das taxas aeroportuárias que encarecem o transporte aéreo aos passageiros e dificultam o crescimento de um setor essencial para conectar localidades, a burocracia que reduz a agilidade nos processos e os prazos para cumprimento dos compromissos na operação, além da falta de ações concretas que permitam manter uma capacidade alinhada à demanda de passageiros em importantes aeroportos da região que ativem uma ampla cadeia de valor que gere empregos, oportunidades e desenvolvimento.
Essas são ações unilaterais representam uma ameaça à aviação na América Latina. É fundamental que os governos reconheçam a aviação como um aliado para o desenvolvimento socioeconômico de seus países. A aviação não é apenas um impulsionador econômico; é também uma força unificadora que permite que comunidades em todo o mundo recebam produtos essenciais e mantenham conexões culturais e econômicas. A aviação desempenha um papel chave para nossos países expandirem os meios necessários para fomentar o comércio e a cooperação internacional.
Ao agir assim, só posso esperar que em 2024 os governos da ALC tenham uma compreensão mais profunda do papel essencial desempenhado pela aviação e atuem em conformidade. O setor encontra-se em um momento crítico, e é hora de agir, permitindo que a aviação alcance novos patamares. Apenas trabalhando em conjunto, com agendas de estado coerentes, poderemos observar que, como região, permanecemos unidos e fortes.
Mais informações sobre a nossa campanha estão disponíveis aqui: https://alta.aero/juntos-tomamos-altura/
Obrigado pela leitura.
José Ricardo Botelho, CEO da ALTA.