Gilberto Hingel, da Litoral Verde: “Não dá para reclamar”

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REDAÇÃO DO DIÁRIO – 

O campo aberto de lamentações, quebradeiras e esconde-esconde vigente no país não é absoluto. Existem ilhas de excelência que são representadas por empresas que começaram a fazer o seu dever de casa desde 2013, quando os primeiros sinais da recessão econômica surgiram. Existem empresários que organizaram suas finanças com cortes certeiros em sua equipe, dispensando gente improdutiva, efetivaram investimento correto em tecnologia para seu nicho de mercado, capacitaram e motivaram sua equipe sem a necessidade de associar-se à outra, como tábua de salvação. É o caso da operadora Litoral Verde. Seu diretor, Gilberto Higel, conversou com o editor do DIÁRIO, Paulo Atzingen e apresentou um panorama de sua operadora.

DIÁRIO – As empresas geralmente fazem balanços trimestrais, você pode fazer um balanço do primeiro trimestre de 2016 na Litoral Verde?

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GILBERTO HINGEL – Fazemos esse balanço mês a mês. A mudança do mercado é muito grande. Em uma semana se está muito bem e na próxima, sem nenhuma razão aparente, as vendas caem, e depois sobem de novo. O mercado está muito inconstante, mesmo que nada de muito diferente aconteça, desde o ano passado.

O ano de 2015 fechamos muito bem, com faturamento igual ao do ano anterior, mas a receita, que é o que importa, aumentou, em comparação com 2014.

Sobre janeiro, fevereiro e março deste ano não dá pra reclamar. Janeiro foi igual ao do ano anterior, um fevereiro melhor que o de 2015 e março muito parecido. Em comparação com o ano passado, estamos com os mesmos números ou um pouco acima, talvez. Acontece que temos correção de rumo o tempo todo. Temos buscado novas alternativas para crescer.

DIÁRIO – Algumas operadoras se articulam bem em suas cidades e região, guardando nichos de mercado, mesmo considerando que em se tratando do universo web se vende para o mundo todo. A localização de sua sede, em Petrópolis, o favorece comercialmente na região?

GILBERTO HINGEL – O mercado da Serra Fluminense é pequeno. Atendemos uma base nacional. Não tenho uma loja, como algumas operadoras têm, onde atuam. Nós não temos isso, somos operadora puramente. Nossa sede fica na rua principal mas não temos uma placa identificando do lado de fora porque não queremos o cliente final aqui dentro. Atendemos agências de viagens pelo telefone, pelo site. O cliente de Petrópolis representa pequeno percentual da população do estado do Rio de Janeiro. O nosso mercado principal é São Paulo, depois Rio e depois o centro-oeste, principalmente Cuiabá e Campo Grande.

O estado de São Paulo, tradicionalmente, fica com 35% das nossas vendas. Conseguimos um crescimento interessante recentemente com um representante para o Brasil todo. Não temos filiais, temos representantes e o Centro-Oeste tem respondido muito bem e temos crescido também no Sul.

Temos uma novidade que ainda não colocamos no mercado. Estamos aproveitando uma oportunidade que o mercado colocou. Não temos filiais mas estruturamos recentemente uma base em Vitória. Muitas empresas abandonaram o mercado de Vitória. Com moderado investimento e baixo risco tivemos a oportunidade de ocupar um espaço. Estamos com uma equipe bastante experiente, que já trabalharam em outras operadoras, então já começamos vendendo. O mês de março já se pagou e em abril já se pensa em crescimento. Uma nova tentativa de buscar alternativas neste mercado.

Não temos filiais mas estruturamos recentemente uma base em Vitória. Muitas empresas abandonaram o mercado de Vitória. Com moderado investimento e baixo risco tivemos a oportunidade de ocupar um espaço

DIÁRIO – Como está o seu market share internacional x nacional?

GILBERTO HINGEL – O nacional sempre foi o nosso carro-chefe. Com a reestruturação do nosso departamento internacional e para a nossa surpresa, mesmo com o dólar nas alturas, tivemos um bom resultado. Várias operadoras que atendiam esse segmento parecido com o nosso, de lazer internacional do tipo resort no Caribe, por exemplo, saíram do mercado e conseguimos absorver uma parte disso que estava carente. Isso tem dado bastante certo.

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DIÁRIO – A Litoral Verde tem musculatura suficiente para se manter como Litoral Verde, sem misturar as cores com outra operadora?

GILBERTO HINGEL – Sim, temos como nos manter como Litoral Verde. Já namoramos em outras situações, mas não por necessidade, mas sim por oportunidade. Temos fôlego suficiente, com novos segmentos de atuação, com grupos que não atendíamos, estamos conseguindo nos manter bem este ano, trabalhando o dobro, mas nos mantendo bem. Fizemos a lição de casa desde 2013, buscando tecnologia para estarmos mais enxutos, mais preparados, com despesas menores. Cortar despesas é um exercício constante, como cortar a unha.

O mercado em crise faz com que fiquemos atentos às oportunidades que se colocam. Nos deixa aptos e prontos para qualquer curva para cima. O ano está desafiador mas estamos conseguindo fazer o que fazíamos no mesmo período do ano passado mas mais enxutos e lançando novidades. Sempre fomos muito focados em resorts e hoje temos uma gama muito forte de hotéis em geral no país todo.

É preciso destacar ainda que o agente de viagens é, mais do que nunca, o nosso parceiro principal, que tem estado carente. Algumas empresas acabaram não podendo mais atendê-los nos últimos 12 meses.

https://www.litoralverde.com.br/

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