Associações de Turismo, um Banco de Negócios ou Base Política?

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Eduardo Mielke*

Se a Associação de Turismo da sua cidade está devagar, quase parando, hoje a pauta aqui são duas dicas de uma Agenda de Trabalho para fazer sentido.

Está mais do que na hora das entidades do terceiro setor no município realizarem o quanto podem e devem ser influentes dentro da Política de Turismo. E o argumento é simples. Delas fazem aparte a base dos serviços turísticos de qualquer Cidade, ou seja da Cadeia de Valor.

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Para deixar isto mais claro: Os serviços turísticos de uma cidade são realizados pelas empresas turísticas que por sua vez, estão associadas a uma entidade do terceiros setor. Portanto, não ouvi-las e não inseri-las dentro da estrutura e organização da Política de Turismo do Município, é o mesmo que levar o seu carro a Oficina Mecânica, e achar que comprando 2 kg de carne moída resolverá.

Reunir este grupo de empresários sob uma associação de turismo é a grande oportunidade para que melhores resultados operacionais na conta corrente de cada um dos membros da entidade, bem como vantagens competitivas possam se fazer presentes. Estes são mais importantes objetivos das Associações de Turismo, e se não estão sendo devidamente trabalhados dentro pela executiva da entidade, perceba se isto não está sendo a principal causa da baixa participação dos associados. Sem resultados não há motivação em se envolver. Pense nisso.

Reunir este grupo de empresários sob uma associação de turismo é a grande oportunidade para que melhores resultados operacionais na conta corrente de cada um dos membros da entidade, bem como vantagens competitivas possam se fazer presentes

Na prática. Para tanto, dois caminhos devem ser tomados dentro da agenda de trabalho da entidade: Negócios e Política. Vamos começar pelo primeiro e mais fácil passo. Toda associação é um banco de negócios enrustido. Antes de se preocupar somente em vender mais, pense que comprar melhor também impacta no fluxo de caixa. Há experiência de hotéis que compram em conjunto, insumos como frutas, produtos de limpeza e café. Tudo feito através do sistema de pregão eletrônico.

Claro que do ponto de vista comercial, com uma ajuda da geografia, empreendimentos próximos podem se transformar em alamedas ou ruas gastronômicas. Não disputam mais restaurante a restaurante, mas sim entre regiões da cidade, como os Bairros de Santa Felicidade, em Curitiba e Moinhos de Vento de Porto Alegre. Há também as regiões de concentração (aglomeração, ou para alguns um APL) de comércio aliado gastronomia que são inúmeras neste país. Já deveriam fazer parte das Políticas de Turismo municipais, pois ali estão ,as sementes de várias variedades de eventos MICE.

As discussões, estratégias e ações da entidade só são relevantes se direcionadas a incrementar aqueles resultados. E mais importante do isso é monitora-los, sobre tudo desde o ponto de vista da forma cooperada em que foi feita. Vale salientar o poder ainda quase que inexplorado do uso inteligente das mídias sociais. Ainda, há empresas que veem com dificuldade métodos de Promoção Turística Colaborativa.

Cooperar para competir, benefícios mútuos e gestão inteligente. Quando estas forem as diretrizes da sua associação, o caminho para uma agenda política é a sequência. É o efeito e não a causa.

Dúvidas, esclarecimentos? Pergunte.

 

Eduardo Mielke, Dr.

Desenvolvimento Turístico Responsável
Sistema Municipal Turístico -SIMTUR
Gestão Pública Inteligente.

www.politicadeturismo.wordpress.com

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