A Viva Air, o grupo latino-americano de operadoras controlado por um dos fundadores da Ryanair, tem planos de criar uma terceira companhia aérea na região, além de realizar uma oferta pública inicial para acelerar os ganhos com a forte demanda no segmento de baixo custo.
A empresa pretende vender ações em Nova York dentro de dois anos, disse o maior acionista da Viva, Declan Ryan, em entrevista em Lima. As ações também podem ser listadas em outra bolsa, como a da Colômbia, disse.
“Somos efetivamente a Ryanair da América Latina”, disse Ryan, que foi um dos fundadores da aérea de baixo custo irlandesa. “A classe média na América Latina está se deslocando todos os dias. A Colômbia tem uma enorme classe média, por isso estamos vendo muito mais pessoas viajando em nossos aviões.”
As aéreas de baixo custo estão sacudindo o setor de transporte em toda a América Latina, atraindo passageiros que antes faziam longas viagens de ônibus e forçando companhias aéreas tradicionais a reduzir os preços. A Viva agora é a terceira maior aérea da Colômbia, onde começou a operar há sete anos, e a segunda maior no Peru, onde iniciou as operações em 2017.
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A empresa está avaliando o Equador ou um país da América Central como base para a terceira companhia aérea, disse Ryan. Como uma antecipação ao IPO, a Irelandia Cartesian, de Ryan, disse na quinta-feira que havia vendido uma participação de US$ 50 milhões na Viva Air para o Cartesian Capital, uma empresa de private equity com sede em Nova York. Os recursos vão ajudar a financiar as entregas pendentes de 50 novos jatos Airbus SE 320 da companhia aérea.
“Agora que temos o alicerce do capital, podemos nos concentrar no IPO”, disse Ryan. “As companhias aéreas precisam ser listadas para acessar capital.”
Ryan disse que pelo menos US$ 100 milhões da Viva Air serão injetados no IPO. Ele espera que a oferta resulte em um valuation de mais de US$ 500 milhões para a empresa, cuja sede fica próxima de Medelín.
As companhias aéreas de baixo custo do Chile, Sky Airline e JetSmart, também se expandiram para os países vizinhos este ano. O Cartesian investiu anteriormente na Flybondi da Argentina em parceria com o ex-diretor de operações da Ryanair, Michael Cawley.
A Colômbia e o Peru provavelmente receberão 20 dos novos jatos, e o restante irá para a nova base, disse Ryan. Na América Central, a empresa prefere a Costa Rica e El Salvador, disse. A Venezuela pode representar uma “grande oportunidade” quando superar a crise atual, disse.
Ryan estima que a Viva Air terá uma frota de até 100 aviões na região dentro de uma década.