O Gato e o Rato – Fábulas da Segunda-Feira

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DIÁRIO oferece aos seus leitores a série Fábulas da Segunda-feira para um Mundo Melhor. Trazemos aqui as Fábulas de Esopo, um escritor da Grécia Antiga a quem são atribuídas várias fábulas populares. A ele se atribui a paternidade da fábula como gênero literário. Sua obra, que constitui as Fábulas de Esopo, serviu como inspiração para outros escritores ao longo dos séculos, como Fedro e La Fontaine. A seguir, a Fábula O Gato e o Rato:

Quatro animais distintos, o esperto Gato, a triste Coruja, o roedor Rato e a senhorita Doninha de esbelta figura, todos eles malignos e perversos, assombravam o trono apodrecido de um Pinheiro antigo. Tanto o frequentavam que, certo dia, um Caçador colocou ali suas armadilhas.

O Gato, no final da madrugada, saiu do esconderijo para ganhar a vida. As últimas sombras da noite não o deixavam ver a rede e acabou se enroscando nela. Pensou que fosse morrer, Miou, lastimosamente. Ao ouvi-lo, aproximou-se o Rato. Que desespero de um, que Alegria. do outro que via preso o seu inimigo mortal! O infeliz Gato exclamou:

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-“Amigo, caríssimo: vejo o quanto me aprecia e você bem sabe que correspondo a essa admiração! Ajuda me a escapar dessa armadilha na qual cai estupidamente. Tinha razão em aprecia lo e querê-lo com como a menina dos meus olhos. Não me arrependo. Estava indo rezar minhas orações matinais como convém a um Gato devoto e esta rede me prendeu. Minha vida está em suas mãos, livra-me desses nós!”

“E o que ganharei com isso”? Perguntou o Rato. “Juro, eterna aliança contigo”, respondeu o Gato. “Disponha de minhas unhas e garras contra todos os defeitos, contra todos o defenderei. Matarei a Doninha e a Coruja. Os dois estão contra você”!

“Idiota. Exclamou o roedor. Meu protetor, você? Ora. Não sou tão tolo!.

E assim dizendo, marchou até sua toca. A Doninha estava ali perto e o cercou, subiu pela árvore e topou com a Coruja; havia perigo por toda parte! O Rato voltou até onde estava preso o Gato e roendo roendo, roendo, saltou as malhas da rede e libertou o hipócrita.

Nisso aparece o homem e os novos aliados fogem. Estavam já longe quando o Gato observou que o Rato mantinha-se meio distante, receoso, prevenido. “Irmão, lhe digo aproxime-se! Seu medo me ofende… está vendo como inimigo seu aliado? Poderia me esquecer que, depois de Deus, devo minha vida a você”, disse o Gato ao que o Rato respondeu:

“E eu não posso esquecer tampouco sua índole perversa. Não há pacto nem tratado que obrigue um Gato a ser agradecido, estúpido é quem acredita em uma Aliança feita pela necessidade”.


*Nota do editor – Qualquer semelhança com nomes, pessoas, empresas ou fatos é mera coincidência.


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