Ex-ministro do Turismo, Henrique Alves, continuará preso em Natal

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Agência O Globo

O Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região suspendeu a transferência do ex-ministro Henrique Eduardo Alves, que havia sido determinada na sexta-feira pelo juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília. Alves, um dos principais aliados do presidente Michel Temer, seria levado de uma cela da Polícia Federal em Natal para a carceragem do órgão em Brasília.

A suspensão da decisão foi pedida pela defesa do ex-ministro. Os advogados argumentaram que, como a prisão foi determinada pela Justiça Federal do Rio Grande do Norte, não haveria motivo para a transferência para Brasília. Ainda segundo a defesa, Alves “é radicado nesta cidade de Natal, onde é casado e possui residência permanente”. O TRF concordou com os motivos e suspendeu a transferência.

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Alves é suspeito de receber mais de R$ 10 milhões de propina vinculadas a fraudes nas obras do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro, e da Arena das Dunas, em Natal. Numa das investigações, Henrique Alves é acusado de receber parte da propina, R$ 500 mil, a partir da conta de campanha de Temer em 2014.

De acordo a Procuradoria da República do Rio Grande do Norte, uma conta do presidente Michel Temer foi usada para intermediar o pagamento de uma propina de R$ 500 mil da empreiteira OAS ao ex-ministro do Turismo durante a campanha eleitoral de 2014. Ainda segundo o Ministério Público, a OAS pagou propina camuflada de doação eleitoral a Temer em 11 de setembro de 2014. No mesmo dia, o dinheiro foi transferido para o diretório estadual do PMDB e, depois, repassado ao ex-ministro que, no período, concorria ao governo do Estado.

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