Uma boa noticia, um bom sinal e um perigo na esquina

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por JOSÉ DE OLIVEIRA JUSTO*


A boa notícia:

O mundo não acabou, nunca se fez tanta vacina em tão pouco tempo e o mundo está sedento por viajar.

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O bom sinal:

O Rio Grande do Sul continuará ligado à Europa pela TAP, com três vôos semanais e – mesmo sem confirmação oficial – a outros quatro países com frequências diárias e semanais. No entanto, um grande número de estrangeiros continuará entrando no estado através dos vôos que chegam por Rio e São Paulo, por dois motivos: preço e oferta.

Por causa da oferta abundante, os sistemas de preceficação inteligentes fazem com que as empresas aéreas baseiem suas tarifas em demanda e não em custo, sendo possível se fazer uma viagem à Europa por um preço menor que o de alguma viagem doméstica.

Em condições normais de temperatura, pressão e sem pandemia, o Brasil recebia mais de 2.400 vôos por semana. A voltar a ser assim, isso fará com que a concorrência beneficie o usuário e a maioria dos passageiros fixem suas escolhas com o preço sendo o primeiro vetor. Um ou dois pousos e decolagens a mais em viagens de 15 horas e 4 fuso-horários, farão pouca diferença em termos de cansaço e perda de tempo. Isso pode aumentar a entrada de visitantes sem ser preciso aumentar a oferta de vôos diretos.

Para atrair mais estrangeiros para o estado, na tomada da economia, que deve ocorrer nos anos de 21 e 22, os “destinos indutores internacionais” precisam estar atentos para a promoção. E o cenário previsto pelo Banco Mundial sinaliza quais os países estarão em
melhores condições de emitir mais bilhete e seus turistas, de gastarem mais. E o mapa mudou bastante!

Um perigo na esquina:

O mundo vai mudar seus hábitos e os destinos e as profissões vão se agarrar nas tradições e modus operandi e na mudança chicxulubiana provocada pelo meteoro apelidado de SARS-COV-2.

A prática da promoção até aqui era, todos os anos, de levar imagens e manifestações artísticas aos principais e mesmos eventos, com dois técnicos e um batalhão de
políticos, deve pegar uma carona na garupa da tecnologia e mudar de forma radical: imagens não precisam mais de papel e o cliente não é acessado em eventos do Trade. Os políticos e os técnicos podem e devem continuar viajando, para cumprir um papel mais
nobre: adquirir conhecimento e absorver a cultura de suas origens.

Com o valor equivalente a duas passagens aéreas e cinco diárias de hotel, é possível atingir milhares de pessoas com perfil definido e capacidade de investimento
usando técnicas de inteligência de mercado.

Aos políticos, antes da viagem, é solicitado que prevejam em seus orçamentos esses gastos que diminuirão de volume, continuarão muito importantes e serão a forma de se medir a prioridade que é atribuída a essa atividade econômica de cada comunidade.

Pela sinalização das tendências e dos novos hábitos, os próximos dois anos poderão redefinir também o mapa interno de destinos que farão sucesso e os que, como as empresas e as profissões, definharão.


JOSÉ DE OLIVEIRA JUSTO – NOTÍCIAS GAÚCHAS
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JOSÉ JUSTO estudou Engenharia Eletrônica na Universidade Mackenzie, Trabalhou na VARIG (empresa aérea-São Paulo/Rio).  Desde 1986 se dedica a trabalhos no setor de turismo e hotelaria, dedicado a sistemas de gestão, produção de planos de negócios e desenvolvimento de destinos turísticos. Participou da implantação de mais de 40 hotéis, três redes hoteleiras, diversos atrativos naturais e artificiais, desenvolvimento de destinos turísticos e criação de eventos. Atualmente vive em Gramado (RS). É diretor de Planejamento Estratégico da Associação dos Hoteis do Rio Grande do Sul e edita o boletim técnico FRONTDESK, com notas e informações da cadeia produtiva do turismo.
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