Gol espera economizar R$ 220 milhões com renegociação de leasing

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A Gol espera reduzir em R$ 220 milhões as despesas com arrendamento de aeronaves neste ano se tiver sucesso na renegociação dos contratos com as empresas de arrendamento de aeronaves. A informação consta em comunicado enviado pela aérea à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em que a companhia expõe detalhes do programa de reestruturação de dívidas, apresentado no dia 3.

No primeiro documento enviado à autarquia, a aérea informava que a economia estimada era de US$ 220 milhões. Cerca de 45 minutos depois, a empresa reapresentou o comunicado ao mercado, em função de um erro na indicação da moeda, e corrigiu o valor para R$ 220 milhões.

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No aviso, a Gol afirma ainda que já recebeu sinal verde dos bancos brasileiros para renegociar compromissos em debêntures e receber uma linha extra de recursos. “Banco do Brasil e Bradesco estão provendo uma contribuição financeira substancial:além de estender o prazo de amortizações de R$ 1 bilhão em debêntures que detêm, eles seguem disponibilizando à companhia importantes mecanismos financeiros, incluindo mais de R$ 300 milhões em linhas de crédito e em cartas de crédito”, informa a Gol em comunicado enviado à CVM.

A Gol comenta também a oferta feita pela companhia aos investidores estrangeiros donos de títulos em dólares sem garantias. A companhia diz que o valor exato desses ativos soma US$ 780 milhões e repete que está disposta a rever a oferta que está na mesa. “A oferta da Gol para trocar todos os bônus emitidos em dólares em circulação no mercado por novos bônus garantidos, com cobertura de colateral de mais de 100% sobre os novos papéis, com uma parte em dinheiro e um prêmio sobre o valor atual de mercado, configura uma ótima oportunidade para os detentores de bônus participarem voluntariamente dessa reestruturação e receberem um prêmio por seus papéis”, afirma o vice-presidente financeiro da Gol, Edmar Lopes, no comunicado.

“Nós acreditamos firmemente que esta é uma oferta boa e justa, e a melhor que a Gol pode prover. Esperamos que os detentores de bônus compreendam que é do interesse deles trocar esses papéis. Os parâmetros foram firmados pela companhia, e nós podemos alterá-los se as circunstâncias exigirem”, afirma o vice-presidente da Gol.

O comunicado vem depois de a ação da Gol ter recuado ontem na Bovespa 16,92%, para R$ 2,70, com giro financeiro de R$ 30 milhões, devolvendo parte dos ganhos da quarta-feira, quando o papel subiu 28,46%, na maior vvalorização desde 3 de março e o maior volume financeiro em dois anos, de R$ 54 milhões.

A volatilidade foi determinada pelas reações dos agentes de mercado ao plano da empresa aérea para a reestruturação de sua dívida, que propôs aos donos de títulos em moeda estrangeira sem garantia — papéis com vencimentos entre 2017 e 2023, além de um bônus perpétuo — a troca por outros bônus com prazos entre 2018 e 2028. Como a operação envolve descontos que vão de 30% a 70%, conforme o bônus, as três maiores agências de classificação de risco de crédito consideraram essa operação um “calote em termos técnicos”, rebaixando a nota de crédito da Gol.

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