Contra êxodo de turistas, Uruguai cria seguro para profissionais da hotelaria

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A intenção do governo Uruguai é também preservar o emprego dos trabalhadores do setor hoteleiro

O governo do Uruguai anunciou, nesta segunda-feira (18), uma medida para amenizar a baixa do turismo no país. De setembro a novembro deste ano, será implementado um seguro desemprego parcial para os trabalhadores da indústria hoteleira a fim de aliviar o impacto da diferença de preços a favor da Argentina, que tem causado um êxodo de turistas uruguaios para o país vizinho. A informação é da AFP.

Em coletiva de imprensa, os ministros do Trabalho, Pablo Mieres, e do Turismo, Tabaré Viera, ressaltaram que a resolução “excepcional” valerá para todo o Uruguai dentro do determinado prazo. É esperado que cerca de mil trabalhadores se beneficiem da mudança.

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“Nestes três meses até o final do ano, há um impacto na atividade, uma vez que o turismo ainda está se recuperando da longa fase da pandemia e há também o problema da competitividade com a Argentina”, explicou Mieres.

Segundo o ministro do Trabalho, os profissionais poderão utilizar “um seguro-desemprego parcial por dias”, uma vez que muitos hotéis funcionam apenas nos fins de semana.

Festuris terá lançamento internacional no dia 31 de agosto: Plaza Independencia, no Uruguai
Plaza Independencia, no Uruguai (Foto: Leonardo Correa)

Além de mitigar o êxodo de turistas, há o objetivo de preservar o emprego, destacou Viera. Essa mesma iniciativa já foi adotada durante a pandemia de coronavírus.

“Estamos cientes de que estamos marcados por uma diferença cambial que torna os preços relativos da Argentina muito atraentes em comparação com os uruguaios e, portanto, muitos uruguaios aproveitam para fazer uma viagem à Argentina“, disse Mieres.

A desvalorização constante do peso argentino levou dezenas de milhares de uruguaios a escolherem a Argentina como destino turístico nos últimos meses.

No Uruguai, de 3,4 milhões de habitantes, mais de 70 mil pessoas viajaram para a Argentina no último final de semana devido às férias de primavera. Em agosto, mais de 100 mil pessoas o fizeram apenas em um final de semana prolongado.

Viera disse que o golpe na indústria do turismo devido à perda de competitividade com a Argentina é sentido em todo o Uruguai, mas admitiu que neste inverno os destinos termais na costa uruguaia foram afetados “particularmente”.

Segundo o último Indicador de Preços Fronteiriços de Turismo (IPFT), elaborado pela Universidade Católica do Uruguai, em julho os preços nas termas de Daymán, no Uruguai, eram 151% mais caros do que nas de Federación, na Argentina.

EDIÇÃO DO DT com informações da AFP.

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