Diretores da Lufthansa fazem uma retrospectiva do difícil ano de 2020

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Uma coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (10) reuniu os diretores da Lufthansa, Tom Maes – diretor Sênior de Vendas para América do Sul; Annette Taeuber – diretora de Vendar Brasil e Cleverton Vighy – diretor Regional para o Brasil da Lufthansa Cargo, ocasião em que fizeram uma retrospectiva do difícil ano de 2020.

por Paulo Atzingen*


Os três executivos apresentaram seus setores dividindo os assuntos por períodos, no caso os 10 meses de pandemia, e por assuntos mais relevantes.

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“Estávamos ainda comemorando o sucesso do voo de São Paulo para Munique, (o voo para a cidade alemão retornou em dezembro de 2019 com três frequências semanais  (veja matéria do DT) , estávamos na crista da onda, com 26 voos semanais para a Europa. Aí veio a pandemia”, assim lembrou Annete Taeuber o impacto nas operações da companhia aérea alemã a partir de março.

Segundo ela, o que é importante também lembrar foi a rapidez da resposta e a ótima flexibilidade da Companhia aérea a se adaptar ao novo momento. “Em março a situação na Europa já era muito diferente comparada a do Brasil. Tivemos que nos adaptar rapidamente; e uma coisa que o alemão sabe fazer muito bem é gerenciamento de crise”, ponderou.

Conta Annette que foram criadas três frentes de trabalho uma para tratar das questões operacionais, outra para as questões de segurança sanitária e uma terceira para olhar para a frente e vislumbrar o quadro pós-pandemia.

Sem interrupções

Mesmo com a avassaladora força da pandemia que obrigou centenas de destinos cerrarem suas portas, a Lufthansa não parou de operar entre o Brasil e a Alemanha, em especial na rota São Paulo – Frankfurt. “Nós garantimos uma ponte aérea entre Brasil e Europa, não só levando pessoas, mas levando equipamentos de saúde. Nos primeiros meses da pandemia mais de 90 mil pessoas trouxemos de volta para seus lares”, afirmou Tom Maes.

“Em maio colocamos mais voos cargueiros no Brasil. Passamos a operar Guarulhos com cinco (voos) cargueiros semanais. Neste mês usávamos os voos de passageiros para cargas”, afirmou Cleverton Vighy. A partir de setembro, a SWISS que havia suspendido seus voos em abril, retorna suas operações e a Lufthansa Cargo aumenta sua frequência com cinco voos semanais de Viracopos à Frankfurt.

“Ainda em setembro, e em meio a toda essa turbulência, o Brasil começou a exportar melão para a China usando as novas aeronaves cargo que foram incorporadas à frota”, completou Cleverton.

Citando o importante papel da IATA – International Air Transport Association – que identificou uma série de medidas para estimular o mercado que apoia a viabilidade das rotas aéreas e do próprio governo alemão que tem estimulado e financiado as empresas para superarem a crise, Annette lembrou que o mundo caminha para protocolos mais padronizados e que isso estimulará o fluxo de viagens aéreas.

Oferta em janeiro

Atualmente com 12 voos semanais, a Lufthansa chegará em janeiro, segundo os executivos, com quase 50% do que oferecia antes da pandemia. Atualmente sua taxa de ocupação gira em torno de 60%.

“A partir desse mês de dezembro passamos a atender o mercado brasileiro com 12 frequências semanais – sete da Lufthansa e cinco da Swiss – conectando destinos como Frankfurt, e Zurique. Apesar de termos tristes números resultantes da Covid, estamos olhando para 2021 de forma muito animadora. A vacina está aí. O Reino Unido já começou, a Alemanha começa na semana que vem”, adiantou Annette.

Uma outra notícia esperançosa é que a Lufthansa Cargo se prepara para o transporte mundial de vacinas, além do anúncio de dois voos extras de SWISS na rota São Paulo-Zurique que serão operados entre dezembro e meados de janeiro.

Em 2019 nas Américas a Lufthansa transportou 952 mil passageiros com uma taxa de ocupação de 85,5%.

A Iata alertou em novembro que as companhias aéreas mundiais enfrentam prejuízos conjuntos de US$ 118,5 bilhões neste ano, maiores que os US$ 84,3 bilhões previstos em junho, além da perda de US$ 39 bilhões prevista para o ano que vem. Os números de passageiros deverão cair 60% em relação ao ano passado, para 1,3 bilhão.

 

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