OCDE aponta recuperação, mas riscos persistirão em 2021

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Pela primeira vez desde o início da pandemia, as perspectivas são melhores para a economia global com vacinas à vista e a manutenção de fortes medidas de apoio pelos governos, mas persistem incertezas e riscos, disse ontem a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Valor Econômico


Em relatório, a OCDE vê um cenário global ainda relativamente complexo para 2021, com alto risco de novos surtos do vírus, que vão exigir, em alguns casos, novas medidas de distanciamento social localizadas. A vacina só virá ao longo de 2021 para a maioria das pessoas, e a gestão da pandemia ainda irá impor limites à economia.

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A atividade econômica seguirá com menos interações e fronteiras parcialmente fechadas por mais alguns trimestres. Alguns setores recuperarão força, outros ficarão paralisados. Por exemplo, o setor turismo, com muitos empregos, inclusive de baixa qualificação, vai demorar para se recuperar.

Nesse contexto, o relatório sobre as perspectivas globais reduziu as estimativas anteriores de setembro, em meio à constatação de que novos surtos e restrições estão impedindo a recuperação. Após uma forte contração neste ano, a OCDE estima que o PIB global crescerá 4,2% em 2021, abaixo dos 5% estimados em setembro.

O crescimento dos EUA no ano que vem, antes estimado em 4%, caiu para 3,2%, Na zona do euro, a taxa anterior de 5,1% diminui agora para 3,6%.

Mas há sinais de esperança. No caso de a contenção de novos surtos e uma ampla vacinação até o fim de 2021 reforçar a confiança, uma recuperação gradual da economia global deve ocorrer nos próximos dois anos.

“Ainda estamos no meio da pior crise, não saímos da zona de risco, mas há agora esperança”, afirmou a economista-chefe, Laurence Boone. “O desafio agora é como sair dessa crise rapidamente e com o mínimo de dano possível.”

A expectativa é que os excepcionais programas fiscais de ajuda ao longo de 2020 darão bons resultados. A recuperação poderá ser mais fortes e mais rápida à medida que mais atividades reabrirem, reduzindo a perda de renda.

A OCDE alerta que a recuperação será desigual entre os países, potencialmente levando a mudanças duradouras na economia mundial. Os países e regiões que têm mais testes, rastreabilidade e sistemas de isolamento, onde a vacinação for feita rapidamente, provavelmente se sairão melhor, favorecendo investimentos e consumo.

A China, que começou a recuperação mais cedo, deve crescer 8%, respondendo por mais de um terço do crescimento econômico global em 2021. As economias da OCDE só se recuperarão parcialmente da profunda recessão deste ano. A contribuição da Europa e da América do Norte para a o crescimento global continuará menor do que seu peso na economia mundial.

A China, que começou a recuperação mais cedo, deve crescer 8%, respondendo por mais de um terço do crescimento econômico global em 2021. As economias da OCDE só se recuperarão parcialmente da profunda recessão deste ano. A contribuição da Europa e da América do Norte para a o crescimento global continuará menor do que seu peso na economia mundial.

 

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