Entidade da aviação pede que governos reavaliem riscos do espaço aéreo

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Os governos deveriam assumir a liderança na revisão de como é feita a avaliação de risco do espaço aéreo, disse nesta terça-feira o dirigente da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), depois que companhias aéreas pediram uma reunião de cúpula por conta da derrubada de um avião de passageiros que voava sobre a Ucrânia.

A questão de voos sobre zonas de conflito entrou em foco após o voo MH17 da Malaysia Airlines ter sido derrubado sobre território controlado pelos rebeldes no leste da Ucrânia na quinta-feira passada. As companhias aéreas Emirates e Lufhtansa pediram uma cúpula internacional para discutir como o setor avalia os riscos.

"Nenhum esforço deve ser poupado para garantir que esse ultraje não se repita", disse o diretor-geral da Iata, Tony Tyler, em comunicado nesta terça-feira. A Iata, com sede em Genebra, representa cerca de 200 companhias aéreas mundiais.

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"Os governos precisam assumir a liderança na revisão sobre como é feita a avaliação dos riscos do espaço aéreo", ele disse, acrescentando que o setor vai apoiar os governos, por intermédio da Organização Internacional de Aviação Civil (Icao, na sigla em inglês), referindo-se ao braço de segurança aérea da ONU.

A Iata afirmou que cabe aos governos e às autoridades de controle de tráfego aéreo fornecerem informações sobre rotas e restrições, ressaltando que o MH17 estava usando uma rota que estava aberta.

"O avião da Malaysia Airlines era um jato comercial claramente identificado", disse Tyler. "E ele foi derrubado –em total violação das leis internacionais, normas e convenções– enquanto transmitia a sua identidade e presença em um corredor aéreo aberto e movimentado, a uma altitude considerada segura."

Embora as companhias aéreas voem regularmente sobre zonas de conflito como o Iraque e o Afeganistão, e o céu da Ucrânia seja uma importante rota da aviação entre Europa e Ásia, a derrubada chocou o setor e desencadeou pedidos de reconsideração sobre a avaliação das ameaças para aviões de passageiros voando a milhares de metros de altitude.

A Malaysia Airlines redirecionou um voo para o espaço aéreo da Síria no domingo, após seu caminho habitual sobre a Ucrânia ter sido fechado, o que reflete os desafios que companhias aéreas enfrentam em encontrar rotas livres de conflitos entre a Ásia e a Europa.

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