Pandemia e empatia: o que podemos aprender com o coronavírus, segundo especialistas

Continua depois da publicidade

Desde que o coronavírus se espalhou vertiginosamente e a OMS (Organização Mundial da Saúde) decretou uma pandemia, o mundo virou um caos. A sensação de fragilidade, vulnerabilidade e impotência tomou conta das pessoas. De todas as idades, culturas, raças e religiões. As diferenças ficaram de lado. Hoje, somos um só. Aí que entra a empatia.

por REDAÇÃO com agências 


“Como usar essa adversidade global que o coronavírus representa como uma curva de aprendizado para praticar o amor e a equanimidade? Quando nos preocupamos com os outros, geralmente, temos a tendência de pensar nas pessoas dentro do nosso núcleo: nós mesmos, nossa família e nossos amigos. O momento atual nos traz a oportunidade de expandir nossa mente, exercitar o altruísmo e se preocupar pelo bem de todos os seres. Quem quer que seja e onde quer que esteja”, defende Vivian Wolff, coach especialista em desenvolvimento humano e mindfulness pelo Integrated Coaching Institute (ICI) e formada em Mindfulness pela Georgetown University Institute for Transformational Leadership, Washington DC.

Veja também as mais lidas do DT

“Empatia consiste na habilidade de perceber o outro, muitas vezes sem que ele precise dizer algo acerca de sua situação emocional ou afetiva. A empatia significa ‘colocar-se no lugar do outro’, sentir suas emoções. Neste momento difícil, precisamos demonstrar interesse genuíno e ativo diante das preocupações, especialmente dos idosos e dos portadores de doenças que estão no grupo de risco do coronavírus”, explica Elaine Di Sarno, psicóloga com especialização em Avaliação Psicológica e Neuropsicológica, e Terapia Cognitivo Comportamental, ambas pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas – FMUSP.

De acordo com Vivian, precisamos primeiro trabalhar a aceitação dos fatos. “Devemos avaliar a qualidade dos pensamentos que escolhemos cultivar. Lidamos com o momento difícil cultivando pensamentos de medo que nos enfraquecem ou pensamentos que nos fortalecem? Em meio a uma crise global, ser capaz de avaliar o alcance de uma adversidade e ter recursos internos para lidar com ela da melhor maneira possível é muito valioso. Pessoas resilientes fogem de reclamação e justificativas e passam para o gerenciamento das emoções e solução de problemas”, diz Vivian Wolff.

Segundo as especialistas, depois que você consegue entender e aceitar a situação atual, já tem total capacidade de ter empatia e enxergar o próximo. “Talvez você não esteja no grupo de risco do coronavírus, mas já olhou a sua volta? Tem vizinhos idosos ou com doenças pulmonares, diabetes ou hipertensão arterial? Essas são as pessoas que precisam de maiores cuidados, que necessitam de proteção. Portanto, pratique a empatia, a solidariedade. Ofereça ajuda. Se for preciso, faça o supermercado para sua vizinha de 70 anos e evite que ela se exponha ao risco”, aconselha Elaine Di Sarno.

“Essa pandemia que estamos vivenciando nos leva a questionar como e por quem serei cuidadoso. Qual pensamento vai me guiar diante da situação atual? O que posso fazer para que minha comunidade fique em segurança? Reflita e dê o seu melhor como ser humano”, finaliza Vivian Wolff.

Publicidade

2 COMENTÁRIOS

  1. O interessante sobre os comentários destas especialistas é que em nenhum momento a definição de empatia é empregada de fato para o setor turístico (desde enormes redes hoteleiras, fretamento de ônibus até o vendedor ambulante de água na beira da praia). A empatia simplesmente acaba quando questionada a questão financeira.
    Teste sua empatia: Se, por exemplo, você acha um absurdo seu vizinho viajar para a praia no feriado, pense que ele pode estar contribuindo com o pão de cada dia para a família do vendedor ambulante na praia, ou então dando um alívio para empresas do interior que fretam ônibus e estão desde março de 2020 sem faturamento e, devido a isso, vários motoristas, funcionários, TRABALHADORES e PAIS DE FAMÍLIA desempregados!
    Próxima vês que você questionar a empatia de alguém que for viajar, tenha você empatia, experimente ficar 6, 10, 12 meses sem receber salário e com diversas contas para pagar, só assim você realmente terá empatia (se colocará no lugar do próximo)!

    • Eu não acho que “ficar 6, 10, 12 meses sem receber salário e tendo diversas contas para pagar” é a única forma de ter empatia. Só de ler o texto que você escreveu eu já entendi e concordei com alguns pontos assim como discordei de outros. A grande verdade é que o todo humano precisa saber que ele não sabe de nada, porque sempre pode vir uma situação diferente ou uma informação nova e a percepção da pessoa sobre a situação pode mudar (assim como a minha percepção mudou com a sua colocação). Entender que nós não sabemos tudo, afinal não somos Deus, é o que pode colaborar com a empatia, não “ficar 6, 10, 12 meses sem receber salário e tendo diversas contas para pagar”.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Recentes

Publicidade

Mais do DT

Publicidade