A vida é feita de escolhas – artigo

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Existem escolhas fáceis e difíceis. Outras aparentam ser. Aquelas que decorrem da disseminação do Covid-19 são dramáticas. Impõem superar limites desconhecidos; pois colocam em cheque o valor da vida dos seres humanos e, em nome deles, de valores reinantes.

por Luiz Henrique Miranda*


A perspectiva ética não deixa margem à dúvida. A vida saudável deve ser preservada sempre e a qualquer custo. A perspectiva econômica, paradoxalmente, aponta para o declínio do padrão social, sem distinções. O temor ocupa corações e mentes.

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A disrupção digital eleva ainda mais as incertezas. Tanto governantes como governados conflitam entre preservar e compartilhar escolhas globais. Solidariedade humanitária versus isolamento social compulsório, em meio ao dramático clima de temor pelo amanhã implacável.

No curto prazo, a insuficiência de recursos públicos para o êxito do serviço de assistência social, médico e hospitalar, para fazer frente à demanda iminente por leitos de UTI. Ao mesmo tempo, estamos diante de previsível recessão econômica, que ameaça restringir a abrangência da oferta.

O embate antecipa dúvidas: qual ou quais são as fontes e prioridades para a realização dos investimentos que são e serão considerados necessários?

O embate antecipa dúvidas: qual ou quais são as fontes e prioridades para a realização dos investimentos que são e serão considerados necessários? A sabedoria popular nos lembra que “onde falta pão, todo mundo briga e ninguém tem razão”. Com quais critérios definir as prioridades?

A falta de unidade ética e moral pode ser suprida com a supremacia da Ciência? Interesses privados e consolidados por força da geopolítica podem ser revistos e alterados em tempo hábil? Quem é capaz de influenciar as decisões de impacto planetário? A quem devemos confiar as escolhas? Prevalecerá “Cada um por si e Deus por todos? ”, “Manda quem pode, obedece quem tem juízo?” ou será edificado novo marco regulatório à organização das nações unidas?

Em havendo vontade política, nova ordem pode emergir do bom-senso coletivo? Bilhões e bilhões acumulados em favor da segurança nacional; para a defesa de princípios ideológicos e privilégios, podem ser redirecionados para o bem-estar da humanidade?

Com a quebra de patentes e o advento da cooperação global temos diante de nós a oportunidade de prosperar

Com a quebra de patentes e o advento da cooperação global temos diante de nós a oportunidade de prosperar sem fazer distinção de raça, nacionalidade, credo, gênero e poder de compra.

Sejam quem forem, situação e oposição, os governantes e os governados podem estar irmanados e atendidos a partir do potencial produtivo ofertado pelo avanço constante do conhecimento científico, impulsionado pela inteligência artificial; nanotecnologia; internet das coisas; automação industrial, entre outros recursos aplicados à busca de soluções globais.

Tudo depende das nossas escolhas.



LUIZ HENRIQUE – INDÚSTRIA CRIATIVA E SUSTENTABILIDADE

Luiz Henrique Nascimento de Arruda e Miranda cursou Ciências Sociais, pela PUC-SP e Comunicação Social, pela Anhembi-Morumbi. Participou de seminários internacionais conduzidos por John Kenneth Galbraith; Peter Drucker, Stan Rapp, Al Ries, Igor Ansoff, Theodore Levitt, Philip Kotler, Tom Peters, entre outros expoentes das áreas de Administração e Marketing. Diretor Geral da Agência Amigo – Comunicação e gestor do Press Club, pioneiro sistema digital de relacionamento jornalístico. Atua como consultor jornalista em defesa da indústria criativa como vetor de transformação e desenvolvimento sustentável.

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