Claudio Souza, diretor da Vento Sul Turismo: “Estamos investindo também em hotelaria”

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CLAUDIO SOUZA é o típico empreendedor que acredita no que faz e quer estar à frente de seus projetos. Começou na Secretaria de Turismo de Canela, trabalhou na Brocker Turismo, passou pela Terra Turismo até que em sociedade com Cândido Borges criou, há oito anos, a Vento Sul Turismo, com sede em Gramado, Rio Grande do Sul. De lá para cá seu negócio têm crescido anualmente em torno de 30% principalmente com o serviço de receptivo. “Esta região é uma terra de oportunidades e ainda tem muito o que crescer”, afirma Cláudio ao DIÁRIO. Acompanhe a entrevista:

DIÁRIO – Cláudio, por que “Vento Sul”?

CLAUDIO SOUZA – Na verdade ficamos muito tempo pensando que nome poderíamos dar ao negócio que tivesse uma ligaão ao Sul. Como temos aqui um vento chamado Minuano, que é um vento que sempre nos causa arrepio, criamos o nome Vento Sul, que nos faz lembrar do Minuano, que pode nos causar essa sensação de saudade desse vento, do nosso inverno, do nosso frio, para ligar com o nosso estado. Sempre que falamos do nome, as pessoas lembram do nosso frio, do nosso clima aqui no Sul.

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DIÁRIO – Falando em Vento Sul,os pacotes e roteiros que você oferece são muito ligados à terra, às raízes rurais. Fale dessa preferência de dar aos seus pacotes essa relação com a cultura e as raízes coloniais?

CLAUDIO SOUZA – Nós gostamos muito do interior principalmente como proposta para descentralizar o turismo. Hoje, você sai do centro da cidade, chega na colônia que nos fascina por termos o contato de onde nós viemos. Então, propor ao turista esses passeios rurais e conseguir mantê-lo no interior e não trazê-lo para a cidade é algo que nos deixa contentes. É muito bom ver os produtores rurais oferecendo seus produtos  para o turista levar embora. Isso nos seduz. Tirar o turista do foco, do centro e levá-lo para o interior para ver como o colono, com muito pouco de terra, consegue ser feliz é muito prazeroso.

DIÁRIO – No ano passado você foi premiado pela Braztoa em ações sustentáveis. Pode falar a respeito disso?

CLAUDIO SOUZA – Sim. No ano passado nós ganhamos o prêmio da Braztoa de Sustentabilidade com esses roteiros criativos, que é desenvolver outras linhas do interior. Hoje já temos alguns como Top Tour Raízes, que já se mantém e estamos desenvolvendo outras localidades do interior. A ideia é ir, pouco a pouco, descentralizando também dos nossos próprios roteiros e criando os novos para que todo o entorno da cidade seja desenvolvido.

DIÁRIO – Você está desenvolvendo atualmente quais roteiros?

CLAUDIO SOUZA – O Tour do Vale, Tour Quatrilho e também os roteiros criativos. Os dois primeiros estamos firmando no mercado para que depois eles consigam se vender sozinhos. Assim que eles estiverem caminhando sozinhos poderemos direcionar o foco para outros roteiros.

Cândido Borges é sócio da Vento Sul
Cândido Borges é sócio da Vento Sul

DIÁRIO – No recente workshop da Schultz  realizado em Gramado vocês receberam quase 700 pessoas. Como a Vento Sul se prepara para receber tanta gente?

CLAUDIO SOUZA – Já temos uma experiência do próprio turismo de eventos que nos traz um público muito grande. Trabalhamos com grupos de 1,5 mil, 2 mil, 3 mil pessoas durante os congressos. Na Copa do Mundo recebemos a torcida da Argélia algo em torno de 1,2 mil pessoas, cuja seleção jogou em Porto Alegre. Já temos experiências com grandes públicos. Temos eventos entre 200 e 500 pessoas, mas também temos alguns de porte, como a jornada internacional de Direito, em junho, com algo em torno de 1,5 mil a 2 mil pessoas; em outubro o Congresso Espírita, que deve trazer em torno de 3 a 4 mil pessoas.

DIÁRIO – Vocês vão começar a trabalhar no segmento de hotéis?

CLAUDIO SOUZA – Vamos. Já temos uma pousada com 18 chalés e mais um hotel que vamos inaugurar no dia 1º [de abril] para a Páscoa com 30 apartamentos, no centro da cidade. Um hotel que reformamos todo, está com a nossa cara de atendimento também, e devemos iniciar a construção de um hotel com 74 apartamentos no centro de Gramado, no final deste ano. Já estamos com o projeto aprovado e tudo encaminhado, só estamos fazendo alguns ajustes com o fundo de investimentos.

DIÁRIO – Qual é a previsão de abertura desse hotel?

CLAUDIO SOUZA – O primeiro agora, o maior  (de 74 apartamentos) ainda não temos uma previsão exata, mas a partir do início da obra a ideia é terminá-lo em 24 meses.

DIÁRIO – Pode falar sobre os pacotes temáticos relacionados a datas como Páscoa, Carnaval, São João?

CLAUDIO SOUZA – Já há alguns anos a prefeitura de Gramado vem investindo nesses pacotes, mas nós nos orgulhamos de ter acreditado muito no Carnaval de Gramado, e há vários anos conseguimos ter no Carnaval um grande feriado e conseguimos vender muito bem. Com a Páscoa em Gramado, temos a festa da Colônia, acreditamos muito nesse produto há vários anos, cada vez com resultados melhores.

Por três anos fizemos o São João em Gramado ou em Canela. Para o nosso passageiro vendemos um pacote específico que teve um ótimo resultado. Investiremos novamente nisso e também no Festival de Gastronomia, em outubro, que deve ser mais um grande evento de Gramado.

 

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