Curaçao surpreende por suas centenas de praias em diversos tons de azul
Regiane von Atzingen (enviada especial para Curaçao)
Feche os olhos por um instante e imagine uma praia com água cristalina e azul. Mas não é um azul qualquer. É um azul turquesa que enche os olhos e te convida a um banho em um mar com águas calmas e temperatura agradável. Azul também é o céu que contrasta com o branco das nuvens e da areia da praia. Pra completar o cenário, imagine também algumas rochas e uma brisa levinha que te faz abrir os olhos e ver que isso tudo existe. É quase um sonho em azul turquesa, mas este lugar existe e fica em Curação, um paraíso no Caribe.
Curaçao surpreende antes mesmo de chegar. Ainda do avião, é possível ver suas praias em diversos tons de azul. São cerca de 40 praias. Uma mais linda que a outra. Tão lindas que até é difícil escolher a mais bonita. Tem praia para a balada, como a Jan Thiel, onde fica o disputado Zanzi Bar, e também a quase deserta Jeremi. Tem praia para nadar com as tartarugas, como a Piskadó, e as com boas estruturas com restaurantes e banheiros, como Porto Mari, Cas Abao e Karakter. Mas é Klein Curaçao, uma pequena ilha deserta a duas horas de Curaçao, que vai fazer você perder o fôlego de tanto azul.
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Se isso tudo não bastasse, Curação tem mais uma lista de vantagens que vai fazer você começar a se programar agora para as próximas ferias. Veja quais:
Sem furacões
A primeira delas é sua localização privilegiada. Mesmo estando no mar do Caribe, Curaçao está fora da rota dos furacões que vez por outra arrasam outros paraísos da região, como Cancún (México), Punta Cana (República Dominicana) e St. Maarten. Sem esta preocupação, é possível programar a viagem para qualquer época do ano. Do aeroporto de Bogotá até a capital Willemstad gasta-se apenas duas horas de voo.
E os dias de sol e calor são frequentes por lá. A média de temperatura é de 27ºC durante quase todo o ano, com brisa suave e refrescante. O período de chuvas é entre outubro e fevereiro. Mas fique tranquilo, nada que vá estragar o seu passeio. São nuvens passageiras que vêm mesmo para refrescar o calor.
Idioma
Se você fala apenas o português, fique tranquilo. Mesmo quem não tem um segundo idioma consegue se virar bem sozinho na ilha. O idioma oficial em Curaçao é o holandês, mas entre eles falam apenas em papiamentu, uma mistura de sete outras línguas, inclusive o português, o que já ajuda na comunicação.
Na escola, os curaçalenhos ainda aprendem inglês e espanhol. Ou seja, é só falarem um pouquinho mais devagar que todo mundo se entende. Mesmo não sabendo nenhum idioma, você poderá surpreender os curaçalenhos com algumas palavras em papiamento. A pronúncia é como se lê:
Bón dia – Bom dia
Bón tardi – Boa tarde
Bón nochi – Boa noite
Danki – Obrigada
Dushi – Usada em várias circunstâncias. Para pessoa, pode ser “querida”; para comida, é “delícia”. Ou seja, tudo que é bom em Curaçao é “dushi”. A palavra é tão usada por lá que há até um letreiro gigante no centro da cidade.
Comida boa
Se o azul turquesa enche os olhos de quem vai às praias de Curaçao, os pratos bem preparados enchem o estômago dos turistas. São várias as opções de restaurantes que servem tanto a culinária contemporânea, com muitos peixes e frutos do mar, como também os pratos típicos da ilha.
Quando for à ilha, não deixe de provar o Keshi Yena, uma espécie de lasanha onde se troca a massa por queijo. A história é semelhante à da nossa feijoada. Os antigos escravos pegavam as sobras de queijo, deixadas pelos senhores holandeses, e misturavam ao que tinham em casa: pedaços de frango, cebola em conserva, azeitonas e ameixas secas. A mistura é incrivelmente boa!
Apesar de ser uma ilha, onde peixes são muito comuns à mesa, os curaçalenhos também apreciam um bom churrasco. E os turistas também. De excelente qualidade, as carnes são importadas do Uruguai e até do Brasil e são servidas até em alguns passeios, como em um dos barcos que leva à Klein Curaçao. Ou seja, você vai comer bem em Curaçao, com preços e pratos para todos os bolsos e gostos.
História e cultura
Curaçao foi descoberta em 1499 pelos espanhóis. Depois vieram os franceses, mas foram os holandeses que dominaram a ilha e fizeram de seu porto um centro de tráfico de escravos vindo da África para outras regiões da América. Um pouco dessa história do comércio de escravos está guardada no Kura Hulanda Museum, aberto à visitação. A escravidão foi abolida em meados de 1863, e até hoje é possível ver casas que eles moravam quando conquistaram a liberdade. Atualmente, Curaçao é um país independente, mas ainda pertence ao reino de Holanda. A herança arquitetônica dos holandeses é outro atrativo na ilha. Na capital Willemstad, a visita ao conjunto de prédios coloridos é parada obrigatória.
E passado o domínio dos europeus sobre os africanos, homens e mulheres de diversas partes do mundo fizeram de Curaçao o seu lar. Atualmente, vivem na ilha pessoas de mais de 50 nacionalidades, como árabes, judeus, alemães, holandeses, japoneses e, adivinhem, brasileiros. Não somos maioria por lá, mas quando o assunto é futebol, os curaçalenhos se vestem de verde-amarelo e torcem para o Brasil com entusiasmo.
Confira o álbum: (clique para ampliar)
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*A jornalista Regiane Atzingen viajou a convite do Curaçao Tourist Board (CTB) e com seguro GTA
