DIÁRIO acompanha soltura de tartaruguinhas promovida pelo projeto Tamar e Costa do Sauípe

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A soltura dos animais agitou o dia das crianças do complexo e emocionou os hóspedes

Por Hugo Okada*

Mata de São João (BA) – O resort Costa do Sauípe e o Projeto Tamar, realizaram nesta segunda-feira (21), a soltura de centenas de filhotes de tartaruga marinha na praia, reunindo ali outras centenas de hóspedes e crianças que ficaram maravilhadas com a caminhada dos filhotes em busca da sobrevivência no mar.

Flávio Monteiro, gerente de Operações do complexo, acompanhou todo o processo. “Estou sempre envolvido na soltura das tartarugas na praia. Gosto de aprender mais sobre o ecossistema e acho importante que os nossos associados (como são chamados os colaboradores do resort) e hóspedes também estejam sempre envolvidos em atividades como esta. Assim, todos desenvolvem uma consciência ambiental e aprendem sobre a importância da natureza, um dos pontos altos da Costa do Sauípe”, disse o gerente.

Todo o processo de soltura das tartarugas é planejado por biólogos do Projeto Tamar, que mantém um escritório nas dependências da Costa do Sauípe. Eles explicam para o público presente que atualmente, existem sete espécies de tartarugas no mundo, sendo que dessas, cinco desovam em praias do País e quatro costumam usar a parte da praia que integra o resort para a desova. “A Costa do Sauípe é uma área muito importante para a sobrevivência dos animais. De setembro a março, as fêmeas saem do mar durante a noite, cavam a areia e botam seus ovos ali. Cada tartaruga repete esse processo cinco ou sete vezes durante essa temporada. O filhote que vai ao mar hoje só retorna daqui a trinta anos para a primeira desova na areia”, explicam.

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A tartaruguinha em busca do mar (Foto: Hugo Okada)

Marcação

Como pesam cerca de cem quilos cada, as tartarugas deixam marcas na areia que são identificadas pelos biólogos, que marcam a região com um tubo branco de PVC com numeração e logomarca do Projeto Tamar. Os ovos ficam na areia de 30 a 45 dias antes de chocarem. Os biólogos fazem a contagem dos ovos, identificam as espécies e auxiliam a caminhada dos filhotes para o mar. De mil filhotes, cerca de um a dois alcançam a fase adulta. O número é preocupante e a razão ainda mais. As tartarugas acabam deglutindo pedaços de plástico e outros resíduos que não são digeridos, causando inanição e morte.

A Costa do Sauípe é parceira do Projeto Tamar e a soltura dos filhotes é hoje um dos grandes destaques entre os hóspedes, principalmente crianças, que podem observar as tartaruguinhas e, dependendo da situação, até segurá-los na mão antes que ganhem os mares.

*A reportagem do DIÁRIO viajou à Mata de São João, na Bahia, a convite da Aviva, empresa que administra a Costa do Sauípe.

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