Ítalo Gould, Project Manager da American Airlines em Dallas, fala ao DIÁRIO

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Ítalo, que trabalha na American Airlines há quase 5 anos, é brasileiro e falou com exclusividade ao DIÁRIO sobre dois sistemas que implementou em um dos terminais do Aeroporto Internacional de Dallas/ Fort Worth e que reduziram 91% do extravio de bagagens.

Por Caroline Figueiredo – Repórter do DIÁRIO 


Na tarde da última terça-feira (19), o DIÁRIO entrevistou por telefone Ítalo Gould, Project Manager da American Airlines em Dallas, no Texas. Ítalo é brasileiro, mas se mudou para os Estados Unidos e trabalha há quase 5 anos no Aeroporto Internacional de Dallas/ Fort Worth, que é a hub central da companhia aérea dos Estados Unidos.


Com base nos dados divulgados pela SITA, empresa especializada em tecnologia para a indústria de transporte aéreo, de que, em média, 25 milhões de bagagens são perdidas por ano em todo o mundo em viagens de avião, o DIÁRIO perguntou à Ítalo qual é a situação atual da American Airlines quanto ao extravio de malas.

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Ítalo respondeu que trabalhou por 1 ano no terminal D do Aeroporto Internacional de Dallas/ Fort Worth. Esse é um dos terminais onde ocorrem as operações da American Airlines, apenas para voos domésticos, e o número de malas extraviadas por dia era alto, 200 a 300 malas durante um período de 24 horas.

Ítalo criou dois métodos para diminuir este número: “Criei dois sistemas para que as pessoas que coletam as malas, levassem as bagagens para os gates (portões), fazendo com que enviassem as malas no tempo hábil diretamente para os gates (portões)”, explicou.

Dois sistemas revolucionários

O DIÁRIO questionou à Ítalo quais foram os dois sistemas criados para diminuir o número de bagagens extraviadas na companhia aérea. 

“O primeiro foi o Sortes, que consiste em fazer uma triagem das malas por tempo de conexão (curto x longo), colocando as malas com tempo de conexão curto antes das malas com tempo de conexão longo”, explicou.

“O outro sistema que implementei foi o Hot Bags Runners, que são entregadores de malas para voos de conexões rápidas de 30 minutos. Os entregadores levam estas malas direto para os gates (portões) ”, informou.

E Ítalo complementou: “Esses sistemas fizeram com que o número de malas extraviadas por dia passasse para 4 ou 5, o que representa uma redução de 91%”, afirmou.

Ítalo conta que os dois sistemas foram implementados em agosto de 2020, quando ele era gerente do terminal D, e continuam em funcionamento até hoje. Para a implantação dos sistemas, foi preciso uma equipe de oito pessoas por turno, durante o dia e a noite, dedicada inteiramente para estes serviços. Assim, houve uma grande diminuição do número de malas extraviadas no terminal D e consequentemente, a redução de custos da companhia aérea.

Presença de brasileiros em voos da companhia depois da retomada das viagens


O DIÁRIO também perguntou à Ítalo Gould sobre a frequência de brasileiros em voos da American Airlines e qual é a situação depois da retomada das viagens: “Temos seis voos diários, saindo do Brasil cidades dos Estados Unidos. São eles: 1 voo São Paulo – Dallas, 2 voos São Paulo – Miami, 1 voo São Paulo – Nova York e ainda 2 voos Rio de Janeiro – Miami”, aponta. “Os voos estão lotados. Os brasileiros que tomaram a vacina não precisam mais apresentar o teste PCR negativo”, explicou.

Ítalo Gould deu algumas orientações sobre o que os passageiros podem fazer para evitarem o extravio de suas malas, como preencher corretamente a tag ou etiqueta que acompanha cada mala, o que ajuda a localizar mais rapidamente o dono da bagagem. / Créditos: Imagem de Joshua Woroniecki por Pixabay.

Como os passageiros podem colaborar para o não extravio ou perda das malas e qual é o suporte da American Airlines caso isso aconteça

Por fim, Ítalo adiantou como os passageiros podem colaborar para que as malas não extraviem e o que fazer quando isso acontece: “Ao entregar a mala, existe uma tag ou etiqueta para colocar os dados pessoais e um número do contato do passageiro. É um serviço gratuito da companhia e com isso, localiza-se o passageiro bem mais rápido”, respondeu.

“No caso do extravio da mala, a entrega da mala é paga pela American Airlines, com o valor de 60 dólares por mala, e a devolução é feita onde o passageiro solicitar, seja em sua casa, no hotel, ou ainda retornar a mala para a cidade de origem, caso o passageiro deseje”, informou.

E se a mala não for recuperada? “Se a mala não for recuperada ou foi danificada, a companhia faz o reembolso para o cliente, e este reembolso pode chegar até 13 mil dólares. Para ser reembolsado, o passageiro preenche uma declaração do que estava dentro da mala e é preciso comprovar os itens declarados”, esclareceu o Project Manager.

Ítalo ainda disse que, caso o passageiro viaje para participar de um campeonato de ski, por exemplo, e na mala extraviada estiver o seu equipamento de ski, a American Airlines aluga os equipamentos para que o passageiro não perca a oportunidade: “O mesmo vale para o extravio de cadeira de rodas, carrinho de bebê, ou mesmo para quem vai à um casamento e a perdeu a mala que estava com sua roupa. O cliente faz o aluguel de uma nova roupa de festa, apresenta a nota e a companhia faz o reembolso. ”, finaliza.

 

Para saber mais sobre a American Airlines, acesse o site da companhia aérea.

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