Jogo da Memória*

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Será que estão faltando assuntos sobre o Turismo brasileiro a ponto de um renomado veículo precisar requentar o tema do outro?

Por Alberto G. Martins*

Há alguns dias recebi uma mensagem, em um dos grupos de WhatsApp que participo, que falava sobre os motivos do porquê o Brasil não consegue ampliar o número de turistas que recebe anualmente. Publicada no site da revista Exame, no dia 03/11/2017 e que pode ser lida aqui, a reportagem tenta justificar o injustificável. Pior que isso, traz uma notícia já publicada no dia 04/06/2016, mais de um ano atrás, no site da revista Superinteressante, ambas da mesma editora, e também publicada em 01/11/2017, na mesma Super.

 

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Será que estão faltando assuntos sobre o Turismo brasileiro a ponto de um renomado veículo precisar requentar o tema do outro? Será que estamos passivos ao que anda acontecendo em nossa indústria e fingimos que esquecemos que já sabíamos disso? Ou será que somos um país sem memória e que só absorvemos informações instantâneas, a ponto de esquecê-las já no próximo alerta de mensagem do grupo?

Requentar uma notícia, plagiar um artigo sem citar a fonte, escrever um press release com dados desencontrados e não sustentáveis, em hipótese alguma podem ser a diretriz de uma empresa séria

Na comunicação corporativa não se deve nunca subestimar a memória dos receptores da mensagem, sejam clientes, investidores ou jornalistas. A internet e seus buscadores nos ajudam, de maneira rápida e gratuita, a pesquisar sobre qualquer coisa em qualquer idioma. Requentar uma notícia, plagiar um artigo sem citar a fonte, escrever um press release com dados desencontrados e não sustentáveis, em hipótese alguma podem ser a diretriz de uma empresa séria, seja ela pública ou privada. Se não tiver nada para falar sobre sua empresa esse mês, não divulgue notícias velhas. Lembre-se que qualidade é sempre melhor que quantidade e que uma grande e valiosa matéria se constrói ao longo da história, e não apenas com seu prefácio.

 

Em tempos de delações, revelações e, acima de tudo, de busca pela verdade, pelo diferente, ser direto e transparente é sempre a melhor maneira de garantir que seu castelo de cartas não desmorone. E construir relações sólidas e pautadas em fatos e dados é o melhor a fazer para sua imagem não ir pro “Spacey”.

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*Alberto G. Martins é diretor da B4Tcomm, agência de comunicação especialista nos mercados de turismo e lifestyle, associada à Travel Lifestyle Network. Relações Públicas de formação, iniciou sua carreira na hotelaria há 25 anos e especializou-se em comunicação empresarial, assessoria de imprensa e relacionamento com influenciadores digitais. 

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