Movimento São Paulo Verde – por Daniel Schnaider*

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Leia o artigo de Daniel Schnaider, CEO da Platform Capital, sobre o Movimento São Paulo Verde e a importância da participação das pessoas na arborização urbana

Movimento São Paulo Verde*

*Por Daniel Schnaider

A cidade de São Paulo é uma metrópole vibrante, pulsante e com atividades habitadas por milhões de pessoas. No entanto, enfrenta um desafio colossal: a poluição do ar. A OMS (Organização Mundial da Saúde) estabelece que a poluição atmosférica é uma das principais ameaças à saúde global, contribuindo para doenças cardiovasculares, respiratórias e até para o câncer.

Com mais de 7 milhões de veículos circulando na cidade, a poluição do ar em São Paulo é uma preocupação séria. De acordo com o PROCONVE (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores), cada carro emite, em torno de 1,5kg a 3kg de CO2 por litro de combustível consumido (valor que muda substancialmente dependendo do tipo de combustível). Com uma frota de carros e caminhões em constante crescimento, a necessidade de encontrar soluções sustentáveis é urgente.

Paralelamente, o crescimento urbano desenfreado resultou na remoção de uma quantidade inestimável de árvores. As árvores desempenham um papel fundamental na purificação do ar, sendo cada uma capaz de absorver em média 22 kg de CO2 por ano (dados do United States Department of Agriculture (USDA) – Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, 2021). No entanto, a implacável expansão da cidade colocou essa vegetação vital em xeque.

Então, qual seria a solução para esta equação complexa? Como podemos contrabalançar a poluição gerada pelos veículos com a capacidade de sequestro de carbono das árvores? A resposta, acredito, está na cidadania, onde cada um deve atuar de forma independente para despoluir proporcionalmente o que gera.

Para compensar as emissões de um único veículo, seria necessário plantar aproximadamente 100-300 árvores (e garantir sua sobrevivência), considerando um carro que percorra 10.000-20.0000 km ao ano e consuma uma média de 10 km por litro (cálculo baseado em dados do PROCONVE e USDA) e que a árvore viva aproximadamente quarenta anos. Com esse número, rapidamente percebemos a enorme defasagem arbórea na cidade.

Se cada motorista de São Paulo plantasse essas árvores, teríamos uma cidade mais verde e saudável. Mas, além disso, é fundamental que os governos e as empresas participem ativamente desta transformação, incentivando a arborização e a educação ambiental, e preparando infraestrutura de limpeza e reciclagem, pois da perspectiva humana, as árvores também sujam (folhas, frutas, etc).

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O desafio é grande, mas não intransponível. A consciência da importância das árvores para a qualidade do ar e, consequentemente, para a nossa saúde, precisa ser amplamente difundida. Paredes de prédios podem virar jardins verticais, como também tetos de prédios baixos e casas. A prefeitura e as prefeituras regionais devem aumentar os espaços para parques, e plantações. Colégios, empresas, faculdades, clubes, a mídia e a sociedade civil, todos devem se unir em volta deste objetivo ou teremos uma deterioração da qualidade do ar.

A cidade de São Paulo tem potencial para se tornar um farol verde em meio à selva de concreto. Através do plantio de árvores, podemos transformar nossa cidade, melhorar nossa saúde e, finalmente, criar um futuro mais sustentável e respirável para nós e as próximas gerações.

E você, paulistano, está pronto para plantar uma árvore hoje?

Movimento São Paulo Verde: Plantar uma árvore pode ajuda a diminuir as emissões de CO2, pois as árvores "sequestram" o carbono
Plantar uma árvore pode ajudar a diminuir as emissões de CO2, pois as árvores “sequestram” o carbono (Foto: Freepik Jcomp)

Artigo em homenagem a Matheus Schnaider, meu filho de 7 anos que está muito preocupado com a falta de árvores e seus impactos.


*Daniel R. Schnaider é jornalista e CEO da Platform Capital, fundo de investimento especializado em Inteligência Artificial e Mobilidade. Aos 14 anos desenvolveu a plataforma de eCommerce utilizada no exterior pelos Correios e pela Pizza Hut, teve passagem pela 8200 – unidade de Inteligência Israelense, IBM e CEO no Brasil de uma multinacional voltada à IoT, Big Data e IA.

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