O Encontro de Dois Príncipes

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Você sabia que há uma história sobre o piloto e autor do livro “O Pequeno Príncipe”, Antoine de Saint-Exupéry com o bisneto de Dom Pedro II, imperador do Brasil e fundador da cidade de Petrópolis?

EDIÇÃO DO DIÁRIO com agências


O príncipe, Dom João de Orléans e Bragança, segundo na linha sucessória do trono imperial brasileiro, conseguiu ter alguma conexão com o poeta-aviador.
A fase de aventuras da vida de Dom João começa quando ele, após grandes esforços, consegue entrar para a aviação naval brasileira e torna-se piloto de primeira linha. Aí o cenário já lembra Saint-Exupéry, com a mistura dos perigos da carreira à reflexão de suas experiências de voo que se tornaram livros e poesias mais tarde.
O príncipe surge como homem do mundo, convivendo com celebridades, lindas mulheres, reis e governantes. Em uma de suas paradas em Nova York,  através de um amigo em comum, o jornalista e também aviador francês Jean Gerard Fleury, o príncipe Dom João é apresentado a Saint-Exupéry, já famoso pelo lançamento de seu livro “Terra dos Homens”.  Além disso, Saint-Exupéry aproveitou a viagem, também foi receber o equipamento Vultess.
Jean Gerard Fleury acabou reapresentando dois grandes homens que também tinham a aviação como paixão e assunto em comum.
Fleury também teve sua relação com o Brasil: viveu no Rio de Janeiro, onde morreu e escreveu um dos livros mais notáveis sobre a aviação, intitulado “A Linha”. E vejam só a coincidência, Saint-Exupéry, quando apresentado ao príncipe, logo o reconheceu como seu companheiro de infância, das aulas de desenho de Madame Papin, em Paris, na Escola de Belas Artes, logo após o término da Primeira Grande Guerra na escola mais conceituada do mundo e tão importante para a evolução artística do aviador, o que pode-se perceber claramente em seus desenhos anos mais tarde, em “O Pequeno Príncipe”.
O encontro de Saint-Exupéry e Dom João, ocorreu em 1920, período em que a família imperial já era exilada com o proclamação da República no Brasil. Dom João foi levado pela Princesa Isabel e o Conde D’Eu para aprender arte na maior escola de artes do mundo. Depois de se reencontrarem por assim dizer, Saint-Exupéry gostou de saber que agora Dom João também tinha relação com a arte e na aviação assim como ele.

Neste encontro, Dom João pôde notar o semblante cansado de Saint-Exupéry, já exausto com a guerra. Tamanha foi a afeição um com o outro, que Saint-Exupéry se queixava amargamente dos absurdos da guerra.

E uma curiosidade, é que quando o príncipe estava em Nova York, era na época, integrante da Aviação Militar Brasileira. Quando retorna ao Brasil, as próprias forças armadas o desaconselharam a voar pelos Aliados durante a Segunda Guerra Mundial (assim como Saint-Exupéry), já que era da Familia Real, e obviamente todos temerem uma perda, como de fato teve, com um dos filhos da Princesa Isabel, depois de sequelas gravíssimas na Primeira Guerra.


Serviço:

Toda a história sobre Antoine de Saint-Exupéry no Brasil pode ser conferida no museu organizado por Wanderley em Itaipava, La Grande Vallée, na mesma propriedade onde os aviadores franceses passavam temporadas. A ideia do espaço é convidar o visitante a uma viagem no tempo, um mergulho imersivo na história do autor de “O Pequeno Príncipe” e outras obras, além de conhecer a rotina dos pilotos e sua técnica de treinamento no Brasil.

 

La Grande Vallée – A Casa em que esteve Saint-Exupéry

Estrada do Ribeirão Grande, 102 – Itaipava – Petrópolis – RJ – CEP 25.740-240

Tel. (24) 2222-1388 – Cel. whatsapp (24) 99354-3179 

Email: zewanderley@gmail.com

www.lagrandevallee.com – Facebook: la grande vallée e o pequeno príncipe

 

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