O governo português vai privatizar 66% da companhia aérea TAP-SGPS, reservando uma fatia de 61% para um ou mais investidores de referência, visando não um reforço financeiro, mas a capitalização da empresa.
O governo português não pode injetar dinheiro público “por imposição de regras comunitárias e porque precisa canalizar seus recursos para outros fins”, afirmou o secretário de Estado para Transportes, Sérgio Monteiro, nesta quinta-feira.
Em entrevista coletiva, Monteiro adiantou que um lote de 5% da companhia ficará reservado para os funcionários da TAP, e que o governo reservou a opção de venda dos 34% restantes, que poderão ser adquiridos pelos investidores de referência dentro de dois anos após a privatização.
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"O Estado espera propostas que preservem o valor estratégico da empresa e reforcem sua contribuição para a competitividade do país", disse, reiterando o objetivo de que o futuro parceiro mantenha o caráter da companhia.
"O Estado não visa um reforço financeiro com a privatização. Pretende garantir que a TAP fique adequadamente capitalizada", disse Monteiro.
Monteiro havia indicado que a eventual privatização da companhia incluiria a unidade de manutenção no Brasil, que vem acumulando prejuízos.
Portugal conseguiu € 9,4 bilhões com privatizações, superando em muito o previsto no programa de resgate do país, iniciado em 2011 e encerrado em maio deste ano.
MVB