Cofres Eletrônicos: Protetores do hóspede ou seu pior pesadelo?

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Desde 2017 vem circulando na internet via mídias sociais vídeos mostrando que os cofres eletrônicos de hotéis não são seguros e podem ser abertos mesmo quando o hóspede tenha registrado uma senha particular. Isso tem deixado muitos  viajantes inseguros: deixar ou não deixar seus pertences nos cofres?

Por André Tanabe (repórter do DIÁRIO)


 
Em discussão esta semana no grupo de Whatsapp do DIÁRIO, uma agente de viagem afirmou que não deixava em hipótese alguma seus pertences em um cofre de hotel, por achá-los inseguros. “Eu jamais deixo meus pertences de valor em cofres de hotel. Coloco-os todos sobre a cama, fotografo todo o quarto e os pertences para ter minhas garantias”, relatou a agente de viagem no grupo.  O jornalista Jean Féder, da revista Now Boarding de Curitiba então apresentou uma matéria recente publicada em seu periódico que desmistifica o medo.
“A Now Boarding ouviu representantes de duas empresas que oferecem cofres à rede hoteleira e ambos são taxativos em afirmar que os cofres dos hotéis são seguros. Marco Manfron, gerente da Regional Sul da dormakaba é enfático e diz que “os cofres que comercializamos são 100% seguros”; já Alexandre Arrais, diretor Comercial da Gold Safe, não doura a pílula: “Esses vídeos são fakes”.
Para o especialista em segurança patrimonial Inbal Blanc uma das coisas que influencia e impacta bastante na questão é a qualidade do produto. “Cofres de uma qualidade inferior podem ocorrer esse “hack” dos seis zeros, enquanto cofres de uma qualidade superior, tal “hack” se torna tecnicamente impossível de ocorrer”, disse .
SEGURANÇA
Para o CEO da Saga System Brasil, Jessé Resende, existem apenas duas formas de se abrir um cofre com uma qualidade superior, uma delas é com a senha que o próprio hóspede colocou no dispositivo, e a outra com um dispositivo que fica em posse dos gerentes gerais dos hotéis. “Os cofres eletrônicos são ferramentas importantes dentro de um quarto de hotel, tanto para a segurança do hospede quanto para a do próprio hotel”, afirma Jessé. “Generalizar todos os hotéis é errado, assim como que nem todos os cofres eletrônicos podem ser abertos com o “hack dos seis zeros”, acentua.
“Os cofres eletrônicos devem ser comprados levando em consideração características de qualidade e características técnicas tais como, é resistente, espaço que caiba um laptop, longevidade de pilha, sem senha mestra, auditoria, relógio de tempo real, registro de abertura e fechamento, implantação hoteleira”, disse o CEO.
PRECAUÇÃO
O diretor do Bourbon Atibaia, José Ozanir também defende a importância de um cofre de boa procedência.
“A proteção é exatamente o cofre. Se você tiver problemas e não ficar caracterizado que o apartamento e/ou o cofre foram arrombados, provavelmente não será indenizado. A partir do momento que locou o apartamento, o mesmo vira local privado. E os Cofres Eletrônicos não abrem sem a Senha do usuário ou a Senha Master, de posse da gerência do Estabelecimento” afirmou o diretor.
SÍNTESE
Em síntese, os cofres ainda são a melhor forma de proteção para os pertences que o hóspede vai deixar no quarto. É melhor utilizá-los do que deixar um item valioso como um laptop dentro da mala, por exemplo. Caso o hóspede ainda esteja inseguro a respeito do equipamento é recomendado que ele faça o “teste dos zeros” para checar se o dispositivo tem problema. Em caso positivo, chamar a gerência do hotel e exigir que seus pertences sejam guardados no cofre do estabelecimento.  Não esquecer de discriminar o que está sendo colocado no cofre e pegar a assinatura do gerente. Tomar cuidado nunca é demais.

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