Esse momento histórico foi importantíssimo para a história da aviação. A bordo do hidroavião Laté 28-3,o aviador francês, acompanhado pelo navegador Jean Dabry e pelo técnico de rádio Léopold Gimié, percorreu quase 3.500 quilômetros que separam Saint-Louis (Senegal) de Natal no Brasil, com 130 quilos de correspondência a bordo, em quase 24 horas de viagem. Mermoz foi responsável por estabelecer linhas aéreas regulares entre França, Espanha, Marrocos e Senegal, que ele sonhava em estender para a América do Sul.
Em 1930, Mermoz, conhecido também como “O Arcanjo” já havia realizado várias façanhas na Aéropostale, como os primeiros voos noturnos entre o Rio de Janeiro e Buenos Aires e o sobrevoo da perigosa cordilheira dos Andes.
Coincidentemente, Saint-Exupéry, um grande amigo de Mermoz e camarada piloto, faria no mês de junho, 120 anos. Jean Mermoz frequentava a “LA GRANDE VALLEE”, em seus descansos nas escalas do Rio de Janeiro, quando convidado por Marcel Reine, outro brilhante piloto da Latécoère, que possuía a antiga fazenda, em Itaipava, Petrópolis. Hoje sendo de propriedade de José Augusto Cavalcanti Wanderley, que promove visitações a casa histórica desde 2017.
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Jean Mermoz veio a falecer em 1936, aos 35 anos, já como inspetor da Air France, ele e sua tripulação vieram a desaparecer no Atlântico, durante a sua 25ª travessia do Atlântico Sul, a bordo de um hidroavião Laté 300, até então sendo o maior equipamento já construído na época, com quatro motores da marca Hispano-Suiza, embora considerado um equipamento não confiável em suas operações de voo.
Seu amigo e piloto Antoine de Saint-Exupéry delineou o perfil de Mermoz como um homem ardente, corajoso, e de grande nobreza.