Laura Castagnini: A experiência do Hilton Barra e a cultura da hospitalidade

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O DIÁRIO veicula com exclusividade o Podcast Rio Bravo e oferece aos seus leitores a  entrevista de Laura Castagnini, diretora-geral do Hilton Barra. Localizado na Barra da Tijuca, o Hilton Barra é o primeiro empreendimento da bandeira Hilton Hotels & Resorts no Rio de Janeiro. Nesta entrevista, Laura Castagnini fala dos desafios e das oportunidades que o hotel tem à frente. Nesse sentido, ao mesmo tempo em que busca se estabelecer em um contexto competitivo como o do Rio de Janeiro, onde a rede de hotéis já é bastante significativa, o Hilton Barra tem como objetivo sedimentar uma nova tradição no tocante à oferta de serviços, consolidando, assim, uma nova cultura da hospitalidade no Rio de Janeiro. A diretora-geral do Hilton Barra, aliás, espera que o legado das Olimpíadas 2016 seja muito positivo, especialmente porque existe a chance do Rio de Janeiro se reposicionar “com bons produtos hoteleiros, com uma melhor estrutura de turismo e com melhor serviço”.

O Hilton Barra está em funcionamento há mais de um ano. Mesmo sabendo que uma operação dessa tem uma abrangência de longo prazo, dá para dizer que até agora as expectativas iniciais de vocês foram atendidas?

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LAURA CASTAGNINI – Com certeza. Acho que é uma frase correta. Para a Hilton, é um prazer a gente estar na cidade do Rio de Janeiro e ter aberto esse hotel. Esse hotel tem 14 meses de operação já e é o primeiro hotel da rede Hilton na cidade do Rio de Janeiro. No Brasil, nós temos um hotel em São Paulo, o Hilton Morumbi, que já completa 12 anos de vida, e a gente tinha um hotel em Belém, que saiu do sistema. Então é muito importante para a gente estar na segunda maior cidade do Brasil, principalmente nesse momento em que tanta coisa está acontecendo na cidade. Para a gente, o fato de já estarmos aqui, já termos cumprido um ano de operação antes das Olimpíadas, já é uma meta cumprida. E um ano em que a gente deliberou muitas coisas, porque esse hotel hoje é um hotel pensado no viajante moderno. Ele é um hotel muito moderno, muito contemporâneo, é um hotel sofisticado para a cidade do Rio de Janeiro. A cidade do Rio de Janeiro por anos teve uma fama de hotéis mais antigos e tarifas altas para hotéis antigos, então nós viemos com uma proposta muito inovadora dentro da cidade, um design muito sofisticado e muito contemporâneo. A gente já recebeu reconhecimento disso e, além do reconhecimento pelo produto físico em si, a gente está recebendo reconhecimento dos nossos hóspedes. Eu posso dizer que durante um ano isso excedeu as minhas expectativas. Eu devo dizer que era o meu desafio quando cheguei aqui, mas o hotel hoje é o número 1 em TripAdvisor na cidade do Rio de Janeiro e a gente já está nessa posição há mais de seis meses. Nós somos o número 1 em satisfação de hóspedes. A gente tem um relatório interno da Hilton dentro das Américas. O produto físico inovador acompanhado de um serviço muito bom com a qualidade e simpatia do carioca fez essa combinação do Hilton Barra muito especial. Nesse sentido acho que excede minhas expectativas.

O que foi levado em consideração para a escolha da Barra da Tijuca como local para o hotel?

LAURA CASTAGNINI – A Barra da Tijuca vai ser o centro focal das Olimpíadas no Rio de Janeiro. A cidade do Rio de Janeiro por muitos anos não teve construção de novos hotéis e as Olimpíadas, as linhas de crédito e incentivos fiscais que foram dados às empresas para desenvolver hotéis para a Copa do Mundo e para as Olimpíadas fizeram com que os investidores tivessem oportunidade de construir novos projetos, e quando você pensa na cidade física, a Barra da Tijuca é onde mais espaço tem para desenvolver. Uma das dificuldades pelas quais o Hilton não teve um hotel até agora na cidade do Rio é porque não existem espaços disponíveis na Zona Sul. Não existe onde construir um Hilton. E os edifícios que existiam não tinham as condições de segurança que atendam os padrões que são muito altos da cadeia.

"O Hilton Barra tem como objetivo sedimentar uma nova tradição no tocante à oferta de serviços, consolidando, assim, uma nova cultura da hospitalidade no Rio de Janeiro" (Foto: arquivo DT)
“O Hilton Barra tem como objetivo sedimentar uma nova tradição no tocante à oferta de serviços, consolidando, assim, uma nova cultura da hospitalidade no Rio de Janeiro” (Foto: arquivo DT)

Além desses padrões de segurança, quais outros requisitos ou atributos a rede Hilton leva em consideração no momento de escolher um espaço para construir?

LAURA CASTAGNINI – Eu acho que a gente leva muito em consideração onde os nossos clientes gostariam que houvesse um Hilton, porque existem mil estudos que falam que as pessoas escolhem o hotel pela localização geográfica do hotel. Quando a gente pensa em cidade, temos que ter um hotel no Rio de Janeiro. E quando pensamos em crescimento de negócio corporativo, de empresas mesmo, nós acreditamos que a Barra da Tijuca é onde o futuro das empresas vai estar. Isso era extremamente importante. E, claro, estar participando de todo esse período olímpico é extremamente importante. Nós estimamos aqui na Avenida Abelardo Bueno, que passa na frente do hotel, 120 mil pessoas passando diariamente durante os Jogos Olímpicos, então é um prazer para a gente ter 120 mil pessoas olhando nosso hotel e dizendo “Puxa, tem um Hilton aqui”.

Falando a respeito dos hóspedes, o perfil do público que busca o Hilton Barra é aquele que já está acostumado com os serviços da rede ou vocês têm atraído hóspedes que experimentam o Hilton pela primeira vez?

LAURA CASTAGNINI – Nós temos um pouco de tudo. O hotel foi concebido para ser um hotel de negócios. O que uma pessoa de negócios quer? Primeiro, a internet tem que funcionar extremamente rápida e supereficiente, mas nós temos um bom business center, temos um apartamento pensado que “isso aqui tem que trabalhar”. Então, iluminação, a mesa, as conexões, enfim. Mas a gente tem de tudo. Nosso programa de fidelidade, que se chama Hilton Owners, é extremamente forte. Hoje a gente deve ter 40% da população que vem ao hotel, são afiliados ao nosso programa de fidelidade. Essas são pessoas que já frequentam o Hilton.

Na década passada, havia bastante euforia em relação ao Brasil. Muitos investimentos chegaram ao país e, com isso, expectativas surgiram, foram criadas. Com um cenário mais adverso agora, vocês temem pela baixa demanda e baixa hospedagem depois dos Jogos Olímpicos? Como vocês projetam isso.

LAURA CASTAGNINI – Acho que pensando de forma muito realista, nós sabemos que isso vai acontecer porque a oferta de apartamentos na cidade do Rio de Janeiro aumentou muito desde o período de antes da Copa do Mundo até agora nas Olimpíadas. Eu trabalho na América Latina há 15 anos e tive a oportunidade de acompanhar os ciclos econômicos de diferentes países. Eu e meus chefes na Hilton entendemos que é cíclico. A economia desce, mas ela termina subindo no momento que o ciclo avança. Então a gente acha que vamos, nós estamos em momento complicado, 2017 ainda vai ser um ano de transição para a hotelaria e a economia em geral, mas a gente acha que é cíclico. A economia tem que levantar em algum momento e é onde a gente vai ter um produto muito sólido. A gente tem que investir agora para colher os frutos ali na frente. Para a hotelaria, muda o mercado no Rio de janeiro. O legado das Olimpíadas para os clientes é muito positivo, porque existe um aumento de oferta de tipos de produtos em todas as características. Isso faz com que os clientes possam ter melhores hotéis a preços corretos.

reços corretos.

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