A chegada de 2021 – por Bayard Do Coutto Boiteux

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2021 está quase chegando. Como o ano passou rápido. Como consegui me adaptar com muita paciência aos novos Tempos. Não foi nada fácil mas sobrevivi até agora e agradeço muito a Deus.

Devo confessar que 2020 me trouxe algumas mudanças fundamentais e que me sinalizou novos caminhos a serem trilhados e também me fez entender melhor os que me cercavam e pude fazer novas escolhas. Sinto que alguns se foram pois nunca deveriam ter estado ao meu lado e outros chegaram e se instalaram na minha vida, construindo uma ponte de harmonia, de solidariedade e de interação verdadeira. Consegui vislumbrar um novo relógio, que faz parte de cada um de nós e que merece respeito pois não pode ir mais rápido do que nosso coração mandar. Sim, estou pronto para um entendimento de que só vamos triunfar se tivermos na pluralidade, na democracia, no respeito ao próximo, uma forma de entendimento da Humanidade.

O que leva alguém a se aglomerar na mureta da Urca, a encher o calçadão e as praias, a promover festas sem distanciamento social? Além de falta de consciência coletiva, um sentimento  de desrespeito ao Outro.

Estamos próximos a dois grandes eventos: o Natal e o Réveillon. É hora de olharmos para dentro de nós e buscarmos gatilhos positivos  e que devem aparecer para os que amamos e que vão respeitar nossa vida. Não vamos poder comemorar, da forma usual, nenhum dos dois momentos. Se quisermos continuar preservando vidas é o momento de nos recolhermos. Não há nenhuma razão lógica para pessoas que continuam violando as regras propostas pelas Autoridades para a sobrevivência. O que leva alguém a se aglomerar na mureta da Urca, a encher o calçadão e as praias, a promover festas sem distanciamento social? Além de falta de consciência coletiva, um sentimento  de desrespeito ao Outro, de repúdio pela Vida, que merece ser tratado, como uma patologia que talvez tenha ficado muito tempo guardada e hoje se manifeste numa decadência de amores.

Foi muito acertada a decisão do prefeito Crivella, que atualmente tem a gestão do Rio, sob sua responsabilidade de cancelar o Réveillon e impor medidas restritivas nos quiosques. Depois de ter flexibilizado, de forma inconsequente a Cidade Maravilhosa, na minha humilde opinião, conseguiu acertar. Será muito pedir que as pessoas fiquem em casa? E que festas anunciadas em condomínios e locais na Cidade sofram fiscalização efetiva e sejam multadas, se não cumprirem todas as regras? Será que os que forem em tais eventos vão conseguir “manter a linha”e guardar distanciamento e máscaras no momento da virada? Quantos questionamentos me vêem e me assombram por ver tanta inconsequência anunciada e reunida! Tenho visto muitos turistas circulando sem máscara. Não seria o caso dos meios de hospedagem desenvolverem junto a seus hóspedes uma grande campanha de conscientização sobre as regras de ouro e não flexibilizar em nenhuma oportunidade?

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O mundo não acabou, nem deverá acabar nos próximos meses. Se conseguimos confinamento, teletrabalho, retomada da economia e do turismo desde março, vamos aguardar o advento da vacina, para que a virada de 2021 para 2022 seja uma retomada real de nossas vidas! Vamos nos privar de prazeres momentâneos em prol de um amanhã melhor!


Bayard Do Coutto Boiteux é professor universitário,escritor,pesquisador ,funcionário público e trabalha voluntariamente na Associação dos Embaixadores de Turismo do Rio de Janeiro e no Instituto Preservale.(www.bayardboiteux.com.br)

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