A Guerra das Vacinas

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Bayard Do Coutto Boiteux*


A retomada da atividade turística passa necessariamente pelas vacinas. Hoje, o grupo de vacinados é o novo nicho de mercado. Transitam no renascimento individual e na vontade comercial de sobreviver. Vivem das expectativas de segurança e da crença que podem trazer e o farão seguramente um novo momento de “Esperança “na retomada da economia.

Foram imunizados por acreditarem que contribuíam para se proteger, tomar conta dos outros e perceber que poderiam simplesmente viver.

A compra das vacinas e a distribuição das mesmas no mundo mostrou uma guerra fria nunca vista: defesa de patentes, negacionismo dos princípios de solidariedade internacional e visão de mera proteção de seus nacionais, sem levar em conta a triste divisão de pobres e ricos no acesso.  

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Como se não bastasse, agora vem da Europa um clamor pela defesa de apenas algumas vacinas. As fronteiras fechadas só vão se abrir para alguns. Escolhidos a dedo pelos até então maiores receptores de turistas e presentes no inconsciente de viajar.

Considerar vacinas de primeira linha ou segunda parece ser um caminho errôneo da Comunidade Europeia  e um grande desafio para a Organização Mundial do Turismo e  para a Organização Mundial de Saúde. Estaremos criando um novo visto obrigatório que vai valorizar um aspecto de longa data das relações meramente comerciais?

São minhas primeiras e preocupantes observações num mundo de tantas incongruências, desafios e respostas científicas caminhando.


*Bayard Do Coutto Boiteux é professor universitário, consultor em políticas públicas e privadas  de Turismo, escritor, pesquisador, funcionário público e trabalha voluntariamente na Associação dos Embaixadores de Turismo do RJ e Instituto Preservale 

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