ABEAR: registros de ‘bird strike’ diminuem 10,3 pontos em 2022

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No ano de 2022, foram registradas 2.294 colisões de aviões com pássaros, o que representou uma queda de 16,3% em relação a 2021. No acumulado do ano passado, o indicador que mede a quantidade de ocorrências a cada 10 mil voos foi de 17,7, sendo que no ano anterior essa taxa havia sido de 20,8.

De acordo com o diretor de Segurança e Operações de Voo da ABEAR, Ruy Amparo, o que contribuiu para esse importante resultado foi o trabalho conjunto com alguns aeroportos, especialmente o de Congonhas (São Paulo), que fizeram o manejo de aves que haviam se proliferado nos sítios aeroportuários durante o auge da pandemia, quando as operações de pousos e decolagens registraram uma queda abrupta.

“A severa redução das operações de pousos e decolagens no auge da pandemia fez com que populações de alguns tipos de aves que costumam habitar o entorno dos sítios aeroportuários começassem a se proliferar, já que havia poucos voos e a presença do avião naturalmente afastava esses tipos de pássaros”, afirma Amparo.

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Desafios para a redução do bird strike

Embora as ações de manejo de fauna estejam apresentando bons resultados, o gerenciamento das áreas do entorno dos aeroportos ainda preocupa os especialistas. Definido na Lei nº 12725/2012, o gerenciamento de risco de fauna não possui decreto que regulamenta a atuação das prefeituras para ações locais que visem afastar o risco aviário.

“A regulamentação é fundamental para que as prefeituras possam atuar mais efetivamente para o controle ambiental, como, por exemplo, definindo locais para aterros sanitários, barragens e empresas de criação e corte de animais que são atrativos para os pássaros e não devem estar nas proximidades do aeroportos”, explica Ruy.

A ABEAR tem estimulado trabalhos de prevenção para evitar a presença de aves nas áreas próximas aos sítios aeroportuários. Além disso, a associação participa de comitês e grupos de trabalho que discutem formas de minimizar a ocorrência de “bird strike” na aviação brasileira. Um deles é o Comitê Nacional de Risco de Fauna, com a participação de todos os stakeholders envolvidos com o tema, com gerenciamento da Secretaria de Aviação Civil (SAC) como política de estado.

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