A Ryanair prevê que transportará um número de passageiros abaixo do esperado nos próximos 12 meses e que terá dificuldade para voltar ao lucro, em razão da lenta vacinação em boa parte da Europa.
Por Philip Georgiadis, Financial Times
A empresa aérea de baixo custo destacou que as medidas de isolamento social e as restrições a viagens afetaram o movimento durante o período da Páscoa, de forma que passou a projetar uma recuperação mais lenta do tráfego para a temporada do verão europeu.
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Agora, a Ryanair prevê que o número de passageiros no ano que se encerra em março de 2022 ficará no limite inferior da faixa estimada anteriormente, de 80 milhões a 120 milhões.
Em função disso, a Ryanair advertiu que as previsões de alguns analistas indicando a volta da empresa aérea aos lucros no próximo ano fiscal são demasiado otimistas.
“Embora a esta altura não seja possível dar uma orientação significativa sobre o lucro de todo o ano [fiscal] de 2022, não compartilhamos do recente otimismo de certos analistas”, ressaltou a Ryanair, acrescentando que prevê apenas zerar o prejuízo. A previsão média dos analistas aponta para um lucro, depois dos impostos, de 277 milhões de euros, segundo a Bloomberg.
Há apenas duas semanas, o executivo-chefe da Ryanair, Michael O’Leary, mostrava um tom mais otimista, prevendo um verão forte em viagens na Europa e que até junho estaria com 80% dos voos normalizados.
Analistas acreditam que, no longo prazo, a Ryanair emergirá como uma das grandes vencedoras na aviação europeia, beneficiada por sua baixa base de custos e pela força de seu balanço patrimonial.
