Cansei dos enochatos! Eis uma dica pra conversar com eles.

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Simplificando os aromas do vinho para os Leigóides, como eu

por Werner Schumacher*


Os Masters of Wines e os Master Sommeliers, mais que os próprios Enólogos, pois a maioria destes só fala de vinhos quando convidados por um dos anteriores ou vinho-jornalistas.

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Desta forma, as informações chegam até nós, os Leigóides em vinho, por muitos desses caras que, para se mostrarem expertóides em vinho, utilizam palavras incompreensíveis, mesmo com a ajuda de um amansa burro.

Vocês já devem ter ouvido de Terpenóides, Aldeióides, principalmente os Hexanalóides e os Hexenalóides, a Vaniliódes que é outra entre esses, o Benzaldeioides, o Furfuralióides. Também os estereóides, mas não aqueles para ficar musculoso, os Isoamilióides, os Octilaioides e os Mercaptanióides, bem agora começou a feder e chega.

Ah! Não poderia deixar de citar o 4-mercapto-4-metilpentano-2-anusióides.

Caros Colegas Leigóides

Venho por meio deste informar, caso desejam se transformar em Expertóides em aromas vínicos, basta seguir as seguintes orientações abaixo apresentadas, que serão úteis para aprimorar o vosso conhecimento.

Em outras palavras, coloque óides em tudo!

Provavelmente, será bem fácil para um Leigóides perceber aromas “graipefruitióides” e “pétalus rosióides”, isto, latiniza um pouco também, usando alus, élos, ilos, mas nada além disso, pode gerar confusão, ou mau cheiro.

Já os aromas “baunilhióides”, caramelióides” e “cocus-ióides” são típicos de vinhos com influência de “carvalióides americaióides”. Todos esses compostos cooperam para a complexidade dos aromas dos vinhos, principalmente, aqueles que só os Expertióides encontram e sentem.

Entre os Aldeióides, comuns  nas gramas recém cortadas e nas folhas dos “tomatióides”, são comuns nos vinhos da casta Sauvignon Blanc, infelizmente não identifiquei ainda o precursor do cheiro, não pode ser aroma, do “pipilus gatióides” nestes vinhos, principalmente os franceses. “Maracujióides” e “Goiabióides” são facilmente encontrados nesses vinhos oriundos do Chile.

Quando te deparares com “Amendulus amargióides” ou “Marzipanióides”, trata-se de um Pinot Grigio envelhecido, preferentemente italiano, nunca bebi, prefiro os “Afrescaióides”

Já os “Esterióides” são típicos de vinhos jovens. Por exemplo, um branco pode apresentar “Geleiuns Peraióides” ou um blending de “Bananióides” com “Peraióides”, interessante esta mistura, vou experimentar, pois o aroma “Bananióides” me repugna um pouco, dizem até que é um defeito na fermentação, na cerveja com certeza, mas há quem goste.

Quase lá, quase, o “Mercaptanióides”, o aroma mais nítido é o “groseliòides nigris”, tem que ser nigris, outro não fornece ao Cabernet Sauvignon esse aroma. Outro aroma que confundem ser típico desta variedade, é o “Pimentióides Vèrduns”, que é próprio de vinhos elaborados com uvas não suficientemente maduras, portanto, um defeito, eu os uso para temperar a salada quando não tenho pimentão verde em casa.

Bem, os vinhos alemães da uva Rieslings são mais complexos, aliás, como todo alemão, que “xente complicada uma vez”. Nesses vinhos há a influência de aromas da família “Petrolióides”, podem ser os “Keroseinóides” ou os “Gaselinióides”, também conhecidos como “Naftaióides”.

Todos esses aromas estão relacionados as uvas que foram muito expostas ao sol, são conhecidos também por TDN (1,1,6-trimetil-1,2,2-dihidronaftalenióide), melhor abreviado não é mesmo, mas os Expertióides gostam de nomes pomposos.

Se esses caras são de fato Expertióides, não sei, parece que mais gostam de impressionar, que qualquer outra coisa, fazem marketing pessoal em cima do vinho, mas acabam tendo sucesso.

Enfim, pra terminar, o envelhecimento em carvalho também produz aromas “Fenoiódes”, como o “Guaiacoióides”, que provoca aromas “Defumaióides” ou “Tostaióides”, responsáveis também por notas “Picantióides” “Cravum-Indióides”

Viram como é fácil, basta incluir o “ióides” no fim do aroma que está sentido e usar o vocabulário do afro-descendentiuns Muçum Forevis, ajuda e muito. Boa sorte, só não vire ENOCHATO.


*Werner Schumacher estudou Economia na PUC/RS e é um dos responsáveis pela profissionalização da vitivinicultura no Brasil

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