Gap Year: período sabático para quem deseja se encontrar na vida e na carreira

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Por. Pamela Piazentin*

O termo Gap Year ainda não é muito conhecido no Brasil, mas enquanto se populariza, muitos brasileiros já estão investindo neste novo jeito de fazer intercâmbio. Ele é bastante escolhido por jovens e adolescentes entre a fase final do ensino médio e pré-faculdade justamente para testar aptidões enquanto se viaja o mundo.

Com a diversa gama de opções e o perfil cada vez mais flexível do profissional no mercado de trabalho, fica ainda mais difícil de encontrar a profissão a se seguir e de escolher um curso superior ao final do ensino médio tendo certeza absoluta de que é isso que se “quer fazer o resto da vida”.

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O Gap Year, ou ano sabático, entra como peça chave justamente nesse meio tempo. Há destinos ao redor do mundo que atendem ao desejo e perfil de qualquer pessoa. Em uma mesma viagem, por exemplo, a pessoa pode passar um tempo aprendendo sobre moda em Nova Iorque, gastronomia em Paris e fazer trabalhos voluntários e sociais no Quênia. A gama de opções é muito diversa e no período de um ano pode-se fazer qualquer coisa que lhe agrade e agregue.

Além disso, a pessoa já volta com o aprendizado de um ou mais idiomas, além de ter aperfeiçoado diversos “skills” necessários para a vida acadêmica e, claro, para o mercado de trabalho. Inclusive, o Gap Year também tem como objetivo a preparação para os “applications”, período de inscrições para universidades no exterior.

O Gap Year também busca conectar as pessoas a diversos trabalhos voluntários ao redor do mundo. O objetivo de crescer e se encontrar, não é apenas intelectual ou profissionalmente, mas, sem dúvidas, como pessoa em sociedade.

E, claro, embora ainda seja em menor quantidade, profissionais em período de transição de carreira, ou até mesmo pessoas da terceira idade, também já estão buscando neste tipo de viagem

E, claro, embora ainda seja em menor quantidade, profissionais em período de transição de carreira, ou até mesmo pessoas da terceira idade, também já estão buscando neste tipo de viagem, se reencontrar pessoal e profissionalmente, enquanto realizam o projeto de viajar o mundo.

A nível mundial, ainda não há como mensurar quantas pessoas optam por um Gap Year, mas, a estimativa da “The American Gap Association” diz que mais de 70 mil norte-americanos optam por esse tipo de intercâmbio anualmente. No Brasil, de acordo com uma pesquisa da Belta, associação nacional das agências de intercâmbio, em dois anos mais de 90,9 mil estudantes optaram por um curso no exterior após terminar o ensino médio.

Além disso, mesmo com o mercado financeiro em crise, em 2018, o Brasil teve um aumento de 20,46% em pessoas embarcando, totalizando 365 mil intercambistas, contra os 302 mil viajantes de 2017. Para se ter uma ideia, o brasileiro movimentou entre US$ 2,7 e 3 bilhões de dólares em programas educacionais no último ano, diz a mesma pesquisa.

Mais que apenas um ano sabático, o Gap Year é um período em que você investe em si mesmo. Essa pausa na rotina nos ajuda a olhar para dentro, mudar hábitos, entender o que não nos faz feliz, além de proporcionar mais confiança, autoconhecimento e amadurecimento, pessoal, intelectual e profissional para dar uma guinada e turbinada no currículo ou até mesmo para mudar tudo e dar uma repaginada em tudo que for necessário para valorizar o que é, de fato, importante em nossas vidas.

*CEO da Teraví, edutech que personaliza viagens de estudos internacionais de acordo com o perfil dos estudantes

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