José Ozanir, diretor regional da rede Bourbon: “insegurança e dúvida geraram uma ótima demanda doméstica, regional”

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Ozanir analisa que a saída do mercado da Avianca e a alta nas tarifas das companhias concorrentes criaram um efeito contrário, popularmente conhecido pelo ditado “há males que vêm para bem”

REDAÇÃO DO DIÁRIO

Na sequência de entrevistas realizadas esta semana com executivos do turismo, mais uma vez as notícias são boas e afasta aquela impressão que o Brasil e a economia estão em um pântano esperando pelas reformas e por dias melhores. Ao contrário, ao entrevistar o diretor regional da rede Bourbon, José Ozanir Castilhos da Rosa foi possível constatar que os resorts em uma área no entorno da cidade de São Paulo tiveram um desempenho bastante satisfatório no primeiro semestre tanto em ocupação, quanto em faturamento.

Acima dos dois dígitos

“Tivemos um primeiro semestre com um desempenho surpreendente e posso lhe garantir que os hotéis localizados no entorno da capital também tiveram bons resultados. E posso dar uma explicação para isso; a insegurança (econômica e política) gerou um turismo mais doméstico, regional”, explica o executivo.

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Ozanir analisa que a saída do mercado da Avianca e a alta nas tarifas das companhias concorrentes criaram um efeito contrário, popularmente conhecido pelo ditado “há males que vêm para bem”. “As viagens aéreas com a família foram trocadas por viagens curtas num raio de 200 quilômetros de São Paulo. Nosso resort, por exemplo, recebe duas crianças de até 11 anos em um mesmo apartamento. Esse detalhe tem tido muito peso na hora de a família viajar”, adianta à reportagem.

Com a experiência hoteleira que possui (Ozanir trabalhou 18 anos na Rede Accor e três anos na rede Atlantica), o hoteleiro conta um fato recorrente nos últimos tempos: “O executivo vem com a família, fica um ou dois dias, deixa a família no resort, volta para São Paulo, trabalha, e retorna para o resort; isto tem sido muito comum”, conta.

Tarifas

José Ozanir adianta que nos seis primeiros meses o Bourbon Atibaia teve um crescimento na ocupação acima dos dois dígitos. “É preciso considerar, no entanto, uma baixa no mês de junho que é o mês que antecede as férias do meio do ano; neste mês específico existe uma certa retração nos gastos com lazer das famílias”, explica.

Shop call

O diretor adianta que existe um ponto em comum entre os hoteleiros do interior paulista de consultarem uns aos outros (shop call) para efeito de comparações tarifárias, modelo de negócios entre outros fatores de gestão e governança. “Nossas tarifas vêm tendo ajustes orgânicos ano a ano, com acréscimos em torno de 5 a 8%, já que temos constantemente feito melhorias e investimentos tanto em infraestrutura e serviços. E é claro, todos fazem a análise do mercado, do concorrente, além da consulta constante do hóspede”, revela.

Na segunda parte da entrevista confira as melhorias que o resort recebeu no primeiro semestre semestre

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