Lei transforma o Caminho das Missões (RS) em Rota Turística

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Mais de 20 municípios sulistas fazem parta do novo roteiro do Caminho das Missões


EDIÇÃO DO DIÁRIO com informações do MTur

Foi sancionada a Lei 14.838, de 2024, que aprova a criação da Rota Turística do Caminho das Missões, no noroeste do estado do Rio Grande do Sul. Direcionada aos segmentos de turismo cultural, rural, histórico, religioso e científico, o roteiro compreende mais de 20 cidades que foram colonizadas pelos jesuítas, como Bossoroca, Caibaté, Cerro Largo, Dezesseis de Novembro e São Miguel das Missões.

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A região inclui vários locais considerados patrimônios históricos e culturais que contam a história da catequização das populações indígenas guaranis. Nos séculos 17 e 18, os jesuítas da Companhia de Jesus formaram povoados na região. As aldeias foram atacadas e destruídas por tropas portuguesas e espanholas na Guerra dos Sete Povos, entre 1753 e 1756. As ruínas dessas construções, tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e inscritas na Lista do Patrimônio Mundial da Unesco, são ponto de visitação turística.

Segundo nota publicada pelo Ministério do Turismo, a legislação tem o objetivo de estimular a estruturação, a gestão e a promoção dos atrativos turísticos da região, por meio do apoio dos programas federais destinados ao fortalecimento da regionalização do turismo pelo MTur. Isso significa uma oportunidade de fortalecimento e desenvolvimento da atividade turística na região das Missões, com explica a coordenadora-geral de Produtos e Experiências Turísticas do Ministério do Turismo, Fabiana Oliveira. “A medida dá visibilidade para que seja pleiteada a participação da Rota nos programas oficiais destinados ao fortalecimento da regionalização do turismo”, avalia.

Caminho dos Jesuítas

Ministério do Turismo também conta com um projeto no Mercosul com forte integração com o Caminho das Missões. O produto “Caminho dos Jesuítas”, do qual a Rota das Missões também faz parte, se estende para outros países, tem potencial para ser a principal rota turística da América do Sul e uma das mais amplas do mundo.

Além do Brasil, o Caminho engloba Argentina, Uruguai, Bolívia e Paraguai e abriga 41 sítios declarados Patrimônio da Humanidade pela UNESCO (culturais e naturais), sendo que 19 fazem parte do patrimônio jesuíta que hoje constitui um legado único de testemunho cultural que a Companhia de Jesus deixou como herança ao final de seu período de evangelização em terras americanas.

Cada redução (aldeia), construída como modelo de organização social, cultural e econômica, era administrada por dois ou três jesuítas, à frente de 3.000 ou 4.000 indígenas, e estruturada em torno de uma grande praça que tinha ao seu redor uma escola, um templo, uma horta, um cemitério e as casas dos nativos. No Brasil, a mais importante é São Miguel das Missões, no Estado do Rio Grande do Sul, que faz parte das Sete Cidades Missionárias construídas nas chamadas Missões Orientais.

Além do valor histórico, a arquitetura, que ainda está de pé, combina o barroco colonial com os traços artísticos dos Guarani, que trabalharam na construção dessas cidades missionárias. Por isso, a UNESCO reconheceu seu valor universal, declarando-as Patrimônio da Humanidade.

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