Orlando de Souza, diretor executivo do FOHB, fala ao DIÁRIO

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Com o objetivo de saber a opinião de diversos players do setor turístico, entre eles hoteleiros e operadores, sobre suas expectativas para o ano que se inicia e ainda diante de um quadro econômico recessivo e uma política instável, o DIÁRIO ouviu porta-vozes do trade turístico. Orlando de Souza, do FOBH é o próximo.

Da REDAÇÃO

O quarto entrevistado que falou com o DIÁRIO sobre suas expectativas para 2017 – que se inicia – e ainda diante de um quadro econômico recessivo, é Orlando de Souza, Diretor Executivo do FOHB (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil). A entidade foi fundada em 2002. Atualmente conta com 28 redes associadas (tanto nacionais, como internacionais) totalizando 670 hotéis. Juntos somam 113 mil unidades habitacionais (UHs).

DIÁRIO – O senhor pode fazer um prognóstico de como se apresentará o mercado de operadoras no primeiro semestre e segundo semestre de 2017?

ORLANDO DE SOUZA: Em estudo realizado com as redes associadas ao FOHB sobre as perspectivas de desempenho da hotelaria para 2017  (disponível em www.fohb.com.br), observamos uma perspectiva de recuperação no cenário, quando comparado com 2016, com projeções de crescimento na Taxa de Ocupação, Diária Média e Revpar em todas as cidades analisadas no estudo, exceto no Rio de Janeiro, por conta da realização dos jogos olímpicos em 2016.

Os índices de crescimento previstos para o 1º semestre de 2017 são: Taxa de Ocupação: 1,8%; Diária Média: 3,4%; Revpar: 3,0%. Já para o segundo semestre de 2017 são: Taxa de Ocupação: 1,8%; Diária Média: 1,0% e Revpar: 1,3%. Para o ano todo de 2017, temos: Taxa de Ocupação: 2,0%, Diária Média: 2,0% e Revpar: 2,8%. Em resumo, espera-se uma retomada no mercado, ainda que lenta, a partir do próximo ano, com poucos investimentos, mas com ênfase na eficiência, produtividade  e criatividade.

Além de não termos mais os grandes eventos de anos anteriores, por outro lado continuamos com os mesmos déficits. Poucos recursos para promoção externa, burocracia que dificulta a vinda de turistas, infraestrutura interna depauperada com rodovias intransitáveis, inexistência de ferrovias.

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DIÁRIO – Tendências apontam que com a economia recessiva o turismo internacional (emissivo) pode surpreender, o senhor concorda?

ORLANDO DE SOUZA: Esse é o desejo do nosso mercado, mas ainda existem muitos pontos a vencer. Além de não termos mais os grandes eventos de anos anteriores, de outro lado continuamos com os mesmos déficits. Poucos recursos para promoção externa, principalmente se comparado com outros destinos como México, Colômbia, Peru e Argentina. A burocracia que dificulta a vinda de turistas, em especial, os da América do Norte, a infraestrutura interna depauperada com rodovias intransitáveis, inexistência de ferrovias. Com isso, sobra apenas o modal aéreo que é caro devido às longas distâncias internas. Os grandes aeroportos não têm ainda modal de transporte ferroviário em ligação com os centros das grandes cidades. Enfim, espero que melhore, mas não vejo como possa surpreender.

DIÁRIO – Como o senhor analisa o mercado hoteleiro com o governo Temer em relação ao mercado nacional e governo Dória, em relação a São Paulo?

ORLANDO DE SOUZAQuanto ao mercado nacional,parte está respondido na questão anterior, e como o país enfrenta a sua maior crise, acho improvável que uma ação de curto prazo, afinal este governo tem um período bastante curto, mas acho que pode e deve plantar as bases para uma visão de médio prazo. Quanto à cidade de São Paulo, temos um prefeito que, além de ser um apaixonado por  nossa cidade,  é um dos grandes experts no turismo tendo desempenhado com brilhantismo essa função em posições municipal na capital e nacional com a EMBRATUR. Some-se a isso ser um empreendedor, um articulador que certamente encontrará os caminhos de parcerias efetivas com a iniciativa privada.

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