Os governos da União Europeia (UE) chegaram a um acordo em torno dos padrões técnicos para a emissão dos chamados passaportes de vacinação. A decisão representou um avanço para os esforços de impulsionar as viagens com destino ao bloco e no âmbito do bloco em tempo da temporada de verão no hemisfério norte (de junho a setembro).
Agências Internacionais
Alguns países europeus, com maior dependência do setor de turismo, já adiantam algumas medidas para facilitar o fluxo de viajantes. A Grécia, por exemplo, planeja suspender as restrições de quarentena a partir da próxima semana para viajantes da UE e de cinco outros países que foram vacinados ou tiveram resultado negativo para covid-19, disse ontem um alto funcionário do governo.
No mês passado, Atenas suspendeu a regra de quarentena de uma semana para viajantes israelenses que foram vacinados e tiveram teste negativo.
Enviados reunidos em Bruxelas concordaram em apoiar um texto jurídico preliminar que descreve os aspectos específicos para a criação dos “atestados verdes digitais”, segundo comunicado da UE divulgado ontem.
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Os documentos provarão que seus portadores foram vacinados contra a covid-19, testaram negativo para a doença ou se recuperaram recentemente e são considerados imunes a ela.
Negociações entre os governos e o Parlamento europeu estão previstas para o período imediatamente posterior à formalização, pelo Parlamento, de sua posição, no fim deste mês, segundo o comunicado, que confirma notícia anterior divulgada pela Bloomberg.
O acordo poderá permitir a retomada de viagens desprovidas de inconvenientes, sem exigências de quarentena, aos portadores do passaporte de vacina até junho. As companhias aéreas e grupos do setor já lançaram aplicativos capazes de incorporar informações sobre testes e situação de vacinação.
As ações de empresas europeias de viagens e lazer subiram 20% neste ano, puxadas por expectativas de que uma aceleração nas vacinações abrirá o caminho para padrões normais de viagem após um ano de colapso do tráfego aéreo e das estadas em hotéis induzido pela pandemia.
Pessoas vacinadas antes de as novas regras entrarem em vigor terão direito a receber os passaportes, segundo o texto preliminar. Os que contraíram a covid-19 deverão ser reconhecidos como imunes à doença a partir do 11º dia por cerca de seis meses.
Os governos serão “estimulados” a aceitar todas as vacinas que obtiveram aprovação da Organização Mundial de Saúde (OMS) para uso emergencial e deverão reconhecer os atestados emitidos por países que não fazem parte da UE, diz o plano – cláusula decisiva para a retomada das viagens de chegada originárias de fora do bloco.
O sucesso da iniciativa dos atestados de vacinação depende da aplicação de vacinas no grosso da população da UE até o verão. Embora a região tenha ficado atrás dos EUA e do Reino Unido, o ritmo da vacinação tem se acelerado.
