A República Tcheca é um dos países da Europa Central mais procurados como destino turístico. Arte, arquitetura e cultura estão entre os principais pontos de atração do país, cuja capital é Praga, uma das cidades mais belas do mundo. Apesar disso, há uma infinidade eclética de opções para os turistas.
Em entrevista ao DIÁRIO, Luiz Fernando Destro, representante da República Tcheca no Brasil, exaltou as belezas e peculiaridades do destino conhecido, sobretudo, por seus castelos seculares e ícones arquitetônicos preservadíssimos.
Segundo Destro, o país reúne atrativos que chamam a atenção de todos os públicos. Dos jovens aos experientes. Dos cosmopolitas aos que procuram ares bucólicos. Confira a entrevista completa a seguir.
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Há quantos anos você representa a República Tcheca no Brasil? Como tem sido esta relação com os turistas brasileiros ao longo do tempo?
Luiz Fernando Destro: Represento a CzechTourism desde janeiro de 2007. Portanto, já são 16 anos. Nesse tempo, a relação com o turista brasileiro sempre foi ótima. Eles são receptivos a nossa mensagem, e sempre se surpreendem com a ampla oferta que o país tem, mesmo sendo pequeno.
Neste ano a República Tcheca estará na WTM Latin America como visitante. Qual a expectativa de negócios? Vocês costumam participar de feiras de turismo no Brasil e no mundo?
LFD: Participamos de algumas feiras como expositor ao redor do mundo, como a Ladevi no México ou a FIT em Buenos Aires. No Brasil, este ano, a única feira que iremos como expositor será a ILTM. Quanto à WTM Latin America, visitaremos para retomar um pouco do contato presencial, que foi tão abalado nos últimos anos.
Na rota dos castelos, quais são imprescindíveis a visitação dentro do país? O que a capital Praga tem a oferecer?
LFD: É difícil escolher alguns poucos castelos em um país que tem mais de 2 mil. Mas se é preciso, citaria o Castelo de Praga, considerado o maior do mundo, e também o de Cesky Krumlov, o de Loket, Karlstejn (foto abaixo) e Konopiste.
Quanto à capital Praga, é uma cidade que consegue ser cosmopolita e clássica ao mesmo tempo. Por não ter sido jamais destruída, acumula nove séculos de história em suas ruas, praças e edifícios, e andar pela cidade é uma experiência inebriante. Ao mesmo tempo, a cidade tem uma cena contemporânea nos bairros fora do centro, com galerias, cafés, centros culturais e restaurantes descolados. É uma cidade que tem de tudo, sem ser cansativa.
Além de produzir cerveja de qualidade, a República Tcheca consome também o que produz? sobra para os turistas? Como é este turismo pela bebida mais popular do país?
LFD: De fato, o país é o maior consumidor de cerveja do mundo – são 159 litros por habitante ao ano. Mas felizmente, mesmo com o alto consumo, ainda sobra bastante para os turistas. E eles podem escolher entre as cervejas de massa, vendidas nos principais bares e restaurantes (e ainda assim deliciosas) e as mais artesanais, de produção reduzida e exclusiva de uma localidade.
Já há tours temáticos dedicados à cerveja, com degustações em locais selecionados e visitas às fábricas. Mas, mesmo sem planejamento, vale a pena procurar e descobrir novos rótulos a cada parada. Todos vão jurar que é a melhor de todas.
O país abriga muitos festivais de música. Praga é uma cidade com trilha sonora a céu aberto? Fale um pouco sobre os festivais e o período do ano ideal para participar.
LFD: Há festivais de todos os gêneros. Desde o famoso Primavera de Praga, dedicado à música clássica, até o modernoso Colours of Ostrava, que vem se tornando algo grande para os amantes de música moderna.
Na capital também há festivais de Jazz, música eletrônica (United Islands) e diversas bandas underground que se apresentam na cidade de Brno, um dos lugares mais baladeiros do país. Os festivais acontecem de abril a outubro, quando o clima está mais favorável.
A República Tcheca é um dos países do mundo com maior conservação do acervo histórico da Idade Média. Como eles conquistaram tal feitio?
LFD: Em geral, os tchecos são muito zelosos com o passado. E, na Idade Média, o antigo reino da Boêmia tinha um papel relevante na Europa. Essa história ficou preservada, seja nos artefatos guardados em museus, seja na arquitetura da época preservada, e até nos costumes, revividos em festivais históricos a cada ano.
Um dos melhores lugares para imergir na Idade Média é Kutná Hora, a 60km de Praga. Lá, no passado, havia minas de prata e a cidade rivalizava com Praga em riqueza e importância.
Entrevista por Mary de Aquino / Edição por Clara Ribeiro
