O Rio de Janeiro e o corte da metade da verba do Carnaval

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Por Bayard Do Coutto Boiteux*

O Bispo Crivella, administrador da cidade do Rio de Janeiro, resolveu cortar 50%  da verba que anualmente a Prefeitura concede para o famoso desfile da Avenida dos Desfiles, alegando que todos devem contribuir num momento de crise e que o montante é necessário para viabilizar as creches municipais.

Sinceramente, não me parece uma decisão adequada, levando em consideração a importância do evento para a cidade do Rio de Janeiro, e sobretudo, o grande retorno institucional de tais desfiles, os quais são veiculados em mais de 100 países em função de sua importância no Carnaval Mundial. Uma redução da verba pode ser discutida com a LIESA mas o corte da metade sem consulta prévia e às vésperas do evento (faltam menos de 7 meses) podem trazer danos para o turismo carioca, que já amarga uma crise por falta de promoção e da insegurança cada vez maior da Cidade Maravilhosa.

Entendo que o luxo dos desfiles pode ser reduzido e que as escolas podem buscar mais patrocinadores, como tem acontecido. Uma decisão unilateral do Poder Público e a alegação da entidade que representa as escolas de dizer que o desfile corre o risco de ser suspenso, em nada contribuem para a politica municipal de Turismo, hoje ainda desconhecida do trade turístico.

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O momento é de buscar uma solução.

Quem sabe o Conselho de Eventos da Prefeitura, que até agora não mostrou à que veio, fora as ideias esdruxulas de eventos até hoje sem um calendário real, propõe alguma solução? É bom lembrar que o empresário Boni, que fazia parte do mesmo, já saiu e alegou falta de diretrizes e autonomia.

O presidente da Riotur já se dispôs a buscar soluções para viabilizar o evento e esperamos que ele possa trazer uma solução para a crise gerada, já que a empresa municipal de Turismo tem importância fundamental no planejamento e execução do evento.

O Carnaval do Rio é uma marca da Cidade que precisa ser preservada e trabalhada adequadamente. Precisamos urgentemente de um Museu do Carnaval e de uma estrutura de informações turísticas, fotos e vendas de suvenires na Passarela, isso tudo fora do Carnaval.

É um momento de repensar o formato do evento e abrir uma discussão profícua.

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