Além disso, o sócio da 123milhas classificou como “equivocado” o modelo de negócio da empresa
Um dos sócios da 123milhas, o empresário Ramiro Júlio Soares Madureira, pediu desculpas aos clientes pelos “transtornos” causados pela agência de viagens. Nesta quarta-feira, o empresário mineiro foi ouvido pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras, conforme informou o site MSN e Redação Itatiaia.
Na ocasião, Ramiro alegou que a empresa teve que suspender a emissão de passagens aéreas da linha promocional, que começou em abril de 2022. O motivo, segundo o sócio da 123milhas, foi porque os preços das passagens não se comportaram conforme o previsto por ele. Além disso, de acordo com o sócio, o modelo de negócios da empresa foi “equivocado”.
“Não há como deixar de nos desculpar novamente com todos aqueles que foram prejudicados por um modelo de negócio ou uma linha de negócio que se mostrou equivocada, o que estamos a fazer agora e com toda nossa dedicação e empenho a nosso alcance é buscar soluções”, informou.
Ele também afirmou que ainda confia na empresa e que ela precisa continuar funcionando para que os consumidores sejam ressarcidos dentro do plano de recuperação. Agora, ele será discutido entre os credores.
123milhas tem “dívidas em família”: entenda
Uma reportagem da Folha de São Paulo revelou que a 123milhas e a HotMilhas devem mais de R$ 105 milhões para as famílias Soares Madureira e Goulart. Ou seja, as famílias dos próprios sócios. Por sua vez, o maior credor pessoa física da empresa é Alexadre Ferreira Goulart, primo de primeiro grau dos sócios Augusto e Ramiro.
Como começou a crise na 123milhas
Na última sexta-feira (18), a agência de viagens 123milhas pegou de surpresa milhares de clientes após anunciar o cancelamento de pacotes de viagens promocionais. Eles atraíam muitas pessoas pelo preço baixo. Inclusive, a decisão revoltou clientes e fez a empresa pular rapidamente para o 1º lugar no ranking de empresas mais “denunciadas” do site ReclameAQUI.
Depois, conforme o DIÁRIO noticiou, na última terça-feira (29), a 123milhas um pedido de recuperação judicial na 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, em Minas Gerais.
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Nesse pedido, a empresa afirmou que enfrenta a “pior crise financeira de sua história” e alega que “fatores internos e externos impuseram um aumento considerável de seus passivos nos últimos anos”. Na última quinta-feira, 31, o pedido foi aceito pela Justiça. Veja os detalhes do pedido.
EDIÇÃO DO DT (CF) com MSN e Redação Itatiaia.