Banco Central Europeu vai suspender emissão de notas de 500 euros

Continua depois da publicidade

France Presse

O Banco Central Europeu (BCE) anunciou nesta quarta-feira (4) que deixará de emitir notas de 500 euros (o equivalente a R$ 2.030), uma decisão que leva em conta “a preocupação de que estas notas facilitem as atividades ilícitas”, informa a France Presse.

O BCE “decidiu deter de forma permanente a produção de notas de 500 euros e exclui-las das séries na Europa, levando em conta a preocupação de que estas notas facilitem as atividades ilícitas”, disse o organismo em um comunicado após um encontro de seu Conselho de Governo.

Veja também as mais lidas do DT

O BCE informou que as notas que estiverem em circulação continuarão sendo legais e consequentemente poderão continuar senso usadas como meio de pagamento. Elas também poderão ser trocadas nos bancos centrais da zona do euro sem limite de tempo.

Atualmente há em circulação quase 600 milhões de notas de 500 euros.

Conhecidas popularmente como as “Bin Laden” (porque todo mundo fala delas sem tê-las visto), as notas de 500 euros correspondem a apenas 3% das células disponíveis na zona do euro, mas 28% do dinheiro circulante total, informa a France Presse.

A nota de 500 euros está muito associada à lavagem de dinheiro, a atividades ilícitas e a economia do mercado negro, por isso quem está a favor de seu desaparecimento acredita que ajudará a reduzir essas atividades e o financiamento do terrorismo, por exemplo.

A discussão acontece no contexto de reforço da luta da União Europeia (UE) contra o financiamento do terrorismo.

A criação da nota de 500 euros foi decidida sobre a pressão de vários países, entre eles a Alemanha, onde se costuma fazer pagamento em espécie e acostumada às notas de 1.000 marcos (uma quantia equivalente).

O presidente do BCE, Mario Draghi, já declarou que “a nota de 500 euros é um instrumento para atividades ilegais”.

“A nota de 500 euros é mais usada para dissimular do que para comprar”, pois podem ser transportadas enormes quantias discretamente, disse em fevereiro o ministro da Economia francês, Michel Sapin.

Publicidade

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Recentes

Publicidade

Mais do DT

Publicidade